sábado, agosto 26, 2006

Dos leitores

...a posição australiana é ridiculamente insustentável, pois uma força militar que se oferece para dar segurança à Missão da ONU e não consegue assegurar a integridade física dos seus próprios agentes policiais, perante um bando de garotos, não tem qualquer credibilidade.

Paradoxalmente, quem lhes tem valido é a tal GNR, que eles arrogantemente não queriam deixar trabalhar, a única força adequadamente escolhida e treinada para combater os problemas existentes em Dili. A GNR foi uma boa aposta do Governo português, ao contrário do que diziam alguns comentaristas que defendiam uma força militar. Esta teria sido um desastre, tal como se vê pela decepcionante actuação da tropa australiana.

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24 comentários:

Anónimo disse...

Timor-Leste: Polícias australianos despiram colegas timorenses em rua de Díli


Timor-Leste, 26 Ago (Lusa) - Polícias australianos em patrulha na cidade de Díli obrigaram hoje o director da Academia de Polícia de Timor-Leste a despir-se no meio da rua por usar farda ilegal, confirmou o oficial timorense à agência Lusa.

"Por ordem do nosso ministro do Interior fomos ao comando da ONU para uma reunião sobre a nossa actuação na nova missão das Nações Unidas e os polícias australianos obrigaram-nos a despir as nossas fardas e a ficar com roupa interior no meio da rua em frente de toda a gente", explicou, indignado, Júlio Hornay.

O mesmo responsável disse ser "inadmissível" a actuação da polícia australiana.

As "fardas da polícia timorense são legais e tínhamos recebido ordens do ministro, além de termos estado numa reunião com os responsáveis das Nações Unidas", explicou.

Um grupo de agentes da polícia de Timor-Leste esteve hoje, pouco antes do incidente, reunido com Sukehiro Hasegawa, representante do secretário-geral da ONU, e Antero Lopes, o novo comandante da polícia da ONU para abordar questões sobre o futuro da polícia timorense.

Júlio Hornay disse ainda à Lusa que está a fazer um relatório sobre incidente e que o vai entregar ao ministro do Interior, considerando também uma "falta de respeito" a actuação australiana.

Contactado telefonicamente pela Lusa, o comissário Antero Lopes escusou-se a fazer qualquer comentário ao assunto alegando desconhecer os pormenores do incidente.

JCS.

Lusa/fim

Anónimo disse...

Fico estupefacto como é que há pessoas que ficaram contentes por as forças australianas continuarem em Timor-Leste...

Anónimo disse...

Timor-Leste: educação rodoviária marca início do novo mandato policial da ONU


Díli, 26 Ago (Lusa) - Uma campanha de educação rodoviária nas ruas de Díli marcou hoje o início da nova missão policial da ONU em Timor-Leste comandada pelo comissário português ao serviço das Nações Unidas Antero Lopes.

Com vários postos de controlo espalhados na cidade, os polícias da ONU entregaram dezenas de folhetos aos condutores explicando também alguns procedimentos que devem tomar durante a condução numa lógica de "educação e prevenção", como referiu à agência Lusa Antero Lopes.

"Como responsáveis pela lei e pela ordem do país decidimos começar esta missão com uma campanha de prevenção rodoviária que se vai prolongar no tempo e visa fazer o policiamento com um sorriso ao mesmo tempo que iniciamos o nosso trabalho de restabelecimento e manutenção da ordem pública onde o trânsito é uma das componentes", disse.

O comissário, que iniciou o mandato da polícia das Nações Unidas e vai permanecer em Timor-Leste na fase inicial do estabelecimento da missão internacional, tem actualmente sob seu comando 127 militares da Guarda Nacional Republicana, 249 polícias da Malásia e 24 da missão das Nações Unidas, sendo que malaios e portugueses constituem "unidades de reserva".

A missão das Nações Unidas em Timor-Leste vai trabalhar de "forma colaborativa com o Governo e em seu apoio" ao mesmo tempo que irá "implementar estratégias comunitárias de forma a executar a sua tarefa dentro dos interesses da população".

