quarta-feira, agosto 02, 2006

Aposta no reforço da segurança interna e no diálogo com a população

Publico.pt
Timor-Leste: Ramos Horta quer seguir programa do anterior Governo
31.07.2006 - 10h56 Lusa



O primeiro-ministro de Timor-Leste, José Ramos Horta, afirmou hoje no Parlamento, durante a apresentação do programa do Governo, que quer seguir a mesma base política e linha programática do anterior executivo, liderado por Mari Alkatiri.

A afirmação, no início do discurso de apresentação do programa do II Governo constitucional, foi justificada com a falta de sentido que constituiria a alteração da "orientação programática" defendida pela Fretilin, partido maioritário.

Na descrição que fez dos feitos do anterior executivo, alguns dos quais classificou como "notáveis", Ramos Horta criticou a governação do passado na área da segurança interna e no diálogo com a população. "Falhámos na área da segurança interna e no diálogo com o povo. Somos acusados de insensibilidade e arrogância", salientou.

"A corrupção começou a invadir as instituições do Estado. Em pouco tempo conseguimos criar por nós e para nós uma teia burocrática que mina as nossas melhores intenções de desenvolvimento e decisões políticas e abre as portas para a corrupção", frisou.

Relativamente às grandes áreas programáticas, para um executivo que irá governar o país apenas até às próximas eleições, a realizar em Abril ou Maio de 2007, Ramos Horta elegeu como "enormes desafios" a reconciliação, a consolidação da segurança e a reforma das instituições da defesa e segurança, a preparação das eleições, a redução da pobreza e o crescimento económico.

Na área da política externa, Ramos Horta destacou a continuidade, apoiada no reforço de relações privilegiadas com Portugal, Indonésia e Austrália.

O primeiro-ministro anunciou ainda que o acordo de partilha das jazidas petrolíferas no mar de Timor, assinado com a Austrália no passado dia 12 de Janeiro, e o Acordo Internacional de Uniformização (IUA, no acrónimo em inglês) vão em breve ser enviados pelo Governo ao Parlamento para debate e ratificação.

O IUA, relativo à área de prospecção denominada Greater Sunrise, foi assinado em Março de 2003 pelos dois países, mas só entrará efectivamente em vigor depois de os parlamentos nacionais o ratificarem.

Ramos Horta disse acreditar que os deputados "compreenderão que o referido tratado serve os melhores interesses do país", que depois de ratificado permitirá o desenvolvimento do campo do Greater Sunrise, garantindo a "independência económica e prosperidade". O debate do programa do Governo deverá terminar amanhã com a votação.

A ex-ministra Ana Pessoa, que ainda não foi empossada, ocupou um lugar na bancada reservada aos membros do Governo durante o discurso do primeiro-ministro e o início do debate. Ana Pessoa detinha a pasta da Administração Estatal no anterior executivo e já foi anunciado que se manterá no cargo, mas a cerimónia de posse ainda não tem data marcada.

José Ramos Horta substituiu Mari Alkatiri no passado dia 10, na sequência da sua demissão, a 26 de Junho, e no âmbito da crise político-militar desencadeada em finais de Abril pela rebelião de um grupo de 600 militares que acusavam o Governo de Díli de discriminação étnica.
.

67 comentários:

Anónimo disse...

Não me parece que o diálogo com o Povo fosse apanágio do I Governo Constitucional...

Anónimo disse...

Também, o povo cheira mal, porque havia de querer ter diálogo?
Votou uma vez, chega. Agora fica lá quietinho no teu lugar. Quando achar que é hora, a gente chama para votar outra vez, mas vê lá como é que votas. Se fazes a gente apanhar mais um susto, acaba-se os votos.
A gente quer 80%. É o nosso número mágico. Como para os chefes de suco. Aí foi bom, na Constituinte foi mau. Vocês foram ingratos e para castigo não houve eleições para o parlamento.

Vê se aprende a lição.

Anónimo disse...

O comentarista das 03:22:27 está cheio de razão... quando é que nos livramos desta? Daqui a 50 anos?

Então e já entregaram os contentores de arroz prometido? Estando os cofres do partido recheados não lhe será complicado "investir" directamente no Povo em próximas eleições...

E quanto a orientação de voto digo já em quem votaria, posso? Branco, voto em branco! Como dizia o Saramago...

E repete-se a má disposição... não se cuidem não.

Anónimo disse...

Hoje o povo cubano está em festa. O que está no exterior, porque o da Ilha ainda não pode.

Qual Caudilho feito monarca, delega todos os poderes no irmão.

Será que chegou a vez do pobre povo cubano poder fazer ouvir a sua vontade em liberdade?

Ou será apenas uma primavera Marcelista recheada de de falsas promessas?

Claro está que enquanto os tubarões do partido não aclararem quem manda mesmo, o Caudilho será mantido "vivo", nem que seja em estado vegetativo ou mesmo embalsamado para aguentar a população em respeito.

Chavez já pode ambicionar brilhar como novo Fidel na América Latina, mas o povo venezuelano conhece a liber dade e não vai na mesma onda.

Anónimo disse...

A INDONÉSIA NUNCA TEVE AMBIÇÕES TERRITORIAIS SOBRE TIMOR

Francisco Lopes da Cruz, Embaixador da Indonésia em Lisboa:


Uma das manifestações públicas a que assisti pela televisão e que mais me emocionou foi a chegada de D. Ximenes Belo a Lisboa, após o referendo de 1999 em Timor-Leste. Consumada a independência, este país volta a estar na ordem do dia e, mais uma vez, pelas piores razões.
Entretanto, desde Setembro do ano passado, a Indonésia passou a estar representada em Lisboa através do seu Embaixador Francisco Lopes da Cruz, nascido e criado em Timor-Leste e de origem portuguesa.
Por coincidência, eu conheci o Sr. Embaixador no ano lectivo de 1963-64, em Macau, em cujo Seminário fizemos juntos o Curso de Filosofia. No final do ano lectivo de 1966-1967, após os acontecimentos do célebre “1,2,3 de Dezembro de 1966”, a seguir à Revolução Cultural Chinesa, o Francisco Lopes da Cruz regressou a Timor e eu à Metrópole, como então se dizia. Perdi-lhe o rasto até ao 25 de Abril.
Depois dessa data, o seu nome começou a aparecer na comunicação social portuguesa. Primeiro, como fundador da União Democrática de Timor (UDT). Depois, sucessivamente como Vice-Governador de Timor, Membro do Parlamento Indonésio, Conselheiro do Presidente da República da Indonésia, Embaixador Itinerante do mesmo, um dos responsáveis dos Encontros de Reconciliação entre Timorenses, Embaixador da Indonésia para a Grécia, em Atenas, e, finalmente, Embaixador da Indonésia para Portugal, em Lisboa.
Ao saber da sua presença em Lisboa, escrevi-lhe através da net. A resposta veio de imediato, pela mesma via. Telefonámo-nos, alegrámo-nos pelo reencontro telefónico e aprazámos de imediato um encontro presencial, que ocorreu no fim-de-semana do 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Desse encontro nasceu a entrevista que deixamos aos nossos leitores.
Dada a sua posição de representante da Indonésia para Portugal, o trato jornalístico obedece a critérios de formalismo óbvios.

P - A seguir ao 25 de Abril, o que o levou a formar a UDT (União Democrática Timorense)?
R - Aquando do 25 de Abril de 1974, nenhum dos futuros líderes timorenses tinha qualquer experiência política. No entanto, dadas as circunstâncias, todos fomos chamados a dar o nosso contributo no sentido de encaminhar os destinos do nosso povo para um futuro melhor.
Como primeiro Presidente da UDT, defendi a continuação da ligação de Timor a Portugal, porque o povo timorense demonstrava ter uma lealdade a Portugal inigualável. Esta realidade foi comprovada pelo então Ministro da Coordenação Interterritorial, Dr. Almeida Santos, aquando da sua visita a Timor em finais de 1974. Nessa altura, o Dr. Almeida Santos regozijou-se com o patriotismo patenteado pelo Povo Timorense, tendo chegado a afirmar que tal sentimento era ainda mais visível em Timor do que em pleno território português. Naquele momento teve a oportunidade de vivenciar a fervorosa religiosidade, a intensa espiritualidade do povo Timorense e a verdadeira devoção à bandeira portuguesa, que respeitavam como se da sua própria Pátria se tratasse. Este verdadeiro fenómeno era tão mais importante e significativo quando comparativamente se concluía que nas demais províncias ultramarinas e até mesmo no chamado Portugal Continental, tal não se verificava.
Era minha convicção que esta estreita ligação entre Timor e Portugal, resultado de uma vivência conjunta e de partilha cultural de 450 anos, deveria constituir os alicerces em que devíamos sustentar os nossos objectivos políticos.
A UDT pretendia preservar a ligação entre Timor e Portugal e pugnar por uma independência progressiva, durante um período que podia ir até 15 anos no sentido de ser possível formar os quadros políticos necessários para gerir os destinos do país. É um facto incontornável que na altura dispúnhamos de um reduzido número de pessoas com a formação e a maturidade política necessárias à prossecução do nosso objectivo maior – a Independência de Timor e dos Timorenses.
Esta nossa pretensão não teve a aceitação desejada na classe política portuguesa de então, que defendia a descolonização a todo o custo e que considerava a nossa posição como uma tentativa de perpetuar a colonização.
Por um lado, a UDT achava que Portugal tinha a obrigação moral de preparar o Timor-Português para a independência e, por outro lado, a lealdade do povo timorense a Portugal era uma realidade indiscutível.
O comportamento do povo de Timor Português foi muito diferente das outras províncias ultramarinas onde já havia movimentos e frentes independentistas. Em Timor Português não havia nenhuma frente na altura do 25 de Abril de 1974. Foi com a conjugação deste dois interesses – ligação a Portugal e lealdade do povo timorense a Portugal - que nasceu o meu partido, no dia 11 de Maio de 1974, o primeiro partido timorense, que, segundo a opinião de observadores estrangeiros, era o maior partido político em Timor Português.
P - E o que o levou, depois, a defender a anexação de Timor pela Indonésia?
R - As coisas não correram com a normalidade que seria de esperar. Em Agosto de 1975, a situação em Timor deteriorou-se consideravelmente. Já antes, em Janeiro e Fevereiro desse ano, quase um ano após o 25 de Abril, tínhamos feito uma coligação com a Fretilin para a independência de Timor e essa coligação foi mal interpretada, sobretudo por alguns elementos da Fretilin. Na ocasião, esses mesmos elementos efectuaram manobras de propaganda junto do povo, afirmando que a UDT já tinha aderido à Fretilin, e que a Fretilin se assumia como a única força política capaz de promover a imediata independência “de jure” do Timor Português.
Perante esta nova realidade, que não era favorável aos princípios do nosso partido, decidimos acabar com a coligação, sendo ainda importante referir que a acrescer a esta situação já se verificavam situações de efectivo conflito com simpatizantes e adeptos da UDT.
Após o fim da coligação, com Timor ainda não politizado, muitos consideravam o diferendo de posições – independência progressiva por parte da UDT e independência imediata por parte da Fretilin - como uma questão de vida ou morte entre os dois partidos e começaram a emergir, de parte a parte, alguns conflitos ainda não propriamente armados. A situação agravou-se no dia 11 de Agosto do mesmo ano, quando a UDT lançou o Movimento Revolucionário Anti-Comunista, ao aperceber-se de que a Fretilin queria impor o modelo marxista-leninista, ou seja, um modelo de valores e de sociedade que não respeitava a tradição religiosa do povo timorense.
Na altura, Portugal não tinha quaisquer hipóteses de manter o respeito pela legalidade democrática, pela paz e pela segurança das populações, porque o Governador de Timor de então, o Coronel Lemos Pires, não conseguia qualquer apoio de Lisboa para que Portugal se assumisse como árbitro e moderador no conflito latente a que se assistia, devendo salientar-se que as forças militares portuguesas que permaneciam em Timor, na altura, se revestiam de um cariz puramente simbólico.
Assim, na terceira semana do mês de Agosto de 1975, o governo português abandonou definitivamente a ilha de Timor, refugiando-se em Ataúro, deixando para trás uma guerra civil sangrenta, até ao dia 7 de Dezembro do mesmo ano, quando a Indonésia desembarcou em Díli.
Convém salientar que no dia 25 de Novembro desse ano, o ambiente em Portugal também se transformou, o que levou a Fretilin a apressar a proclamação da independência de Timor-Leste no dia 28 de Novembro. Acto contínuo, dois dias passados, no dia 30 de Novembro, os outros quatro partidos UDT, Apodeti, Kota e Trabalhista, proclamaram a independência de Timor Oriental através da sua integração na República da Indonésia. Evidentemente Portugal e as Nações Unidas não reconheceram nenhuma das duas proclamações.
Pessoalmente, considero a integração de Timor na Indonésia como uma tábua de salvação para Timor, evitando assim que Timor caísse na órbita da influência comunista, situação que traria consequências funestas para o povo de Timor, tendo em conta que os países vizinhos, a Austrália e a Indonésia, não comungam da ideologia comunista.
De referir ainda que, pouco tempo antes, os Estados Unidos da América tinham sofrido uma derrota no Vietname e a implantação de um regime comunista em Timor era impensável para os americanos e para os seus aliados da zona, nomeadamente para a Indonésia.
Nos dias 3 e 4 de Dezembro de 1975, o próprio Presidente dos Estados Unidos da América, Gerald Ford, e o seu Secretário de Estado Henry Kissinger visitaram a Indonésia e deram-lhe o seu aval para tomar uma atitude a fim de salvar aquela zona estratégica de uma possível intervenção estrangeira, tanto a nível ideológico como também ao nível militar.

