Major Alfredo Reinado está detido em Díli por posse ilegal de armas
Díli, 26 Jul (Lusa) - O major Alfredo Reinado, e cerca de 20 dos seus homens, encontram-se detidos por posse ilegal de armas no Centro de Detenção das forças militares e policiais internacionais estacionadas em Timor-Leste, disse hoje à Lusa fonte militar.
A detenção foi justificada com a posse de material de guerra por parte do major Alfredo Reinado, detectado terça-feira pela GNR, no decurso de uma operação policial de rotina.
O arsenal foi encontrado em três casas, uma delas atribuída segundo Alfredo Reinado pelo Presidente da República, Xanana Gusmão, e as restantes duas ocupadas pelo major rebelde, a cerca de 10 metros do Quartel-General das forças militares australianas.
A detenção foi feita ao abrigo do Protocolo bilateral entre Timor-Leste e a Austrália, no âmbito das medidas de emergência enunciadas no passado dia 30 de Maio por Xanana Gusmão.
Hoje, o comandante operacional da GNR, capitão Gonçalo Carvalho, apresentou à imprensa a totalidade do arsenal que estava ilegalmente na posse do major Reinado, e de que constam nove pistolas, quatro de calibre 0,45 Auto e cinco de calibre 9, mais de 4 mil munições para espingarda automática e pistola, granada s, cinco rádios de transmissões, dois bastões extensíveis, cinco punhais, três catanas e equipamento militar diverso, entre o qual coletes à prova de bala e cinturões.
Em declarações à Lusa, o capitão Carvalho acrescentou que o material de guerra vai agora ser depositado num contentor onde se encontra outro material d e guerra pertencente às forças armadas timorenses, no Quartel-General de Taci Tolo, à entrada de Díli.
A GNR e as tropas australianas, bem como polícias e militares da Nova Zelândia e Malásia, encontram-se em Timor-Leste a pedido das autoridades timorenses para garantirem a manutenção da ordem pública, na sequência da crise político -militar desencadeada em finais de Abril.
O major Alfredo Reinado abandonou no início de Maio a cadeia de comando das forças armadas timorenses e foi um dos principais intervenientes na crise político-militar que levou as autoridades de Timor-Leste a pedir ajuda externa - à Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal - para tentar ultrapassar a situação de instabilidade e violência no país, que levou à demissão do antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri.
Aquele militar foi o primeiro a devolver as armas no âmbito de um processo de desarmamento entre as partes beligerantes na crise timorense e, agora, foi também o primeiro apanhado com armamento depois de ter expirado o prazo para a sua entrega, que terminou às 14 horas da passada segunda-feira.
EL.
Nota:
O General Slater disse "Chega!". O exemplo do profissionalismo e do brio da GNR foi a gota de água para os oficiais australianos, saturados de serem acusados de sustentarem o desrespeito pela Lei.
Mais vale tarde que nunca...
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quarta-feira, julho 26, 2006
Nem os australianos aguentavam mais. Good job guys!
Por Malai Azul 2 à(s) 16:10
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
4 comentários:
Ate que enfim! Que esse canalha apodreca la dentro da prisao, em companhia de seus cumplices.
Viva Timor, Livre de Canalhas e Democratico. Viva a GNR, abaixo o Slater e seu scum!
Mau Beick
Algo me diz que tudo não passa de uma estratégia à caça de talentos australiana. Ao deter maestro Reinando e a sua companhia filarmónica antes que a GNR o fizesse assegurarão que o dom musical de Reinado não se torne público. Egoístas! Estão nos tirar o prazer de ouvir canções que mais gostaríamos de ouvir.
Concerteza que nas maos dos australianos o Reinado vai estar practicamente de ferias e de roda dos BBQs e VB!
Mas que inocência!
Será que o "Tótó" do Reinado ainda não percebeu que é descartável?
Reparem que os aussies chamam a si a captura do "líder" Reinado!
Está bom de ver que assim controlam-no melhor...quando (e se) for interrogado e perceber que os "padrinhos" já não poderão dar-lhe apoio, por estarem implicitamente a colocar-se à margem da Lei.
Este será o drama do Reinado!
Mas a novela continua e das duas uma: ou o cavalheiro é julgado e detido, ou o libertam com um julgamento "fantasma", o que é uma grandecissima bronca, isto é, um descrédito total do actual poder (à força) instituído.
Mas a "barraca" poderá ser muito maior se o detido (legalmente) se sentir incomodado e traído e "botar a boca no trombone"! Isto é, contar a sua versão da história e acusar aqueles que o induziram ao golpe!
Confesso que não sei qual é mais dramático. Mantê-lo preso (se não "fugir" da prisão timorense...que se sabe como é) ou libertá-lo "legalmente".
Estou (estamos)cá para ver!
The show must go on! Eh...Eh...!
PS: como se sentirão os aussies? Viva a GNR! Coragem rapazes!
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