terça-feira, novembro 28, 2006

TIMOR: NGO's say rebel leader Reinardo should be brought to justice

Radio Australia, Asia Pacific - 27/11/2006, 8:49:35 PM

East Timor's rebel leader and murder suspect Major Alfredo Reinardo has emerged from hiding, he addressed a public seminar in the town of Suai on Friday. Before the seminar, Prime Minister Jose Ramos Horta was urging the international military forces to arrest him.

But now he says Major Reinardo is getting another chance.


Presenter/Interviewer: Joanna McCarthy
Speakers: John Miller, spokesman for the East Timor and Indonesia Action Network; Arsenio Bano East Timor's Minister for Labor and Solidarity

McCARTHY: It's three months since East Timor's renegade soldier Major Alfredo Reinardo escaped from Dili's main jail and last week the government was given a prime opportunity for his arrest. When unconfirmed reports on Friday said Major Reinardo would speak at a public seminar, Prime Minister Jose Ramos Horta urged international military forces to arrest him.

But when Major Reinardo appeared at the seminar, Australian and Portuguese forces took no action. The Prime Minister now says the government is giving Major Reinardo another chance. Arsenio Bano is East Timor's Minister for Labor and Solidarity:

BANO: I think Major Reinardo has been given the possibility of coming back to Dili and hand over guns proceed with judicial process. There is confusion as to his interpretation as to what he should be followng. And I think the state, the judicial court, the police has given him a lot of possibility that he should come to Dili and the government itself wants to solve the problem peacefully.

McCARTHY: Prime Minister Ramos Horta says Major Reinardo's reprieve comes at the wishes of army chief Brigadier General Taur Ruak.

It's nearly 8 months since Major Reinardo abandoned the military to join rebel soldiers during the unrest that bought down then Prime Minister Mari Alkatiri. While Reinardo remains at large, Ramos Horta faces an enormous challenge as his government tries to restore stability among the armed forces, the police and the disaffected youth for whom Major Reinardo remains a hero.

BANO: It's not an embarrassment. I think the approach the prime minister is taking is dialogue and also not to have people killed in solving the problem. I hope Reinardo understand that because a lot of people have tried to convince him to Dili including Bishop Bello. The government still has that line. But as I said he's running out of time.

MCCARTHY: How much longer are you going to give Major Reinardo to surrender?

BANO: I'm not sure. His problem is complicated. Because he has escaped from prison. he is also under investigation. He says he should be criminally prosecuted. So he has those allegations. I think I'm not very sure, sooner or later, we all need to decide what we need to do with major Reinardo.

McCARTHY: But not everyone agrees with the government's conciliatory line. John Miller is the National Co-ordinator of the US-based East Timor and Indonesia Action Network.

MILLER: I think this continuing encouragement of dialogue rather than prosecution has led to impunity. We feel in this instance that a judicial approach is best. It needs to decide and needs to be clear that there's civilian supremacy over the military. And whatever civilian commanders wants the military have to know they have to take the orders from and take second place to whatever the civilian leadership decides.

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1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
TIMOR: ONG diz que líder amotinado Reinado deve ser levado à justiça
Radio Australia, Asia Pacific - 27/11/2006, 8:49:35 PM

O líder amotinado de Timor-Leste e suspeito de assassínio Major Alfredo Reinado emergiu do esconderijo, discursou num seminário público na cidade de Suai na Sexta-feira. Antes do seminário, o Primeiro-Ministro José Ramos Horta pedia às forças militares internacionais para o prenderem.

Mas agora diz que o Major Reinado tem outra oportunidade.

Ppresentador/Entrevistador: Joanna McCarthy
Oradores: John Miller, porta-voz da East Timor and Indonesia Action Network; Arsenio Bano Ministro do Trabalho e da Solidariedade de Timor-Leste

McCARTHY: Já passaram três meses desde que o desertor de Timor-Leste Major Alfredo Reinado escapou da prisão principal de Dili e na semana passada o governo teve uma oportunidade para o prender. Quando relatos não confirmados na Sexta-feira disseram que o Major Reinado falaria num seminário público, o Primeiro-Ministro José Ramos Horta urgiu as forças militares internacionais para o prenderem.

Mas quando o Major Reinado apareceu no seminário, forças Australianas e Portuguesas não agiram. O Primeiro-Ministro diz agora que o governo está a dar uma outra oportunidade ao Major Reinado. Arsenio Bano é o Ministro do Trabalho e Solidariedade de Timor-Leste:

BANO: Penso que ao Major Reinado foi dada a possibilidade de regressar a Dili e entregar as armas referidas no processo judicial. Há confusão quanto à sua interpretação e quanto ao que devia fazer. E penso que o Estado, os tribunais, a polícia lhe deram muitas possibilidades de poder vir para Dili e o próprio governo quer resolver o problema pacificamente.

McCARTHY: O Primeiro-Ministro Ramos Horta diz que o adiamento da pena do Major Reinado é um desejo do chefe das forças armadas o Brigadeiro General Taur Ruak.

Já passaram quase 8 meses desde que o Major Reinado abandonou os militares para se juntar aos amotinados durante o desassossego que derrubou o então Primeiro-Ministro Mari Alkatiri. Enquanto que Reinado permanece ao largo, Ramos Horta enfrenta um desafio enorme quando o seu governo tenta restaurar a estabilidade entre as forças armadas, a polícia e os jovens desafectos para quem o Major Reinado permanece um herói.

BANO: Não é um embaraço. Penso que a postura que o primeiro-ministro toma é a de diálogo e também não ter gente morta para resolver o problema. Espero que Reinado compreenda isso porque muita gente tentou convencê-lo a voltar a Dili incluindo o Bispo Bello. O governo ainda está nesta linha. Mas como disse, está a ficar sem tempo.

MCCARTHY: Quanto mais tempo vai dar ao Major Reinardo para se entregar?

BANO: Não tenho a certeza. O problema dele é complicado. Porque ele fugiu da prisão. Está também sob investigação. Diz que deve ser processado criminalmente. Tem assim estas alegações. Penso, não estou muito certo, mais cedo ou mais tarde, todos nós precisamos de decidir o que fazer com o major Reinado.

McCARTHY: Mas nem todos concordam com a linha conciliatória do governo. John Miller é o Coordenador Nacional da East Timor and Indonesia Action Network, com base nos USA.

MILLER: Penso que este encorajamento continuado ao diálogo em vez de à prossecução tem levado à impunidade. Pensamos que uma abordagem judicial é a melhor neste caso. É preciso que se decida e é preciso que fique claro que há uma supremacia civil sobre a militar. E que seja o que for que os comandantes civis queiram os militares têm que saber que têm que cumprir as ordens deles e que estão em segundo lugar sobre o que quer que seja que a liderança civil decida.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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