quinta-feira, agosto 02, 2007

Dos Leitores

Margarida deixou um novo comentário na sua mensagem "Timor: Alkatiri propõe PM independente e dois vice...":

Os que no ano passado aldrabaram os peticionários e os polícias e os usaram como carne para canhão para derrubar o Alkatiri e assaltar a casa do Comandante das F-FDTL e do Ministro da Defesa, deixaram cair os peticionários e eles foram para o desemprego, enquanto alguns dos manipuladores se abrigaram por detrás do Xanana e do Horta e são hoje deputados.

É muito nobre a tarefa dos deputados se a desempenharem para levar ao Parlamento as preocupações da população que os elegeu. Mas não é esse o entendimento de alguns dos manipuladores de militares e polícias e que foram eleitos para o Parlamento. O entendimento desses manipuladores é usarem o Parlamento para continuar a perseguir a Fretilin e os seus líderes e imporem a sua ditadura sectária e anti-nacional.

Há gente a quem o ódio contra a Fretilin os cega. Apenas têm um remédio – curem-se! - porque as obsessões são doenças que se forem tratadas a tempo têm cura.

A crise que esse manipuladores provocaram no ano passado levou à morte de dezenas de Timorenses, à destruição de milhares de casas e a quase 200 mil deslocados havendo ainda mais de 100 mil. E trouxe muita dor e muito sofrimento e prejuízos incalculáveis à nação.

Mas os deslocados, as casas queimadas e as pilhagens nunca preocuparam nem o Horta nem o Xanana, aliás foram as armas que então usaram para derrubar o PM que até tinha a maioria absoluta.

Está de facto difícil consumarem o golpe até ao fim. A população quando deu a maioria à Fretilin mostrou-lhes que não queriam o afastamento da Fretilin do poder e eles não querem acatar a vontade da população.

Eles - Horta e Xanana - sabem que a Fretilin nunca alinharia nos esquemas deles de entregarem as riquezas de Timor aos estrangeiros.

Está na altura de se respeitar a vontade da população que deu a vitória nas urnas à Fretilin. Está na altura de respeitarem a decisão da Fretilin sobre a formação do governo.

6 comentários:

Anónimo disse...

Timor: Fretilin usa arma do «lock-out» para formar governo
Diário Digital / Lusa
02-08-2007 11:30:00

