NST online
2008/03/21
By : John Teo
In his book 'The Pebble in the Shoe: The Diplomatic Struggle for East Timor', Ali Alatas, Indonesia's former foreign minister and ambassador to the United Nations, traces events from the Indonesian invasion in 1975 to the army’s exit in September 1999, and the transfer of control to a UN peacekeeping force.
THERE just does not seem to be any end in sight to the troubles besetting our region's newest country, Timor Leste, now convulsed in the grim aftermath of the armed attacks on its top two leaders.
The country appears to be its own worst enemy, and that storyline is pretty much unchanged in more than three decades of its recent violent history.
A refreshing non-Western perspective of the long and bloody struggle for an independent Timor Leste is now given by someone with a ringside seat in managing that tragedy throughout: Ali Alatas, Indonesia's ambassador to the United Nations in Geneva, then New York and later foreign minister till 1999.
The Pebble in the Shoe: The Diplomatic Struggle for East Timor recounts Alatas' dogged, almost heroic struggle to come to an equitable solution that satisfied, on the one hand, Timor Leste's disparate population (divided between those who would settle for nothing short of independence and those supporting integration with Indonesia) and, on the other hand, an Indonesia that felt it had invested too much in lives and treasure in a problem it never wanted, and, on the third hand, a Portugal perhaps racked more by guilt over its centuries of neglect of its former colony than real concern for the ultimate fate of Timor Leste.
Serious armed revolt broke out in then Portuguese Timor in 1975 just as Portugal itself was embroiled in revolution and a chastened United States was winding down its ill-fated intervention in Indochina. It must have felt like a good-neighbourly act when Indonesian president Suharto moved in to quell the serious fighting by leftist Fretilin forces threatening anarchy just two days after US president Gerald Ford and his secretary of state Dr Henry Kissinger left Jakarta.
As two of the world's largest anti-communist countries then, both the United States and Indonesia must have agreed that a surgical operation against the Timorese rebels would be a nifty solution to an unavoidable and pesky little local problem.
Nobody ever envisioned what only now becomes apparent: that the Timorese are perhaps impossible to pacify. The Indonesians could claim some success in bringing about improvements in the dire economic, social and physical condition of the Timorese population. But much good work was negated by an unending series of bloody atrocities in a debilitating guerilla war.
On the diplomatic front, Indonesia launched an epic campaign through the tenures of four successive UN secretaries-general, tortuous negotiations and countless agreements that managed to progressively whittle down support for an annual UN vote on the Timor question.
Having worn down the intransigence of Portugal through fine diplomatic footwork, Alatas was finally on the cusp of an overall settlement of the Timor problem on Indonesia's own terms when the economic crisis of 1997 hit, and with it political tumult that saw Suharto resigning and B.J. Habibie becoming president.
Alatas, retained as foreign minister by Habibie, saw a promising opening to push for real political autonomy as part of the comprehensive package to settle the Timor diplomatic logjam once and for all.
Unfortunately, by then, an inexperienced president no longer regarded the cautious Alatas as the indispensable arbiter for Indonesia on the Timor problem. An ill-timed if well-meaning letter from Australian prime minister John Howard provoked an Indonesian sense of betrayal and only exacerbated Alatas' difficulties.
What Alatas regarded as an attainable final solution leaving East Timor as part of Indonesia was to be pushed further beyond reach by Habibie's sometimes inexplicable missteps. Another bloody new chapter in the history of East Timor was set to be written; one that would seal the short-lived presidency of Habibie and end in the birth of Asia's newest nation in 2002.
There is a sobering lesson here: Timor Leste is but a tiny territory that occupied an oversized space in international consciousness extending several decades, but what difference did all the attention make to the lives of ordinary people there? Timor Leste may be a damning indictment of Indonesian diplomacy, but it is also - perhaps even more shamefully - an indictment of the international community working through the UN.
Tradução:
Timor Leste é o seu pior inimigo?
NST online
2008/03/21
Por : John Teo
No seu livro 'A pedra no sapato: a luta diplomática por Timor-Leste', Ali Alatas, antigo ministro dos estrangeiros da Indonésia e embaixador nas Nações Unidas, traça eventos desde a invasão pelos Indonésios em 1975 até à saída dos militares em Setembro de 1999, e a transferência do controlo para uma força de capacetes azuis da ONU.
Parece não haver fim à vista para os problemas que afligem constantemente o mais novo país da nossa região, Timor-Leste, agora chocado com as consequências amargas dos ataques armados aos dois líderes de topo.
O país parece ser o seu próprio pior inimigo, e a linha dessa história praticamente não mudou em mais de três décadas da sua recente história violenta.
