Tradução da Margarida:
Este relatório é baseado em infornações recebidas pelo Gabinete das Nações Unidas em Timor-Leste (UNOTIL), Agências da ONU, NGO’s internacionais e fontes dos media.
SITUAÇÃO
1. A vida em Dili está a regressar a normalidade com lojas, escolas e serviços públicos a re-abrir. Contudo, tem havido um aumento nos incidentes de segurança nos últimos dias, alguns relacionados com a detenção do Major Alfredo Reinaldo (comandante desertor das FFDLT, um dos desertores originais das forças militares) e de 21 outros pela posse ilegal de armas e munições.
2. A polícia continua a patrulhar Dili, e os militares fazem o controlo entre as 23:00-07:00 hrs. Dentro duma semana, prevê-se que a polícia patrulhará 24/7 com apoio militar se necessário. As forças militares estão a tirar o saldo das tropas, o que levará à redução gradual da presença militar.
3. Em resposta ao crescente desassossego entre gangs de jovens na área do mercado de Comoro, A Força Conjunta impôs patrulhamento extra na área. A UNICEF está preocupada com o aumento de jovens que praticam actos de violência.
4. O Gabinete do Primeiro-Ministro informou em 25 de Julho que o PM Ramos-Horta adoptou uma abordagem coerente do governo na administração e prestação de serviços do governo. Neste contexto, o PM Ramos-Horta encarregou os seus dois Vice PMs, Estanislau da Silva e Rui Araújo, com a tarefa de gerir responsabilidades relevantes do governo. O Vice PM Rui Araújo assumiu a responsabilidade pela coordenação de todas as áreas relacionadas com a crise, incluindo subsídios, reconstrução de casas, assistência humanitária, saúde, segurança alimentar, educação e juventude.
5. A avaliação da informação reunida pela comunidade humanitária em Timor-Leste indica crescentemente que o regresso sustentado dos deslocados está dependente da resposta às causas do conflito e soluções de rápido impacto para facilitar o regresso dos deslocados pode não ser suficiente para persuadir todos os deslocados a regressarem. Os deslocados ainda têm consideráveis restrições para regressarem às suas casas em Dili: ao mesmo tempo que têm acesso aos empregos e escolas na capital durante o dia, passam a noite nos campos de deslocados. É provável que algum nível de deslocações na vizinhança de Dili possa continuar nos próximos meses, possivelmente até à estação das chuvas em Novembro ou mesmo até às eleições previstas em Maio de 2007.
6. Em 25 de Julho, o Coordenador Humanitário da ONU Finn Reske-Nielsen dirigiu o segundo encontro de dadores com o estatuto do Flash Appeal. RC/HC Reske-Nielsen anunciouque o Apelo de $19.6 milhões lançado em 12 de Junho recebeu US$10,660,781 em contribuições e compromissos e US$9, 713, 972 em promessas. Os principais dadores do flash appeal incluem a Austrália, Japão, Nova Zelândia, a Comissão Europeia / ECHO, Irlanda, Suécia, Noruega, Canadá, Itália, Alemanha, Singapura e Coreia do Sul.
7. O Director da UNICEF do Leste da Ásia e da Região do Pacifico, Ms Anupama Rao Singh, visitou Timor-Leste de 23-26 Julho 2006. Duriante a sua visita de quatro dias, Ms Singh encontrou-se com líderes juvenis, líderes mulheres, o bispo de Dili Alberto Ricardo, os Vice Primeiro-Ministros Estanislau da Silva e Dr Rui Araujo, bem como com representantes das Agências da ONU e de ONG’s. Durante uma Conferência de Imprensa no fim da sua visita, Ms Anupama Rao Singh destacou a importância das necessidades das mulheres e crianças nos campos de deslocados e a importância das crianças regressarem à escola tão cedo quanto possível. Disse que a UNICEF continuará a trabalhar com o Ministério da Educação numa campanha de regresso à escola a começar no novo ano escolar em Setembro e pediu ao Presidente para envolver mulheres e jovens em qualquer iniciativa de reconciliação ou de construção de paz.
