quarta-feira, outubro 11, 2006

Security sector reform needed in ETimor

AFP - Tuesday, October 10, 2006

JAKARTA - East Timor will need to tackle security sector reform to get back on track after deadly unrest earlier this year, the International Crisis Group (ICG) said in a report.

The tiny four-year-old nation descended into chaos in April and May after the government's dismissal of more than a third of its armed forces, who deserted their barracks complaining of discrimination.

Protests degenerated into battles between rival factions of the military and police and rival street gangs, killing more than 30 people according to the ICG toll. More than 3,200 peacekeepers were deployed to restore security.

"Resolving the crisis will depend on comprehensive security sector reform and better oversight of the courts," the report from the Brussels-based think tank said.

"But with elections due in May 2007, it will also depend on reform within the dominant party, Fretilin, and on the willingness of key political actors to sit down together and agree on solutions," it said.

Robert Templer, ICG's Asia Program director, said that the "crisis escalated in part because there were no checks on individuals with personal interests and private power bases.

"The way out is through institution-building precisely so that the actions of individuals will not carry so much weight."

The roots of the crisis, the report said, lay partly in tensions within Fretilin before and during Indonesia's occupation of East Timor. The East Timorese voted for independence from Indonesia in 1999.

"Ideological and political disputes in the 1980s and 1990s, particularly between Fretilin central committee members and (now President) Xanana Gusmao, then commander of the guerrilla army Falintil, carried over into the post-conflict government," it said.

Another seed was planted when Falintil fighters were demobilised in 2000. A new defence force absorbed some but left others unemployed and resentful as the international community focused on the creation of a new police force.

"That many of the police, vetted and retrained, had worked for the Indonesian administration, was more salt in the wounds of the ex-fighters," the report said.

Rivalry between the largely powerless Gusmao committed to democratic pluralism and a ruling party with authoritarian tendencies was another factor, it said.

Former interior minister Rogerio Lobato -- who now faces weapons distribution charges -- was singled out by the ICG for his manipulation of the tensions.

"As interior minister, he controlled the police force, encouraged rivalry with the defence force, most of whom were personally loyal to Xanana Gusmao, and created specialised police units that effectively became a private security force," the ICG said.

"The police under him were in charge of law and order, border patrol, riot control and immigration. It was never clear what the role of the defence force was."

The report comes ahead of the release of a UN-appointed Independent Special Commission of Inquiry, which is expected later this month and will likely name those behind the worst incidents of violence this year.

It warned that the release of the UN report could trigger demands for instant justice which Dili courts are ill-equipped to provide.

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1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Reforma do sector de segurança é necessária em Timor-Leste
AFP – Terça-feira, Outubro 10, 2006

JAKARTA – Timor-Leste precisa de cuidar da reforma do sector da segurança para regressar aos carris depois do desassossego mortal mais cedo este ano, disse num relatório o International Crisis Group (ICG).

A pequena nação de quatro anos desceu no caos em Abril e Maio depois do governo ter demitido mais de um terço das suas forças armadas, que desertaram dos seus quartéis queixando-se de discriminação.

Os protestos degeneraram em batalhas entre facções dos militares e da polícia e gangs de rua rivais, matando mais de 30 pessoas de acordo com a contagem do ICG. Mais de 3,200 tropas foram despachadas para restaurar a segurança.

"A resolução da crise dependerá da reforma compreensiva do sector de segurança e de melhor vigilância dos tribunais," disse o relatório do think tank baseado em Bruxelas.

"Mas com eleições previstas para Maio de 2007, também dependerá da reforma no interior do partido dominante, a Fretilin, e da vontade de actores políticos chave para se sentarem juntos e acordarem sem soluções," disse.

Robert Templer, o director do Programa da Ásia do ICG', disse que a "crise escalou em parte porque não houve controlo em indivíduos com interesses pessoais e bases de poder privadas.

"A saída é através da construção de instituições precisamente para que as acções de indivíduos não tenham tanto peso."

As raízes da crise, disse o relatório, situam-se nas tensões dentro da Fretilin antes e durante a ocupação Indonésia de Timor-Leste. Os Timorenses votaram pela independência da Indonésia em 1999.

"Disputas ideológicas e políticas nos anos de 1980s e 1990s, particularmente entre membros do comité central da Fretilin e o (agora Presidente) Xanana Gusmão, então o comandante da guerrilha Falintil, continuaram no governo póst-conflict," diz.

Uma outra semente foi plantada quando os guerrilheiros da Falintil foram desmobilizados em 2000. Uma nova força de defesa absorveu alguns mas deixou outros desempregados e ressentidos enquanto a comunidade internacional se focava na criação duma nova força de polícia.

"Que muitos dos polícias, checados e retreinados, tinham trabalhado para a administração Indonésia, foi mais sal nas feridas dos ex-guerrilheiros," diz o relatório.

As rivalidades entre o largamente sem poderes Gusmão comprometido com o pluralismo democrático e um partido no poder com tendências autoritárias foi um outro factor, diz.

O antigo ministro do interior Rogério Lobato – que agora enfrenta acusações de distribuição de armas – foi apontado pelo ICG pela sua manipulação de tensões.

"Como ministro do interior, controlava a força da polícia, encorajou rivalidades nas forças de defesa, a maioria dos quais eram pessoalmente leais a Xanana Gusmão, e criou unidades especializadas de polícia que efectivamente se tornaram uma força de segurança privada," diz o ICG.

"A polícia sob as suas ordens eram responsáveis pela lei e ordem, patrulha da fronteira, controlo de motins e imigração. Nunca esteve claro qual era o papel da força da defesa."

O relatório saíu antes da emissão do da Comissão Especial Independente de Inquérito da ONU, que é esperado mais tarde este mês e provavelmente indicará os nomes por detrás dos piores incidentes de violência este ano.

E avisou que a saída do relatório da ONU pode desencadear pedidos de justiça instantânea que os tribunais de Dili estão mal equipados para dar.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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