DN
25.08.06
Abel Coelho de Morais
Díli foi ontem palco de novos confrontos entre bandos rivais no segundo dia consecutivo de incidentes violentos na capital timorense. Os grupos, compostos por centenas de jovens armados com pedras e catanas, defrontaram-se junto do Hospital Guido Valadares, registando as agências 11 feridos ligeiros, dois graves e a destruição de habitações por fogo posto .
No dia anterior, largas dezenas de jovens tinham-se envolvido em confrontos junto a um dos campos de deslocados em Díli, o campo Obrigado, situado na estrada do aeroporto, enfrentando posteriormente forças da polícia australiana e malaia presentes na zona em patrulha e que tiveram de ser apoiadas pela GNR.
Desde o fim de semana passado que cenas de violência voltaram a ser comuns em Díli, envolvendo grupos afectos às diferentes facções que se enfrentaram nos acontecimentos de Abril e Maio. A força internacional presente em Timor-Leste constata igualmente o envolvimento na violência de bandos ligados ao crime.
Por outro lado, as tensões entre os "ocidentais" e "orientais" continuam a fazer-se sentir nas ruas de Díli, atendendo a que permanecem na capital milhares de deslocados sem condições ou receosos de voltarem às suas localidades de origem. A crise que culminou com a demissão do então chefe do Governo, Mari Alkatiri, terá provocado, pelo menos, 30 mortos e mais de 150 mil deslocados.
Este problema foi ontem reconhecido pelo actual primeiro-ministro, José Ramos-Horta, numa sessão extraordinária do Parlamento timorense. Citado pela agência Lusa, Ramos-Horta afirmou que o seu Executivo fará "o possível para que [os deslocados] regressem às suas casas antes do tempo da chuva", isto é, em finais de 2006.
Ramos-Horta referiu ainda a disponibilidade dos militares australianos em permanecerem no território até final de Dezembro. A oferta do Governo de Camberra pode facilitar a aprovação da resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas - cuja votação deve ocorrer hoje - e que foi adiada na passada semana, devido a divergências sobre o comando e componente militar da nova missão da ONU em Timor- Leste.
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sexta-feira, agosto 25, 2006
Segundo dia consecutivo de confrontos em Timor-Leste
Por Malai Azul 2 à(s) 12:32
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Os conflitos vao continuar naturalmente porque nada mudou. Saiu o Mari mas entrou o Horta que nao melhor. Os outros Ministros sao os mesmos so que agora tem mais dinheiro para meterem ao bolso. O povo vai sofrendo e nao venham com desculpas que sao jovens bandidos e gangs.
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