quarta-feira, maio 09, 2007

A duas horas do fecho das estações de voto relatório actualizado

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR LESTE
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL
SECRETARIADO TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO ELEITORAL (STAE)
Rua de Caicoli, Dili, Tel. 3317445 / 3317446

Comunicado de Imprensa

Dili, 9 de Maio 2007
14:00h

Com o encerramento das estações de voto da Segunda Votação das Eleições Presidenciais marcado para as 16:00h locais, 8 centros de votação reportaram número insuficiente de boletins de voto.

Um desses locais foi Hohorai, no distrito de Manatuto. Como resposta um helicóptero das Nações Unidas deslocou-se de Dili até à capital de Distrito para depois transportar 300 boletins de voto de reserva até ao local. Uma afluência às urnas acima do esperado em Iliomar, no Distrito de Lautem, obrigou também a um reforço de 100 boletins de voto de reserva guardados em Lopallos, a capital de Distrito de Lautem. Em Bobonaro, 150 boletins de voto foram deslocados da capital para o Suco Raifun. Na região Sul do Distrito de Manufahi, 200 boletins de voto extra foram deslocados de Same para o Suco Daisua com outros 100 para o Suco Batano. Na zona Este de Viqueque 100 boletins foram transferidos do centro de votação do Suco Caraubalo para o suco Uma Ki’ík. Na capital Dili também houve número insuficiente de boletins de voto nos centros de votação de Tasitolu e Fatuahi para onde foram transferidos, da reserva distrital, 200 e 100 boletins de voto respectivamente,

Para responder a estas necessidades, o STAE imprimiu uma reserva de 20% de boletins de voto em relação aos 524,073 eleitores recenseados. No total, para a Segunda Votação da Eleição Presidencial, 630,000 boletins foram preparados, organizados em 12,600 pacotes de 50 boletins cada, sendo a reserva guardada em cada uma das 13 capitais de Distrito.

Tal como na Primeira Votação, a 9 de Abril de 2007, os eleitores timorenses podem exercer o dever cívico em qualquer centro de votação espalhado pelo país, o que torna impossível antecipar o número total de eleitores por estação de voto.

A votação termina às 16:00h, no entanto todos os eleitores que estejam na fila a essa hora podem ainda exercer esse direito democrático. Depois começa a contagem em cada uma das estações de voto antes de serem transferidos para a posterior contagem a nível distrital

O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), sob a tutela do Ministério da Administração Estatal, é a entidade responsável pelo planeamento e execução de todos os aspectos técnicos e logísticos relacionados com as eleições em Timor-Leste, com o apoio da Divisão Eleitoral da UNMIT e do Projecto Eleitoral da UNDP com o financiamento de doadores como a União Europeia, Austrália, Irlanda, Japão, Portugal, Estados Unidos da America, Nova Zelândia.

Para mais informação por favor contacte: Julio da Silva: 7250761 julio.dasilva@undp.org

8 comentários:

Anónimo disse...