8. Em 27 de Julho, Mr. Sukehiro Hasegawa, o Especial Representante do Secretário-geral para Timor-Leste saudou a decisão do Primeiro-Ministro de ordenar uma investigação de larga escala a possível corrupção nos serviços civis, e prometeu o apoio da ONU. O PM Ramos-Horta lna semana passada ordenou ao Inspector Geral interino para fazer rápidas investigações a possíveis fraudes, roubo de bens do Governo, e outras formas de corrupção durante e depois da crise de segurança em Timor-Leste. Em 11 de Julho, o dia depois de Ramos-Horta tomar posse, o SRSG Hasegawa entregou ao Primeiro-Ministro uma cópia do relatório sobre “Reforço da Responsabilidade e Transparência em Timor-Leste” preparado por uma equipa d especialistas internacionais, que visitaram Timor-Leste com este objectivo mais cedo neste ano. O relatório recomenda, entre outras coisas, um plano anti-corrupção, a publicação mais vigorosa de programas e planos do governo e que seja dada prioridade ao treino de funcionários públicos sobre código de conduta e ética.
RESPOSTA
9. A quarta distribuição de arroz do governo começou em 22 de Julho. Esta semana, o WFP distribuiu um total de 72.475 MT de bens variados de alimentação a 25,123 beneficiários. As operações da IOM distribuiram um total de 1551.162 MT desde 29 de Maio, 2006. A UNHCR continuou a distribuição de NFIs em Dili e nos distritos perto de Dili. Até à data a UNHCR distribuiu, entre outros, 1,759 tendas em 27 locais, 17,180 cobertores em 29 locais em Dili bem como 2,381 conjuntos de cozinha em 9 locais e 11,830 cobertores em sete locais no exterior de Dili.
10. O Governo de Timor-Leste deu passos na construção de uma moldura para um regresso seguro e sustentado. Em 21 de Julho, o Ministro Bano apresentou um esboço reforçando a necessidade de criar condições para o regresso e reintegração, que garantam a segurança e a protecção dos deslocados, facilitem a reconstrução das casas estragadas ou destruídas e que respondam à situação de segurança tanto em Dili como nos Distritos.
11. O projecto de emprego de curta duração chamado ‘Servi Nasaun’ (Serve the Nation) foi lançado oficialmente em 21 de Julho no Suco Metiaut, Dili Oeste, pelo PM Ramos-Horta, Ministro do Trabalho e Reinserção Comunitária Arsenio Bano, e o Coordenador Humanitário da ONU, Finn Reske-Nielsen. Na cerimónia estiveram alguns diplomatas. ‘Servi Nasaun’ começou a dar oportunidades de emprego há já mais de três semanas e até à data já empregou 2,200 pessoas. Os beneficiários têm trabalhado em actividades de assistência humanitárias, tais como distribuição de comida e equipas de limpeza em comunidades. Os trabalhadores recebem $2 por dia. O projecto, financiado pelos governos da Austrália, Japão, e Suécia, é implementado com o apoio do UNDP e do ILO sob a supervisão do Ministro do Trabalho e da Reinserção Comunitária.
12. A campanha do Ministério da Saúde contra o sarampo e de suplementos de Vitamina A atingiu quase 18,000 crianças; a mais de 6,400 foram dados suplementos de Vitamina A e mais de 14,700 foram feitos tratamentos contra as lombrigas. A campanha é apoiada pela UNICEF e por ONG’s locais e internacionais
13. A UNICEF, Oxfam, Concern, CRS e PLAN trabalham na distribuição de kits de higiene para as famílias nos distritos, depois duma avaliação recente à água e à sanidade e higiene de 77 aldeias terem recomendado a distribuição imediata de kits de higiene e de jerry cans. Kits de higiene para 5,000 famílias serão distribuídos até ao fim de Agosto. 830 kits de higiene foram distribuídos em Liquica esta semana, durante a visita do director regional, Ms Anupama Rao Singh.
