quinta-feira, setembro 25, 2008

SITUAÇÃO DETERIOROU-SE EM 2007/8, "CAIU" 22 LUGARES

Lisboa, 23 Set (Lusa) - A maioria dos países lusófonos, à excepção de
Cabo Verde, piorou a sua classificação no índice global de corrupção,
divulgado hoje pela Transparency International, que analisa os níveis
do fenómeno em 180 países.

A lista, divulgada anualmente, estima o grau de corrupção do sector
público percepcionada pelos empresários e analistas dos respectivos
países, e está organizada do menos corrupto (1º lugar) para o mais
corrupto (180º), a que corresponde uma escala de 10 pontos (livre de
corrupção) a zero pontos (muito corrupto).

Timor-Leste conta-se entre os países onde, segundo a Transparency
International, a situação se deteriorou "significativamente" entre
2007 e 2008, tendo registado a pior queda com uma descida de 22
lugares.

O país, que há um ano ocupava a 123ª posição com 2,6 pontos, caiu este
ano para o 145º lugar com 2,2 pontos, ao mesmo nível do Cazaquistão e
com uma prestação ligeiramente acima de países como o Bangladesh,
Quénia ou Rússia.

Portugal ocupa este ano a 32ª posição com 6,1 pontos, tendo perdido
quatro posições e 0,4 pontos em relação ao índice de 2007.

Dos restantes lusófonos, Cabo Verde subiu dois lugares no índice,
passando da 49ª para a 47ª posição, com 5,1 pontos, posição que
partilha com a Costa Rica, Hungria, Jordânia e Malásia.

A Cabo Verde segue-se o Brasil entre os estados lusófonos melhor
classificados, no entanto a 80ª posição conseguida em 2008 revela uma
queda de oito posições em relação ao ano anterior, mantendo contudo o
mesmo número de pontos que em 2007 (3,5).

Burkina Faso, Marrocos, Arábia Saudita e Tailândia partilham a posição
com o Brasil.

A descida menos significativa foi a de São Tomé e Príncipe, que passou
do 118º para o 123º lugar, mantendo o mesmo número de pontos (2,7) e
partilhando a posição com países como o Nepal, Togo, Nigéria ou
Vietname.

Moçambique caiu 15 posições na lista e perdeu 0,2 pontos, ocupando
agora o 126º lugar, enquanto Angola e Guiné-Bissau perderam 11
lugares, uma queda que se registou igualmente na pontuação dos dois
países, que passou de 2,2 para 1,9 pontos.

Angola e Guiné-Bissau ocupam agora a posição 158 juntamente com com
Azerbaijão, Burundi, Gâmbia, Congo, Serra Leoa e Venezuela.

Macau, Região Administrativa Especial da China, é citado pelo segundo
ano consecutivo como tendo registado um "agravamento dos níveis
percebidos de corrupção", tendo passado do 34º para o 43º lugar e de
5,7 para 5,4 pontos.

Analisando a totalidade dos 180 países, a Dinamarca, Nova Zelândia e
Suécia dividem o primeiro lugar como uma pontuação de 9,3 pontos,
seguidos de Singapura como 9,2 pontos.

Na ponta oposta da tabela, está a Somália com 1,0 pontos, precedida do
Iraque e Myanmar com 1,3 pontos e do Haiti com 1,4 pontos.

Durante a apresentação do índice de 2008, em Berlim, Huguette Labelle,
que preside à Transparency International, destacou os aumentos
contínuos dos níveis de corrupção nos países pobres e os constantes
escândalos corporativos nos países ricos.

"Os aumentos contínuos nos níveis de corrupção e pobreza, que
assombram muitas das sociedades do mundo, caminham para um desastre
humanitário e não podem ser tolerados. Porém, até mesmo nos países
mais privilegiados, onde as sanções são aplicadas de forma
perturbadoramente desiguais, o combate à corrupção precisa ser
enrijecido", defendeu.

Sem comentários:

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.