Público - 11 de Dezembro de 2006
O décimo aniversário da entrega do Prémio Nobel da Paz ao actual primeiro-ministro de Timor-Leste, José Ramos-Horta, e ao então bispo de Díli, Carlos Filipe Ximenes Belo, foi pretexto ontem para uma cerimónia em que os principais dirigentes do país prometeram trabalhar em conjunto pela reconciliação nacional.
Com base numa tradição de séculos, o Presidente Xanana Gusmão, o chefe do Parlamento, Francisco Guterres, “Lu Olo”, Ramos-Horta e o secretário-geral do partido maioritário, Fretilin, Mari Alkatiri, reuniram-se numa residência especialmente construída para o acontecimento e prometeram que a ordem deverá regressar à conturbada nação.
O abraço trocado na ocasião entre Gusmão e Alkatiri, que nos últimos nove meses se envolveram em grandes polémicas, que passaram pelo afastamento do segundo da chefia do Governo, foi o ponto alto da cerimónia efectuada nas proximidades do Palácio das Cinzas, sede do poder, à beira-mar.
Os chefes tradicionais dos 13 distritos do país juntaram-se às mais altas figuras do Estado na “promesssa solene de abrir os corações à paz e à ordem”. Presentes estiveram ainda Francisco Xavier do Amaral, que em 1975 fora escolhido pela Fretilin para Presidente da primeira, e efémera, República de Timor-Leste, a seguir invadida pela Indonésia.
Todos os participantes na jornada estabeleceram o compromisso de trabalhar “para a paz, amor e sabedoria das próximas gerações”, dizendo que os espíritos dos heróis mortos irão servir de testemunha a este grande acto de reconciliação nacional.
Entretanto, uma patrulha da GNR detinha ao fim da tarde um grupo de sete jovens que tinham em seu poder um engenho explosivo artesanal.
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segunda-feira, dezembro 11, 2006
Cerimónia de reconciliação em Timor-Leste
Por Malai Azul 2 à(s) 07:25
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
4 comentários:
Paz, amor e sabedoria, tres palavras neste contexto sem sentido, se nao incluirem justica!...
Alguem quer pesquisar e informar sobre estes rituais tradicionais, nomeadamente a abertura dos animais para fazer a leitura das visceras? Parece que os prenuncios nao sao famosos... E a julgar pelos acontecimentos de ontem a noite... Quais serao as consequencias no sentir timorense? (independentemente da crenca na sua veracidade ou se funcionarao como profecias auto-confirmatorias). E porque nao se ouve falar disto? Obrigado
A cerimonia nao foi nas proximidades do palacio das cinzas e o palacio das cinzas nao se situa a beira mar. Lendo isto so posso dizer que quem escreveu esta a milhas daqui, e, escrevem tanto sobre nos e a nossa terra, Mas poderiam aqui estar connosco a viver a realidade, que concluiriam muito diferente das suas percepcoes, por muito que escrevam!
Gostei de ver, ou talvez nao? Vi o forte abraco que a Ana deu ao Ramos Horta. Outro abraco forte foi dispensado a Xanana Gusmao e ainda foi ate as caricias na sua branca barba como que a dizer-lhe, "por favor nao te quero ver chorar aqui e agora". Como se o que o Xanana escreveu esta completamente esquecido e perdoado, estarei a sonhar? Foi o Xanana quem disse mas repito-o aqui neste lugar: "COITADA DA DOUTORA ANA".
A Cerimónia decorreu em frente ao Palácio do Governo, junto ao mar.
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