Uma perspectiva não-Ocidental refrescante da luta longa e sangrenta por um Timor- Leste independente é dada agora por alguém dum lugar próximo do ringue na gestão durante toda essa tragédia: Ali Alatas, Embaixador da Indonésia nas Nações Unidas em Geneve, depois em Nova Iorque e mais tarde ministro dos estrangeiros até 1999.
A pedra no sapato: a luta diplomática por Timor-Leste conta a luta teimosa, quase heróica de Alatas para chegar a uma solução justa que satisfizesse, por um lado, a variada população de Timor-Leste (dividida entre os que apenas aceitariam a independência e os que apoiavam a integração com a Indonésia) e por outro lado, uma Indonésia que sentia que tinha investido demasiado em vidas e dinheiro num problema que nunca quis e, num terceiro lado, um Portugal talvez mais movido por sentimentos de culpa por séculos de negligência da sua antiga colónia do que por real preocupação pelo destino final de Timor-Leste.
Em 1975 rebentou uma revolta armada séria na então colónia Portuguesa exactamente quando o próprio Portugal estava mergulhado numa revolução e uns Estados Unidos castigados estavam a engolir a sua falhada intervenção na Indochina. Deve ter parecido como uma acção de boa vizinhança quando o presidente Indonésio Suharto entrou para acalmar uma luta séria entre as forças esquerdistas da Fretilin que ameaçavam anarquia dois dias apenas depois do presidente dos USA Gerald Ford e do seu secretário de Estado Dr Henry Kissinger deixarem Jacarta.
Sendo então dois dos maiores países anti-comunistas do mundo, ambos os Estados Unidos e a Indonésia devem tar concordado que uma operação cirúrgica contra os rebeldes Timorenses seria uma solução atraente para um inevitável e importuno pequeno problema local.
Nunca ninguém sequer imaginou o que apenas agora se tornou aparente: que os Timorenses são impossíveis de pacificar. Os Indonésios podem reinvindicar alguns sucessos em levar algumas melhorias às miseráveis condições económicas, sociais e físicas da população Timorense. Mas muito bom trabalho foi anulado por uma série sem fim de atrocidades sangrentas numa debilitante guerra de guerrilha.
Na frente diplomática, a Indonésia lançou uma campanha épica através dos mandatos de quatro sucessivos secretários-gerais da ONU, negociações tortuosas e um número sem fim de acordos que acabaram por progressivamente reduzir o apoio numa votação anual na ONU à causa de Timor.
Tendo desgastado a intransigência de Portugal através de óptimo trabalho diplomático, Alatas estava finalmente na ponta dum acordo geral do problema de Timor conforme os próprios termos da Indonésia quando a crise económica de 1997 atingiu, e com ela um tumulto político que levou à resignação de Suharto e a subida de B.J. Habibie a presidente.
Alatas, retido como ministro dos estrangeiros por Habibie, viu uma abertura prometedora para empurrar para uma real autonomia política como parte dum pacote geral para arrumar o puzzle diplomático de Timor uma vez por todas.
Infelizmente, nessa altura, um presidente sem experiência já não mais olhava o cauteloso Alatas como o árbitro indispensável para a Indonésia para o problema de Timor. Uma carta enviada em má altura , mesmo se bem-intencionada, pelo primeiro-ministro Australiano John Howard provocou um sentimento de traição e apenas exacerbou as dificuldades de Alatas.
O que Alatas via como solução final, deixar Timor-Leste como parte da Indonésia foi empurrado para trás pelos por vezes inexplicáveis maus passos de Habibie. Um outro novo capítulo na história sangrenta de Timor-Leste estava prestes a ser escrito; um que selaria a curta presidência de Habibie e que acabaria no nascimento da mais nova nação da Ásia em 2002.
Há nisto uma lição moderada: Timor-Leste não passa dum pequeno território que ocupou um espaço exagerado na consciência internacional durante várias décadas, mas que diferença é que fez toda essa atenção nas vidas das pessoas comuns de lá? Timor-Leste pode ser uma acusação condenável da diplomacia da Indonésia, mas é também – talvez ainda mais vergonhosamente – uma acusação da comunidade internacional a trabalhar através da ONU.
sexta-feira, março 21, 2008
Timor Leste its own worst enemy?
Por Malai Azul 2 à(s) 18:29
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
5 comentários:
Tradução:
Timor Leste é o seu pior inimigo?
NST online
2008/03/21
Por : John Teo
No seu livro 'A pedra no sapato: a luta diplomática por Timor-Leste', Ali Alatas, antigo ministro dos estrangeiros da Indonésia e embaixador nas Nações Unidas, traça eventos desde a invasão pelos Indonésios em 1975 até à saída dos militares em Setembro de 1999, e a transferência do controlo para uma força de capacetes azuis da ONU.