14. A UNHCR e os seus parceiros Governamentais e não-Governamentais começaram a dirigir uma avaliação de protecção alargada, para dar assistência à segunda fase do plano de resposta de protecção para os deslocados e comunidades. Está previsto para 28 de Julho um relatório inicial com a primeira avaliação. O Ministério do Trabalho e o grupo de trabalho para a protecção da criança cooperam na avaliação que inclui entrevistas com os gestores dos campos e outro pessoal de apoio, discussões de grupos e actividades organizadas com crianças.
15. Entre 13 e 21 de Julho, o UNDP Communications Support to Humanitarian Assistance para projectos de deslocados fez 105 visitas em campos de deslocados em Dili, Hera, Metinaro, e Dare. (...).
16. O Governo começou uma inspecção a casas estragadas e queimadas através do Gabinete Nacional de gestão de desastres. Em 28 de Julho, estavam documentadas 906 casas parcialmente ou totalmente queimadas, com mais informação a acrescentar.
A OCHA está em contacto estreito com a equipa da ONU no país e com a UNOTIL em Dili e fornecerá mais informação quando a tiver disponível. Este relatório da situação, bem como mais informações de emergências correntes, está também disponível no OCHA Internet Website em http://www.reliefweb.int.
quarta-feira, agosto 02, 2006
Deslocamento da População – Relatório da Situação Nº 4 da OCHA
Por Malai Azul 2 à(s) 10:24
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
29 comentários:
Ena pa, esta tudo muito calado! O que aconteceu?
O PR calado, os amos Bispos calados, e agora andam ai a dizer que o RH vai seguir com o plano do MariAlkatiri! Afinal para que foi a merda toda? O Arabe nao prestava! O mestico Malai e que e bom!
Coitado, Imi neh beik dunni! Imi lakoi Arabe ukun imi! Malai mak diak hei? Imi la serve duni! Diak liu fila ba Portugal huso Portugues mak ukun ita nia rai.
"Em 28 de Julho, estavam documentadas 906 casas parcialmente ou totalmente queimadas" e pela informação doutro texto (sobre o fundo do petróleo) aprendi também hoje que até os escritórios dos funcionários superiores que finalizavam os contratos com a ENI e a empresa Indiana que ganharam o concurso foram saqueados. Isto é além de residências e de lojas saquearam e queimaram edifícios públicos (aliás o primeiro a ser apedrejado e a ficar com todas as janelas partidas foi a sede do governo) e o tribunal. Se isto não é uma política terrorista de terra queimada, parece bastante.
Kuitadu beiten anonimu 10:57:31 PM nian. O defende katak Mari timoroan agora o diskrimina fali Ramos Horta dehan nia malai portugues? Entaun o hanesan deit.
Anonimo das 10:57:31 PM. Para uma pessoa que defende o Alkatiri como sendo timorense e nao arabe como alguns dizem agora tambem passou a discriminar contra o Ramos Horta apelidando-o de malai portugues? Acaba afinal por cair na mesma fita? E tao baixo como aqueles que quer criticar.
Ate que enfim que a margarida parou de insistir nos 21 mortos. Ja viu que afinal sao mais nao e?
Anónimo das 1:08:38 AM: Está enganado, eu mantenho o que disse e que era que o Director do Hospital de Dili tinha confirmado que as mortes eram 21. E procurando essa informação encontrei-a nesta notícia da Lusa de 2 de Junho que está no arquivo do Timor-Online. Confira lá, s.f.f. e se entretanto encontrar qualquer outra afirmação do director do Hospital de Dili, coloque-a então aqui se tal não lhe der muito trabalho:
Notícia LUSATimor-Leste: Violência está a ser coordenada, diz comandante australiano.
Díli, 02 Jun (Lusa) - O comandante das forças australianas em Timor-Leste afirmou hoje que há indícios de que alguma da violência em Díli "está a ser coordenada nos bastidores", sem contudo referir quem está a fazer essa coordenação."Houve um elemento de violência oportunista, mas também há indícios claros de que algumas dessas acções foram coordenadas nos bastidores", disse o brigadeiro Mick Slater à imprensa.
