sexta-feira, setembro 14, 2007

Alkatiri eyes return to power

E. Timor's Fretilin party plans antigovt rally later this month
Asanobu Sato / Yomiuri Shimbun Correspondent
(Sep.14)

Former East Timorese Prime Minister Mari Alkatiri said Tuesday that his Fretilin party, which won the most votes in the country's first general election in late June, but was unable to secure an absolute majority in parliament, will launch an antigovernment campaign at the end of this month with a view to regaining power in the medium term. The campaign will begin with a rally in Same, about 80 kilometers south of Dili.
Daily Yomuri Online

In an interview with The Yomiuri Shimbun during his visit to Jakarta, Alkatiri mapped out his planned path to power, saying "the only way to bring back peace and stability in this country is to embark on an all-inclusive government for about two years" and to call for "new elections" afterward.

Regarding the four party ruling coalition, which excludes his party, Alkatiri called the government "illegal and unconstitutional." He bitterly criticized the coalition led by former president and independence hero Xanana Gusmao, saying, "This is an alliance of four parties with only one objective--to fight Fretilin."

"It's not easy for Xanana to last too long with this kind of government, particularly because some people who were expecting to be ministers are suddenly put aside, and they started already to move...against the government," Alkatiri said.

Gusmao is now prime minister and maintains an adversarial stance toward Fretilin, offering dim prospects for political stability in the impoverished country.

East Timor's constitution stipulates that the president cannot dissolve the parliament within six months after a general election, making early January the earliest opportunity for Fretilin to seize power.

Alkatiri sees a new general election in 2008 as one possible scenario, but said, "I don't think it will resolve the problem," suggesting he prefers bolstering his party's strength in an "all-inclusive government" before a new general election.

Discussing his strategy for fighting the government, Alkatiri said, "The only thing that I won't do is use violence against the government, but we can...boycott activity of the government."

Alkatiri predicts that the planned September rally will attract about "1,500 people from all over the country," adding that Fretilin "will try to organize them to start a boycott of government activity, but without violence."

A series of violent events have been reported in the eastern part of the country, where Fretilin has a lot of support, since Gusmao's administration took office in early August. Concerning security in the area, Alkatiri said "Apparently the situation is getting better," and stressed Fretilin's role in improving matters.

"We went down to Viqueque, to Baucau, to Lautem and other places and talked to the people, trying to get them to understand that violence is not the legal and right way to do things. We explained to them other types of action," Alkatiri said.

Meanwhile, Alkatiri made clear his opposition to the presence of 1,000 Australian troops in East Timor, which were requested by President Ramos Horta.

"This is an agreement between two states. It needs to be ratified by the parliament. And up to now the agreement was not ratified. It means their presence is completely illegal," said Alkatiri, adding that the troops are "lacking in neutrality."

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Alkatiri visiona regresso ao poder
A Fretilin planeia reunião anti-governo no fim do mês
Asanobu Sato / Yomiuri Shimbun Correspondent
(Sep.14)

O antigo Primeiro-Ministro Timorense Mari Alkatiri disse na Terça-feira que o seu partido, a Fretilin, que foi quem ganhou mais votos nas primeiras eleições gerais do país em Junho passado, mas que não tem a maioria absoluta no parlamento, lançará uma campanha anti-governo no fim deste mês com a ideia de reganhar o poder a médio prazo. A campanha começará com uma reunião em Same, a cerca de 80 quilómetros a sul de Dili.
Daily Yomuri Online

Numa entrevista com o The Yomiuri Shimbun durante a sua visita a Jacarta, Alkatiri desenvolveu o seu plano de caminho para o poder, dizendo "a única maneira de trazer a paz e a estabilidade para este país é embarcar num governo inclusivo de todos durante cerca de dois anos" e depois disso pedir "novas eleições" .

Em relação à coligação de quatro partidos no poder, que excluiu o seu partido, Alkatiri chamou de governo "ilegal e inconstitucional." Ele criticou azedamente a coligação liderada pelo antigo presidente e herói da independência Xanana Gusmão, dizendo, "Esta é uma aliança de quatro partidos que tem apenas um objectivo – guerrear a Fretilin."

"Não é fácil para Xanana durar muito com este tipo de governo, particularmente porque algumas pessoas que estavam à espera de serem ministros foram de repente postas de lado, e começaram já a mover-se...contra o governo," disse Alkatiri.

Gusmão é agora primeiro-ministro e mantém uma postura adversa contra a Fretilin, oferecendo poucas perspectivas de estabilidade política ao país empobrecido.

A constituição de Timor-Leste estipula que o presidente não pode dissolver o parlamento menos de seis meses depois das eleições gerais, o que torna Janeiro a oportunidade mais cedo para a Fretilin agarrar o poder.

Alkatiri vê como cenário possível eleições antecipadas em 2008, mas disse, "Não penso que isso resolva o problema," sugerindo que preferee reforçar a força do seu partido num "governo que inclua todos" antes de novas eleições gerais.

Discutindo a sua estratégia para lutar contra o governo, Alkatiri disse, "A única coisa que não farei é usar violência contra o governo, mas podemos...boicotar a actividade do governo."

Alkatiri prevê que a planeada reunião de Setembro atrairá cerca de "1,500 pessoas de todo o país," acrescentando que a Fretilin "tentará organizá-las para começar a boicotar a actividade do governo, mas sem violência."

Uma série de eventos violentos foram relatados na parte leste do país, onde a Fretilin tem muito apoio, desde que a administração de Gusmão tomou posse no princípio de Agosto. Em relação à segurança na área, Alkatiri disse "Aparentemente a situação está a melhorar lá," e sublinhou o papel da Fretilin na melhoria da questão.

"Fomos a Viqueque, a Baucau, a Lautem e a outros lugares e falámos com as pessoas, tentando que compreendessem que a violência não é a maneira certa e legal de fazer as coisas. Explicámos a elas outros tipos de acção," disse Alkatiri.

Entretanto, Alkatiri deixou clara a sua oposição à presença de 1,000 tropas Australianas em Timor-Leste que foram requeridas pelo Presidente Ramos Horta.

"Isso é um acordo entre dois Estados. Precisa de ser ratificado pelo parlamento. E até agora o acordo não foi ratificado. O que significa que a presença delas é completamente ilegal," disse Alkatiri, acrescentando que às tropas "falta neutralidade."

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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