Parece não haver fim à vista para os problemas que afligem constantemente o mais novo país da nossa região, Timor-Leste, agora chocado com as consequências amargas dos ataques armados aos dois líderes de topo.
O país parece ser o seu próprio pior inimigo, e a linha dessa história praticamente não mudou em mais de três décadas da sua recente história violenta.
Uma perspectiva não-Ocidental refrescante da luta longa e sangrenta por um Timor- Leste independente é dada agora por alguém dum lugar próximo do ringue na gestão durante toda essa tragédia: Ali Alatas, Embaixador da Indonésia nas Nações Unidas em Geneve, depois em Nova Iorque e mais tarde ministro dos estrangeiros até 1999.
A pedra no sapato: a luta diplomática por Timor-Leste conta a luta teimosa, quase heróica de Alatas para chegar a uma solução justa que satisfizesse, por um lado, a variada população de Timor-Leste (dividida entre os que apenas aceitariam a independência e os que apoiavam a integração com a Indonésia) e por outro lado, uma Indonésia que sentia que tinha investido demasiado em vidas e dinheiro num problema que nunca quis e, num terceiro lado, um Portugal talvez mais movido por sentimentos de culpa por séculos de negligência da sua antiga colónia do que por real preocupação pelo destino final de Timor-Leste.
Em 1975 rebentou uma revolta armada séria na então colónia Portuguesa exactamente quando o próprio Portugal estava mergulhado numa revolução e uns Estados Unidos castigados estavam a engolir a sua falhada intervenção na Indochina. Deve ter parecido como uma acção de boa vizinhança quando o presidente Indonésio Suharto entrou para acalmar uma luta séria entre as forças esquerdistas da Fretilin que ameaçavam anarquia dois dias apenas depois do presidente dos USA Gerald Ford e do seu secretário de Estado Dr Henry Kissinger deixarem Jacarta.
Sendo então dois dos maiores países anti-comunistas do mundo, ambos os Estados Unidos e a Indonésia devem tar concordado que uma operação cirúrgica contra os rebeldes Timorenses seria uma solução atraente para um inevitável e importuno pequeno problema local.
Nunca ninguém sequer imaginou o que apenas agora se tornou aparente: que os Timorenses são impossíveis de pacificar. Os Indonésios podem reinvindicar alguns sucessos em levar algumas melhorias às miseráveis condições económicas, sociais e físicas da população Timorense. Mas muito bom trabalho foi anulado por uma série sem fim de atrocidades sangrentas numa debilitante guerra de guerrilha.
Na frente diplomática, a Indonésia lançou uma campanha épica através dos mandatos de quatro sucessivos secretários-gerais da ONU, negociações tortuosas e um número sem fim de acordos que acabaram por progressivamente reduzir o apoio numa votação anual na ONU à causa de Timor.
Tendo desgastado a intransigência de Portugal através de óptimo trabalho diplomático, Alatas estava finalmente na ponta dum acordo geral do problema de Timor conforme os próprios termos da Indonésia quando a crise económica de 1997 atingiu, e com ela um tumulto político que levou à resignação de Suharto e a subida de B.J. Habibie a presidente.
Alatas, retido como ministro dos estrangeiros por Habibie, viu uma abertura prometedora para empurrar para uma real autonomia política como parte dum pacote geral para arrumar o puzzle diplomático de Timor uma vez por todas.
Infelizmente, nessa altura, um presidente sem experiência já não mais olhava o cauteloso Alatas como o árbitro indispensável para a Indonésia para o problema de Timor. Uma carta enviada em má altura , mesmo se bem-intencionada, pelo primeiro-ministro Australiano John Howard provocou um sentimento de traição e apenas exacerbou as dificuldades de Alatas.
O que Alatas via como solução final, deixar Timor-Leste como parte da Indonésia foi empurrado para trás pelos por vezes inexplicáveis maus passos de Habibie. Um outro novo capítulo na história sangrenta de Timor-Leste estava prestes a ser escrito; um que selaria a curta presidência de Habibie e que acabaria no nascimento da mais nova nação da Ásia em 2002.
Há nisto uma lição moderada: Timor-Leste não passa dum pequeno território que ocupou um espaço exagerado na consciência internacional durante várias décadas, mas que diferença é que fez toda essa atenção nas vidas das pessoas comuns de lá? Timor-Leste pode ser uma acusação condenável da diplomacia da Indonésia, mas é também – talvez ainda mais vergonhosamente – uma acusação da comunidade internacional a trabalhar através da ONU.
O que este autor descreve como "a surgical operation against the Timorese rebels" foi, na realidade, uma invasão de um país estrangeiro. Se nesse país existiam "rebeldes" ou não, isso não dizia respeito à Indonésia.