Foi com esse apoio que a Indonésia se sentiu encorajada a entrar em Timor-Leste no dia 7 de Dezembro de 1975, cerca de cinco meses depois da retirada do governo português de Díli, para a ilha de Ataúro.
Depois disso, como não havia uma atitude clara por parte das Nações Unidas, pareceu-nos que os interesses do nosso povo estariam melhor salvaguardados com a integração de Timor-Leste na Indonésia.
Alias, nós sabemos bem que Timor, naquela altura, não podia optar por uma independência imediata, conforme disse também o Dr. Almeida Santos, Ministro de Coordenação Interterritorial: “...A independência total de Timor era de um irrealismo atroz, Timor só podia ter uma das duas opções: manter-se ligado a Portugal ou ligar-se a Indonésia!...” E o Dr. Mário Soares, num dos seus livros que já vai na 2ª edição, continua a afirmar que “Timor não passava de uma ilha indonésia que não tinha nada a ver com Portugal.”
Com base nessas afirmações e para dar seguimento à proclamação da integração de 30 de Novembro de 1975, no dia 17 de Julho de 1976, foi enviada uma petição de integração ao Governo e ao Parlamento da Indonésia que responderam positivamente e, a partir dai, Timor passou a ser uma província da Indonésia.
P - Em todo o caso a comunicação social portuguesa classificação a invasão de Timor pela Indonésia como se tratando de uma manifestação sanguinária que massacrou centenas de milhares de timorenses. É essa a sua leitura dos factos?
R – Nem oito nem oitenta. Antes da entrada da Indonésia, durante os cinco meses de guerra civil entre timorenses, sem a presença do governo português que se refugiou na ilha de Ataúro, já houve uma manifestação sanguinária ao serem massacradas centenas de milhares de timorenses. Conforme o relatório oficial das Nações Unidas, foram 60 mil as vítimas da guerra civil que se prolongou desde Agosto até Dezembro de 1975. Naquela altura a Indonésia ainda não estava em Timor.
P - Que vantagens colhia a Indonésia com a anexação de Timor-Leste?
R – Vantagens económicas e políticas directas, nenhumas. Antes de 1975, a Indonésia nunca teve ambições territoriais sobre Timor. Quando se tornou independente, a Indonésia só reclamava as antigas posições da Holanda. Portanto, a parte portuguesa da ilha de Timor estava excluída. Aliás, quando Nerhu anexou Goa, Damão e Diu, ele mandou uma mensagem ao primeiro Presidente da Indonésia, Soekarno, para tomar também uma atitude em relação ao Timor Português. A resposta do Presidente foi muito clara: “não, nós não queremos o Timor Português.”
P – Mas não lhe parece que a Indonésia é responsável pelo massacre de muitos milhares de timorenses, durante o período da invasão e da ocupação de Timor-Leste?
R – Nem sempre a realidade condiz com a propaganda e com os excessos de informações deturpadas. Quem conhece o povo timorense, sabe que a vingança é um sentimento muito generalizado. Aliás, não foi só durante a anexação e durante a ocupação que aconteceram fenómenos de vinganças generalizadas. Na recente crise pela qual Timor está a passar actualmente, esses sentimentos vieram de novo ao de cima e levaram mais uma vez à deslocação de milhares de timorenses para as montanhas ou para outros locais de refúgio.
Os Timorenses também se mataram uns aos outros durante a guerra civil. As valas comuns de Aileu, Maubisse e Same, onde estão enterrados centenas de timorenses, são testemunhas das atrocidades cometidas pelos próprios timorenses uns contra os outros e não pela tropa indonésia.
P – Podemos depreender das suas palavras que a culpa foi só do espírito de vingança dos timorenses?
R - Naturalmente que não. Quando se deu a anexação de Timor pela Indonésia, e depois de muitos massacres perpetrados durante a guerra civil de 1975, em que terá havido culpas de todas as partes, tendo a Fretilin também a sua quota-parte de responsabilidade, alguns dos timorenses que defendiam a integração de Timor na Indonésia aproveitaram a ocasião para exercer as suas vinganças pessoais – fossem elas de cariz partidário ou de cariz familiar - que tinham sido acumuladas e alimentadas, como já referi, durante os últimos meses de 1975.
Isso não quer dizer naturalmente que, durante o processo de luta contra a Fretilin, o exército indonésio não tenha morto alguns timorenses. No entanto, quanto ao número avançado de milhares de mortos temos que ter em consideração um facto importante: naquela altura, quando a Indonésia entrou em Timor, a Fretilin levou a maior parte da população para o mato, para a usar como escudo contra os ataques da Indonésia e das forças pró-Indonésia e, ao mesmo tempo, para poderem angariar alimentos para sustentarem a guerrilha.
Por outro lado, alguns dos milhares de mortos registados durante os 24 anos da governação indonésia, nem todos foram directamente efectuados pela tropa indonésia. Muitos morreram de doenças, outros morreram de fome durante a fuga pelo mato e outros foram mortos pela própria Fretilin por não serem leais à sua ideologia.
Portanto, não podemos dizer que a culpa coube só a uma parte, embora a Indonésia, como potência administrante “de facto”, seja apontada pela comunidade internacional como a mais culpada.
P - Depois da integração de Timor Leste na Indonésia, o Sr. Embaixador foi o primeiro Vice-Governador de Timor Oriental. Foi difícil exercer essas funções?
R - Foram realmente anos de muita provação, de muito sofrimento, porque na vida política eu tinha sempre presente aquele princípio que já vinha alimentando desde o Seminário: «devemos chorar com os que choram e alegrar-nos com os que se alegram», como diz São Paulo. E a população, que se encontrava entre dois fogos, sofreu muito. Fazendo o que estava ao meu alcance, procurei exercer a minha função da melhor maneira possível. Porém foram realmente momentos difíceis! Foram 7 anos muito difíceis e sofridos, mas fui sobrevivendo e ultrapassando os obstáculos com que me fui deparando porque nunca me esqueci dos valores e princípios que apreendi com a minha família, na escola e no Seminário. “Mal com o povo de Timor por amor de Jakarta!” “E mal com Jakarta por amor ao povo de Timor!”
Não esqueço que fui injustamente acusado de ser pró-independência, tendo deixado de ser Vice-Governador. Fui obrigado a abandonar Timor em 1982 e deixar de exercer qualquer actividade política. No entanto, a verdade veio à tona e, depois de 5 anos de afastamento, fui convidado pelo Presidente da Indonésia para ser seu Conselheiro, regressando assim à vida política da Indonésia, mas sempre tendo em mente a minha terra, razão pela qual toda a minha actividade tinha como foco especial Timor.
P - Quais foram as suas relações com a Fretilin durante os anos em que esteve como Vice-Governador?
R - Procurei sempre distinguir dois planos: o plano das convicções e das opções políticas de cada um, do plano das relações pessoais. Tanto no plano das convicções politicas como no das relações pessoais, tive sempre presente que acima de tudo estava a nossa identidade timorense, que era comum a todos e a nossa condição de seres humanos, criaturas de Deus.
Por isso, procurei sempre usar a minha influência política junto do governo da Indonésia para minorar o sofrimento do povo timorense e dos próprios líderes da resistência. Assim, enquanto Vice-Governador de Timor Oriental, trabalhei muito para conseguir do Presidente Suharto uma amnistia geral, “habeas corpus”, para todos os guerrilheiros ou seus apoiantes que regressassem ao seio da comunidade timorense, o que consegui. Para Secretário do Gabinete do Vice-Governador de Timor escolhi um membro da Fretilin, Sr. Júlio Alfaro que é um dos grandes empresários agora em Díli, Timor-Leste.
Mais ainda: Os jovens pró-independência foram estudar nas diversas Universidades da Indonésia sem qualquer discriminação por causa das suas opções políticas ou partidárias. Foi nessa base que nasceu o movimento de estudantes timorenses a favor da independência em todas as universidades da Indonésia. Se eles tivessem sido discriminados não teriam a oportunidade de se manifestarem fora de Timor e no próprio território indonésio.

Eu próprio tinha uma Fundação denominada “Tunas Harapan Timor Lorosae” (Rebentos de Esperança de Timor Oriental), que dava bolsas de estudos a jovens que desejassem fazer cursos médios ou licenciaturas, sendo que na maioria dos casos essas bolsas eram atribuídas a simpatizantes da causa independentista.
P – Falou-me das suas relações com o povo timorense em geral. E com os líderes da Fretilin, mantinha algum contacto?
R – Sem dúvida que sim. Posso mesmo dizer que sempre me dei bem com eles e acho que nunca tiveram razões de queixa contra mim, enquanto homem, embora tivéssemos cada um as nossas próprias convicções ou ideologias políticas diferenes. Participei em muitos fóruns e reuniões internacionais com o Dr. Ramos Horta, Dr. Mari Alkatiri, Dr. José Luís Guterres e outros, tanto em Nova Iorque para assuntos políticos, como em Genebra para assuntos de direitos humanos, e nas reuniões de reconciliação. Fora dos fóruns de discussão política, procurámos preservar a nossa amizade, promovendo momentos de confraternização que aproveitávamos para trocar informações sobre a nossa terra.
O mesmo aconteceu também com Xanana Gusmão. Fui visitá-lo na prisão pelo menos umas três vezes e, dentro das minhas possibilidades procurei apoiá-lo, não na perspectiva política, mas na perspectiva da solidariedade que une homens que têm nas causas que perseguem o mesmo sonho de desenvolvimento, paz e progresso para a sua terra. Portanto, fomos e seremos sempre grandes amigos.
Sempre fui e sou absolutamente contra qualquer tipo de violência, seja de natureza psicológica ou física, mas defendo que da discussão nasce a luz. Assim se sedimentam as democracias, através de acesas e acaloradas disputas verbais, na defesa das nossas opiniões e convicções e no respeito pela ideologias alheias. Foi nesta perspectiva que promovi um encontro a três, entre o Presidente Nelson Mandela, Xanana Gusmão, na altura prisioneiro, e eu próprio, no Palácio Presidencial em Jakarta.
Antes de vir para Portugal, fui a Timor a convite do Presidente Xanana e do Ministro do Estado e das Relações Externas, Dr. Ramos Horta, e fui recebido com muita amizade e respeito, o que me trouxe muita felicidade e até alguma comoção. Alegraram-se com a minha nomeação como Embaixador da Indonésia para Portugal e sentiram-se também orgulhosos com isso, pois para além de tudo sou timorense.

P – Com base nesse clima de entendimento pessoal, não teria sido possível encontrar uma solução que preservasse a identidade timorense e ao mesmo tempo tornasse Timor Leste viável em termos de futuro?
R – Acho que sim e era essa a minha proposta. Quando fui a Timor, antes da independência, formei um grupo chamado «Frente do Povo de Timor», o meu último partido em Timor, em 1999. Pugnávamos pela autonomia, que significava um meio termo entre a integração e a independência. Tratava-se de uma autonomia muito alargada, mais ou menos do tipo da de Hong-Kong ou de Macau, em relação à China, ou de Puerto Rico, em relação aos Estados Unidos da América, em que os timorenses pudessem afirmar-se com a sua própria identidade, com o seu próprio governo, sob os auspícios da Indonésia.