O comandante das forças australianas escusou-se a identificar quaisquer responsáveis por essa coordenação. Slater defendeu, por outro lado, que as condições no terreno ainda não são favoráveis à realização de negociações de paz entre as duas partes em conflito, as autoridades políticas e militares e os mais de 600 militares que abandonaram as forças armadas.
O comandante australiano reuniu-se hoje, em Maubisse, a sul da Díli, com o major Alfredo Reinado, líder dos militares revoltosos, que quinta-feira reiterou a exigência da demissão do primeiro-ministro, Mari Alkatiri.
Em declarações à Agência Lusa, Reinado disse que Mick Slater conversou com ele sobre a situação em Díli, que está "mais calma", e negou quaisquer discussões relativas a uma rendição dos seus homens aos militares australianos."Nem eu nem os meus homens vamos entregar as armas, como muitos querem fazer crer. Porque é que deveria entregar as armas, sou algum criminoso? Eu sou militar e as armas não são minhas, pertencem ao povo de Timor-Leste", disse o major Reinado.
Timor-Leste vive os seus piores momentos de tensão, instabilidade e violência desde que se tornou independente, há quatro anos, na sequência da eclosão , há mais de um mês, de uma crise político-militar que tem sido marcada por divisões no seio das Forças Armadas e da Polícia Nacional, e pelo mal-estar entre o Presidente da República e o primeiro-ministro.
Perante a situação, as autoridades timorenses tiveram de pedir ajuda militar e policial da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal para o restabelecimento da ordem. Uma força de 120 homens da GNR parte hoje para Timor-Leste.
Desde o final de Abril, o Hospital Nacional de Timor-Leste registou a ocorrência de 21 mortos e 122 feridos, de acordo com dados divulgados hoje à Lusa pelo respectivo director, António Caleres.
Além destes números, pelo menos um membro da polícia morreu no hospital de Baucau (Leste) e o major Reinado indicou que três dos seus homens foram mortos em confrontos com as forças armadas.
A ONU calcula que a onda de violência em Díli provocou mais de 100 mil deslocados, a maioria dos quais está em campos de acolhimento ou em instituições da Igreja Católica.
MDR/RBV.Lusa/Fim
Margarida, sim senhora o sr. director do hospital de Dili, segundo a Lusa, confirma 21 mortes e 122 feridos... mas o que isso quer mesmo dizer é apenas isso (o que já é medonho). Agora existe um outro problema, é que em Taci Tolu e Raikotu a 28 de Abril morreu mais gente. Se a Maregarida conseguir encontrar dados sobre isso diga lá sff. É que eu não consigo mas que os há há...
Minha senhora, estiveram a carregar corpos... impediram Xanana Gusmão de aceder ao local... acha que os mortos e sabe-se lá se restaram feridos, por dedução testemunhas não convinham não é? Onde estão estes números? Acha que é especulação? Pergunte às F-FDTL que estavam na zona e questione-se porque é que o Comandante Supremo das F-FDTL foi impedido de aceder ao local. Não acha isto demasiado sujo?
Anónimo das 3:49:03 AM: O director deu o número de todos os mortos e feridos desde o final de Abril até 2 de Junho. Ora esses de que fala, foram os primeiros e estão obviamente incluídos nesta contagem. E felizmente que desde 2 de Junho NÃO houve mais morto nenhum, portanto o número oficial é mesmo esse.
margarida, o número de mortos tornado oficial não é mais que isso - os dados oficiais.
Isso não quer dizer que não tenha havido mais mortes pois não?
Ou acredita no menino-jesus?
Quer que lhe faça um desenho?
Faça lá então o desenho, s.f.f. Mas não venha com as palermices do Salsinha que essas já o padre desmentiu. Falo do padre que alegadamente tinha a lista dos 60/100 mortos mas que afinal não tinha nem se lembrava do local da vala comum...
Porra nao me traguem padres para aqui! Ja chega as mentiras que eles dizem la nas Igrejas!