Além da missão de restabelecimento e manutenção da lei e ordem públicas, um trabalho que será "conjugado com a Polícia Nacional de Timor-Leste que numa primeira fase irá andar fardada mas desarmada", Antero Lopes mantém as componentes da investigação criminal, de educação cívica e de apoio humanitário.

"Os criminosos serão capturados e entregues à Justiça, vamos trabalhar com agências da ONU para resolver problemas de crianças e jovens e vamos desenvolver programas de apoio à vítima, no âmbito da violência doméstica, nomeadamente na defesa das mulheres", disse.

Em Díli, a cidade onde os conflitos entre grupos são mais visíveis e frequentes, haverá um lançamento por fases de um "programa de segurança" destinado a "criar as condições para a solução dos problemas dos deslocados".

Com um total de 1.600 efectivos na polícia das Nações Unidas que serão recrutados gradualmente até final do ano, Antero Lopes já identificou com o Ministério do Interior pelo menos seis locais onde é "necessário lançar operações intensivas de patrulhamento móvel" que à medida em que as condições de segurança melhorarem serão complementadas com "patrulhas apeadas e, depois, presença estática".

Com uma cidade em que há sempre "muitas coisas para fazer no capítulo policial", Antero Lopes tem ainda muitos pontos no plano por resolver, nomeadamente as questões de presença física de patrulhas nos bairros, pelo que apelou aos países contribuintes de forças para a missão da ONU para que cedam também "postos móveis usados na actividade das forças de segurança".

Com uma aposta na reactivação da Polícia Nacional de Timor- Leste, que terá em breve cerca de 3.500 efectivos e "é essencial para trabalho da ONU", Antero Lopes encara a reconstituição daquela força como "um desafio" onde será necessário, através do escrutínio dos elementos a readmitir que irá coordenar, "fazer uma triagem que seja transparente onde possam ser escutadas acusações de má conduta mas também onde se dê oportunidade de defesa aos acusados".

"Será uma triagem com base em critérios de integridade mas também de competência e aptidões tendo como produto final a certificação dos agentes com base em critérios internacionais ajustados à realidade timorense".

Para Antero Lopes "não há loromonos ou lorosais na polícia e este vai ser um corpo de polícia uno e integro em defesa dos Direitos e Liberdades Fundamentais dos cidadãos timorenses", garantiu.

"A missão policial das Nações tem ser exemplar em toda a actuação dos seus elementos, tanto na componente de desempenho profissional como no respeito pelas normas do código de conduta e manterei +tolerância zero+ a qualquer situação grave de desvio comportamental", concluiu.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou sexta-feira por unanimidade uma nova missão para Timor-Leste que prevê o envio para o território de uma força policial de 1.600 homens e a redução do actual contingente militar.

A nova missão das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT) "terá uma componente civil apropriada, com um máximo de 1.608 polícias, e uma componente militar que terá inicialmente um máximo de 34 oficiais militares e funcionários de ligação", refere o texto da resolução 1704, aprovada pelos 15 membros do Conselho de Segurança.

A resolução concilia as diferentes posições que há uma semana levaram a um impasse: a Austrália continuará a liderar a força militar multinacional, mas a responsabilidade pela manutenção da ordem pública será entregue a um contingente de polícia multinacional, como tinha proposto o secretário-geral Kofi Annan no seu relatório.

Segundo o embaixador Robert Hill, a Austrália reduzirá de 2.000 para 650 elementos a força militar que tem em Timor-Leste quando chegar o contingente de 1.608 polícias.

Segundo a resolução, o mandato de seis meses renováveis da UNMIT inclui apoiar o governo a "consolidar a estabilidade, aumentar a cultura de uma governação democrática, e facilitar o diálogo entre os timorenses nos seus esforços de iniciar um processo de reconciliação nacional".