Nessa altura, as Nações Unidas, a Indonésia e Portugal estavam a discutir a melhor forma de autonomia para Timor-leste, como uma solução aceite por todas as partes. Mas, entretanto, a Indonésia transformou-se num país democrático, tendo passado por um período semelhante ao que viveu Portugal após o 25 de Abril.
E para provar à comunidade internacional que era verdadeiramente um país democrático, o Presidente da Indonésia foi mais longe do que aquilo que estava a ser negociado nas Nações Unidas e concedeu o referendo a Timor-Leste no sentido de o povo escolher se queria uma autonomia com a Indonésia ou a independência total.
Infelizmente, não houve tempo suficiente para os timorenses se reconciliarem e prepararem para receber o resultado do Referendo como a mais alta expressão da vontade do povo. “Vox populi, vox Dei!” A voz do povo é a voz de Deus! Os timorenses estavam divididos em dois grupos antagónicos: Autonomia versus Independência. Foi por essa razão que aconteceram todas aquelas situações de destruição que conhecemos. Se os timorenses estivessem unidos e comprometidos a aceitar democraticamente o resultado do Referendo – autonomia ou independência – certamente que o futuro de Timor seria mais prometedor.
P - Na sua perspectiva, e segundo posso depreender do que disse, a acção devastadora das milícias fugiu um pouco ao controle dos políticos de Jakarta.
R – Sim, sem dúvida. Depois de conhecidos os resultados do Referendo, e preparando-se a Indonésia para entregar a responsabilidade da governação às Nações Unidas, houve ali um período de alguma desmotivação e de algum abandono por parte das autoridades indonésias que não queriam mais nada com Timor Leste. Isso permitiu algum descontrolo que propiciou novamente um clima de vinganças, com todas aquelas cenas de violência e de destruição. A minha própria casa foi totalmente destruída porque eu estava contra a violência, tendo emitido dois Comunicados neste sentido.
Parecia-me que os defensores das diferentes opções consideraram o Referendo como um jogo de galos em que só podia haver vencedores e vencidos, sem qualquer possibilidade de entendimento e compromisso entre eles. As milícias que defendiam a autonomia, de um momento para o outro viram-se sem nada do que tinham construído nos últimos 24 anos e achavam que tudo lhes seria retirado e perderam as estribeiras. Então passaram a actuar de uma maneira brutal, totalmente fora do controle das autoridades.
P - Quais são as suas relações neste momento com as autoridades de Timor Leste?
R – No plano institucional, tenho colaborado com as autoridades timorenses no sentido de uma aproximação com as autoridades indonésias e vice-versa. Por exemplo, procurei convencer a anterior Presidente da República da Indonésia, Megawarti Sukarnopoutri, a estar presente na cerimónia da independência de Timor Leste, o que veio a acontecer. Com o actual Presidente, que tinha sido Comandante de um Batalhão em Timor Leste durante o período em que eu fora Vice-Governador, tenho procurado aproximá-lo no sentido de se estabelecerem as melhores relações institucionais e políticas entre a Indonésia e Timor Leste; assim, logo depois da sua tomada de posse como Presidente, visitou Timor Leste onde foi apoteoticamente recebido pelo povo, e foi ele que me autorizou a visitar Timor Leste antes da minha vinda a Portugal.
No plano pessoal, tenho as melhores relações com os governantes de Timor. Já me encontrei com o Presidente Xanana, o Primeiro-Ministro Dr. Mari Alkatiri e o Ministro do Estado e das Relações Externas, Dr. Ramos Horta, varias vezes, tanto em Jakarta e Bali, na Indonésia, como em Díli, Timor Leste. Mesmo agora, mantenho contactos frequentes com os governantes de Timor que me vão inteirando da actual situação.
Gostaria ainda de salientar que, quando visitei Timor, em Agosto de 2005, fui muito bem recebido, havendo quem me tivesse perguntado se eu estava lá para ficar. Isso deixou-me extremamente feliz ... e ao mesmo tempo triste.
P – E qual foi a sua resposta?
R – A minha resposta foi simples. Em qualquer parte do mundo onde nos encontramos, podemos trabalhar por Timor. E acrescentei que, à semelhança dos Judeus, que se encontram espalhados pelo mundo, mas todos com a atenção orientada para Israel, assim também nós os Timorenses, independentemente do passaporte que cada um de nós ostenta, temos que procurar dentro das nossas possibilidades dar um contributo para a construção do estado timorense livre, justo e solidário. Eles responderam conformados: “Senhor la bele haluha ami!” Senhor, não se esqueça de nos! Estas palavras continuam a ecoar dentro do meu coração. Espero brevemente abrir em Díli um Centro de Orientação Profissional e já entrei em contacto com o governo de Timor-Leste falando-lhe a esse respeito.
P – Acha que Timor tem futuro?
R - Eu sou uma daquelas pessoas optimistas que, baseada na poesia de Fernando Pessoa “Deus quer, o homem sonha e a obra nasce” – acredita que a independência que já é um facto consumado, está na Providência de Deus. Portanto tem de fazê-la frutificar para o futuro em benefício do povo. Falta apenas os timorenses estarem unidos numa Reconciliação Nacional, com uma definição clara da sua Identidade e um Nacionalismo dinâmico, dispostos a dar as mãos uns aos outros e começar a obra da Construção Nacional.

O povo timorense sofreu durante todo o seu passado - durante o colonialismo, a II Grande Guerra Mundial e durante o tempo de ocupação da Indonésia; sofreu não só por força das diferentes ocupações ao longo da História, mas também por força das desavenças e dos conflitos entre os próprios timorenses de diferentes etnias. Já é tempo de o povo timorense ter paz, ter progresso e ter desenvolvimento. Para isso, é preciso que os responsáveis sirvam o povo e não se sirvam apenas do povo.

Timor, uma nação com 750 mil habitantes e com os seus riquíssimos recursos naturais do solo e subsolo - independentemente do petróleo e do gás natural -, pode vir a ser um lindo país, qual pérola perdida nas águas do Pacífico e Índico, que tem uma posição estratégica entre a Austrália e a Indonésia.

P - Como embaixador da Indonésia em Portugal qual é a sua missão principal?
R - É uma pergunta interessante. A nova Indonésia democrática está agora em Portugal através da sua representação diplomática em Lisboa, com uma atitude de abertura e predisposição voluntariosa para apostar decisivamente no futuro, promovendo e cultivando laços de amizade e cooperação com Portugal a todos os níveis possíveis em prol de indonésios e de portugueses. O povo português foi o primeiro povo europeu que há quase 500 anos chegou às ilhas da Insulíndia que hoje fazem parte do arquipélago indonésio. Foram os portugueses que levaram para lá a religião católica, e dentro da própria língua indonésia se encontram cerca de 2.000 palavras portuguesas. Os portugueses deixaram na Indonésia vestígios da sua historia, cultura e arquitectura que, desafiando os tempos, prevaleceram ate agora.
É certo que Portugal e Indonésia tiveram problemas num passado recente, mas o mais importante agora é termos a maturidade, o sentido de responsabilidade e a capacidade de compreendermos e aprendermos com os ensinamentos da história e, com os olhos postos no futuro que conjuntamente queremos construir, transformar o que outrora nos dividiu, Timor Leste, num elo de inquebrantável união.
A minha missão é tentar realmente avançar com a cooperação triangular entre Portugal, a Indonésia e Timor-leste. Porquê? – Porque tanto Portugal como a Indonésia marcaram a sua presença em Timor! Agora que Timor-Leste já se tornou independente, Portugal e a Indonésia têm de o acarinhar e ajudá-lo a crescer, a afirmar-se de uma maneira positiva e categórica dentro da comunidade das nações.
P – E acha que tem existido essa colaboração triangular?
R – Depois da minha chegada a Lisboa, já lá vão nove meses, tive dois encontros com Xanana Gusmão, dois encontros com o Primeiro Ministro e também dois encontros com o Ministro Ramos Horta com o objectivo de desenvolver projectos numa cooperação triangular entre Timor-Leste, Portugal e a Indonésia. O próprio ministro Ramos Horta expôs a ideia e fez a proposta de, por exemplo, começarmos a trabalhar na erradicação da malária em toda a ilha de Timor que inclui Timor-Leste e Timor-Ocidental. Portugal, por exemplo, pode tentar angariar fundos da União Europeia, a Indonésia pode contribuir com os médicos e Timor-Leste com os recursos humanos. Falta preparar uma proposta muito mais concreta para ser apresentada aos três governos. Depois disto, o resto vira por acréscimo.

Outro exemplo dessa cooperação é que, com os conflitos recentes em Timor, Portugal enviou a GNR para dar também a sua contribuição no campo da manutenção da paz e segurança em Timor.
A Indonésia continua a fornecer os bens de primeira necessidade e também o apoio humanitário solicitado pelo presidente Xanana que se deslocou a Bali para se encontrar com o Presidente da Indonésia, pondo-o ao corrente do que se está a passar em Timor e das necessidades mais prementes do povo.
Portanto, acho que nesse ponto tanto a Indonésia como Portugal estão a dar um contributo significativo, não para resolver o problema na sua totalidade mas, pelo menos, para o ajudar a minorar e a resolver dentro dos possíveis.

P – Mas, pelo que lhe ouvi, parece-lhe que, acima de tudo, os principais responsáveis pelo futuro de Timor são os timorenses...
R – Sem dúvida. Timor agora é uma nação soberana, portanto está perante uma nova era, um novo ciclo. Um ciclo de novos e exigentes desafios que reclamam novas mentalidades e novas respostas. Respostas que radicam na crescente vitalidade que caracteriza e que há-de seguramente continuar a caracterizar uma nação relativamente jovem onde todos os timorenses têm de estar unidos à volta dum mesmo ideal: tornar Timor maior. Para o conseguir, os timorenses têm de aproveitar com sucesso este momento histórico da independência. Que saibam estar à altura das suas responsabilidades, pois outra coisa não esperariam deles as gerações actuais e as vindouras. É aos timorenses, no interior da pátria e na diáspora, que compete agora construir o futuro de Timor, ainda que com a ajuda e o apoio da comunidade internacional.

Francisco Lopes da Cruz
Fui campeão europeu de basquetebol pelo Sporting de Lourenço Marques

Já não me recordo de todos os colegas timorenses desses anos da década de 60. Mas o Lopes da Cruz ficou para sempre na minha memória não só por ser do meu ano, partilhando muitas vezes as mesmas carteiras das salas de aula, mas sobretudo porque ele era um verdadeiro craque em basquetebol, denotando uma excepcional aptidão para o desporto.
P - Nós conhecemo-nos em Macau, em cujo Seminário fizemos juntos a Filosofia. Que referência guarda da formação que aí recebemos?
R – Guardo as melhores recordações e um conjunto de referências que neste momento continuam a ser actuais e, é claro, são referências muito importantes para a minha vida, tanto privada e familiar, como para a minha vida pública e profissional. Acho que foram realmente tempos muito belos e agradáveis, ora alegres e floridos, ora tristes e sombrios, que passaram e que já não voltam mais. Foi uma etapa da minha vida muito determinante para todos os momentos posteriores, alguns deles muito dolorosos e trágicos, outros mais positivos e reconfortantes, mas no meio de tudo tenho mantido sempre o rumo e o norte certos.
P - Depois desse período, cada um de nós seguiu o seu rumo. Guardei-o na memória como um “craque” de basquetebol. Chegou a profissionalizar-se nesse desporto?
R – Quando, após o curso de Filosofia, regressei a Timor para um estágio de um ano, continuei a praticar basquetebol; primeiro com os seminaristas, mais tarde no meu próprio clube de antigos alunos do Seminário, que eu formei com o nome de “Horizonte”. O clube tornou-se campeão de Timor. Depois fui para o Curso de Oficiais Milicianos (COM), em Moçambique, naquela altura Lourenço Marques, agora Maputo. Aí, alistei-me no Sporting de Lourenço Marques que, nessa época, foi campeão europeu em representação de Portugal. De regresso a Timor joguei na Selecção de Timor Português, 5 vezes contra a Austrália, e 6 vezes contra a Indonésia. Cheguei a ganhar a taça do melhor jogador entre a Austrália e Timor Português: “Australia-Portuguese Timor, Best Basquetball Player”.
P – Soube que depois de 66 também foi professor. Gostou dessa experiência?
R - Gostei muito, porque naquela altura ainda estava com a intenção de continuar os meus estudos teológicos em Portugal. Fui professor durante dois anos, no Seminário de Nossa Senhora de Fátima e no pré-Seminário de S. Francisco Xavier, em Dare, Díli. Um dos meus alunos foi o Bispo Mgr. D. Basílio do Nascimento que ainda se recorda desses momentos e quando se encontra comigo trata-me mais como “Professor” do que como “Embaixador.”
P - Sei que também serviu no Exército português. Durante quantos anos foi oficial do Exército português?
R – Sim, fui oficial miliciano e, num lote de 86 cadetes, fiz parte do grupo de cinco cadetes que passaram o teste para o Curso de Comandos a ser realizado em Montepuez, Mocambique; entretanto, com a autorização do General Kaúlza de Arriaga, regressei a Timor-Leste depois de cumprir uma missão de 18 meses na zona operacional 100%, em Mussoma, perto da fronteira com a Tanzânia.
Depois, em Timor, fui instrutor do Centro de Instrução Militar, em Díli, Taibessi, durante cerca de quatro anos. Comecei a minha carreira militar em 1968 e terminei-a em 1974. O Ministro Ramos Horta também fez parte do meu pelotão durante a instrução militar.
Sem rancor nem vinganças…