Jose Cinico
A "palermice" referida não vem de Salsinha nem de padres com amnésia. Tenha respeito.
There is a forgotten crisis in Timor Leste, no one seems to be taking a leading role in resolving the issue of the Internally Displaced Persons. At it stands today the numbers of IDP’s in camps throughout Dili and the outlying areas is staggering and is estimated at more than 100,000. The problem is apparent with many of the IDP reluctant to return home fearing further violence, a climate of fear in Dili is more a mirage, people seem to believe that violence is within the horizon. Security and relative peace has been returned to the Capital thanks to the Australian intervention forces and support form Malaysia, New Zealand and Portugal, there is no sign of burnings and youths rampaging though the streets of Dili. It seems the sense of security in the minds of the Timorese is only superficial.
Recently we have seen the NGO’s and the Prime Minister Ramos Horta urging IDP’s to return home. The President has declared that the humanitarian situation in Timor is grave. As it seems leadership has identified the issue but has not developed a clear plan to resolve it.
The President who is a symbol of the nation should take reigns of the IDP crisis. He should as he did during the crisis visit the IDP’s and urge them to return because the as the popular President above all can tour the IDP camps where he is much loved and convince people to return home and start the process of reconciliation. The President can again play a vital role in reconciliation. The President has shown he is a man of the people and rallied with his people and successfully forced the resignation of the Mari Alkatiri from the Prime Ministership.
No one in Timor Leste commands more respect than President Xanana and he is obliged morally to return his people home. The fact that most IDP’s did not like Mari Alkatiri and supported Xanana in the crisis specially after his speech on the 22 June it would not be difficult for the President to convince people to return home. The President has proved that he has the trust of the International forces and has their assurance that security has for the most part returned to normal.
The FFDTL is in encampment, FRETILIN has become weaker as a result of the crisis, it is time people return home so the healing process can begin. Apart from the original Petitioners whose grievances are yet to be resolved (Something the Prime Minister should resolve before the elections), Alfredo one of the instigators of the violence has been sidelined, apprehended after being caught red handed in possession of weapons by the diligences of Australian Forces is now facing prosecution.
The two most respected, and loved politicians in Timor Xanana and Ramos Horta should now use their influence and admiration of the people and convince people to return home. When you have more than 100,000 people in camps it is a deep crisis that must be resolved.
Timor-Leste tem pessoas com muita sorte, deve ser por elas, pessoas, serem magras... assim podem se desviar das balas!!!
Números oficiais... isso é só o que sabem dizer, agora estão a tentar mandar areia para os olhos das pessoas a ver se conseguem reduzir as penas que podem ser alvo num futuro proximo?
Mas o Sr Director do hospital de Dili é capaz de ter toda a razão do mundo. Mas esse é o único hospital do país? Há outros? se os há, já la foram ver se estão lá mortos relacionados com este conflito todo? Isso são perguntas que se poderiam apurar, pois pelo que li e ouvi em contactos com pessoas que estavam em Timor na altura, o acesso ao Hospital de Dili estava condicionado, e como sempre num conflito destes, os mortos e principalmente os feridos são sempre escondidos com medo de represálias. Mas apurem se nos outros hospitais há ou não mais dados...
PS: aguardo noticias
Já agora aproveito o comentarista anterior e relembro a eficácia da margarida quanto ao Salsicha (é de propósito) e o padre que já não se lembrava onde era a vala comum.... como ela diz.
Mas quem lhe disse a si que eram valas? Não há mais soluções? Ingenuidade não lhe falta margarida. Para onde levaram os corpos? Não sabe? Pergunte a quem os andou a carregar. Ou será que não ficaram testemunhas. Em Timor isso é impossível, como sabe.