Timor-Leste: Urnas encerram após votação calma

As mesas de voto para a segunda volta das eleições presidenciais em Timor-Leste encerraram hoje oficialmente às 16:00 locais (08:00 em Lisboa), votação que decorreu sem incidentes conhecidos e com calma.
As urnas abriram às 07:00 locais (23:00 de terça-feira em Lisboa) e, para já, não há informações sobre a afluência às urnas dos mais de meio milhão de eleitores que escolheram o sucessor de Xanana Gusmão.
Em liça estão os candidatos José Ramos-Horta, independente e primeiro-ministro, e Francisco Guterres «Lu-Olo», apoiado pela Fretilin e presidente do Parlamento, os dois mais votados na primeira volta, realizada a 09 de Abril último.
Algumas mesas de voto poderão encerrar mais tarde, no caso de persistirem filas com eleitores.
Os primeiros resultados provisórios da segunda volta deverão ser conhecidos apenas sexta-feira.
Segundo a avaliação do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), a votação de hoje para a segunda volta das presidenciais timorenses começou e correu de forma tranquila em todo o país.
«Às 07:30 (locais, 23:30 de terça-feira em Lisboa), todos os 504 centros de votação reportaram a abertura à hora marcada em todo o território nacional, com ordem e tranquilidade», referiu o STAE, em comunicado.
Os serviços do STAE nos 13 distritos em que se divide administrativamente Timor-Leste indicaram que «muitos dos 524.073 eleitores recenseados já formavam filas de forma organizada e pacífica ainda antes da abertura das estações de voto, para exercerem o dever cívico».
Em 38 centros de votação inacessíveis por estrada o material de votação foi entregue por equipas que se deslocaram a pé e a cavalo, enquanto 54 voos de helicóptero, da missão da ONU e das Forças de Estabilização Internacionais (ISF), garantiram que o material eleitoral fosse entregue em outros 44 centros de votação.
Na primeira volta das presidenciais, com um total de oito candidatos, votaram 427.198 pessoas, 81,69% do total dos eleitores.
Segundo os resultados oficiais, «Lu Olo» foi o mais votado, ao recolher 112.666 votos (27,89 por cento), enquanto Ramos-Horta conseguiu 88.102 votos (21,81%).
«Lu Olo», além da Fretilin, conta com o apoio de Manuel Tilman (Partido Kota - 16.534 votos - 4,09 por cento), o único dos seis candidatos que não passaram à segunda volta a apoiá-lo.
Ramos-Horta, por seu lado, conta com o apoio dos restantes cinco candidatos, entre eles o de Fernando «Lasama» Araújo, líder do Partido Democrático (PD), que ficou em terceiro na votação de 09 de Abril, recolhendo 77.459 votos (19,18 por cento).
Os restantes candidatos perdedores que apoiam Ramos-Horta são Francisco Xavier do Amaral (apoiado pela ADST - 58.125 votos - 14,39 pc), Lúcia Lobato (PSD - 35.789 votos - 8,86 pc), Avelino Coelho («Shalar Kosi F. F.» - 8.338 votos - 2,06 pc) e João Carrascalão (UDT - 6.928 votos - 1,72%).
Diário Digital / Lusa
09-05-2007 9:21:31
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=275272

Anónimo disse...

"Desculpe! Importa-se de repetir?!..."
Em recente entrevista o actual Primeiro Ministr, Ramos Horta, declarou que "uma das minhas propostas seria um simples “cash transfer” para os agregados mais pobres, da ordem de uns 40 milhões de dólares por ano".

Então porque não os fez enquanto foi Primeiro-Ministro? Desde o dia 1 de Julho de 2006 que VEXA tem à sua disposição --- do Governo, claro... --- 260 milhões de USD do Fundo Petrolífero para gastar no que quiser: papel higiénico, Coca Cola, escolas, estradas, as referidas transferências... Porque não fez o que agora propõe? Só em 21 de Março passado é que o SEU Governo recebeu os primeiros 120 milhões USD porque só então os solicitou. Em que ficamos?

E isto independentemente de se concordar ou não com o regime de cash advance sem quaisquer contrapartidas dos "advançados". Seria instituir uma espécie de "rendimento mínimo", como existe em Portugal e noutros países mas que não tem qualquer tradição na Ásia e, em geral, nos países em desenvolvimento.
Neles o mais tradicional tem sido a criação de sistemas de "dinheiro contra trabalho", podendo este ser de diversos tipos, normalmente com utilidade social grande como seja alguma conservação de caminhos rurais, de estradas, de escolas, etc.
Mas há mais: como é que v. iria administrar um tal sistema? V. que enche os ouvidos de toda a gente com a enorme corrupção que grassará no país, como asseguraria que este regime de cash transfer não ía fazer a felicidade de uns quantos e manter a pobreza da maioria? Como iria fazer chegar o dinheiro aos quatro cantos de Timor Leste? Se até boletins de voto têm, em várias regiões, de ser distribuídos por avião, a pé e por kuda (cavalo) como iria fazer chegar o dinheiro aos seus destinatários? Quais seriam os custos do estabelecimento de um tal sistema? Será que teria de gastar mais 40 milhões para fazer chegar os 40 milhões aos legítimos proprietários? O perigoso nas suas propostas é que são mandadas para o ar sem v. ter a mínima ideia dos custos associados à sua concretização. Para não falar de algumas terem por detrás uma ideia de "avô Cantigas" que tira umas notas da algibeira e vai distribuindo aos netos, à esquerda e à direita, de uma forma mais ou menos inconsequente --- ou, pior, com a consequência de as pessoas se convencerem que, agora que há o dinheiro do petróleo, "não se paga, não se paga"!
Não me parece que seja a melhor maneira de construir um país democrático e sustentável apostar na lógica do "liurai" porreiraço que distribui uns sorrisos e uns dólares.
Porque, meu caro, não tenha dúvida: um país faz-se mesmo com "sangue (o menos possível), suor (o mais possível) e lágrimas (q.b.)"