A Fretilin decidiu bloquear o funcionamento do parlamento timorense, a que chamou «lock-out», como «arma» para obrigar à formação de um governo escolhido por consenso com a oposição, anunciou hoje em Díli o secretário-geral do partido.
Em conferência de imprensa na sua residência, Mari Alkatiri explicou que a decisão de bloquear as sessões do plenário foi tomada quarta-feira à tarde, após o Presidente da República, José Ramos-Horta, ter anunciado à direcção da Fretilin a intenção de convidar a Aliança para Maioria Parlamentar (AMP) a formar o novo governo.
«Até ontem [quarta-feira], ainda estávamos convencidos que o Presidente ia convidar a Fretilin a formar governo e a sujeitar-se depois a todos os procedimentos e processos de aprovação do programa e orçamento pelo parlamento», explicou Mari Alkatiri.
«Isso não aconteceu» e José Ramos-Horta comunicou a Mari Alkatiri e a Francisco Guterres «Lu Olo», presidente da Fretilin, que o convite à AMP «tinha justificação clara no resultado das votações para presidente e vice-presidentes do parlamento», ganhas pela oposição.
Alkatiri explicou que a última proposta do seu partido é um governo chefiado por um independente, com dois vice-primeiro-ministros, um escolhido pela Fretilin e outro pelos partidos da oposição.
O ex-primeiro-ministro afirmou que «nada vai funcionar no país» se não houver acordo sobre esta questão, porque o «lock-out» do Parlamento Nacional terá como consequência a falta de um Orçamento de Estado e a paralisação a curto prazo das instituições públicas, incluindo a Polícia e as Forças Armadas.
Mari Alkatiri alertou para esta situação de «crise» pela qual responsabilizou a oposição.
«Um governo da Fretilin não teria o programa aprovado no parlamento. Agora, um governo da AMP não tem parlamento para aprovar programa», resumiu Mari Alkatiri sobre a posição de força do partido maioritário.
A Fretilin e a Aliança para Maioria Parlamentar, com os quatro maiores partidos da oposição, disputam o direito de ser chamados a formar governo na sequência das eleições de 30 de Junho.
«Se o problema é usar de uma arma para influenciar o parlamento, também temos uma arma a usar na Fretilin, que é deixar de comparecer às sessões plenárias», explicou Mari Alkatiri.
«Todos sabem que a Comissão Permanente [do Parlamento Nacional] ainda não está constituída e as comissões especializadas também não», recordou.
«O Regimento Interno torna claro que as comissões devem ter representação proporcional das bancadas. Sem a nossa presença, as comissões não funcionam», sublinhou o líder da Fretilin.
Alkatiri rafirmou que o entendimento da Fretilin sobre o direito de formar governo é de que «o voto de que a Constituição fala é o voto popular nas eleições directas e não o voto dos deputados».
O secretário-geral da Fretilin afirmou ainda que a AMP «não tem existência legal» e que «as duas únicas coligações que se apresentaram a sufrágio popular foram a Aliança Democrática KOTA/PPT e a ASDT/PSD».
«São apenas essas coligações que foram reconhecidas pelo Tribunal de Recurso e pela Comissão Nacional de Eleições».
«Agarra-se na ambiguidade da [expressão] "aliança com maioria parlamentar" [no artigo 106º da Constituição] para manipular o voto popular e evitar que o partido mais votado seja convidado», afirmou Mari Alkatiri.
«Na prática, convidou-se o segundo partido mais votado para formar o governo. Isto é inconstitucional», concluiu o ex-primeiro-ministro.

Anónimo disse...

Timor: PR adia decisão de governo para a próxima semana
Diário Digital / Lusa
02-08-2007 14:18:00

O Presidente da República, José Ramos-Horta, anunciou hoje à noite (princípio da tarde em Lisboa) que tomará uma decisão sobre o novo governo apenas na próxima semana.
Numa comunicação ao país através da televisão pública TVTL, o chefe de Estado anunciou que vai aguardar até segunda-feira para tomar uma decisão final sobre o IV Governo Constitucional.
No seguimento da comunicação oficial, a TVTL emendou para «terça-feira» o dia provável do anúncio pelo Presidente da República.
A Fretilin, vencedora das eleições sem maioria absoluta, e a Aliança para Maioria Parlamentar, que reúne os quatro maiores partidos da oposição, não conseguiram chegar ainda a acordo para a formação de um governo de grande inclusão, como proposto pelo chefe de Estado timorense.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=288901

Anónimo disse...