Até 25 de Outubro, a UNMIT deverá apresentar ao Conselho de Segurança um relatório sobre a sua acção, para que este possa "considerar possíveis ajustamentos na estrutura da missão, incluindo o tamanho e natureza da componente militar".

A UNMIT terá também por missão apoiar Timor-Leste em todos os aspectos no que respeita às eleições presidenciais e parlamentares de 2007 e assegurar, através da presença da polícia das Nações Unidas, a restauração e manutenção da segurança pública.

Na resolução, o Conselho de Segurança pede aos países que têm forças em Timor-Leste - Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal - que cooperem com a UNMIT no cumprimento do seu mandato.

Sublinha ainda o pedido do secretário-geral para que sejam implementadas "as actuais directivas da UNMIT para cumprir a política de tolerância zero da ONU sobre exploração e abusos sexuais".

JCS/MRF.

Lusa/fim

Anónimo disse...

Timor-Leste: Antero Lopes é português e comanda polícias da ONU - perfil


Díli, 26 Ago (Lusa) - Aos 38 anos, Antero Alfarela Oliveira Lopes, natural de Angola, é o novo comandante das forças policiais da ONU em Timor-Leste e será, nos próximos meses, o primeiro responsável pela lei e a ordem no país.

Nascido a 09 de Dezembro de 1967 em Luanda, Antero Lopes, como é conhecido, é funcionário das Nações Unidas desde 2001, onde desempenha as funções de conselheiro-adjunto de Polícia da ONU e é director-adjunto da divisão de Polícia.

Frequentou a escola em Luanda até regressar a Portugal em Setembro de 1974 e em 1986 entrou para o Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, concluindo cinco anos depois a licenciatura em Ciências Policiais.

O seu currículo académico inclui, entre outros, um mestrado em Estudos Estratégicos, uma pós-graduação em relações Internacionais e um mestrado em Estudos Europeus com especialização em Justiça e Assuntos Internos.

Antero Lopes teve a sua primeira missão ao serviço das Nações Unidas em 1993 na ex-Jugoslávia, onde foi comandante regional de operações e chefe de operações no comando geral da ONU.

Em Fevereiro de 2000 iniciou uma missão de um ano em Timor-Leste como comissário-adjunto da então UNTAET.

Desde que ingressou nas Nações Unidas, Antero Lopes já efectuou missões de estudo e apoio à gestão e implementação de mandatos das Nações Unidas no Kongo, Haiti, Libéria, Serra Leoa, Costa do Marfim e Kosovo.

Hoje iniciou a segunda missão em território timorense num trabalho que, apesar de não ficar no terreno por muitos meses, vai acompanhar enquanto as Nações Unidas se mantiverem no país.

JCS.

Lusa/Fim

Anónimo disse...

Timor-Leste: Ramos-Horta "satisfeito", mas não afasta Força de Paz alargada


Díli, 26 Ago (Lusa) - O primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, manifestou-se hoje "satisfeito" com a votação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas admitiu a possibilidade de ser constituída uma Força de Paz alargada e não exclusiva da Austrália.

Em declarações à agência Lusa, Ramos-Horta sublinhou a "satisfação" por o Conselho de Segurança da ONU ter aprovado o envio de uma força policial internacional, embora reconheça que na situação vivida nos últimos meses no país seria "normal a constituição de uma Força de Paz" de cariz militar.

"Em situações como a que Timor-Leste viveu seria normal a opção pela fórmula de constituição de uma Força de Paz, embora neste caso, e bem, se tenha entendido que seria mais importante uma força policial", afirmou.

O chefe do Governo de Timor-Leste disse também que no final de Outubro poderá chegar-se à conclusão da "não necessidade de uma Força de Paz", mas defendeu que, caso seja necessária, "ela deverá ser sempre tomada pelo consenso do Conselho de Segurança da ONU".

"A decisão no sentido da criação de uma Força de Paz deve sempre servir os interesses de Timor-Leste ou seja, terá de ser solução eficaz que garanta a paz e a tranquilidade das populações", afirmou.