Quanto ao silêncio... ele é de ouro... mas a saber pelo passado não se esteja à espera que a coisa seja doce. Ainda há muito trabalhinho pela frente. Ainda vamos ouvir que afinal a FRENTE não fez o Congresso para ter eleitos direitinhos os seus membros directivos; que afinal ainda não é agora que se vai pedir desculpa pelas vítimas da mesma; etc, etc... vão fazê-lo quando? Na campanha eleitoral? Mas têm a certeza que vai haver eleições? E as ameaças? Já se retrataram? Duvido, é aliás impossível tal a dimensão da vergonha.
Primeiro vão aparecer resultados em termos criminais e a seguir vai o comboio andando. Vão levar pancada a torto e a direito. Ainda não se aperceberam?
Acordem
Margarida..os teus comentarios faz me lembrar dos Indonesios.
"O director deu o número de todos os mortos e feridos desde o final de Abril até 2 de Junho. Ora esses de que fala, foram os primeiros e estão obviamente incluídos nesta contagem. E felizmente que desde 2 de Junho NÃO houve mais morto nenhum, portanto o número oficial é mesmo esse."
"O numero official dos mortos do massacre no dia 12/11/91 sao 19 pessoas. Esse e o numero official e esta confirmado- disse o porta voz do Governo Indonesio".
Margarida... nos nao somos criancas, 24 anos com os Indonesios, sabemos desses truques. Para sua informacao..o numero dos mortos actual foi "escorregado" para "fora" por um dos que estava a participar na recolha. Timor e muito pequeno para esconder essas coisas!
Anónimo das 2:50:56 PM: é uma vergonha vir sem fundamentar por em paralelo o director do Hospital de Dili com os ocupantes da sua nação. Não lhe resta um pingo de pudor?
margarida, um profissional seja em que ramo for, com que regime for, terá que admitir, nunca esquecendo que se trata de um profissional - que o mesmo fará as declarações das quais tiver confirmação segura. Acho eu. Seja ele de agora ou de quando for. Se acha que a coisa não pode então ser assim, só acentua exactamente que números são números.
Exemplo mais claro não há exactamente, não direi de um profissional do género do sr. director do Hospital Guido Valadas em Dili, que declarou o que declarou mas refiro-me ao sr. Mari Alkatiri em declarações ao CAVR, Relatório de Actividades, Dezembro 2003 - Janeiro de 2004, em que o mesmo diz que durante as audições da Comissão de Acolhimento Verdade e Reconciliação, mari Alkatiri admitiu que possam ter sido executadas cerca de 200 pessoas, e reconheceu a necessidade urgente de ajudar a sarar as feridas abertas há quase três décadas.
Citando-o diz mesmo: "Encontro muitas viúvas e órfãos quando viajo por Timor. Eram da FRETILIN antes, e coninuam a ser da FRETILIN. Os seus maridos eram da FRETILIN. A FRETILIN matou-os, como traidores. E querem saber se eles ainda são considerados traidores, e se ainda são considerados familiares de traidores. A FRETILIN tem que aceitar isso. Temos que reabilitar os nomes das pessoas, formalmente."
É fantástico não é? ADMITE QUE POSSAM ter sido mortas 200 pessoas?! Mas foram milhares, foram dezenas de milhares, mais exactamente 60 mil!!!
Tenha vergonha margarida, tenha vergonha e respeito. Quando se fala em números há sempre um grave problema. É que quando os que os fazem não os admitem na sua real escala dá-se o ridículo não é?
Portanto minha senhora além de através deste exemplo real e com barbas que até hoje nem sobre os 200 mortos admitidos erm declarações à CAVR a FRETILIN deu resposta, quanto mais conseguir ter a humildade de resolver a questão de uma vez por todas.... lembra-se da declaração de 22 de Junho desse sr. que a sra. abomina, ter tão bem clarificado até que ele próprio estava disponível para assumir as PALAVRAS QUE ALKATIRI DEVERIA DIZER AO POVO E QUE NUNCA DISSE e pelos vistos nuca as quererá dizer! Vegonha tenho eu de ver Timor-Leste assim!
So falam de mortos! Com o devido respeito por eles, nao sera melhor agora tratar ou falar dos vivos, ou pelo menos pedirmos aos Bispos para lhes darem umas bencaozinhas! Refiro-me aos causadores desta desgraca!