Timor-Leste: «Eu sou o alvo», garante Mário Carrascalão
Diário Digital / Lusa
02-08-2007 14:12:00
O presidente do Partido Social Democrata, Mário Viegas Carrascalão, desistiu hoje de integrar um governo da Aliança para Maioria Parlamentar (AMP) e, em declarações à Lusa, acusou a Fretilin de o ter como «o alvo a atingir».
O ex-governador de Timor-Leste durante a ocupação indonésia insistiu que o candidato da AMP a primeiro-ministro é o ex-chefe de Estado Xanana Gusmão.
«Se não for, o PSD não fará parte da AMP, o que não irá acontecer, garanto-lhe», respondeu Mário Carrascalão quando confrontado com a hipótese de a Aliança aceitar um governo chefiado por um independente.
O presidente do PSD anunciou hoje em conferência de imprensa, acompanhado por outros líderes da oposição, que desistiu de integrar um possível governo da AMP.
«Tomei a decisão para não ser mais utilizado como objecto para travar a nomeação do próximo governo», explicou.
Mário Carrascalão lamentou as «mentiras» inscritas nos cartazes afixados quarta-feira na vedação do Comité Central da Fretilin, em Comoro, na avenida principal de Díli, em antecipação do convite do Presidente da República a outro partido que não a Fretilin para formar o IV Governo Constitucional.
«Andam a repetir falsidades e eu sei ler as intenções das pessoas. Eu sou o alvo a atingir porque eles sabem que, se estivesse no governo, limpava os corruptos todos da administração. Assim, têm o caminho livre», afirmou o presidente do PSD.
«Eu nunca assinei a integração» de Timor-Leste na Indonésia, declarou Mário Carrascalão à Lusa reagindo a acusações lançadas por apoiantes da Fretilin na quarta-feira.
«Havia um cartaz que dizia que eu fui pró-integração em 1976, pró-autonomia em 1999, pró-federação em 2006 e, em 2007, pró-cadeira no governo», explicou o líder do PSD, que foi governador de Timor-Leste durante a ocupação indonésia.
«Vou escrever hoje ou amanhã uma carta ao Provedor de Justiça e Direitos Humanos para que peça responsabilidades à Fretilin sobre essas falsas acusações», declarou Mário Viegas Carrascalão.
Ao lado de Mário Viegas Carrascalão estavam Francisco Xavier do Amaral, da Associação Social Democrática Timorense (ASDT), Mariano Sabino, do Partido Democrático (PD) e Dionísio Babo, do Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT).
Os quatro partidos, juntos na AMP, pretendem formar um governo alterantivo à Fretilin, que venceu as eleições de 30 de Junho sem maioria absoluta.
Mário Carrascalão explicou que a sua decisão de não integrar um governo da AMP não significa que o PSD deixe de estar representado num executivo da Aliança.
«O PSD tem candidatos ao governo e eu ficarei no Conselho de Presidentes da AMP», esclareceu Mário Carrascalão.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=288899

Anónimo disse...

As primeiras acções da Aliança dos Mafiosos Populistas (AMP) fizeram justiça ao nome pelo que revelaram de insensatez e sectarismo.

Primeiro arrogaram-se a eleger um “candidato” a PM - sem que de tal tivessem sido incumbidos pelo PR -, como forma manhosa e grosseira de o condicionar.

Depois, não satisfeitos, propagaram ainda a ameaça de usar o Parlamento para eleger o PM, forma arrogante e malcriada de usurparem poderes exclusivos do PR e ameaça velada de o destituírem.

Finalmente escolheram entre si toda a liderança do Parlamento Nacional. Nem numa ditadura se faria melhor, num desvario e ânsia de poder absoluto de uma meia dúzia de caciques, que tudo e todos atropelam na sua cega ambição totalitária e tirana.

E foi a estes tiranos de pacotilha que – ficámos hoje a saber! - o PR escolheu para formar governo. Simplesmente inacreditável.

Anónimo disse...

A reaccao da Fretilin contra o novo parlamento, demonstra a sua ambicao em governar. E um grupinho quem doutro lado do mar, para criar um governo de insertaza. A Fretilin fez a Constituicao e agora ele mesmo e que viola a constituicao. Engracado, parvos que nao sabem nada arma-se em sabichoes e mal interpretam a constitucao.Quem governa esta Nacao daqui a cinco anos e a AMP, isto esta claro.

Anónimo disse...

Diz o anonimo da 10:26 que a ambicao e da Fretilin em querer governar. Primeiro nao sabe o que diz. E segundo; diz que nao respeitam a Constituicao? Claramente a AMP tem demonstardo que eles nao respeitam a lei muito menos a Constituicao, e que sao eles os sabichoes. E triste quano se chega a este ponto. A AMP so demonstra que quer poder, e sem razao, a forca. Tenhem juizo.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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