quarta-feira, setembro 13, 2006

Notícias - Traduzidas pela Margarida

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The Australian

Enviado Australiano expulso pelos das Ilhas Salomão

Patrick Walters, editor de segurança nacional
Setembro 13, 2006

As relações da Austrália com as Ilhas Salomão mergulharam em crise depois do Alto Comissário Patrick Cole ser declarado persona non grata pelo Governo Sogavare.
O Primeiro-Ministro Manasseh Sogavare das Ilhas Salomão telefonou a John Howard na Segunda-feira de manhã para lhe dizer que Mr Cole não era mais bem-vindo em Honiara.

O Governo Sogavare tem andado descontente com o que considera a interferência Australiana nos assuntos internos do país, incluindo o criticismo de Canberra sobre uma comissão recentemente criada encarregada de investigar os motins de Abril que afundaram Honiara.

A Austrália expressou preocupações sobre os termos de referência do inquérito, que credita podiam prejudicar a independência do poder judiciário.

Mr Howard respondeu com dureza, dizendo a Mr Sogavare que tinha confiança absoluta em Mr Cole. Mr Cole permaneceu em Honiara a noite passada mas espera-se que regresse a Canberra esta semana.

"O Primeiro-Ministro das Ilhas Salomão telefonou ontem ao nosso Primeiro-Ministro para lhe dizer que estava a planear, para usar linguagem diplomática, declarar Patrick Cole persona non grata, para o expulsar das Ilhas Salomão," disse o Ministro dos Estrangeiros Alexander Downer à ABC radio a noite passada.

"Ele acredita que Patrick Cole tem conversado em demasia com a oposição e que aparentemente está a expressar oposição a esta comissão de inquérito."

O Vice-secretário Departamento dos Negócios Estrangeiros e Comércio David Ritchie voou ontem para Honiara e pode discutir o destino de Mr Cole com Mr Sogavare hoje. A missão principal de Mr Ritchie é expressar a preocupação de Canberra sobre os termos de referência da comissão dos motins, que é presidida pelo preparado para o combate antigo juiz do Tribunal Federal Australiano Marcus Einfeld.

Logo depois da sua eleição em Maio o Governo Howard irritou Mr Sogavare ao criticar a sua decisão de incluir dois deputados presoss, Charles Dausabea e Nelson Ne'e, na equipa do seu gabinete.

Mr Dausabea foi nomeado ministro da polícia, enquanto Mr Ne'e foi nomeado ministro do turismo mas os dois homens mantém-se na prisão.

Fontes diplomáticas de topo disseram ontem à noite que a decisão de expulsar o enviado da Austrália em Honiara pode complicar a gestão da Missão de Assistência Regional liderada pelos Australianos para as Ilhas Salomão.

"Isto é totalmente sem razão. Não é o acto de um vizinho amistoso," disse uma fonte de topo do governo.

A disputa do Governo de Sogavare com Canberra focou-se únicamente em Mr Cole e até agora ainda não afectou os Australianos ao lema da RAMSI, incluindo o seu co-ordenador, James Batley.

A Austrália dedicou $800 milhões à RAMSI desde Julho de 2003 e liderou esforços internacionais para responder a sérios desafios à lei e ordem e revitalizar a economia das Ilhas Salomão.

O porta-voz da Oposição para os assuntos das ilhas do Pacifico, Bob Sercombe, disse que era alarmante que apesar do enorme elevado investimento da Austrália nas Ilhas Salomão a relação entre os dois países permanecesse tão frágil.

Mr Cole tem sido Alto Comissário em Honiara desde Dezembro de 2003. Um diplomata de carreira, trabalhou anteriormente como especialista de assuntos do Pacifico no departamento do Primeiro-Ministro e ocupou posições anteriormente em Rangum, Estocolmo e Geneva.



A violência lança medo de segurança no Hospital de Dili
News.com.au

Dos correspondentes em Dili
Setembro 12, 2006 05:22pm

Apesar da presença de tropas e polícias Australianas na capital, o director do Hospital de Dili disse que estava a considerar a sua evacuação pou causa da deterioração da segurança.

“Lamento que o acesso de doentes tenha sido impedido por três meses desde que as tropas Australiana retiraram,” disse António Caleres.

“Há violência étnica entre refugiados – entre ambos os acampados no terreno do hospital e no exterior.

“As grávidas não conseguem entrar para dar à luz, as pessoas têm medo de entrar, e as janelas de quatro enfermarias foram partidas por pedras,” disse o Sr Caleres.

Diz que os continuados pedidos do hospital para segurança a tempo inteiro por forças internacional foram rejeitados, uma queixa apoiada pelo gabinete do Presidente Xanana Gusmão.

O Hospital de Dili hospital, locatlizado num subúrbio onde há luta étnica, tem agora 3500 deslocados nos seus terrenos – alguns segundo relatos armados com arcos e flechas e fundas e que regularmente usam pedras como armas.