E só mais uma coisinha: v. também disse que

"É pura patetice da administração anterior falar em preservar os dinheiros do petróleo para futuras gerações, investindo em títulos do Tesouro, em Nova Iorque. O que eu digo é que Timor-Leste(TL) não pode esperar. Temos que investir agora, de imediato, para resolver os problemas gritantes de hoje e assim preparar também o futuro."

O curioso é que:
- a administração Alkatiri não podia utilizar o que não tinha... O Fundo Petrolífero foi aprovado por unanimidade e criado em Setembro de 2005, sendo o primeiro Orçamento que podia utilizar esse dinheiro o de 2006-07. Ora o Primeiro Ministro deste ano fiscal foi... VEXA! e não Mari Alkatiri, que andou a guardar o dinheiro para você o gastar... E não gastou, como referi acima!
- a "patetice" significou que se guardaram 1200 milhões USD e ficaram disponíveis para gastar outros 260 milhões --- que VEXA, como primeiro Ministro, não gastou.

Todos estamos de acordo que "temos de investir agora"! Que o governo anterior não o tenha feito, não me admira pois não tinha o dinheiro para tal; mas VEXA tem e fala mas não investe. Onde estão os investimentos? Quem diz mais patetices?

VERDADES, SO VERDADES

Anónimo disse...

Ramos-Horta rodeado de segurança especial por ameaça

O candidato presidencial José Ramos-Horta foi hoje rodeado de medidas especiais de segurança por parte das Nações Unidas devido a uma ameaça «considerada credível» de que estaria iminente um ataque contra si com arma pesada.
Ramos-Horta, que votou no distrito de Baucau, está desde quarta-feira a ser acompanhado por uma força especial de 13 elementos do sub-agrupamento Bravo da GNR, de um grupo de polícias de choque de Timor-Leste e ainda de um grupo de guarda-costas.
Segundo apurou a Lusa, foi o próprio representante especial do Secretário-Geral das Nações Unidas, Atul Khare, a solicitar a intervenção do grupo de operações especiais da GNR para proteger Ramos- Horta, tendo sido utilizadas duas viaturas blindadas PROTETO e armas especiais.
De acordo com dados recolhidos pela Lusa e TSF, em causa está uma ameaça que partiu alegadamente de um chefe de polícia - Gaspar da Costa - do distrito de Viqueque, cujo afastamento tinha sido solicitado por Ramos-Horta antes da primeira volta das eleições presidenciais.
No entanto, ninguém - «o ministro Alcino Baris ou a própria polícia das Nações Unidas» - concretizaram o afastamento apesar das queixas de «intimidação» sobre as populações alegadamente perpetradas pelo agente.
Ramos-Horta explicou que Gaspar da Costa foi colocado em Viqueque pelo anterior ministro do Interior, Rogério Lobato, que «gostava de colocar pessoas» do seu círculo pessoal ou da Fretilin, «independentemente do seu passado».
Apesar de defender que «vale mais prevenir que remediar», Ramos-Horta disse ter ficado «surpreendido quando ia sair de casa» e viu a «GNR com dois blindados».
«Creio que foi exagero da parte das Nações Unidas», sublinhou, para salientar sentir-se «mesmo incomodado com tanta segurança».
O candidato, que falava em Baucau, acrescentou também que considera a alegada ameaça uma «guerra psicológica» que não passará disso mesmo.
«Eu não acredito nessas ameaças. É guerra psicológica, conversa de café, muito típico da nossa cultura. Ameaças só de boca. Não passam à acção», concluiu.
Diário Digital / Lusa
09-05-2007 12:12:52
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=275328

Anónimo disse...

