Jornal Nacional Semanário - 20 de Outubro de 2007
O Presidente da República, Dr. José Ramos Horta exige ao Governo que dê prioridade à reconstrução de estradas, em todo o território nacional, para facilitar o acesso dos agricultores ao mercado. Se o Governo não tiver orçamento suficiente poderá recorrer ao empréstimo, no estrangeiro, para o desenvolvimento de infra-estruturas ou estradas.
O Chefe do Estado falou sobre esta questão, no seu discurso de abertura, na Exposição de produtos locais, para comemorar o Dia Mundial da Alimentação sob o tema : “Direito à Alimentação” no Mercado Municipal de Díli.
“Faço um apelo ao Primeiro-Ministro, Xanana Gusmão, para que o Quarto Governo possa realizar uma reunião urgente. Se não temos orçamento suficiente, faremos negociações com diversos Países, pediremos empréstimos do Fundo do Kuwait ou do Banco Mundial, ADB ou Japonês Yen ou China Yen, para iniciar a construção de estradas, para os mais pobres nas áreas rurais”, afirmou Ramos Horta.
Salientou que não é necessário falarmos “alto” da agricultura se não tomarmos uma decisão com urgência, num período de cinco ou dez anos, para a construção de redes rodoviárias. Estas redes rodoviárias são primordiais para o desenvolvimento da agricultura, desenvolvimento da indústria, educação, saúde. Se não temos estradas em condições como podemos ter acesso ao mercado? As viaturas não vão circular em estradas com más condições porque prejudicarão os próprios veículos.
“Como Presidente da República, a questão é do Governo, não é da sua competência mas segundo o consenso nacional entre a Presidência da República, Governo, Parlamento Nacional e sociedade civil, todos devem atender os direitos do povo”, afirmou.
O laureado, Nobel da Paz, salientou que obter alimentação é um direito comum. Contudo, cada um pode e deve ter as suas ideias para conseguir tal objectivo.
“A minha opinião é esta, não é necessário toda a gente falar muito alto sobre a agricultura se não colocarmos um forte investimento nas infra-estruturas para as estradas. Como é que o Governo falará da Agricultura em Natarbora e Ueberec? Para dar apoio alimentar a todo o Povo de Timor-Leste, se não construirmos estradas não poderemos falar do direito de acesso ao mercado. Portanto a construção de estradas é a prioridade número 1 neste País”, referiu.
Afirmou ainda que, ao falar da agricultura, o Governo deve ter uma política para a água, para as terras e plantas, porque o Governo anterior não teve uma política eficiente relativamente a estas matérias. Timor-Leste deveria ter uma política da propriedade e das terras, para que no decorrer dos próximos 20 anos, não haja problemas de disputas, de propriedades, como acontece em Cabo Verde com um número populacional mais elevado.
A prioridade do Governo deve ser as estradas e a água, porque se não forem resolvidas estas duas questões, Timor-Leste enfrentará grandes dificuldades.
Após a abertura da exposição, falando aos jornalistas, o Chefe do Estado sublinhou que está confiante e que o seu pedido ao Governo será tomado em consideração, porque a referida questão é importantíssima.
Desta forma, o Presidente pediu ao Governo para disponibilizar, uma grande parte do orçamento para as infra-estruturas, para a construção e reabilitação de estradas. Outra preocupação que também foi tida em conta pelo Governo é a questão da água e a reflorestação, para proteger a água.
A exposição decorrerá ao longo de quatro dias, a partir do dia 16 até ao dia 21 do corrente mês. Esta exposição foi organizada pelo Ministério da Agricultura, Florestas e Pescas, com o apoio da WHO, FAO e outras Organizações.
NOTA DE RODAPÉ:
Como o saque. E Horta começa a pagar a factura aos "amigos", Banco Mundial, ADB, FMI, e etc.
Não há almoços grátis...
domingo, outubro 21, 2007
Presidente Ramos Horta: “Se o Governo não tiver orçamento para o desenvolvimento que faça empréstimos”
Por Malai Azul 2 à(s) 21:08
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
o Presidente da República deve fazer comentário assim; se não houver a paz como vamos desenvolver o país. como ele é um nobel da paz, devia pensar antes de fazer discursos palhaçados.
Lian Estudante
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