quinta-feira, dezembro 11, 2008

«Não enfrentamos nenhuma ameaça convencional», diz Ramos-Horta

Díli, 11 Dez (Lusa) - O Presidente da República de Timor-Leste afirmou hoje em Díli que o país “não enfrenta nenhuma ameaça convencional”.

José Ramos-Horta falava na abertura do seminário internacional sobre Reforma e Desenvolvimento do Sector de Segurança em Timor-Leste, uma iniciativa do Presidente da República e do primeiro-ministro, Xanana Gusmão.

“Timor-Leste não enfrenta ameaças convencionais, à semelhança de quase todos os países na região”, explicou José Ramos-Horta.

“Todos enfrentamos, no entanto, ameaças não-convencionais, desde o tráfico humano à falsificação de passaportes”, acrescentou o chefe de Estado timorense.

José Ramos-Horra traçou aos participantes no seminário uma breve história do período após o referendo pela independência realizado em Agosto de 1999.

“Fui uma voz isolada a defender um período de cinco anos de transição antes da restauração da independência”, afirmou o Presidente da República, recordando as discussões junto do Conselho de Segurança das Nações Unidas em Nova Iorque.

José Ramos-Horta recordou que o responsável das operações de manutenção de paz na altura lhe respondeu que “teria sorte” se Timor-Leste conseguisse o apoio das Nações Unidas numa transição de dois anos, como veio a acontecer.

“Muitos líderes timorenses também tinham pressa, por ultrapatriotismo”, referiu José Ramos-Horta.

O chefe de Estado sublinhou que está “optimista e orgulhoso” do resultado alcançado em quase sete anos de independência, apesar das “frustrações, dos papéis sem definição, do desemprego, da pobreza”.

“Este seminário resulta de um pensamento que se faz cada vez mais unitário em matéria de segurança” entre chefe de Estado e primeiro-ministro, declarou Roque Rodrigues, ex-ministro da Defesa e actual coordenador do grupo que estuda a reforma e desenvolvimento do sector.

O seminário de dois dias traz a Timor-Leste oficiais e académicos de vários países, incluindo o chefe do Estado-Maior do Exército português, general Pinto Ramalho, que falará sobre “As Missões de Interesse Público das Forças Armadas”.

PRM.
Lusa/fim

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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