Ramos-Horta recordou que para já a Austrália irá manter-se até ao final de Dezembro em Timor-Leste e num quadro de relações bilaterais entre os dois, mas adiantou que antes do final do ano terá de "ser feita uma avaliação sobre a continuidade dos australianos ou, caso seja necessário, da constituição de uma Força de Paz mais alargada e não apenas exclusiva da Austrália".

"Essa decisão será sempre tomada através de consultas com o secretário-geral da ONU e o consenso do Conselho de Segurança", concluiu.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou sexta-feira por unanimidade uma nova missão para Timor-Leste que prevê o envio para o território de uma força policial de 1.600 homens e a redução do actual contigente militar.

A nova missão das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT) "terá uma componente civil apropriada, com um máximo de 1.608 polícias, e uma componente militar que terá inicialmente um máximo de 34 oficiais militares e funcionários de ligação", refere o texto da resolução 1704, aprovada pelos 15 membros do Conselho de Segurança.

A resolução concilia as diferentes posições que há uma semana levaram a um impasse: a Austrália continuará a liderar a força militar multinacional, mas a responsabilidade pela manutenção da ordem pública será entregue a um contingente de polícia multinacional, como tinha proposto o secretário-geral Kofi Annan no seu relatório.

Segundo o embaixador Robert Hill, a Austrália reduzirá de 2.000 para 650 elementos a força militar que tem em Timor-Leste quando chegar o contingente de 1.608 polícias.

Segundo a resolução, o mandato de seis meses renováveis da UNMIT inclui apoiar o governo a "consolidar a estabilidade, aumentar a cultura de uma governação democrática, e facilitar o diálogo entre os timorenses nos seus esforços de iniciar um processo de reconciliação nacional".

Até 25 de Outubro, a UNMIT deverá apresentar ao Conselho de Segurança um relatório sobre a sua acção, para que este possa "considerar possíveis ajustamentos na estrutura da missão, incluindo o tamanho e natureza da componente militar".

A UNMIT terá também por missão apoiar Timor-Leste em todos os aspectos no que respeita às eleições presidenciais e parlamentares de 2007 e assegurar, através da presença da polícia das Nações Unidas, a restauração e manutenção da segurança pública.

Na resolução, o Conselho de Segurança pede aos países que têm forças em Timor-Leste - Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal - que cooperem com a UNMIT no cumprimento do seu mandato.

Sublinha ainda o pedido do secretário-geral para que sejam implementadas "as actuais directivas da UNMIT para cumprir a política de tolerância-zero da ONU sobre exploração e abusos sexuais".

JCS/MRF.

Lusa/fim

Anónimo disse...

O embaixador Australiano na ONU Robert Hill, diz que “a Austrália reduzirá de 2.000 para 650 elementos a força militar que tem em Timor-Leste quando chegar o contingente de 1.608 polícias”, o Ramos-Horta disse no Parlamento esta semana que a Austrália "está disponível para manter militares em Timor -Leste até Dezembro” mas agora garante à Lusa que “para já a Austrália irá manter-se até ao final de Dezembro em Timor-Leste e num quadro de relações bilaterais entre os dois, mas adiantou que antes do final do ano terá de "ser feita uma avaliação sobre a continuidade dos australianos ou, caso seja necessário, da constituição de uma Força de Paz mais alargada e não apenas exclusiva da Austrália".

Isto é, o que parece é que o Ramos-Hosta não está nada satisfeito por afinal o Conselho de Segurança ter dado a responsabilidade pela manutenção da ordem pública em TL ao tal contingente de polícia multinacional, como aliás o Secretário-Geral Kofi Annan tinha proposto. E parece que os Australianos também não ficaram lá muito satisfeitos…

Mas o pior é que não se sabe até quando é que os militares Australianos vão continuar em TL. Alguém sabe?

Anónimo disse...

Meteram-se lá e agora quem é que os tira?