Timor: Votação foi um sucesso e participação foi elevada

O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) de Timor-Leste afirmou hoje que a segunda volta das presidenciais timorenses foi um «sucesso», prevendo uma taxa de participação «ligeiramente inferior aos impressionantes 81,67 por cento» registados na primeira volta.
Num comunicado emitido três horas após o fecho das urnas, o STAE sublinha que quase todos os centros de votação do país encerraram à hora prevista, havendo apenas dúvidas sobre os locais mais remotos, embora não existam indicações de que algo tenho corrido mal.
«Todos os 504 centros de votação e as 705 estações de voto, reportaram terem aberto a tempo e de forma eficiente. Os eleitores formavam filas ainda antes do amanhecer e todos os eleitores que estivam na fila para votar exerceram o dever cívico», lê-se no documento.
Em geral, considera o STAE, a segunda volta «foi uma operação logística de sucesso» demonstrando que a entidade e o governo timorense «são capazes de organizar uma tão complexa organização eleitoral», «apesar das limitações de infra-estruturas de comunicação» do país.
O STAE agradeceu o apoio de todos os envolvidos, desde a CNE à Missão da ONU em Timor-Leste, bem como à União Europeia (UE) e aos países doadores - Austrália, Irlanda, Portugal, Japão, Nova Zelândia e Estados Unidos.
«Foi um processo de sucesso a todos os níveis, especialmente se atendermos ao facto de ter sido o primeiro acto eleitoral organizado pelo Estado de Timor-Leste independente. Esta é também uma demonstração de vontade e preparação do nosso Estado soberano para os novos desafios que se atravessam no nosso, ainda tão curto, caminho de independência», refere o STAE.
No primeiro ponto da situação o documento, às 17:00 locais (09:00 em Lisboa), uma hora após o encerramento oficial das urnas, foi registado que as mesas de voto tinham fechado nos distritos de Aileu, Baucau, Bobonaro, Díli, Ermera, Lautem, Manufahi e Viqueque, onde começou, de imediato, a contagem dos votos.
À mesma hora, estavam fechadas 90 por cento das assembleias de voto em Ainaro e em Covalima apenas tinham encerrado todas as estações de voto de dois sub-distritos, faltando informações sobre os restantes três - Fatululi, Fohorem e Fatumean.
Em Liquiçá, onde as mesas já foram encerradas e a contagem iniciada, faltam igualmente indicações sobre os dois sub-distritos em falta - Bazartete e Maubara. No distrito de Manatuto, foram já fechadas as mesas em três sub-distritos, faltando informações sobre os outros dois.
Em Oecussi, o enclave timorense na Indonésia, o STAE não dispõe de dados sobre apenas dois centros de votação, devido à falta de comunicações, sublinhando, porém, que todos os restantes já encerraram e que foi iniciada a respectiva contagem dos boletins.
«A afluência às urnas durante o dia foi ligeiramente inferior à da primeira votação, mas aproxima-se dos impressionantes 81,67 por cento» registados na primeira volta, realizada a 09 de Abril último, salienta o STAE, que adianta, contudo, não dispor ainda de uma «informação conclusiva».
O STAE adianta que os números definitivos relativos à taxa de participação serão revelados posteriormente pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), órgão responsável pela contagem e apuramento dos votos, depois de o processo ser transferido para as capitais de Distrito durante a noite de hoje e o dia de quinta-feira.
«Depois de concluída a contagem nas estações de voto, o STAE é responsável pelo transporte dos materiais da estações de voto para as Assembleias de Apuramento Distrital. O STAE apoia administrativamente a CNE no processo de apuramento distrital, da responsabilidade da CNE, tal como a formação dos técnicos envolvidos nas operações de apuramento distrital», lê-se no documento.
O STAE indica igualmente que alguns centros de votação necessitaram boletins de voto adicionais, sublinhando, porém, que, no total, apenas 1.250 boletins de voto de reserva foram enviados para oito dos 504 centros de votação.
Diário Digital / Lusa
09-05-2007 13:39:16
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=275346

Anónimo disse...