Como diz na entrevista, Francisco Lopes da Cruz, em 1975, defendeu, numa primeira fase, a continuação da ligação de Timor-Leste a Portugal. Quando, porém, viu que não havia condições políticas em Portugal para assegurar a ordem pública e a legalidade, Lopes da Cruz ainda tentou uma aliança com a Fretilin no sentido de prepararem juntos a independência.
Todavia, a Fretilin estava imbuída de ideais revolucionários de forte influência marxista-leninista que alguns dos seus líderes tinham digerido à pressa nas reuniões do MRPP em Lisboa, onde estudavam. À maior parte desses revolucionários aconteceu o que aconteceu à maior parte dos revolucionários “emeerrepêpistas” de Portugal, que hoje são socialistas ou social-democratas.
Todavia, na altura, criou-se em Timor um clima de confrontação e de intolerância que descambou na guerra civil de finais de 1975. Lopes da Cruz, fiel aos seus valores e às suas referências, que havia construído na família e no Seminário, posicionou-se do lado dos que não queriam um modelo comunista para Timor. Um dos seus irmãos foi fuzilado pela Fretilin juntamente com outros timorenses e o célebre comandante da Polícia de Díli, tenente-coronel Maggiolo Gouveia, um alentejano que se juntou à UDT. Muitos outros familiares de Lopes da Cruz foram mortos: falou-se em 30 pessoas, entre outros, dois irmãos, tios, primos e sobrinhos.
Depois da anexação de Timor pela Indonésia, Lopes da Cruz voltou a Timor como Vice-Governador. Tinha condições para se vingar. Mas não o fez. Antes pelo contrário, preocupou-se apenas em criar condições para a reconciliação nacional e para o desenvolvimento do seu povo. Como seu secretário tinha um elemento da Fretilin. A sua preocupação não era a vingança mas a ajuda ao povo timorense, que foi a verdadeira vítima em todo o este processo dramático de 25 anos de lutas até à independência.
Quando em 1999 o referendo deu a vitória à independência, a casa de Lopes da Cruz foi totalmente destruída pela segunda vez, com um uma Biblioteca de 2000 livros, que na sua grande maioria eram livros em Português. Entretanto, mais um irmão seu, cabo das Forças Armadas indonésias, morreu durante o processo.
Lopes da Cruz continua não só a não querer qualquer tipo de vingança como luta para que os timorenses se entendam e ponham os interesses do povo faminto, pobre, sem dinheiro e sem comida, acima dos interesses mesquinhos pessoais, de facção ou de partido, sentindo-se inspirado no Presidente Nelson Mandela, com quem se encontrou algumas vezes e que lhe deu um grande testemunho de reconciliação ao contar-lhe que, depois de ser eleito Presidente, a primeira pessoa que convidou para jantar com ele foi o seu antigo carcereiro.
Lopes da Cruz foi um dos promotores da reconciliação encetada em Londres entre timorenses das duas facções. O Encontro de Reconciliação em Londres converteu-se depois no ALL Inclusive Intra East Timor Dialogue (AEITD), na Áustria.

Lopes da Cruz e a sua fé católica

Francisco Lopes da Cruz fez 8 anos de estudo no Seminário: os 5 primeiros anos de Humanidades no Seminário diocesano de Díli e os 3 anos seguintes do curso de Filosofia no Seminário de S. José de Macau, por força de um acordo de cooperação que havia entre a diocese de Díli e a diocese de Macau.
Deixou o Seminário porque o então bispo de Díli o impediu de continuar os estudos teológicos em Portugal, mais propriamente em Leiria, para onde vieram os seus colegas, querendo que continuasse em Díli em regime probatório. No entanto, a sua fé não foi abalada. E hoje continua um testemunho vivo de uma espiritualidade e de uma religiosidade que as contrariedades da vida – ainda o ano passado, no mês de Setembro, lhe faleceu uma filha, acabada de formar na Austrália - não só não esmoreceram como fortaleceram.
Lopes da Cruz encontrou-se por 3 vezes com o Papa João Paulo II que lhe definiu a reconciliação da seguinte forma: aceitar, respeitar e perdoar uns aos outros.
No entanto, foi a sua fé católica que o impediu de ser nomeado Embaixador da Indonésia no Vaticano. É que, segundo um acordo existente entre os dois Estados, o Embaixador da Indonésia no Vaticano pode ser tudo menos católico, para que não se dê o caso de, como católico, ter que beijar a mão ao Sumo Pontífice, quando o Estado indonésio só reconhece o Vaticano como Estado e não como potência religiosa.
C.R.

in Jornal Voz do Mondego

Anónimo disse...

Só nos faltava este elogio rançoso ao embaixador da Austrália. Cada vez se percebe mais porque é que tanto anónimo quer esconder para debaixo do tapete o vandalismo de 1999 e o actual... mas continuam 150,000 deslocados em Dili e não só. Aumenta a violência praticada por jovens e a contagem das casas queimadas já vai em mais de 900 e não acabou. Mas há gente que se preocupa com o embaixador e em mudar a bandeira nacional. Tanto saudosismo dos colonialismos já se torna caricato. Há gente que ainda não percebeu que todos os Timorenses têm os mesmos direitos e que o tempo das "elites" já passou.

Anónimo disse...

margarida:7:05:07 AM
não dispara as pessoas com arma antiga ok..

Anónimo disse...

É mesmo uma comuna rancorosa pelo desabamento do sistema soviético.

Tão cega que nem percebeu que é Embaixador da Indonésia e não da Austrália.

Vá lá que hoje é um dia de alegria para os cubanos, embora os da Ilha ainda não possam exprimi-la.
O Caudilho Monarca delegou os poderes todos no irmão.

A esperança de uma primavera "Marcelista" talvez os desiluda, mas um futuro livre está próximo. Cada vez mais próximo.

Anónimo disse...

É tão cega que nem reparou que é Embaixador da Indonésia e não da Austrália.

Rancor é o seu, fruto do desespero da derrocada do mundo socialista na Europa de Leste.
Não aceita que os povos têm o direito a viver em liberdade.

Hoje é um dia de alegria para os cubanos, embora os da Ilha não possam festejar ainda.

O Caudilho monarca delegou todos os poderes no irmão, qual rei absolutista.

Mas pelo menos está mais próximo o dia em que até os cubanos vão experimentar a liberdade a quem têm direito.
A liberdade de não serem presos, torturados e mortos por se manifestarem.

Anónimo disse...

Eu sei que é da Indonésia, foi um lapso tão enojada fiquei com o elogio a este fulano. Você não têm mesmo a mínima das considerações pelas vítimas da vossa criminosa violência. Que nojo!

Anónimo disse...

Mas alguém está a branquear a responsabilidade do governo da indonésia nas centenas de milhares de timorenses que morreram durante a ocupação?
Onde leu isso, sua manipuladora?

Anónimo disse...

Estão a silenciar o que é tão mau como branquear. E estão sempre a desviar a conversa dos que hoje são vítimas da vossa violência egoista e criminosa.

Anónimo disse...

Ficava-lhe bem ter-se manifestado assim enojada também na primavera de Praga, nos extermínios do Cambodja e nos massacres da praça de Tienamen.
Sempre disfarçava o tendenciosismo.
Está a ler uma entrevista em discurso directo, queia que o embaixador em funções dissesse o quê? Eu até estou admirado com o muito que ele disse.
É claro que toda a gente sabe que ele fez por diminuir as responsabilidades. Cabe à nossa inteligência saber pôr as coisas nas suas devidas proporções.
Mas está tão desnorteada com as notícias de Cuba que nem pensa direito.

Anónimo disse...

Esquecem-se que a malta sabe que a agenda em que chafurda esta gente é sempre a da mentira e da violência, marimbam-se para o sofrimento das pessoas, instrumentalizam os jovens e crianças para levar avante a sua agenda criminosa. Não se conformam que os outros tenham finalmente, pela primeira vez na vida DIREITOS. Não se conformam que todos os Timorenses sejam finalmente CIDADÃOS em igualdade de direitos. Mas são. Todos os timorenses são cidadãos de corpo inteiro.

Anónimo disse...

E vem para aqui uma comuna falar de violência e crime.
É preciso ter muita lata.
Lágrimas de crocodilo a esta hora?
Dos Checos, dos Húngaros, dos Chechenos, dos Cambodjanos, dos Tibetanos, dos Chineses não tem você pena, porquê?
Por ser em nome da revolução socialista vale tudo?
Hipócritas.
Finaram-se a chorar quando morreu o Estaline. Vêm ordens de Moscovo a dizer para parararem de chorar que o homem era um sanguinário (XX Congresso do PCUS), e desata o órgão oficial do partido a malhar nele.
Não ganham vergonha?
E querem exportar o modelo para sacrificar mais povos.
Basta, porra!
Deixem os povos escolherem o seu caminho em paz e liberdade.
Não lhes impinjam modelos arcaicos totalitaristas.
Nenhum povo é um partido, ainda não conseguiram entender isso?
Os partidos são um meio, não um fim, caramba!

Anónimo disse...

Há 150,000 deslocados em Dili e espalhados por outros campos em Timor-Leste; houve famílias que perderam irmãos, pais, filhos por causa desta violência criminosa. Houve filhos que perderam a mãe e irmãos por causa do ódio irracional que esta gente causou. Há ainda dezenas de feridos. Há as botas australianas nas ruas de Dili e os soldados das F-FDTL aquartelados. E esta oposição timorense quer que não se fale disto. Mas é preciso falar disto tudo porque ainda há 150,000 deslocados e eles precisam de segurança para regressarem a casa.

Anónimo disse...

Eu não falo em nome de oposição nenhuma, nunca o fiz, não era agora.
Falo como timorense e interpreto o que muitos timorenses me dizem.

E o que se pretende é que a justiça chegue a todo o lado. Mas a todo o lado mesmo.

As botas australianas têm que ir-se, mas não nos esquecemos que sem elas naquele momento, os mortos não teriam sido 21, nem os deslocados 150.000.

E sabemos de onde veio a instabilidade e qual era intenção.

Só que se lhes escapou das mãos e as consequências estão à vista.

Mas a justiça há-de prevalecer e a verdade histórica acaba sempre por se saber. Às vezes demasiado tarde para se fazer justiça às vítimas, mas chega sempre.
E Timor vai ser um país lindo para se viver, trabalhar e ser feliz.
Sem a opressão de ninguém nem de nenhum partido.
Porque Timor é dos timorenses e para os timorenses e não de nenhum partido ou para algum partido.

A justiça está para se fazer desde 1975, não é só de agora. Como diz e bem o grande Taur. Reconciliação mas com justiça.

A justiça terá que ser cega, não só para um dos lados, como você gostaria.

É por esse sectarismo que não pode ser levada a sério.

esoera-se que o seu silêncio quanto ao que escreveu o anónimo das 7:52:26 AM siginifique um "mea culpa" envergonhado. No mínimo.

Anónimo disse...

O relatório de hoje da ONU sobre a situação diz que “tem havido um aumento nos incidentes de segurança nos últimos dias, alguns relacionados com a detenção do Major Alfredo Reinaldo (comandante desertor das FFDLT, um dos desertores originais das forças militares) e de 21 outros pela posse ilegal de armas e munições.”

E diz ainda que em “resposta ao crescente desassossego entre gangs de jovens na área do mercado de Comoro, A Força Conjunta impôs patrulhamento extra na área. A UNICEF está preocupada com o aumento de jovens que praticam actos de violência.”

E que em “28 de Julho, estavam documentadas 906 casas parcialmente ou totalmente queimadas, com mais informação a acrescentar”. Mais de 900 casas queimadas em Dili é um escândalo medonho! E um crime que não pode passar sem investigação e os criminosos e mandantes têm que responder por ele.

