sexta-feira, abril 27, 2007

Governo garante vontade de prender major Reinado

Jornal de Notícias - Quinta-feira, 26 de Abril de 2007

As operações de busca para tentar capturar o major Alfredo Reinado "continuam" e o militar deve "entregar-se" à Justiça, considerou o primeiro-ministro timorense em exercício, Estanislau da Silva, acrescentando que "houve uma reunião de alto nível presidida por Xanana Gusmão" onde foi colocada a possibilidade de serem suspensas as operações de busca, "mas não houve uma decisão nesse sentido".

Estanislau da Silva disse também que existem contactos indirectos (através da Igreja) com o major Reinado e que os órgãos de Estado vão continuar a permitir essa aproximação, embora na perspectiva de uma rendição de Reinado.

Recorde-se que a Imprensa timorense tem referido que o primeiro-ministro Ramos-Horta defende uma suspensão das operações para capturar o major e que o próprio militar manifestou disponibilidade para se encontrar frente a frente com o chefe do Governo para definir o seu caso.

Entretanto, 143 militares da GNR estacionados no país foram condecorados numa cerimónia que também assinalou os 33 anos do 25 de Abril e os 62 anos da primeira reunião para a constituição da ONU.

"O primeiro motivo para a escolha de dia de hoje foi porque há 33 anos, em 1974, decorria em Portugal a Revolução dos Cravos, que, de forma pacífica, através de um movimento militar e popular, derrubou um regime de ditadura de quase 50 anos e instituiu um regime democrático", afirmou o capitão Jorge Barradas.

O líder do contingente da GNR em Timor-Leste salientou também que essa liberdade conquistada em Portugal "representa a razão que trouxe a GNR para Timor-Leste, numa primeira fase a fim de repor a lei e a ordem, o que foi alcançado de forma notável, e numa segunda fase para permitir que a mesma liberdade democrática" de escolha dos dirigentes da Nação "possa igualmente decorrer em Timor-Leste" neste período eleitoral.

Os elogios ao trabalho e ao empenho da GNR em Timor-Leste foram feitos pelo representante do secretário-geral da ONU, Atul Khare, que disse estar "orgulhoso da resposta positiva de Portugal" ao desafio de trabalhar em Timor-Leste, sublinhando o "grande contributo" daquela força na estabilização do país e numa acção "reconhecida pela população".

Quanto à campanha eleitoral, "Lu Olo" aproveitou o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), que elogia o Fundo de Petróleo criado pela Fretilin, para criticar "os que dizem que se forem eleitos vão abrir esse fundo para o utilizar de forma massiva e esbanjadora". "Se injectarmos a economia com dinheiro, isso só irá criar inflação e encorajar a corrupção," diz "Lu Olo", citando o FMI "Timor tinha feito bons progressos no estabelecimento de uma base para uma economia estável e saudável até ao início da crise em 2006".

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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