O que é espantoso é que quando RH diz que gostaria mais de ver uma força única da ONU parece que se esquece que é o 1º Ministro de TL e que tem o poder de mandar embora os australianos. Então já não haveria "impasse". O que o impede de fazer isso? Estranhamente, coloca tudo nas mãos do "consenso do Conselho de Segurança". fala como se nada dependesse dele.

Também não percebi como é que a Austrália vai cooperar com a UNMIT se, pelo que dizem as notícias, só as polícias portuguesa e malaia foam colocadas sob comando do intendente Antero Lopes.

Anónimo disse...

"Isto é, o que parece é que o Ramos-Hosta não está nada satisfeito por afinal o Conselho de Segurança ter dado a responsabilidade pela manutenção da ordem pública em TL ao tal contingente de polícia multinacional, como aliás o Secretário-Geral Kofi Annan tinha proposto. E parece que os Australianos também não ficaram lá muito satisfeitos"

Como é que esta imbecil conseguiu concluir o acima dito das palavras de Ramos Horta?

Eu concluo exactamente o oposto, isto é, se as forças australianas não corresponderem às expectativas, o governo timorenses pedirá que as forças militares australianas passem para o chapéu da ONU com a inclusão de forças de outros países, ou se vão embora.
É claro como água, só que dito de forma diplomática.

E admito perfeitamente que os australianos não tenham ficado muito satisfeitos com estas declarações nem com a resolução da ONU, mas com isso posso eu bem.

Convém saber ler o que é dito por diplomatas e não se deixar cegar pelo facciosismo.

Anónimo disse...

Anónimo das 2:43:20 AM:
Escreve: "se as forças australianas não corresponderem às expectativas", mas você acha que ainda é pouco as forças Australianas terem possibilitado a multiplicação por 20 dos incêncios e das pilhagens e a triplicação dos deslocados? E acha que como "prémio" em vez das despachar para o país ainda devia ser TL a propôr que passassem para o "chapéu" da ONU? E não reparou ainda que elas não estão sózinhas hoje, que lideram a coligação com a Nova Zelândia e a Malásia? Ou está-me a dizer que o único cenário que se pode equacionar é elas TEREM de aí ficar? Porque carga de água? Pode explicar, s.f.f.?

Anónimo disse...

Desde quando é que a actuação das tropas portuguesas, que se encontram em vários pontos do mundo, tem sido um desastre? Comparar a actuação das tropas australianas com uma possível actuação de tropas portuguesas?!?!?!?!!!!!!!!!!!!
Tenha dó e informe-se!!! Pode começar pelas populações da antiga Jugoslávia onde estão estacionadas alguns contingentes militares portugueses.

Anónimo disse...

Também não percebo a animosidade desenfreada contra os australianos... por mais que pudessem fazer muito mais para impedir a violência, são uma força militar e se agissem, não seria com o saber de uma polícia, ainda bem que não punem a violência, porque um militar pune disparando. E não são eles que andam a queimar casas nem atirar pedras, são timorenses que só demonstram como a longo prazo tendem a ser ingovernáveis e estão condenados a depender de uma das potências da região. Preferem a Indonésia? A MAlásia? Ou não será melhor ter boas relações com a única democracia verdadeira da região? Ou ainda sonham que seja o Japão a proteger Timor? Ou acham que a ONU vai estar lá para sempre...? Não há baby-sitters eternos... A Margarida não esconde enorme rancor contra Australianos e Ramos Horta, o que é pena, ou no mínimo devia ser mais frontalmente explicado. De contrário, não ficava mal alguma gratidão para com o Xanana e o Ramos Horta que foram quem conseguiu tudo o que têm até hoje, e Australianos que embora não inocentemente, são quem tem valido para não se matarem uns aos outros!

Anónimo disse...

Como é que ela tira estas conclusões do que não é dito, deixa-me perplexo.