Anónimo disse...

Leia o que RH disse na apresentação do programa de governo:
"A F-FDTL sera remodelada de forma a responder aos desafios que a Nação enfrentará nos próximos anos.
A Polícia Nacional de Timor-Leste, instituição que, com a crise, se desintegrou parcialmente tem que ser reconstituída pois a ela cabe o papel de assegurar a manutenção da lei e a ordem interna.
A sua reconstituição passa pela reconciliação não só entre os agentes como também com os militares da F-FDTL não devendo menosprezar a necessidade de promover o apartidarismo político em ambas as instituições."

Está a ver onde tudo começou?
Na luta entre facções da FRETILIN pelo controlo destas forças.

Quem são os criminosos afinal?

Quem desencadeou toda esta instabilidade que redundou nesta violência medonha?

quando mete nessa cabeça dura que o Alkatiri estava a falar verdade e não a mentir quando disse: " A FRETILIN pode criar a estabilidade e a instabilidade".

Ele estava avisar e ninguém o levou a sério.

Prometeu, e pelos vistos, cumpriu.

Anónimo disse...

A ler com atenção:
http://www.timesonline.co.uk/article/0,,542-2295250,00.html

Pode parecer que não, mas neste mundo interdependente, quem sabe as repercurssões até em Timor?
Para quem preferir, fica aqui a transcrição:
"Cuba after Castro
The hopes and dangers of life post-dictatorship




He has been in power so long that Fidel Castro is barely noticed now as the anachronism he has become: an absolute ruler of a one-party state, a beached survivor of an ideology long swept away elsewhere, a man who has kept the modern world at bay while corruption eats away at his island fortress. Cubans rarely break the taboo and speculate on Cuba after Castro. Most, with reason, do not dare. But suddenly, only two weeks before the planned lavish celebrations of the dictator’s 80th birthday, they have been jolted into an uncertain future: after 47 years of untrammelled personal rule, President Castro has suffered a serious illness and handed over power, albeit temporarily, to his 75-year-old brother Raúl.
The prospect of Fidel Castro’s death or disability has convulsed the Caribbean. The long US blockade, the regional political balance and Havana’s predictable backing for any anti-American insurgency have all been fixtures of a stalemate that has been a determining factor in US regional policy. Cuba may have only 11 million people, and a stricken economy overly dependent on sugar and raw materials. But it has long been seen in Washington as an ideological dagger pointed at the Western hemisphere. It was over this island that the world came closest to nuclear Armageddon. Cuba’s defiance and the clout of Cuban exiles influence US domestic policy. What happens now will be watched in Washington and Miami as closely as in Havana.



Both on the island and abroad, people are preparing for change. Few doubt that the communist system will die with Señor Castro. The collapse of the Soviet Union made its continuation ever more precarious — and cautious market reforms a few years ago so quickly began to unravel the entire structure that the frightened Government quickly backtracked. For now the economy is in stasis. But entrepreneurs know well the pent-up demand for change, for imports, luxuries and links to the outside world, and are already preparing to seize the moment when the US embargo is lifted.

Some fear that the country could quickly return to 1959, becoming a playground of the American rich, where weak governments are domi-nated by gambling interests and corrupt businessmen. There is, indeed, a danger of change coming too explosively and of a new mafia taking advantage of a communist collapse, as in much of Eastern Europe. But that is to ignore everything that has happened since the fall of Batista. Cuba is more robust now. For all the repression, religious persecution and assault on human rights, the Cuban people have three advantages on which to build a future: an education system that has given them literacy and qualifications; a credible national health system; and a cultural pride, seen in the flowering of the arts and music.

The challenge now is how to plan the inevitable transition without triggering collapse and chaos or fresh repression. The Bush Administration appointed a Commission for Assistance to a Free Cuba in 2003 to hasten political change, setting aside $80 million to boost democracy. The US will certainly find vast sums to satisfy post-Castro expectations. Within Cuba, officials must also be looking at ways to survive the change. Rumours abound and hopes are rising. But nothing should be assumed. Señor Castro has survived past health scares. He could yet stagger on."

Alguns cubanos (os que podem) já festejam, talvez ainda seja cedo.

Anónimo disse...

E. Timor Protective of Oil, Gas Industry
East Timor zealously guards its oil, gas industry as means of preserving the country's wealth

DILI, East Timor, Aug. 1, 2006
By JIM GOMEZ Associated Press Writer
--------------------------------------------------------------------------------

(AP) East Timor's ramshackle capital is dotted with rundown buildings, old cars and squalid camps packed with thousands of people waiting to return home after months of violence. But billions of dollars in largely untapped oil and gas reserves lie just off the coast of Asia's newest and poorest nation.

East Timor is zealously guarding its nascent oil and gas industry, seen as a potential lifeline following centuries of colonial rule and foreign occupation that crippled it politically and economically. It is determined not to follow the path of several other mineral-rich countries that failed to prosper.

The tiny country created a petroleum fund last year to protect its mineral wealth for future generations, which was lauded by the World Bank and other international institutions. The government has vowed not to spend the money, which so far pools income from two offshore fields, on golden palaces and limousines but on roads, schools and health.

Rules that govern the fund _ currently $600 million and growing _ limit how much the government can withdraw, and theoretically ensure a sustainable annual income for the nation of less than 1 million inhabitants for decades to come.

"It's the absolute best way of preserving the nation's wealth," said Roger White, a British expert advising East Timorese energy officials under an eight-year consultancy program funded by a grant from Norway.

"It is to prevent the difficulties that many oil rich nations have had _ either that their money is spent badly or when the oil and gas resources are gone, there is nothing left," he said.

East Timor was plunged to the brink of civil war in May when then-prime minister Mari Alkatiri _ the fund's architect _ dismissed 600 soldiers, sparking clashes between rival security factions that spilled into gang warfare, looting and arson attacks. Alkatiri was forced to resign as prime minister in July amid allegations that he helped fuel the unrest, something he denies.

At least 30 people were killed and another 150,000 fled homes in the capital, Dili, highlighting the country's continued political instability seven years after it voted for independence from Indonesia.

East Timor survived largely on international aid when it first became a new nation in 2002, following two years of U.N. administration, earning almost nothing from its nascent petroleum industry.

Australia has been drilling for oil and gas for several years in an offshore field that includes Bayo Undang, located on contested waters between the two nations. After East Timor became independent, it was able to negotiate a considerably higher share in oil and gas revenues.

Twenty million dollars in royalties from the Bayo Undang field were rolled into the petroleum fund. Today it's worth more than $600 million, thanks to production at the Bayo Undang and Elenka Katua fields, soaring oil prices and interest payments, Alkatiri said in an interview with The Associated Press.

With an estimated 12 trillion cubic feet of natural gas beneath the Timor Sea _ slightly smaller than the reserves found under Brunei _ the fund is expected to keep growing.

A treaty signed with Australia in January to develop the Greater Sunrise gas field _ the largest in the Timor Sea _ is expected to earn East Timor $4 billion over the expected 30-year life of the project.

Abraao de Vasconselos, general manager)of the Banking and Payments Authority, which manages the petroleum fund, said the money is invested in U.S. Treasuries and each government withdrawal requires parliamentary approval.

"The idea is to protect the fund for future generations," he said.

But others noted that East Timor's ability to hold on to oil and gas as a lifeline depends largely on the ability of the government _ which is for the first time trying to tap into the resource fund to pay for the 2006-2007 budget _ to effectively manage the revenues.

That means building an effective government and private work force by improving health and education, and investing in agriculture, infrastructure and rural development, said Jose Teixeira, Minister for Natural Resources, Minerals and Energy.

"Nothing will replace prudent economic and financial management," he said.

It also means avoiding pitfalls of other oil-rich developing nations like Chad, which saw a similar petroleum fund collapse after the government eased restrictions on spending of the oil money.

The World Bank responded by suspending $124 million to the Central African country, though the two sides have since signed an interim agreement restoring the loans.

Some critics at home wonder why East Timor is not taking advantage of its oil and gas reserves more quickly to rev up its economy and get people _ who earn an average of less than a dollar a month _ back to their homes.

"If we have the money, let's use it and not beg" from other countries, said Mario Carrascalao, a former East Timor governor. "It's not the way, we have to be responsible."

But White noted that East Timor, which was colonized for centuries by Portugal before coming under Indonesian occupation in 1975, needs to build an efficient bureaucracy before it can exploit the economic potential of its petroleum resources.

"There are very few experienced bureaucrats," he said. The country has had to start from scratch building all apparatus of government and does not necessarily know how to spend the money wisely, he added.

"It's the birth pains of a new nation," White said.

The recent instability also highlighted the risks of doing business in East Timor.

The government was forced to postpone signing oil and gas exploration contracts in other offshore areas with Italian oil and gas giant Eni SpA and India's Reliance Petroleum Ltd., said White. Gangs barged into a building that contains the offices of several senior energy officials and looted computers and supplies, he said. Several local staffers have yet to return to work, he added.

The deals are still on, Teixeira said, and they may be signed in the next few weeks.

"We were just within three weeks of signing these big contracts and having enormous work for the good of the country and now it's just waiting," White said. "It's an absolute tragedy."

Anónimo disse...

O que vejo deste Blog e o seguinte, "Pedro disse que foi o Paulo e o Paulo disse que foi o Pedro". Afinal nao passam de ser a mesma coisa. Todos falam em nome do Povo mas o proveito e para individual.
Dizem que Xanana e RH sao bla..bla..blaa, etc, mas Mari tambem foi (pode ser que continuara a ser) Bla.. bla.. blaa...

O pior e a Margarida. Vive longe e pensa que sabe muito bem de Timor.

Quo vadis Timor?

Anónimo disse...

mario

Não é mistério nenhum essa do "pavor" de Salazar sobre o petróleo em Timor.

Ele tinha bem consciência que assim que a torneira se abrisse, as superpotências da altura e as que o queriam ser, se atirariam a Timor como abutres, criando e inventando movimentos libertadores para conseguirem o controlo do ouro negro.

Como se viu em Angola, e já se tinha visto no Médio Oriente e outras partes.

Assim que Salazar deixou as empresas americanas explorar o petróleo de Cabinda, o criticismo americano decaíu para umas envergonhadas lamechas.

Tivesse dado essa oportunidade a empresas estatais sovieticas, e os próprios soviéticos se tinham encarregado de eliminar primeiro a FNLA (que começaram por apoiar) e depois o MPLA (que passaram a apoiar por influência de Cunhal).

Anónimo disse...

O RH (dr. uma ova!!! nunca se licenciou!!) diz que nao aprendeu nada com o PM Alkatiri, no entanto quer "seguir a mesma base politica e linha programatica" do Dr. Alkatiri ! uau! aonde TL vai chegar.....temos um pm que muda de opiniao como eu muda e roupa !! A juventude exige, o PR tambem.....nossa!! para a proxima sou eu quem exijo...!!e tudo isto por causa do dinheiro e do petrolio...

VIVA TL!
VIVA FRETILIN!
VIVA MARI ALKATIRI!
VIVA LO'OLU!

Anónimo disse...

Para o anonimo das 8.14.14!
BRAAAAAAAAAAAAAAAVO.
Quem fala assim nao e cago.
A Margarida fala em timorenses com o mesmo direito!Esta completamente cega e nao quer ver.
Os bairros pobres de Portugal....
Casal Ventoso/Bairro da Boavista/
entre outros....Cuba?Russia?USA?
Aonde neste mundo?
Please explain!

Anónimo disse...

Anónimo das 9:44:03 PM: nem sei se reparou que eu nunca apresentei qualquer modelo para qualquer povo seguir. O que tenho defendido, e com bastante teimosia, é que compete a cada povo, pelo voto, decidir dos destinos da sua nação. Ora se pelo voto os timorenses deram a maioria à Fretilin e tendo estado nestes quatro anos o Governo da Fretilin a cumprir com o seu programa, a levá-lo, paulatinamente à prática, só aos Timorenses pelo voto compete decidir pela continuação ou não do seu Governo.

E não foi isso que aí aconteceu. Alguma oposição com receio de não ter os votos suficientes para arredar a Fretilin do Governo embarcou nesta aventura perigosa de pela força arredar a Fretilin. E isto que alguma oposição promoveu é anti-democrático e anti-constitucional e os maiores perdedores estão a ser as populações deslocadas que deslocadas continuam.

O que tenho defendido é que a vontade dos Timorenses, a escolha dos Timorenses deve ser respeitada. E este golpe criminoso foi feito contra a legítima escolha dos Timorenses. A Constituição dá a cada um dos Timorenses exactamente os mesmos direitos e a escolha da maioria deve ser respeitada pela minoria. Mas a força bruta das armas sobrepôs-se em Timor à escolha legítima da maioria dos Timorenses e isso é inadmissível e só pode merecer censura.

