Diário de Notícias - Funchal - 16-07-2007
Missões internacionais desempenharam papel central na modernização da GNR
A GNR "é a força policial mais bem equipada em Timor-Leste", o país onde começou, há sete anos, a modernização da Guarda, considerou hoje o capitão Jorge Barradas no momento de passagem do comando do contingente português.
Jorge Barradas regressou hoje a Portugal com o segundo grupo do segundo contingente do Subagrupamento Bravo, que completou a rotação semestral da GNR em Timor-Leste.
Em entrevista à agência Lusa, o oficial português mostrou-se satisfeito com o trabalho desenvolvido no país e recordou que as missões internacionais tiveram um papel central na modernização da GNR.
Jorge Barradas, à frente de um contingente reforçado de 220 homens, comandou a maior projecção de força da GNR no estrangeiro até hoje.
"Hoje somos a força mais bem equipada em Timor, tanto por investimento em viaturas como em armamento", afirmou Jorge Barradas à Lusa em hora de balanço de missão.
"Houve uma grande evolução da GNR a nível de viaturas e do chamado armamento não-letal, ou menos-letal, e o nosso material é significativamente melhor do que muitas das forças aqui presentes", explicou o oficial português.
O Subagrupamento Bravo actua no quadro da missão internacional das Nações Unidas (UNMIT), sendo uma das quatro unidades autónomas de polícia.
A evolução da situação de segurança em Timor-Leste determinou a fixação do Subagrupamento Bravo na capital, mas a GNR deslocou também, até há uma semana, um pelotão em Gleno, distrito de Ermera, um dos pontos de maior sensibilidade política do território.
Em Díli, cidade de ruas pequenas e relevo difícil, a GNR "tem um leque maior de opções que usa consoante as situações: gás, borracha e outros dispositivos" exigidos por uma "situação de ordem pública mais urbana, que pede grupos ligeiros e uma actuação mais flexível".
Para o bom resultado da missão da GNR "contribui também a maior experiência e a atitude", porque os militares da GNR são mais interventivos.
Jorge Barradas sublinha, a propósito, a evolução feita pela GNR, que deixou de ser a tradicional força de "ordem pública rural".
A adaptação e modernização da GNR começou na primeira missão internacional, também em Timor-Leste, no ano 2000, dentro do conceito de unidade de resposta rápida (RRU) e, no ano seguinte, de unidade especial de polícia (SPU), diferentes nomes para o mesmo conceito de força autónoma.
A readaptação dos militares da GNR depois de uma missão no estrangeiro "tem sido fácil", segundo Jorge Barradas, que salienta o papel do comando.
"Quando regressarmos a Portugal temos que retirar a 'disquete' e pensar que o adversário é outro e que a ordem pública é mais lenta", explicou o capitão da GNR.
"São raras as ocorrências em Portugal que exigem uma acção policial de imediato. Tudo tem os seus tempos definidos, segundo os procedimentos legais que aprendemos, até ao contacto físico", acrescentou Jorge Barradas. "Aqui em Timor-Leste, muitos dos processos são abreviados porque tem que se passar à acção", referiu.
Em todo o caso, os militares que agora regressam a Portugal contam "com um semestre complicado devido à presidência da União Europeia e ao empenhamento cada vez maior nos jogos da I Liga".
Jorge Barradas regressa à sua unidade de origem, o Regimento de Infantaria, Batalhão Operacional, como comandante da 1ª Companhia, em termos práticos, a continuação de "rua e pó".
O Subagrupamento Bravo passou sexta-feira para o comando do capitão Marco Cruz.
quinta-feira, julho 19, 2007
GNR é a "força mais bem equipada em Timor"
Por Malai Azul 2 à(s) 11:00
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Traduções
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Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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