Leia com olhos de ler, as declarações do RH. Releia.
Torne a ler. E agora já entende?
O RH concordou com o mal menor, que é rapidamente ter uma força internacional de polícia robusta debaixo do chapéu da ONU.
Porque nesta situação, só a polícia pode ajudar a resolver os prblemas. Os militares não são adequados para estas tarefas, só sabem reagir disparando projécteis reais que matam.
E não é essa a intenção, pois não? Para isso já bastaram as asneiras das FDTL e do grupo do Reinado mais o Railós, certo?

Se para ter essa força de polícia rapidamente, foi preciso atirar para 25 de Outubro uma decisão definitiva sobre as forças militares, naturalmente escolheu o mal menor.
Porque pior, seria protelar a nova missão da ONU sabe-se lá quanto mais tempo.

Quem oode resolver a situação é a polícia e não a tropa. Esta só está lá para proteger a missão da ONU, se a coisa se agravar muito.
Percebeu agora, ou é preciso fazer banda desenhada?

Anónimo disse...

La perceber ela percebeu! Mas o trabalho dela eh fazer com que os leitores menos atentos e menos informados sobre a questao compreendam da maneira como a Fretilin quer que eles compreendam.
Por isso ela distorce e manipula as palavras de todas as maneiras possiveis para servir os interesses do nucleo duro da Fretilin que a paga para fazer este trabalho.

Anónimo disse...

Anonimo da 1:27:09 PM
Porque acha que sabe tudo e as vezes chega a ser imbecil? A populacao denuncia a inercia das tropas Australianas repetidamente, assite-se tambem na televisao, porque omite a verdade ? Voce sinceramente esta precisando de um par de oculos, porque ou eh cegueta ou eh miguelito vai com eles ou maria vai com elas, e deve estar a espera de um lugarzinho ao sol em TL nao? Comeca a levar as coisas a serio e pensar um pouco em TL e nao no seu proprio umbigo.
Forca Margarida aprecio os seus comentarios, pela minha leitura nao esta a servir os interesses de nenhum partido politico apenas defende a verdade o que muitos hipocritas e oportunistas nao sabem o que eh. Pelo que eu tenho acompanhado e visto quem tem o mau habito de pagar as pessoas para fazer "trabalhinhos" eh outro grupinho talves incluindo voce.

Anónimo disse...

Afinal parece mesmo que o único cenário que certos "patriotas" equacionam é elas, as tropas Australianas TEREM de ficar em TL. Percebe-se que estes "patriotas" não confiam nas honradas forças armadas do seu país. Esta é a razão.

Anónimo disse...

Depois daquilo que as forcas armadas fizeram em Tasitolo e no QG da PNTL penso ser dificil para muitos confiar nelas.

Anónimo disse...

"Percebe-se que estes "patriotas" não confiam nas honradas forças armadas do seu país. Esta é a razão."

Exactamente ao contrário. Por querem que elas não percam o pouco capital de confiança que ainda detêm é que se requer que as FDTL se mantenham à margem deste conflito polito-partidário.

O erro foi querer transformá-las no exército vermelho de suporte da FRETILIN. Vê-se a consequência que teve (Taci-Tolu e QG da PNTL).

Fez bem TMR em recusar participar na manobra e assim preservá-las.

Anónimo disse...

Anónimo das 12:05:35 AM: ontem, por puro acaso encontrei na net a transcrição da conferência de imprensa de Angus Houston, o Chefe da Força de Defesa Australiana, em 26 de Maio onde ele explicava os objectivos da chamada “Operation Astute”, isto é operação esperta, inteligente, que foi como chamaram à Operação das tropas Australianas em TL.