Repito mão defendo nenhum modelo em abstracto ou no concreto, defendo o respeito pela escolha da maioria dos Timorenses.

Anónimo disse...

Margarida!
Quando se defende um bloco, um partido etc...esta-se a defender quer queira quer nao uma maneira ou um modelo.Ora a Madame defende o Mari/Fretilin em todos os seus comentarios.E que eu sou uma pessoa que sabe ler "as entrelinhas".De uma vez por todas o que aconteceu ultimamente em Timor foi um desentendimento no seio da Fretilin e a sua "oposicao" e um passageiro o que naturalmente acontece nestas situacoes.E algumas das razoes do desentendimento ja aqui foram mencionados por timorenses que vivem "in locco"

Anónimo disse...

O programa que a FRETILIN estava a tentar levar paulatinamente à práctica era adiar sine die as eleições de 2007.

Senão vejamos que a 1 ano das eleições previstas:
1. Não existia ainda Lei eleitoral aprovada e o projecto existente pretendia afastar os partidos com menos de 5% dos votos.

2. Não existia como não existe uma Comissão Nacional de Eleições e muito menos os regulamentos do seu funcionamento.

3. Não estava aprovado o mecanismo de recenseamento eleitoral.

Além destes factores há mais alguns com importância para o raciocínio:

1. Só este ano, o orçamento de Estado iria contemplar verbas para o desenvolvimento de infra estruturas.

2. Conhecida a capacidade de execução orçamental do governo, os primeiros resultados visíveis deste investimento só seriam palpáveis ao fim de 18 meses a 2 anos. Donde, a esperada capitalização de votos não seria expectável antes de pelo menos decorridos 18 meses após o orçamento de Estado.

3. As divisões internas da FRETILIN ameaçavam a hegemonia da direcção, pelo que foi necessário recorrer ao voto por braço no ar e alegadamente compra de votos para manter a direcção. A actual direcção necessitava de tempo para consolidar a sua liderança e eventualmente expurgar os membros das facções concorrentes.

Para assegurar a manutenção do poder (na FRETILIN e por consequência no governo), esta direcção precisava de precipitar acontecimentos que fizessem a oposição interna "dar a cara" publicamente para mais facilmente os afastar e simultaneamente, criar um clima de instabilidade que justificasse credivelmente, o adiamento sine die das eleições parlamentares que se iriam realizar pela primeira vez no país.

É preciso não esquecer que existe um Parlamento e já são dois os governos constitucionais dele saídos, mas nunca houve eleições parlamentares. Dirão alguns que isso será um mero detalhe burocrático, mas não é tanto assim.

Só que, e há sempre um mas, o tiro saíu pela culatra. A instabilidade ganhou proporções não imaginadas, a confrontação interna pelo controlo das força de segurança e defesa criou um clima de impunidade que permitiu que os ódios acumulados pelas injustiças permitidas, se manifestassem com a violência a que assistimos sem que o governo tivesse a mínima capacidade de reposição da Lei e da ordem.

Não restando ao governo outra opção que não fosse pedir auxílio internacional colocou-se e colocou o país inteiramente nas mãos daqueles que há muito só esperavam uma oportunidade para intervir e melhorar o ambiente para saciar as suas ambições económicas e geo-estratégicas.

A composição e mandato da próxima missão da ONU vai determinar se Timor vai poder manter a sua independência total, se vai ter que se submeter a regras ditadas por outrém de novo.

Xanana, que desde 2002 vem chamando a atenção para os atropelos e abusos de poder, viu-se forçado a intervir, não escondendo a sua frustração por a FRETILIN não lhe ter dado ouvidos anteriormente e se ter deixado dominar pela actual direcção.

A instisfação de Xanana não é contra a FRETILIN como partido, mas antes contra a clique que dominou a FRETILIN a partir de 2000, por entender que esta direcção impediu a FRETILIN de ser um partido ao serviço de todo o povo de Timor-Leste para passar a servir-se do voto do povo para seu próprio benefício, colocando o Estado ao serviço dos interesses da direcção do partido.

O discurso de 22 de Junho deve ser visto como um grito de frustração por verificar que por causa de alguns dirigentes, todo o sacrifício, seu e de muitos companheiros, de anos e anos de
luta no mato, estavam a ser desvirtuados por quem tinha vivido no bem bom da diáspora.

A corrupção a grassar impunemente na administração, o nepotismo confortavelmente instalado, o partido a estender os seus tentáculos por todo o aparelho do estado, e a esmagadora maioria dos timorenses a viverem numa miséria ainda pior que no tempo indonésio.

Para compor o ramalhete, esta manobra de dilação das eleições paralamentares, com o fito de assegurar talvez desta vez, os tais 80% de votos.

Como se em algum país onde os cidadãos expressem a sua vontade em total liberdade e sem coações existam resultados destes.

Ter-se-á Xanana colocado nas mãos dos vizinhos do Sul para conseguir devolver ao povo a palavra?
É possível, mas da mesma maneira que aparentemente o fez aquando da sua prisão por denúncia aos indonésios, mostrou assim que pôde de que lado verdadeiramente estava, também saberá desta vez fazê-lo. Não foi à tôa que há menos de dois anos em Lisboa, chamou de ladrões ao governo da Austrália por tentarem coagir o governo de Timor nas negociações do petróleo. Quiça dos únicos sectores em que a clique da FRETILIN defendeu verdadeiramente os interesses de todos os timorenses.

Como afirmou Alkatiri e sem mentir: "Só a FRETILIN pode criar a estabilidade e a instabilidade".

Na verdade, mais nenhum partido teria tido a força suficiente para gerar tanto caos em tão pouco tempo.

Anónimo disse...

Anónimo: 11:09:53 PM : mas se a Fretilin foi o partido que a maioria dos Timorenses escolheram, deve-se respeitar essa escolha dos Timorenses, certo? E deve-se respeitar também o programa que a maioria dos Timorenses escolheu que foi o programa da Fretilin. E consequentemente respeitar as leis que a Fretilin propôs e que uma vez aprovadas pelo Parlamento são leis da República Democrática de Timor-Leste. E havendo partidos da oposição que discordem de leis ou de medidas do Governo, o que lhes compete é concorrerem nas próximas eleições com um programa claro alternativo ao da Fretilin e se tiverem maioria poderão, querendo, reverter essas leis e medidas, e não a tendo terão que aguardar até terem.

Quanto às questões internas dos partidos eu não interfiro, mas em qualquer partido as coisas passam-se exactamente assim: quem discorda que arranje alternativa, mas enquanto essa alternativa não for maioritária compete-lhe acatar as decisões da maioria ou sair. Porque os partidos são associações voluntárias de cidadãos onde entra quem quer (e for aceite) e sai sempre que quiser. Mas o que é público e notório é que a Fretilin há dois meses e meio realizou o seu II Congresso onde elegeu a sua direcção e esta tem actuado unida até à data. De objectivo, factual o que há é isto que lhe disse e tudo o resto são fantasias sem base na realidade.

Anónimo disse...

Se tivesse lido com atenção, em vez de mandar patacoadas teria percebido que não houve nenhum voto popular para um parlamento de onde saísse governo legítimo. Quanto tempo levará até entender isto?

O Congresso demonstrou exactamente que há divisões tão sérias no partido que foi preciso o voto de braço no ar (voto de coacção), para manter o controlo, sem falar na alegada compra de votos.

E tal como afirmei, apontando o decurso dos acontecimentos para só se realizarem as primeiras eleições parlamentares quando as galinhas tivessem dentes, quem podia ter ficado calado e não se indignar?
Ou acha que o povo e as oposições iam ficar sentados à espera que um dia a direcção da FRETILIN decidisse que já podia haver eleições?

Diz bem, esta direcção está unida. Se o partido se revê nela, é outra história. Se a direcção estivesse confiante não teria querido o voto de braço no ar. O resto são balelas.

Acha honestamente que algum partido da oposição teria força para criar esta situação?

Bem, se tinha então a base de apoio da FRETILIN está definitivamente erodida.

Assim sendo, mais me ajuda. A direcção da FRETILIN não queria mesmo eleições parlamentares tão cedo.

Anónimo disse...

Anónimo das 11:25:02 PM : Afinal o gato escondido deixou o rabo de fora, ao escrever que “Xanana, (…) viu-se forçado a intervir, não escondendo a sua frustração por a FRETILIN não lhe ter dado ouvidos anteriormente e se ter deixado dominar pela actual direcção”, nada mais fez do que confirmar o que eu já por mais de uma vez aqui escrevi.
Que Xanana tem actuado como chefe duma facção, neste caso concreto como chefe da oposição, e não como Presidente da República Democrática de Timor-Leste que voluntariamente jurou que “Juro, por Deus, pelo Povo e por minha honra, cumprir com lealdade as funções em que sou investido, cumprir e fazer cumprir a Constituição e as leis e dedicar todas as minhas energias e capacidades à defesa e consolidação da independência e da unidade nacionais”.

Ou acha que um Presidente da República
símbolo do regular funcionamento das instituições democráticas, defende a unidade nacional trabalhando sem parança contra a direcção do maior partido político do seu país? Quando esse partido é o partido do Governo e tem a maioria absoluta no Parlamento?

Anónimo disse...

Chefe de facção era, sem questionar, concordar sempre e em tudo com o partido do governo.
Ele foi eleito Presidente de todos os timorenses com mais de 80% dos votos directos, secretos e universais para ser uma marioneta do governo?

Não tem a obrigação de denunciar o que acha que vai mal?

Qual é o papel do PR? Dizer Amén ao governo?

Isso era o que a FRETILIN queria quando mescambelhou a Constituição.

Mas como ele tem uma legitimidade irrefutável e com isso a respectiva responsabilidade, não se podia furtar a cumprir a sua missão de zelador dos interesses de todos os timorenses, e não só de uma parte.

O PR é o regulador da democracia. Sem um regulador, quem tiver maioria pode cometer todos os atropelos e mais alguns, incluindo a dilação das eleições, sem que ninguém possa questionar e alertar o povo.

O PR é o garante do funcionamento regular da vida democrática de um país. Tem a obrigação de intervir, alertando o país para derivas anti-democráticas e totalitaristas.

E fá-lo há muito tempo, não é de agora.

Só que a FRETILIN entendia que a maioria absoluta no parlamento ilegítmo, lhe dava carta branca para se apropriar do Estado e dividirem as suas instituições entre si em guerras intestinas.

Como se diz em Timor: "nunca mais pá"

Anónimo disse...

Anónimo das 12:30:01 AM: Novamente o rabo de fora denunciou o gato escondido quando diz que o “PR é o regulador da democracia.” Não é. Constitucionalmente ele é (ou devia ser e este de facto NÃO é), “o Chefe do Estado, símbolo e garante da independência nacional, da unidade do Estado e do regular funcionamento das instituições democráticas, e o Comandante Supremo das Forças Armadas”.

Um PR que ordena o aquartelamento das tropas da nação e autoriza tropas alheias a patrulharem as ruas da capital não é garante da independência nacional; um PR que interfere indecentemente na vida da PNTL e das F-FDTL não é garante da unidade do Estado e um PR que participa em comícios ao lado dos tarados que fecharam o Parlamento não é garante do regular funcionamento das instituições.

E quem quis não só “a dilação das eleições” ou possivelmente que elas nem se realizassem foi o PR que ameaçou dissolver o Parlamento sabendo que desde 27 de Abril a lei eleitoral do governo lá dera entrada e que aguardava agendamento. Sim, porque desde 27 de Abril que a lei eleitoral aguarda agendamento para poder ser discutida e aprovada e quem armou toda esta confusão em Maio, Junho e Julho é que tem a responsabilidade por a lei eleitoral ainda não estar aprovada. Que tal você informar-se antes de dizer as bacoradas que diz?

Anónimo disse...

Aqui estao uns artigos que o malai Azul jamais iria publicar voluntariamente. Mais um "esquadrao da morte" que ja entregou 6 HK 33 ao PGR e diz haver um total de 32 armas automaticas distribuidas a eles pelo Rogerio Lobato na presenca de um outro funcionario do Ministerio do Interior (de inicial ES), O deputado da Fretilin de Ermera (AM), e um efectivo da UIR (de inicial N).