Jose Cinico
Só confirma que tem que aparecer um Krutchev da FRETILIN, fazer a revisão da história estalinesca da FRETILIN.
Depois disso, o CC do partido da Margarida há-de reunir e decidir que a FRETILIN em 1975 foram os sanguinários e que agora já são bonzinhos.
Essa posição só será oficial depois de sair no Avante.
E a partir daí, todos os camaradas vão dizer que A FRETILIN de 1975 cometeu erros, que são próprios do porcesso revolucionário, bla bla bla, a lenga lenga conhecida.
Que desses 60.000 já nem se reconhecem os ossos (os tais que Xanana pediu que se levantassem), mas que estes 21 ainda estão fresquinhos.
É a cantilena do costume.
Anónimo das 8:08:39 AM: se a situação não fosse trágica dava vontade de rir ver o que inventa para que não lhe lembremos que ainda há 150,000 deslocados, dois meses depois do Xanana assumir a responsabilidade da segurança e contando com 3000 tropas estrangeiras para o ajudar. Dois meses depois há mais deslocados do que os que havia antes. Quer maior prova de falta de confiança no Xanana, no Horta e nos Australianos? É uma vergonha para eles e começa a tornar-se embaraçante. E enquanto houverem deslocados eu não o esquecerei. Porque acho que aterrorizar como aterrorizaram, queimar mais de 900 casas é um crime medonho e quem o fez são criminosos e o Xanana e o Horta têm responsabilidades.
Isso, continue com a cassete em "play". Afinal essa é a arma dos cérebros lavados.
margaridazinha, as ameaças de desestabilização certamente que os deslocados não esquecem de onde vieram. Dizer que é falta de confiança em Xanana por estarem na situação misérável em que estão (mas diga-se que até acabam por ter outras condições que normalmente nem têm e isso caberia ao Governo) é sacudir água do capote. Mas será que se esqueceu que o senhor Alkatiri foi mestre no prolongamento da crise que deu lugar à violência que se registou?
Não acha que foi e é melhor os deslocados estarem onde estão? Ao menos têm aquilo que o seu Governo afinal não soube dar. Mais é esse mesmo Governo que deixou resvalar para o caos. Vamos ver que bracinhos andaram na história. Como sempre muitos e diversos.
Não desvie a responsabilidade polítca do Governo. Já pensou como é que se encontra a moral dos deslocados? Certamente desconfiada. E está a dizer que está desconfiada do Xanana? Desculpe, parece-me que quem andou aos tiros e abateu pessoas foram elementos das estruturas militares. Em maior número claro, efectivos dessas forças. Não parece que tenha sido Xanana Gusmão a dar a ordem. Alguém tem de ser responsável por isso. Quer ver que os soldados que dispararam até tiveram um ataque de "loucura"? Quem sabe? Até pode acontecer... pois o que aconteceu é de facto uma loucura emanada de decisões políticas mal feitas. Isso é que vocês nunca assumiram também. Tão pouco soluções que ainda vão ter de haver, não é?
margarida, já reparou que o II Governo Constitucional até vai seguir o rumo do anterior acrescido de algumas medidas populistas que sinceramente só espero vinguem caso contrário, coitado do povo que mais uma vez está lixado com os políticos.
Margarida 9:57:05.
Nem que venhas com os comentarios mais celebre, nao ira mudar o numero dos mortos. O Mari tem pessoas nas oposicoes, mas nao se esqueca que os outros tambem tem!
Vais la enganar os outros!
Anónimos das 9:35:45, 9:35:45 e 2:21:55 PM: Ameaças de desestabilização ouvi-as da boca do Salsinha, Alfredo, Tilman, Tara, Railós, e até do Horta, todos amigos de peito do Xanana e Horta, e por acaso as maiores e mais disparatadas ameaças ouvi-as da boca do próprio Xanana no discurso do dia 22 de Junho. Pior era mesmo impossível. Da parte do Alkatiri e do Lu’Olo só ouvi palavras de tolerância, apelos à calma e ao civismo.