Parte assim do próprio chefe das forças armadas Australianas o desmentido mais cabal a essa sua afirmação de que Xanana e Ramos-Horta pretendem preservar as F-FDTL. È dele a afirmação que a sua missão era acantonar as facções em luta. Isto é, foram para TL para contrariar a decisão do seu governo legítimo em relação aos peticionários, para os re-legitimar e nesse processo consideraram-nos exactamente em pé de igualdade com as honradas F-FDTL, a quem tratam de “facção”. Deixo tradução de partes dessa conferência de imprensa e no fim o link:

“ (…) Repare, no modo como entramos nisto, obtivemos acordo dos principais no Governo de Timor-Leste, essencialmente vamos com uma política de desligamento (“policy of disengagement”). Iremos para separar as facções em luta, e seremos completamente neutros nesse esforço.

É absolutamente imperativo que adoptemos esse estilo, porque se não (o adoptarmos) não realizaremos a nossa missão. Assim é tudo sobre separar facções, pô-las nos quartéis, criar acantonamentos, gerir bem um processo de armas, e depois criar condições para discussão, negociação e um modo sensível de resolver problemas.

(...) Assim o que precisamos de fazer é, entrar lá com muita força de combate, mostrar que temos uma muito boa capacidade e fazer com que esses grupos se retirem para os seus quartéis, fiquem nos seus quartéis.

(…) Temos esperança de estabelecer um regime onde toda a gente regresse aos seus acantonamentos ou aos seus quartéis, e que essencialmente fiquem lá sob nossa protecção e sob a nossa ajuda.

(…) Entrámos com poder de combate suficiente, uso essa palavra, para podermos criar um ambiente estável dentro de Dili. A melhor maneira de proceder é pôr toda a gente que esteve envolvida nesses confrontos infelizes de regresso aos quartéis. Por outras palavras, uma política de desligamento, separa os combatentes, mete-os nos seus quartéis, estabelece detenções, gere as armas, e depois cria as condições para a negociação e resolução desses problemas que causaram a violência.

(…) Quero crer que vamos resolver os problemas em Timor-Leste bastante rapidamente. Criar o ambiente estável e depois penso que o que acontecer a partir daí é realmente uma matéria para o Governo de Timor-Leste, o nosso Governo, os nossos parceiros e provavelmente as Nações Unidas.

Mas o que prevejo é que não ficaremos para providenciar o efeito de estabilização por muito, muito tempo. De preferência o que precisaremos de fazer é chegar a alguns arranjos, provavelmente com as Nações Unidas de acordo com o qual assumam a necessidade de estabilização um dia destes no futuro.

(…) Bem em termos da política de Timor-Leste, não quero entrar nisso (fracturas entre o Ministro dos Estrangeiros, o Primeiro-Ministro, o Presidente). Havia claramente algumas dificuldades políticas lá. Essas dificuldades precisam de ser resolvidas pelas partes dentro de Timor, e penso que criando-se um ambiente estável ajudará a criar as condições onde essas diferenças podem ser resolvidas num processo de negociação, em vez de recorrer a forças armadas duma facção ou doutra. Não quero adiantar mais neste assunto (...)”

http://www.defence.gov.au/media/2006/260506.doc

PS: E o que se pode concluir, três meses depois, é que a poderosa “operação esperta” foi um fiasco completo, no que respeita às F-FDTL que está acantonada mas mantém-se íntegra e armada.

Anónimo disse...

