domingo, agosto 20, 2006

Divergências sobre militares obrigam ONU a adiar votação

DN
19.08.06


Armando Rafael

Divergências sobre a componente militar da força que a ONU vai enviar para Timor-Leste obrigaram ontem o Conselho de Segurança a adiar a votação sobre as recomendações do secretário-geral por uma semana.

Em causa está a recomendação de Kofi Annan que aponta para o envio de 350 militares, proposta contestada pelos Estados Unidos, Reino Unido e Japão, que apostam na continuidade do contingente australiano, sublinhando não haver necessidade de mais tropas no terreno. Sobretudo quando Camberra se opõe ao envio de mais militares para território timorense, onde o seu dispositivo ronda, neste momento, os 3000 efectivos.

Isto pressupõe, em termos práticos, que a Austrália poderia reduzir o seu contingente de forma substancial, como é, aliás, intenção de Camberra, e ainda assim preencher os requisitos de segurança exigidos pela ONU. Com a vantagem de que as Nações Unidas ficariam isentas de despesas, argumento a que os EUA são sensíveis, mas que não parecem ter convencido, no entanto, a maioria dos 15 membros do Conselho de Segurança. Estes concordam com a recomendação do secretário-geral, para quem a nova missão da organização em território timorense deve abranger uma componente militar que apoie o contingente formado por 1608 polícias.

Esta posição é subscrita por Portugal e pela Malásia, dois dos quatro Estados que, a par da Austrália e da Nova Zelândia, responderam ao apelo de Díli, enviando para Timor--Leste forças militares e policiais que ajudaram a pôr termo à crise que se vivia no país.

Só que, a avaliar pelo teor do debate que decorreu em Nova Iorque, é de admitir que a formação e a restruturação da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), que nos termos da recomendação de Kofi Annan deveria caber à ONU, possa estar também a dar origem a novas divergências. Quanto mais não seja porque a Austrália entende que essa tarefa devia ser atribuída a um único Estado, tese que é também apoiada pela Nova Zelândia.


.

1 comentário:

Anónimo disse...

Aussie let my country.....
go back...and let the other to bring peace for us..,,,,don't divided us with your ambicious for our Oil....

Go back,..
goo bacckkkk.....
get out here......
getttt outttt....hereeeeeeeeee......AUSSIE!!!


LET MY COUNTRY IN PEACE!!!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.