Mestre do prolongamento da crise foram particularmente o Salsinha e Xanana que andaram com esse romance desde Janeiro e o único que arranjou uma solução com que todos concordaram (a Comissão dos Notáveis) até foi o Alkatiri a quem só entregaram o problema para resolver tarde e más horas em Abril.
Mas o que é espantoso é você ter a desumanidade de dizer “é melhor os deslocados estarem onde estão”! Você se estivesse deslocado de certeza que não dizia isso, mas a sua miopia vai ao ponto de nem ainda ter percebido que se as condições nos campos nem estão tão más tal se deve à esforçada acção do Ministro do Trabalho que tudo tem coordenado e providenciado, desde a alimentação à higiene, às próprias tendas e desde que apareceram os primeiros deslocados, já lá vão três meses de muito trabalho, e a quem o orçamento elaborado pelo Alkatiri já garantiu fundos para esta situação de crise e para a reconstrução.
E quem provocou este caos social e começou com as destruições (o primeiro edifício atacado foi o do Governo e os primeiros carros incendiados foram também do governo logo em Abril, e em Maio, já com os Australianos aí foram saqueados outros Ministérios e até o tribunal) e o primeiro ataque foram a polícias que protegiam um ministro, você lembra-se não é? Como também se lembra os ex-camaradas que o Alfredo matou e das granadas e tiros frente ao palácio do Governo onde morreram pessoas no fim duma semana de manifestações em Abril.
E se este governo é da Fretilin, obviamente que segue o Orçamento e o Programa do anterior. Onde está a admiração? Nem outra coisa era esperada.
Se você fosse imparcial no relato dos acontecimentos, até poderia ganhar alguma credibilidade no que diz. Mas assim, vais ser difícil.
Fala do Reinado, que obviamente merece ser julgado, mas omite propositadamente o número de mortes que lhe são atribuídas (2 não é?) e escamoteia as causadas pelas FDTL (5 em Taci-tolo + 10 no QG PNTL).
Ou as mortes causadas por forças leais não contam?
Esse seu sectarismo descarado, espelha o comportamento da FRETILIN desde sempre.
E como todos os sectarismos, só contribuem para gerar mais violência.
Parabéns Margarida, parabéns FRETILIN
Anónimo das 9:03:23 PM : Compreendo essa sua preocupação de tirar conclusões antes da comissão de inquérito publicar o seu relatório mas para 7 de Outubro só faltam dois meses, prefiro aguardar pelas conclusões. Mas já é um avanço dizer que o Reinado “ merece ser julgado”.
Quanto a sectarismo, lembra-se daquele ditado “diz o roto ao nú porque não te vestes tu”? É isso que lhe recomendo. Como aliás lhe recomendo não baralhar coisas que são perfeitamente distintas. É que isso de começar a falar nas F-FDTL e acabar na Fretilim é tão só um truque barato para amalgamarr uma instituição apartidária com um partido político, como vem na mesma linha de comparar a actuação terrorista de um bando de desertores, com a actuação legítima das F-FDTL na defesa da da lei e da ordem. Não é inocentemente que faz isso, fá-lo para tentar legitimar o que não tem legitimidade.
Agora o assassínio de polícias desarmados que estavam escoltados por elementos da ONU e cuja rendição tinha sido negociada é branqueado com "a actuação legítima das F-FDTL na defesa da da lei e da ordem".
É o que eu digo. E recusa o sectarismo.
Eu não confundo a instituição militar com a FRETILIN. E Taur também não, por isso nunca foi proposto pelo governo Alkatiri para formalmente ser nomeado Chefe do Estado Maior das Forças de Defesa de Timor-Leste.
A FRETILIN é que entendia que as FDTL deviam continuar a ser o braço armado do partido e por isso lhes puseram a etiqueta de Falintil.
O truque barato é da FRETILIN.
E o resultado da tentativa de partidarização das FDTL e da PNTL está à vista.
Parabéns FRETILIN.
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