O Sr Caleres diz que o Ministro da Saúde Rui Araújo estava agora a considerar mover os seus 260 doentes para um antigo hospital Português em Lahane, por detrás de Dili, mas provavelmente não haverá camas suficientes.

Contudo o Major Graeme Henley, da Joint Task Force (JTF) liderada pelos Australianos, disse que não havia problemas em curso com a segurança do Hospital de Dili.

Disse que o próprio Sr Caleres tinha declarado que a segurança era satisfatória.

“Há constantes patrulhas armadas por lá da JTF bem como da polícia, e numa reunião recente o director disse que está satisfeito com o nível da segurança providenciado,” disse o Major Henley.

Mais de 900 soldados Australianos e 180 oficiais da Polícia Federal Australiana permanecem em Dili desde o despertar da violência étnica que começou em Abril.

A crise do hospital corresponde à crise de insegurança em Dili quando os pontos de vista políticos endurecem por detrás do amotinado fugitivo Major Alfredo Reinado num lado e o partido no poder, a Fretilin e as forças armadas no outro lado.

Apesar dos jornais diários hoje relatarem que algumas pessoas falavam de evacuar Dili, entre rumores de “guerra”, o director local da Internacional Organisation for Migration (IOM) disse que os gestores do campo de deslocados não tinham registado movimentos significativos para fora da capital.

Luiz Vieira diz que a situação de segurança é “um saco confuso, realmente”.

“Não tem havido deterioração desde alguns incidentes sérios no fim-de-semana, quando Obrigado Barracks (o complexo da ONU) foi atacado.

“Há mesmo indicações que alguns deslocados estão a regressar às suas casas em Dili.”



Imaginem se não fosse uma prioridade...
Blooberg.com

A captura do líder amotinado de Timor-Leste é uma Prioridade, diz a Austrália
Por Ed Johnson

Set. 12 (Bloomberg) – A caça pelo líder amotinado de Timor-Leste Major Alfredo Reinado, cuja fuga da prisão ameaça desestabilizar a nação da Ásia do Sudeste, permanecef uma “prioridade crucial,'' disse o governo Australiano.

Reinado, cujos milícias amotinados recusaram entregar as suas armas depois do governo de Timor-Leste ter despedido cerca de um terço das forças armadas do país em Março, tem-se esquivado da caça ao homem (feita) pelos polícias da ONU e das tropas internacionais, desde que fugiu da prisão na capital, Dili, em 31 de Agosto.

O tereno montanhoso do país tem embaraçado a busca, disseram numa declaração os Ministros Australianos dos Estrangeiros Alexander Downer e da Justiça Chris Ellison. Disseram que não têm fundamento os relatos dos media de que as tropas desistiram da caça.

A Austrália lidera uma força internacional, que foi destacada para Timor-Leste em Maio depois do colapso das forças de segurança do país. A fuga de Reinado, combinada com armas militares nas mãos de gangs criminosos, criam um clima político volátil na antiga colónia Portuguesa quando se prepara para eleições em 2007, disse Downer em 5 de Setembro.

O jornal The Australian disse que entrevistou o Reinado numa localização secreta a quatro horas de viagem sobre a principal montanha de Timor-Leste. Reinado, um antigo comandante da polícia militar treinado pelos Australianos, disse que não tinha intenção de lançar uma guerra de guerrilha e que fugiu da prisão porque o sistema judicial do país é disfuncional, relatou o jornal.



O Primeiro-Ministro arranja financiamento para ajudar a restaurar a iluminação pública em Dili
ReliefWeb
Fonte: Governo de Timor-Leste
Data: 11 Set 2006

As ruas de Dili – às escuras desde 1999-2000 – podem ver a iluminação pública restaurada tão cedo quanto no Ano Novo, no seguimento da viagem do Primeiro-Ministro José Ramos-Horta à Noruega.

“Acho incompreensível que o povo de Dili não tenha tido iluminação pública desde 1999-2000,” disse hoje o Primeiro-Ministro. “Logo que fui nomeado pedi para ter este problema tratado.

“No seguimento de conversas extensivas com o Governo em Oslo, tenho o prazer de anunciar que temos alguns acordos com a Noruega para fornecer financiamento para assistir Timor-Leste neste projecto importante. Certamente, (que) o restauro da iluminação pública depende de haver energia suficiente e a procura de energia em Dili aumentou recentemente.

“O plano geral para reabilitar a infra-estrutura de energia da cidade está em bom caminho e o restauro da iluminação pública na cidade é uma parte importante desse plano.

“A iluminação pública fará de Dili um lugar mais seguro e encorajará os negócios e as pessoas para trabalharem mais tarde pela noite, se quiserem.”