RTTL News Monitoring
27 – 07 – 2006
Labadain surrenders weapons to President:
RTTL stated that Labadain, from Railako Ermera District one of civilian people that had guns, on 18/7/06 came to Father Herminio in Aileu District and asked the priest to accompany him to handover the illegal guns that he was received from ex-Minister Interior Rogerio Lobato on 8 of May 06. RTTL stated that the following date on 19/7, Labadain, s accompanied by the priest and two PNTL from Aileu, came to President in Balibar (president house) to handover two guns to President Xanana. The model of the guns was HK33 with 3 magazines. In the handover guns, Labadain stated, the group had received guns from Lobato in his house at Farol-Dili on 8/5/06. The total of guns that they received was 8 guns with 7 sacks of rice. He said that those guns were distributed: 2 guns with him (Labadain), 3 guns with Antonio da Cruz and 3 guns with Du-rae. Labadain also declared to the Prosecutor General and the President that in Ermera District there are 32 guns held by civilians.

Longuinhos Monteiro, General Prosecutor said to RTTL that 6 guns from Ermera have been handed over and 26 guns are still not handed over yet. Longuinhos said that he has the names of the civilians who still hold guns, but he said that he didn’t want to mention each of names.
Maj. Alfredo surrenders guns:
RTTL said that on Tuesday 25/7 Maj. Alfredo handed over 3767 rounds of ammunition and pistols to Australian Forces. Commander of GNR Portugal stated that because the large number of Maj. Alfredo Reinaldo’s people (21) the group needs to live in two houses because a house that provided was small.
Longuinhos Monteiro, General Prosecutor told RTTL that Maj. Alfredo and his group must be detained in connection with the guns that he used.

Trecho de um outro artigo"

"In the meantime a group called Labadain turned in 2 HK33 to the President of the Republic in his residence who, in turn, handed them over to the Prosecutor General on Wednesday. Labadain allegedly claims the Minister of Interior gave guns to his group in the presence of an official from the Ministry of Interior code named ES, a member of PN (National Parliament) code named JM accompanied by a member of Unidade Intervenção Rapida (UIR) with the initial N. Labadain said after receiving the guns they hurriedly left to Nuntali in Railko area with a total of 32 guns, saying the rest of the guns continue to be in the hands of other members of the group. He further said the weapons had not yet been handed in due to lack of information, adding the rest, 30 can be organized to turn them into the international police following the authorization from a Member of Parliament with the initials JM."

Quanto ao Membro do Parlamento com as iniciais JM:

"MP Maia rejects Labadaen’s allegations
FRETILIN parliamentarian from Ermera district, Jacinto Maia who was alleged by Labadaen as having been involved in the distribution of weapons in Ermera, has reportedly rejected the claims and stated that he was prepared to testify anywhere against these allegations. Labadaen reportedly made these allegations against Maia on Wednesday when he turned in 2 HK 33 weapons to President Gusmao at his residence in Balibar."

http://www.unotil.org/

Anónimo disse...

O que acaba de citar da Constituição significa exactamente o que eu disse.

Outra coisa diferente é o que você interpreta da Constituição.

Você acha que ser o garante do regular funcionamento das instituições é anuir a todas as tropelias?

Só mesmo alguém da sua cor consegue deturpar factos. Consegue estar a mexer em água e dizer que é arroz.

Agora foi o PR que desarticulou as forças de defesa e de segurança?

Cambalhotas é consigo.

Você é tão facciosa que os manifestantes de um lado são tarados, os do outro são patriotas.

Quem é você para julgar ou qualificar timorenses?

O PR não dissolveu Parlamento nenhum, nem você consegue reproduzir declarações dele a dizer que tencionava fazê-lo.
Ele sabe bem, que a Constituição está armadilhada para que nem que o governo fizesse a maior ilegalidade ele pudesse devolver a voz ao povo.

Alguns partidos da oposição é queriam a dissolução do parlamento e eleições antecipadas.
Que a FRETILIN não quer, como é óbvio. Se puderem atrasar para daqui a 5 anos, melhor.

Não diga asneiras, fecharam simbolicamento um parlamento que nem estava em sessão. Nenhum acto do parlamento foi impedido por causa disso.

Bacoradas diz você com essa cegueira sectária vergonhosa.

Ainda não percebeu que a sua ideologia tem tanto apoio do povo que se tornaram irrelvantes na sociedade?

E que quanto mais desenvolvida é a sociedade menos futuro têm?

É assim em qualquer parte do mundo, só sobrevivem à custa da miséria humana. Que conseguem transformar em mais miséria ainda.

Veja a sorte que os partidos comunistas que se mantiveram ortodoxos como o PCP tiveram em toda a europa de Leste.

Assim que se livraram da grilheta totalitária do PCUS nem sequer a bandeira quiseram.

Nem mesmo os russos.

Gente bafienta, obtusa, anacrónica.

E querem impôr o mesmo aos timorenses?

Olhe, veja se encontra uma UCP em funcionamento e vá para lá pregar aos camaradas. Pelo menos assim não prejudica mais nenhum povo.

Os timorenses querem ser livres, não querem "thought control".

Sabemos que é um conceito estranho para si e para os seus camaradas, mas a esmagadora maioria da população mundial aspira a isso, que quer?
Não entendem que os da sua laia é que sabem o que é melhor para eles.

São burros, que se há-de fazer?
Têm a mania que hão-de pensar pela sua cabeça e não por directivas e orientações do partido.
Que a verdade não tem que ser a que o partido quer que seja. Custa-lhe que assim seja?
Coma menos.

Anónimo disse...

Porque eh que esses infelizes salazarentos estao sempre a perseguir-nos. Perdoem-nos uma vez por todas, nao temos culpa que sempre negaram o nosso direito de sermos livres e independentes! Deixam-nos em Paz, semplesmente queremos ser um pais independente e livre! Deixem-nos governar o nosso pais, gerir os nossos recursos, as nossas riquezas sem interferencias, para o bem estar e felicidade dos nossos filhos. Trata-se do nosso futuro como Povo e como Nacao que esta em causa. Se a verdade nao for dita, Timor-Leste sera irradicado no mapa lusofono e transformado num quintal dos aussis e o nosso Povo sera tratado como os aborigenes.
Bem hajam a todos quantos aqui neste blog primam pela verdade!!

Anónimo disse...

anonimo:2:26:06 AM
deixa la.é paea ajudar timor ñ so atraves de material ou dinheiro que foram mal gastos,ajudar com opiniões é muito importante.

Anónimo disse...

Anónimo das 2:25:15 AM: Não consegue acertar uma. Primeiro diz o óbvio que o “PR não dissolveu Parlamento nenhum”, como se andássemos todos a dormir e depois peremptório desafia “nem você consegue reproduzir declarações dele a dizer que tencionava fazê-lo.” Então cá vai uma declaração dele (se não chegar avise s.f.f. que eu arranjo mais):

27/06/2006 - 10h05
Gusmão pode convocar eleições antecipadas em Timor Leste

Sydney, 27 jun (EFE).- O presidente do Timor Leste, Xanana Gusmão, anunciou hoje que considerará a possibilidade de convocar eleições antecipadas caso fracasse o processo para formar um Governo de transição que suceda o do primeiro-ministro demissionário Mari Alkatiri.

Gusmão disse em comunicado emitido pelo escritório da Presidência que iniciará em breve a constituição desse Governo, sem mencionar quem poderia substituir Alkatiri.

"Se, apesar de tudo, não for possível formar um Governo, o presidente da República considerará a possibilidade de dissolver o Parlamento e antecipar as eleições gerais", assinala o texto.

O anúncio foi feito horas depois da reunião do Conselho de Estado, da qual poderia ter saído o substituto de Alkatiri, e paralelamente a uma concentração de partidários do ex-primeiro-ministro nos arredores de Dili, a capital timorense.

Segundo a rádio ustraliana "ABC", cerca de mil simpatizantes de Alkatiri continuam na área de Metinaro à espera de conseguir autorização para entrar em Dili e demonstrar seu apoio ao primeiro-ministro demissionário.

A fonte acrescenta que o próprio Alkatiri se dirigiu à multidão e a convenceu a aguardar em Metinaro por um dia ou dois e a não provocar atos de violência.

A figura de Alkatiri, que apresentou sua renúncia na segunda-feira, está em interdição depois de a televisão australiana ter divulgado que ele organizou uma milícia armada para eliminar seus oponentes políticos.

A acusação foi confirmada indiretamente pelo ex-ministro do Interior Rogério Lobato, que está sendo processado por esses fatos, pelos quais Alkatiri deverá responder na sexta-feira à Promotoria na qualidade de testemunha.

A renúncia de Alkatiri, que segue presidindo a Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin), partido majoritário no Parlamento, era pedida por grandes segmentos da população após a onda de violência que se apoderou de Dili em maio, e que causou a morte de 30 pessoas, o deslocamento de 100 mil e a intervenção das forças de Austrália, Portugal, Malásia e Nova Zelândia.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2006/06/27/ult1808u67709.jhtm

Anónimo disse...

É mesmo burrinha ou está a tentar fazer de nós todos, parvos?

Então o que ele disse não é exactamente o que está na Constituição?

"Artigo 86.º
(Competência quanto a outros órgãos)
Compete ao Presidente da República relativamente aos outros órgãos:
f) Dissolver o Parlamento Nacional, em caso de grave crise institucional que não permita a formação de governo ou a aprovação do Orçamento Geral do Estado por um período superior a sessenta dias, com audição prévia dos partidos políticos que nele tenham assento e ouvido o Conselho de Estado, sob pena de inexistência jurídica do acto de dissolução, tendo em conta o disposto no artigo 100.º;"

É o que está escrito pela mão da sua adorada FRETILIN.

"Dissolver o Parlamento em caso de grave crise que não permita a formação de governo..."

E não foi o que ele disse?

Eu cito as suas palavras: "Se, apesar de tudo, não for possível formar um Governo, o presidente da República considerará a possibilidade de dissolver o Parlamento e antecipar as eleições gerais"

Onde está o golpismo ou a inconstitucionalidade?

Ou é burrinha ou é excessiva má fé a tentar fazer de nós parvos.

Ou ambos o que é pior.

Anónimo disse...

Anónimo das 7:41:58 AM:
Como é que pode haver uma "grave crise institucional que não permita a formação de governo" se a Fretilin tem a maioria absoluta e assim pode SEMPRE formar um governo? Nem ainda percebeu que quem aprova ou rejeita governos é o Parlamento e não o PR?

E já admite agora que inconstitucionalmente, à toa, o seu PR admitiu mesmo dissolver o Parlamento? Um Parlamento onde a Fretilin tem maioria absoluta a mesmíssima Fretilin que no ano passado nas eleições locais teve 80% do voto do eleitorado!

Que tal pensar antes de meter mais água?

Anónimo disse...

Engatilhada a cassete não mais se calam... acho bem, se uns se calam gritemos nós! Será que o Represas sabia destes vampiros?

Anónimo disse...

margarida, margarida....
"Artigo 86.º
(Competência quanto a outros órgãos)
Compete ao Presidente da República relativamente aos outros órgãos:
f) Dissolver o Parlamento Nacional, em caso de grave crise institucional que não permita a formação de governo ou a aprovação do Orçamento Geral do Estado por um período superior a sessenta dias, com audição prévia dos partidos políticos que nele tenham assento e ouvido o Conselho de Estado, sob pena de inexistência jurídica do acto de dissolução, tendo em conta o disposto no artigo 100.º;"

Anónimo disse...

Contra os canhões marchar marchar....

Anónimo disse...

... é o suicídio político! Ainda vamos ver o RH a virar a FRETILIN do avesso. Vai já uma aposta?

Anónimo disse...

O RH esta a tomar todas as medidas necessarias para ser o proximo PM mesmo que tenha que voltar a Fretilin. Talvez, tendo ele sido um membro fundador do mesmo sente a responsabilidade de democratizar a Fretilin tomando as redeas da lideranca.

Nao se esquecam que o proprio RH tinha sido preso em 1975 por ordem da lideranca da propria Fretilin por ele ser demasiado moderado. Era o que acontecia quando nao se alinhava com as ideologias da extrema esquerda dos que dominavam a lideranca do partido.
Com a total perda de credibilidade politica de Mari Alkatiri talvez a Fretilin tera mesmo que engulir a pilula 'RH' porque seria bom remedio. A Fretilin so ficaria a ganhar com isso porque o RH conseguiria melhor restaurar a confianca dos militantes no partido e efectuar mais facilmente uma reconciliacao interna que e extremamente importante para as proximas eleicoes.

Se isso acontecer a oposicao nao tera grande sucesso nas suas campanhas eleitorais em 2007. Seria extremamante dificil convencer o povo simples nos distritos que RH nao serve para o pais. O contrario seria com o Mari Alkatiri.