A verdade tem que ser apurada, e a dignidade das F-FDTL restaurada!
Se assim o PR primeiramente como o Comandante Supremo das Forças Armadas e o PM o quisessem, já o tinham feito. Como não têm mostrado interesse nem dado passo algum nesse sentido, só resta a concluir que o seu objectivo é fazer as populações, actualmente talvez apenas uma fasquia de população, a crer que as F-FDTL foram principalmente culpadas para toda a tragédia que actualmente se vive no país, mantendo assim as Falintil-FDTL acantonadas e de maõs atadas para poderem intervir na estabilização da situação. Só assim fica o espaça aberto para as forças australianas. Só acantonando as F-FDTL podia garantir-se que estas não intervinham na defesa da SOBERANIA, da LEGALIDADE e LEGITIMIDADE DEMOCRÀTICAS enquanto se desenrolava o golpe de destituição do Primeiro-Ministro e do derrube do Governo.
É urgente fazer um inquérito a todos os envolvidos e garantir que as autoridades políticas garantam um julgamento, com maior celeridade possível, em tribunais competentes de desertores e criminosos, como sejam Reinado, Salsa, Railos e outros.
Os apedrejadores das Falinti-FDTL, em tentativas de tanto agradar a correntes políticas actuais, fazem realmente tudo para enxovalhar, injuriar e difamar as Falintil-FDTL. Só fossem minimamente imparciais e realistas haviam de julgar o acto premeditado do Reinado em ter atirado de sangue frio para um dos camaradas das F-FDTL, avisando antes de iria contar até dez antes de disparar, através de um crime de sangue frio premeditado, além de cumulação de muitos outros, sem agora alargar a exposição.
Se realmente há alguma culpabilidade por parte de alguns elementos das Falintil-FDTL, estes têm que ser responsabilizados e culpabilizados em vez de satanizar toda a força de defesa da SOBERANIA do país.
Assim é que devia ser feito num ESTADO DE DIREITO.
Afinal, quem recorre à praça pública, à arbitrariedade sem legalidade e calúnias, são vocês que bem sabem que a lei não está do vosso lado, nem verdade, nem justiça, nem humanidade, nem dignidade. Assim, a única maneira é atirar com aquilo que defenda a SOBERANIA para o lamaçal.

Anónimo disse...

Lafaek: concordo com o que escreveu e lembro ainda que se foram obrigados a actuar perante o Alfredo e boys apanhados em flagrante a violar a lei com armas ilegais até hoje ainda nem sequer chamaram o Salsa, o Railós, o Tara ou o Tilman para serem interrogados! Nem mesmo o Railos que publicamente confessou crimes e até no programa da four corners que serviu de pretexto para o Xanana exigir a demissão do então PM.

E ainda há gente que enche a boca com legitimidades e justiças. Eles sabem do jogo sujo com os Australianos em que os actuais PM e PR alinharam para derrubar o legítimo PM de TL.

Anónimo disse...

"Parte assim do próprio chefe das forças armadas Australianas o desmentido mais cabal a essa sua afirmação de que Xanana e Ramos-Horta pretendem preservar as F-FDTL"

Onde é que eu disse que o PR e o RH é que mandaram acantonar as FDTL?

O que disse e repito é que a decisão preserva a integridade das próprias FDTL. E é verdade. Veja como está a PNTL por obra e graça do seu querido Rogério Lobato.

"Só acantonando as F-FDTL podia garantir-se que estas não intervinham na defesa da SOBERANIA, da LEGALIDADE e LEGITIMIDADE DEMOCRÀTICAS enquanto se desenrolava o golpe de destituição do Primeiro-Ministro e do derrube do Governo."

Se calhar queria que ainda matassem mais gente? É mesmo falta disso que Timor tem.

O que você queria era uma guarda vermelha da FRETILIN, mas TMR não foi nisso. Ele bem sabe que as forças armadas são do país e não de um partido. O partido que resolva os problemas que criou.

Acha que pouca gente foi morta desde 1975? É preciso mais? Ainda não estão satisfeitos?
Tem que ser até tomarem banho em sangue, como profetizava o homenzinho?

Criminosos.

Anónimo disse...

JOGA NESTES ASSASSINOS ANONIMO Segunda-feira, Agosto 28, 2006 6:27:45 AM

Mataram (ate os proprios membros da FRETELIN como sargento Aquiles e outros) e agoram mostram se como santinhos e herois.

ASSASSINOS!!!

Anónimo disse...

Afinal a Margarida Sabichona tambem diz que o actual PM nao e legitimo? Este governo nao e o II governo constitucional?
Entao nao esta com a sua camarilha que diz que este governo e ainda um governo da Fretilin? Ou sera obcessao sua pelo Rogerinho e Alkatirito?

Anónimo disse...

Aprenda a ler anónimo. Vá lá acima e releia s.f.f.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.