O Primeiro-Ministro e o Ministro Bano avançaram também com uma proposta de procurar $4.5 milhões da Noruega para ajudar a financiar o plano Simu Malu que tem o propósito de encorajar pessoas dos campos de deslocados a regressarem às suas casas.

“A Noruega comprometeu-se a ajudar-nos a financiar e a implementar o programa Simu Malu que tem o objectivo de preparar o caminho de regresso às suas casas das pessoas que vivem em campos de deslocados,” disse o Dr Ramos-Horta.

“Não é uma tarefa simples e deve ser realizado com compaixão e atenção e é isto de que trata o Simu Malu.”

[Só em Dili há 56 campos de deslocados que abrigam umas estimadas 60,000 pessoas e mais dezenas de milhares fugiram para os distritos. Simu Malu é um termo Tétun que significa “aceitação mútua”.]

O Dr Ramos-Horta foi acompanhado na viagem pelo Ministro do Trabalho e Reinserção Comunitária, Arsenio Bano; o director executivo da Autoridade Designada para o Mar de Timor, José Lobato; e Licinio Branco, um funcionário dos Assuntos Estrangeiros.

Durante a viagem o Dr Ramos-Horta teve reuniões com o Primeiro-Ministro Norueguês Mr Jens Stoltenberg; o Ministro Norueguês dos Assuntos Estrangeiros Mr Jonas Gahr Store; o Ministro Norueguês do Desenvolvimento Internacional Mr Erik Solheim; e outros Membros do Parlamento da Noruega.

O Dr Ramos-Horta também participou no encontro bi-annal do Peace Corps Norueguês onde estiveram centenas de delegados de todo o mundo, incluindo dois outros laureados do Prémio Nobel da Paz – Wangari Maathai, uma activista do Quénia que fundou um movimento em toda a África que dá poderes às mulheres, confrontou funcionários corruptos e plantou milhões de árvores em zonas florestais devastadas; e Rigoberta Menchu Tum da Guatemala, em reconhecimento do seu trabalho (em prol) da justiça social.

“Propus que a Laureada do Prémio Nobel da Paz Mrs Maathai e Timor-Leste cooperarão num programa de reflorestação para Timor-Leste, a que Mrs Maathai respondeu com entusiasmo,” disse o Dr Ramos-Horta.

“A Noruega pelo menos financiará parte de tal projecto.”



A ONU fracassou nos fugitivos da prisão de Dili
The Australian
Mark Dodd
Setembro 13, 2006

A ONU admitiu que falhou na captura de qualquer dos 56 presos que fugiram em Dili há duas semanas com o amotinado treinado pelos Australianos Alfredo Reinado.
O Comissário da Polícia da ONU em Timor-Leste, Antero Lopes, disse que acredita-se que amigos e familiares estão a ajudar os fugitivos, que incluem nove criminosos graves.

"É uma mistura de indivíduos, alguns dos quais cometeram crimes sérios, apesar de a maioria não o ter feito," disse o Sr Lopes.

"Até agora, não houve notícias de terem perpetrado actos de violência contra a população."

O Sr Lopes disse que nenhum fugitivo tinha sido recapturado desde a fuga em 30 de Agosto e receava-se que tivessem fugido de Dili, com muitos a esconderem-se no mato remoto.

Uma lista dos fugitivos, obtida pelo The Australian, mostra que pelo menos nove assassinos condenados estavam entre os fugitivos, que também incluem incendiários e dois violadores.

O Sr Lopes disse que a chegada de adicionais polícias da ONU permitirá uma mais alargada, mais intensiva buscas em áreas rurais.

A polícia queixa-se que lhe faltam recursos para caçar o Major Reinado, apesar da entrevista do The Australian com o amotinado num esconderijo no último fim-de-semana.

O porta-voz dos assuntos estrangeiros do Labor Kevin Rudd disse que se The Australian conseguiu encontrar o homem mais procurado de Timor-Leste, então "o balde pára com John Howard para dar aos homens e mulheres no terreno em Timor-Leste mais recursos para fazerem o trabalho que foram enviados para lá fazerem ".

Mr Rudd urgiu ao Ministro dos Estrangeiros Alexander Downer para reconsiderar o plano de redução da presença militar na Austrália antes das próximas eleições Timorenses, previstas em Maio.

"A fuga e evasão das forças de segurança do Major Reinado em Timor-Leste dá ênfase ao facto de a segurança não estar sob controlo," disse Mr Rudd.

Mr Downer e o Ministro da Justiça Chris Ellison disseram que era importante ser-se realista sobre a busca.

"O terreno montanhoso de Timor-Leste embaraça as operações," disseram os ministros numa declaração conjunta.

"Enquanto foi feito um progresso significativo na redução do acesso das armas na comunidade, umas tantas não foram entregues.

"E as tensões entre alguns grupos dentro da sociedade de Timor-Leste permanece alta.

"As autoridades Australianas têm a intenção de geris a operação para minimizar o risco de um confronto violento."

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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