PROCURADOR-GERAL: NÃO (HÁ) ORDEM DE PRISÃO PARA O MAJOR
Dili, 23 Jan. (AKI) – O Gabinete do procurador-geral de Timor-Leste não emitiu uma ordem de prisão para prender o fugitivo Major Alfredo Alves Reinado. Numa entrevista com a Adnkronos International (AKI) o procurador-geral Longuinhos Monteiro, disse que as notícias que circularam nos últimos dias são apenas um rumor e que o Major Reinado mostrou vontade de resolver o finca-pé. "As pessoas que espalham rumores são as que criam problemas e confusão entre o povo no país," disse Monteiro à Adnkronos International (AKI) na Terça-feira.
"Qualquer detenção tem que ser baseada no código penal e na Constituição de Timor-Leste. E o Major Alfredo tem mostrado boas intenções para melhorar o sistema judicial deste país," acrescentou, sem elaborar.
Os rumores de uma ordem de prisão contra o Major Reinado espalharam-se em Dili depois do ministro da justiça de Timor-Leste, Domingos Sarmento, ter dito à AKI que o soldado traidor é considerado um criminoso e que será levado à justiça.
Entretanto, contactado por telefone, o Major Reinado disse que resistirá à prisão e que considerará discutir as acusações levantadas contra ele, somente depois das autoridades resolverem o caso de 28 de Abril de 2006.
“As autoridades devem encontrar os responsáveis do caso de 28 de Abril, antes de tentarem apanhar-me,” disse o Major Reinado à AdnKronos International do seu esconderijo no distrito de Ermera.
Em 28 de Abril o antigo Primeiro-Ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri, ordenou às Forças Armadas para esmagar um protesto que se realizava frente ao palácio do governo. Cinco civis foram mortos nos confrontos que se seguiram.
O Major Reinado abandonou as forças armadas em 4 de Maio de 2006 para se juntar a cerca de 600 antigos soldados que tinham sido demitidos dois meses antes, depois de queixas de discriminação étnica em promoções. Foi depois preso pelo seu papel na violência. Fugiu da prisão em 30 Agosto de 2006.
As autoridades querem questioná-lo em particular pelos factos de 23 de Maio de 2006 quando o Major Reinado, e outros desertores, confrontaram membros das forças armadas e da polícia nos montes Fatuahi, perto de Dili. O confronto deixou dois soldados e um oficial da polícia mortos.
A postura do Major Reinado é apoiada pelo Movimento Nacional Unido para a Justiça [MUNJ], um poderoso grupo de pressão criado pelo Major Augusto "Tara" de Araújo e que conta com o apoio de parte da comunidade intelectual do país. O MUNJ esteve muito activo nos protestos contra Alkatiri, em Junho último.
“O Procurador_geral não deve prender o Major Reinado. Em vez disso, devia prender Alkatiri e [o antigo ministro do interior] Rogério Lobato,” disse o porta-voz do MUNJ Augusto Junior, durante uma conferência de imprensa realizada em Dili na Terça-feira.
“Se ele [o Procurador-Geral] não prender Alkatiri e Lobato, então as pessoas terão de fazer justice pelas suas próprias mãos contra esses dois antigos líderes,” acrescentou.
(Fsc/Ner/Aki)
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1. Se o PGR, Longuinhos Monteiro, não fosse incompetente, sabia que não é o procurador que emite mandados de captura, mas sim os juízes…
2. Se o PGR, Longuinhos Monteiro, não fosse mentiroso ou cobarde, não dizia que não existe um mandado de captura contra Alfredo Reinado…
3. Se o jornalista não fosse vigarista não dizia que o grupo de Tara é um poderoso lobby, apoiado por muitos intelectuais.
4. Se Alfredo Reinado não estivesse protegido (com escolta incluída), não dizia os disparates que diz todos os dias.
5. Se o MUNJ – Movimento Unidade Nacional de Justiça tivesse alguma noção do que é Justiça, tinha vergonha de existir.
6. Se o Governo australiano estivesse de boa-fé, o seu exército já teria cumprido a missão para a qual foi chamado pelos órgãos de soberania timorenses.
7. Se o exército australiano tivesse brio, não se deixava humilhar desta maneira, fazendo passar mais de 1.000 militares por incompetentes.
8. Se Alfredo Reinado não fosse uma marioneta nas mãos de quem teme eleições livres e em segurança, nem sequer existia…
9. Se a situação em que vivem milhares de pessoas aterrorizadas e abaixo das condições de vida mínimas aceitáveis, este artigo fazia rir…
10. A situação de Timor-Leste é sinistra.
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quarta-feira, janeiro 24, 2007
Chega! - Tradução da Margarida
Por Malai Azul 2 à(s) 09:45
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
2 comentários:
1. Se o PGR, Longuinhos Monteiro, não fosse incompetente, sabia que não devia ir ao encontro do Mari na vespera do interrogatorio…
2. Se o Eis-PM, Mari Alkatiri, nao fosse incompetente, sabia que nao tinha autoridade de mandar a F-FDTL esmagar os peticionarios sem consultar com o PR.
3.Se o Eis-MI, Rogerio Lobato, nao fosse incompetente, sabia que nao tinha autoridade de distribuir as armas aos civis, seja de que razao, pois isto nao esta previsto na constituicao.
4. Se o MUNJ – Movimento Unidade Nacional de Justiça tivesse alguma noção do que é Justiça, continuariam com mais forca de actuar contra a injustica por ter muita gente / populacao a apoir (wake up F-maputos)
5.Se a situação em que vivem milhares de pessoas aterrorizadas e abaixo das condições de vida mínimas aceitáveis, este artigo faz me lembrar da imcompetencia do primeiro governo…
6. Se o eis-PM, Mari Alkatiri, nao fosse incompetente, sabia que tinha Policia Militar para actuar nas demostracoes dos Peticionarios em vez das F-FDTL.
Have a nice day ;-)
Se o leitor tivesse o mínimo de conhecimentos saberia que em qualquer país quem manda na polícia é o ministro do interior e até saberia que os membros das polícias são cidadãos…civis. Isso mesmo, civis.
E se o leitor tivesse o mínimo de memória saberia que de facto a Polícia Militar foi enviada para actuar em 28 de Abril, mas que não actuou.
E se tivesse o mínimo de vergonha lembrar-se-ia que antes da actuação de peticionários & outros friends do Xanana não havia nem deslocados nem gente aterrorizada em Timor-Leste.
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