Anónimo disse...

Ninguem, mas mesmo ninguem pode argumentar de forma credivel que Mari Alkatiri pode ser um agente unificador no seio da Fretilin. A sua lideranca foi pautada por uma inflexibilidade e arrogancia pessoal que so serviu para alienar e mesmo correr com outros membros do CCF que nem sempre concordavam com os seus metodos e opinioes. Foi essa tambem a actuacao de Joao Carrascalao na lideranca da UDT que resultou no "exodo forcado" de quadros jovens e formados e que desfalcou a UDT reduzindo a ao estado actual.

Anónimo disse...

Exodo forcado de quadros da UDT?? Mas que quadros, eram mas eh uns quadrados! Alguns foram para o PSD, tanto quanto se sabe nada fizeram! Estao mais preocupados a saltitar de agencia em agencia para ver qual delas paga melhor para ai se acoitarem. A primeira dificuldade sao os primeiros a fugirem. A UDT nao precisa de quadros com um pe em Timor e com outro pe e cabeca fora!

Anónimo disse...

Esta Margarida além de obtusa nem sabe ler português e ainda que dar conselhos aos timorenses.

Ele admitiu dissolver o parlamento nos termos da Cosntituição, isto é, se não fosse possível formar governo. É o que diz a constituição, ou não é?

Como foi formado um governo, não há razões para a dissolução. E não foi dissolvida. Qual é a dificuldade de entender isto?
Onde está a inconstitucionalidade disto?

Com uma cabecinha destas, deve ser funcionária pública mesmo. Mas daquelas que atendem público ao balcão.

Anónimo disse...

anonimo 11:25:02 PM

you are full of shit?

Anónimo disse...

Oh anónimo que afinal gosta tanto da "língua de sua majestade", de Agosto 3, 2006 6:55:45 PM

Olhe que o outro anónimo de Quarta-feira, Agosto 02, 2006 11:25:02 PM até diz umas coisas engraçadas.

Se acha que, aguarde para ouvir quais serão as próximas declarações de Xanana Gusmão... alguém que nunca deixou de espantar pela positiva.

Até prova em contrário apoio 100%. Mãozinhas no fogo!

Anónimo disse...

nunca tinha pensado no que o anónimo de Quarta-feira, Agosto 02, 2006 11:25:02 PM disse.

e se ele tem razão?
as coisas encaixam

Anónimo disse...

Caro anónimo de Quinta-feira, Agosto 03, 2006 9:12:09 PM. há-de reparar que há muita coisa que encaixa.

Seja no discurso que este blog fomenta seja nos que nele não fomentam a versão do mesmo. Pelo que só o andamento das coisas virá dar razão, aos bocados, a uns ou a outros.

Que prevaleça o bom senso...

Anónimo disse...

Anónimo das 5:39:56 PM: Repito-lhe o que não podia haver uma "grave crise institucional que não permita a formação de governo" quando a Fretilin tem a maioria absoluta. Com a maioria absoluta pode sempre formar governo. E quem aprova ou rejeita governos é o Parlamento e só o Parlamento. Ao PR só compete convidar o partido mais votado a indicar o PM, é a este que compete formar o governo e é ao Parlamento e só ao Parlamento que compete aprovar o governo.

E foi inconstitucionalmente, à toa, que o Xanana ameaçou dissolver o Parlamento. Um Parlamento onde a Fretilin tem maioria absoluta a mesmíssima Fretilin que no ano passado nas eleições locais teve 80% do voto do eleitorado não pode ser dissolvido pelo PR!

O PR tem somente as funções que a Constituição lhe atribui e mais nenhumas. E nesta crise agiu irresponsávelmente e chantagísticamente, como um tirano de meia tigela. Para obter o que queria: o Alkatiri fora do governo, o acantonamento das F-FDTL e as tropas Australianas a mandar em solo rimorense. E não lhe pesa na consciência nem os 150,000 deslocados, nem os 21 mortos, nem as dezenas de feridos, nem as 900 e tal casas queimadas porque se está marimbando que o povo sofra, que a economia do país seja sacrificada, que a sua soberania seja espezinhada. Disto o Xanana e o seu ajudante Ramos-Horta estão-se marimbando porque a agenda deles é a dos Australianos e não a dos Timorenses.

Que tal pensar antes de meter mais água?

Anónimo disse...

Parece-me que o anonimo das 11:25:02 PM soube fazer uma leitura bastante lucida da situacao vivida no pais. Alias tao lucida e reveladora que proporciona uma explicacao clara e justificavel as actuacoes do PR que foram por vezes polemicas mas nunca inconstitucionais.
Foi a unica maneira que o PR pode encontrar para proporcionar um balanco a situacao uma vez que a constituicao nao lhe confere nenhum poder real para o fazer.

Muito bem visto e expressado anonimo das 11:25:02. Parabens!

Anónimo disse...

Anónimo das 10:08:49 PM: para o PR poder levar a água ao seu moinho acha então muito bem que as suas acções tenham levado à morte de 21 pessoas, a mais de cem feridos, a mais de 900 casas destruídas e a haver ainda 150,000 deslocados. Que grande anti-patriota e anti-democrata me saiu. Estão mesmo bem um para os outros o Xanana e os xananistas. A total falta de respeito pelas instituições democráticas e pelo direito dos timorenses à paz e à segurança.

Anónimo disse...

Nao seja facciosa a esse ponto. Agora o PR e que tem culpa de tudo?
E voce chamar-me anti-democrata e anti-patriota e o cumulo dos cumulos. Por ser patriota, como sempre fui durante a luta pela auto-determinacao e independencia sem vacilar, e que defendo o PR porque compreendo perfeitamente a sua postura contra a atitude prepotente que a lideranca da Fretilin tem demonstrado ao longo destes ultimos 4 anos. Pretenderam montar uma ditadura constitucional mas nao conseguiram.
Os 50-100 anos de governacao da Fretilin nunca passou de um desejo fantasioso do Mari e sua clique.

Anónimo disse...

Anónimo das 11:59:47 PM: lá que você defende o PR, concedo, defende mesmo, um tanto à yes-man mas defende. Agora quem não vai no paleio são muitos dos seus concidadãos, particularmenre os de Dili, que desde que ele se auto-nomeou responsável da segurança, apesar de apoiado pelas quase 3000 tropas australianas e pela banha da cobra do Horta, não vão na conversa e desde há dois meses passaram de 100,000 para 150,000 deslocados.

Anónimo disse...

A anonima das 11:59:47: Posso lhe fazer uma perguntazinha, posso?
Voce tembem era "Secretaria" do Xanana?
Jose Cinico

Anónimo disse...

É mesmo obtudsa esta Margarida.

Mas parece que nem vale explicar-lhe mais nada. Nem recorrendo a cartoons infantis lá chega.
Ou vem escrito no Avante que uma vez que Alkatiri pediu a demissão, ou se formava um novo governo, ou se a FRETILIN se recusasse a fazê-lo e tornasse impossível a formação de um governo, o PR não tinha outra saída constitucional senão dissolver o parlamento.

Tal qual a FRETILIN escreveu na Constituição.

Como a FRETILIN não quer eleições antecipadas (a bem dizer não lhes convém eleições nos próximos 2 anos), tratou logo de contemporizar e apresentar um nome para PM que fosse aceitável por todos os timorenses e que não gerasse mais violência.

E agora o PR é que ameaçou? Ele só lembrou o que estava escrito na Constituição pela própria FRETILIN.

Não é o papel dele?

Cabe ao povo, se estiver correctamente informado, mandar a FRETILIN às urtigas nas próximas eleições como castigo e como aviso a todos os restantes partidos do que acontece quando algum partido se tenta apropriar abusivamente do voto do povo.

E que se algum partido tornar a violar a confiança do povo, pode nem chegar ao termo da legislatura. Como de resto em qualquer parte onde a democracia não está espartilhada por uma Constituição maniqueísta.

É isto que a democracia verdadeiramente livre tem de belo.

E por isso é a menos má de todas as formas de governação.

Anónimo disse...

Anónimo das 8:27:52 AM: como cada vez está mais enrascado com o aumento dos deslocados, muda a conversa porque não sabe como responder. Mas garanto-lhe que qnquanto houver deslocados têm uma amiga à perna. Porque foram as ambições do Xanana, do Horta e dos Australianos que causaram este caos social e agora bem ou mal ou a resolvem ou fica a nú a incompetência e a imoralidade dos seus comportamentos.

Anónimo disse...

Você é que não quer perceber o que provoca o aumento dos deslocados.
São as "armas em boas mãos".
e eles sabem disso muito bem.

Anónimo disse...

"A anonima das 11:59:47: Posso lhe fazer uma perguntazinha, posso?
Voce tembem era "Secretaria" do Xanana?
Jose Cinico"


O jose cinico ou sera jose pinico. Nao! por acaso nunca fui secretario do Xanana e por acaso tambem nunca pus os pes no Palacio das Cinzas ate a data.

Mas a mentalidade que o leva a fazer essa pergunta demonstra a maneira como voces mobilizam o vosso apoio. O Mari, por exemplo, so conseguiu mobilizar uma pobres 4 mil almas para manifestarem em seu favor porque foram pagos. (nem seria o suficiente para eleger um deputado)

Xanana, pelo contrario, tem apoio incondicional por todo o Timor. Defensores do Xanana e o que ha a mais em Timor (82.7% da populacao).

Anónimo disse...

3:03:33 PM "O Mari, por exemplo, so conseguiu mobilizar uma pobres 4 mil almas para manifestarem em seu favor porque foram pagos. (nem seria o suficiente para eleger um deputado)"

Porra!! Fretilin deve ter muito dinheiro, nao sei como conseguiram 55 deputados nas ultimas eleicoes.ah ahaha

Anónimo disse...

Anónimo das 3:03:33 PM: você é dos que pensam que os votos são eternos? Pois, fie-se na viegem e não corra e verá o trambolhão que apanha.

Eu só me pergunto, como sendo supostamente o Xanana (e o Horta) tão populares porque é que o pavo não confia neles e não vai para casa. É capaz de me explicar?

Anónimo disse...

O povo confia tanto no Xanana que lhe deu 83% dos votos, lembra-se?

Essa dos votos serem eternos aplica-se a todos, certo? Até a quem teve 57%.

Eu sei que vai replicar com o número mágico dos 80% (número cabalístico do Alkatiri), nas locais. Mas esses, além das circunstâncias em que foram, também não são eternos pois não?

Nenhum voto, em democracia livre é eterno.

Exemplos de votos eternos e dessa ordem de grandeza, só se conhecem em regimes totalitários entre os quais as tais "democracias populares".

No mundo livre, onde as pessoas votam em liberdade não conheço resultados desse tipo em eleições partidárias. Se quiser dar-me exemplos (em democracias livres e com voto secreto), agradeço.

O que o povo receia e é uma das razões porque não vai para casa (há outras de origem prática, como não ter casa para onde ir, ou não ter alimentação gratuita e assegurada), é a existência conhecida de milhares de armas espalhadas pelo território, embora alguns considerem "em boas mãos".

Eu também não ia para casa, mesmo que a tivesse.

Parabén FRETILIN.

Anónimo disse...

Anónimo das 9:18:29 PM : Muito gosta você de desconversar quando não tem resposta. Em seis anos já se realizaram duas eleições livres e justas em Timor-Leste, no entanto nunca se refere a elas. Como também nunca se refere ao facto de desde 30 de Maio ser o Xanana o responsável pela segurança e ter sido ele quem ordenou a entrega das armas aos Australianos. Está agora a dizer que afinal as armas não foram entregues “em boas mãos”? Eu também acho que bem fizeram as F-FDTL que não se deixaram desarmar pelos australianos. Acho mesmo que estas sim, as armas das F-FDTL estão em boas mãos, pois estão à responsabilidade da sua hierarquia.

Anónimo disse...

Desconversar é você que o faz.

Explique lá em que país democratico e verdadeiramente livre é que eleições por voto secreto em partidos têm resiltados da ordem dos 80% num só partido.

Diga um se conseguir.

E depois de não encontrar nenhum, ainda tem a lata de dizer que as locais de 2005 foram livres e justas?

As armas a que me refiro e que você bem sabe não são essas. São as que foram distribuídas pelo RL por todo o território. As tais que foram sendo compradas a partir de 2003 e que até a Embaixada de Portugal informou o governo português.

Qual milagre das rosas, estão multiplicadas em todo o lado.

Parabéns FRETILIN

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.