Timor: Centenas a caminho de votar ao longo da madrugada

Noite cerrada na estrada que liga Díli, a capital timorense, a Baucau, onde o candidato José Ramos-Horta foi votar, e já centenas de pessoas percorriam quilómetros a pé para exercerem o seu direito de voto.
Numa estrada muito apertada que serpenteia as montanhas por onde 24 anos andou a resistência timorense a fazer frente ao invasor indonésio, os buracos e o piso mal conservado são dois pormenores na lista de cuidados que um motorista terá de ter ao longo dos 120 quilómetros e «quase três horas de tempo» como costumam dizer os locais.
Os animais adormecidos, os búfalos que se lançam pelos terrenos que ladeiam a estrada para atravessar para o outro lado e os populares que sentados na berma ou em filas numerosas, marcam o quotidiano da jornada que terminará quando o dia já estiver muito mais quente que a brisa da madrugada.
Nem a paisagem junto ao mar, ou as montanhas agrestes devem conseguir, contudo, retirar a atenção que quem conduz, já que esta madrugada é especial e os timorenses com mais de 17 anos - cerca de 524.000 pessoas - estão em condições de votar e decidir entre Francisco Guterres «Lu Olo» e José Ramos-Horta para suceder a Xanana Gusmão na cadeira presidencial da mais nova Nação do mundo.
Entre os que se limitam a ocupar a berma como medida preventiva a algum condutor menos cuidado e aqueles que mais parecem caranguejos gigantes porque à vista de um veículo andam de quatro na estrada para saírem, literalmente, do meio do caminho, outros estão com pressa e não se cansam de tentar chamar a atenção dos automobilistas para que parem e, pelo menos, os oiçam.
«Senhor ... Manatuto, Manatuto», diziam três jovens na berma da estrada pedindo ao carro de «Portugal» e, segundos depois da «Lusa, Lusa», para dar boleia ao que tinha ar de mais velho «para o centro de votação» da vila que quase divide ao meio o caminho entre Díli e Baucau.
«Sempre em frente senhor, sempre em frente», diziam com o entusiasmo de já terem poupado uma boa dezena de quilómetros nas pernas do amigo que terá de estar antes das sete da madrugada num dos 504 centros de votação de Timor-Leste, que no seu conjunto englobam 705 mesas de voto, abertos até às 16:00 (08:00 em Lisboa).
À medida que o dia vai clareando, vai surgindo mais gente, ou pelo menos esta torna-se mais visível do que durante a noite, quando as estradas estão às escuras.
Deixados os elementos das mesas de voto - o que ia para Manatuto e outro, que entretanto pedira boleia para um centro já muito perto de Baucau - e com a segunda maior cidade de Timor-Leste já à vista, era tempo de perguntar a localização da Escola Nobel da paz, onde votou Ramos-Horta e onde se concentraram muitos jornalistas.
Nas ruas, dezenas de pessoas cruzavam-se numa azáfama mais ou menos vulgar para uma cidade grande mas na mão muitos já traziam o cartão de eleitor que lhes permitiria votar.
Falhadas algumas tentativas com gente nova que muito pouco sabia de português, foram os mais idosos a indicar o caminho certo, ao mesmo tempo que sublinhavam já ter votado e mostrando o indicador pintalgado de vermelho como prova do exercício do dever cívico.
Como existe apenas um círculo eleitoral que permite que cada cidadão vote em qualquer mesa, a tinta é uma das garantias de que o eleitor já votou.
Diário Digital / Lusa
09-05-2007 14:47:46
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=275355

Anónimo disse...

Ah! Afinal desta vez a fita que o Horta nunca dispensa teve a ver com uma suposta ameaça mas que segundo o próprio não passou de "guerra psicológica". Não acham que é um tanto ridículo uma figura supostamente tão “reverenciada” assustar-se com “conversas de café” e "ameaças só de boca”? Não acham que é caricato um PM ter de ir votar acompanhado de dois blindados e dezenas de seguranças? E não acham que é uma vergonha para o próprio o aparato em que se deslocou para votar? Francamente!

Anónimo disse...

Os meus parabéns ao colega Anónimo das 9:50, pelo brilhante comentário que publicou.

Gostava só de acrescentar, quando diz que:

"O perigoso nas suas propostas é que são mandadas para o ar sem v. ter a mínima ideia dos custos associados à sua concretização"

O problema é que são precisamente esse tipo de "propostas" "mandadas para o ar" que ganham votos. E nisso, RH é especialista...

Anónimo disse...

Ao anonimo das 3:46:00 AM: O comentario a que se refere foi escrito pelo Sr Leiria no Tatamailau: Como e excelente "roubei-o" e aqui o pus, pois acho que teria maior publicidade! O Obrigadao e para o seu autor!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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