terça-feira, agosto 15, 2006

Comandante: Polícia internacional em Timor-Leste é neutra

Tradução da Margarida.

14 Agosto 2006 09:43:40 GMT
Fonte: Reuters

Por Jerry Norton

DILI, Agosto 14 (Reuters) – Uma força internacional de cerca de 600 polícias de quatro países no Timor-Leste com problemas está fora das políticas da pequena jovem nação, disse o seu comandante na Segunda-feira.

A polícia começou a chegar a Timor-Leste no fim de Maio depois de semanas de violência que deixaram mais de 20 pessoas mortas e viu alargadas pilhagens e fogos postos que continuaram por Junho, até que a polícia estrangeira e uma força internacional militar trouxe um mínimo de ordem.

Steve Lancaster, chefe das unidades de Portugal, Malásia, Nova Zelândia e da sua própria Austrália, disse aos repórteres que estava "preocupado com alguns rumores que a polícia internacional tomava partido, apoiando uns grupos contra outros ".

(NOTA: Steve Lancaster é apenas o chefe da força policial australiana e neo-zelandesa. Cada país tem o seu comando.)

"Somos uma força de polícia independente e actuamos imparcialmente," disse, sem nos envolvermos nas questões regionais de leste-oeste na raiz de muita da violência em Timor-Leste, que se tornou uma nação completamente independente em 2002.

Alguns dos rumores sugerem que a polícia de Portugal, o colonizador do país até 1975, favorece os da região leste sobre os do oeste.

A última área é vista por alguns como favorável à Indonésia, o vizinho de Timor-Leste que o ocupou em 1975. O seu controlo apertado acabou num voto pela independência em 1999 marcado por um banho de sangue atribuído principalmente às milícias pró-Indonésias apoiadas por elementos dos militares Indonésios.

Lancaster, contudo, disse que os rumores eram mais alargados.

"Não são só os Portugueses."

"Tem havido algumas acusações também relacionadas com as forças internacionais em geral ", com acções contra um grupo particular ou outro interpretadas como tomar partido, Lancaster disse.

De facto, "se as pessoas são apanhadas a continuarem a causar problemas, a brigar ou com armas perigosas, venham donde vierem ou sejam quem forem, serão capturadas e enfrentarão processos," disse.

Disse que a polícia internacional tinha prendido cerca de 220 pessoas desde que chegou, e teve um impacto significativo.

"...lembre-se sempre de há 11 semanas atrás e compare com agora e a diferença é bastante notável."

Relatos de confrontos esporádicos e fogos postos em Timor-Leste continuam, contudo, e mais de 100,000 Timorenses permanecem em campos em vez de regressarem a casa onde receiam pela sua segurança.

A própria polícia de Timor-Leste tem estado afastada das ruas devido ao envolvimento de alguns nas lutas. Lancaster disse que estava quase acordado um plano que dentro de pouco os levaria à acção outra vez, mas somente depois de escrutínio e inicialmente sem armas e trabalhando em conjunto com as forças internacionais.

As forças internacionais policiais e militares e o governo de Timor-Leste estavam também a tentar aumentar a visibilidade e a resposta em áreas problemáticas para ajudar as pessoas a sentirem-se suficientemente seguras para saírem dos campos de deslocados, disse Lancaster.

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Traduções

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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