terça-feira, janeiro 23, 2007

Cartas enviadas aos líderes timorenses

Durão Barroso apela ao diálogo nacional em Timor-Leste
22.01.2007 - 10h31 Lusa

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, apelou ao diálogo nacional em Timor-Leste, em cartas enviadas ao Presidente da República e ao primeiro-ministro timorenses, disse hoje à Lusa fonte comunitária.

Nas missivas que endereçou a Xanana Gusmão e José Ramos-Horta — que se encontram ausentes de Díli —, Durão Barroso dirige uma "mensagem de encorajamento ao diálogo nacional, incluindo a Fretilin [partido maioritário] e o seu secretário-geral", o ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri, referiu a mesma fonte.

As cartas deverão ser entregues esta semana aos dois dirigentes timorenses pelo representante especial da Comissão Europeia para Timor-Leste, o português Miguel Amado, que se encontra em Díli.

Xanana Gusmão deslocou-se aos Estados Unidos para ser distinguido pela Academia de Desporto norte-americana e José Ramos-Horta partiu hoje de Díli para uma visita de dois dias ao enclave de Oecussi, situado na parte indonésia da ilha de Timor.

Nas cartas ao Presidente e ao chefe do Governo de Timor-Leste, Durão Barroso anuncia a nomeação para breve de um embaixador/chefe de delegação da União Europeia em Díli.

Bruxelas pretende também anunciar a abertura de uma delegação com estatuto de embaixada "depois das eleições", que se realizam este ano.

Numa visita anterior ao país, no final de Outubro, o representante especial da Comissão Europeia teceu duras críticas à classe política.

"Os políticos timorenses de costas voltadas não servem a democracia", declarou na altura Miguel Amado.

Na sequência de uma crise política iniciada em Abril do ano passado, Mari Alkatiri demitiu-se da chefia do Governo em Junho, por exigência de Xanana Gusmão, e foi substituído no cargo por José Ramos-Horta, anterior ministro dos Negócios Estrangeiros.

Entretanto, na periferia de Díli, dois homens morreram ontem vítimas de confrontos. Há indicações de que os homens seriam ambos elementos da polícia nacional timorense mas, na altura do ataque, não estavam de serviço nem fardados.
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1283162
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3 comentários:

Anónimo disse...

"Os políticos timorenses de costas voltadas não servem a democracia", declarou na altura Miguel Amado, segundo este texto do Público. E eu pergunto que competência tem um burocrata de Bruxelas para mandar bocas destas quando esse mesmíssimo burocrata quando esteve em Timor-Leste andou armado em pau-de-cabeleira do Horta naquelas ridículas cerimónias teatrais de alegadas entregas de armas, lá para as bandas da fronteira Indonésia? Que jogada é que está agora o Durão a tramar, após o fiasco da ida a Timor-Leste dos seus amigalhaços do tal Clube de Madrid?

Anónimo disse...

"Os políticos timorenses de costas voltadas não servem a democracia".

Não só de costas voltadas mas ausentes!

É chocante que um país que caiu na violência onde não há ordem nem lei onde diariamente morrem pessoas o Presidente da República e o Primeiro Ministro estejam mais tempo a viajar e fora do País do que no seu próprio País que mais do que nunca precisa do seu trabalho.

Que homens tão pequenos e arrogantes....

É chocante!! É vesgonhoso!!

O Povo de Timor merecia mais...

Anónimo disse...

Eh muito certo que Xanana esta a gozar as suas ultimas viagens de ferias para exterior como presidente de Timor Leste mas cuidado com as acompanhantes reporteres,ele sofre a doensa de esterismo.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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