A "integração" de Timor-Leste na Indonésia só foi reconhecida por um país - A Austrália. E no entanto, Portugal é que é qualificado de "intransigente" neste artigo, que volta a desenterrar os mitos de que os timorenses são impossíveis de "pacificar" e que a Indonésia até trouxe "melhoramentos" económicos, sociais e físicos (!) aos timorenses. E mais não foi por causa das "intermináveis atrocidades" da "guerrilha".
Quanto à pacificação, não ouvi nunca nenhum timorense dizer que queria ser "pacificado" pela Indonésia. Mesmo que fosse impossível "pacificar" os timorenses, isso é um assunto que só a eles diz respeito.
Quanto aos "melhoramentos", onde estão eels? São as novas "urbanizações" de Comoro, sem saneamento básico e em cujas "ruas" não passa um carro dos bombeiros? O corte indiscriminado das acácias? A constituição de inúmeras empresas de generais indonésios que sugaram os recursos naturais de Timor durante 24 anos? As máquinas novinhas em folha da Moniz da Maia Serra & Fortunato roubadas? O "controlo de natalidade" que fez a população diminuir de 600.000, no último censo da administração portuguesa, para 500.000 no primeiro feito pelos indonésios? O antigo hospital de Dili e as melhores escolas de Timor transformadas em quartéis? O petróleo do Mar de Timor oferecido de mão beijada à Austrália? O aniquilamento cultural e etnológico do povo timorense? A "inovação" de se comer com a mão, em vez de usar talheres? O tabaco kretek?
Quanto às "intermináveis atrocidades", elas não foram da guerrilha, mas do Estado javanês, ao longo de 24 anos: Choques eléctricos nos órgãos genitais, decapitações, queimaduras de cigarro, arranque de unhas, violações, morte de bebés nas barrigas das mães, abertas à catanada, etc. Será que o Sr. Alatas se esqueceu de referir isso, ou tem alguma "pedra no sapato"?
Alatas não pode ter razão ...
Está nas mãos dos Timorenses, saliento o T em letra grande, demonstrar que não são os próprios o problema, mas parte activa e interessada em ultrapassar as suas divergências e construir um ambiente onde cresça e floresça um verdadeiro Estado.
Mas que são indomáveis, bem...lá isso é verdade, para além de uma filosofia de resolução das questões muito própria ... direi para um ocidental incompreensível.
Como exemplo é a ideia de Estado, com leis,regras e justiça verso a atitudes da tribo, do clã, da família ...quem conhece Timor Leste no duro sabe que é assim mesmo ... a mudança é por isso imprescindível, por isso todos esperamos, pelo desejado País da Esperança, que tarda, por uma mudança efectiva, atrevo-me a dizer, esperamos uma revolução das mentalidades e do comportamento.
A ONU tem-se empenhado e muitas ONGs, mas sinceramente é urgente que façam uma reflexão séria e um balanço da sua performance, verão quanto ineficaz é a sua organização e ineficiente a suas políticas, em nome de um mundo melhor, também é urgente que mudem as mentalidades e o modo de agir.
Quanto à geoestratégia da Austrália, não haja nenhuma ilusão, é também evidente que desde muito antes de 1975, em 1999 e agora prossegue a defesa dos seus interesses de defesa territorial e económica.
Distante, mas no coração um Portugal sentimentalão, neste mundo de interesses, mas mesmo o sentimento terá que ser claro, transparente e eficiente dentro de um quadro de desenvolvimento económico, educativo, militar como só os Portugueses, que respeitam os outros povos sabem fazer e bem mas só quando se organizam.
Portugal também terá que apreender com a difícil situação de Timor Leste e ajudar ao entendimento e à pacificação ... sem o paternalismo do passado, mas ao contrário deverão com o seu comportamento prespectivar e evidenciar uma visão de longo prazo.
Alatas não pode ter razão...
Malai X
The New Straits Times is a Malaysian government mouthpiece, what do you expect? In November 2003, the same John Teo said that he could "empathise [!]" with his Indonesian friend, who said that Indonesia "probably saved the abandoned territory from communist-inspired mayhem".
Empathise? I don't recall Malaysia ever having to invade a smaller neighbour - in fact, it happily expelled Singapore from its federation in 1965.
Thankfully, with the demise of Mahathir and the recent poor showing of UMNO at the recent election, another nail has been hammered in the coffin of so-called "Asian Values".
What Teo forgets to tell us is that Suharto refused to countenance any form of autonomy for East Timor, which Alatas said made his job far harder. And NGOs campaigning on East Timor made it harder still. It wasn't Portugal's intransigence that was to blame, but Indonesia's.
Alatas on E. Timor: RI Underestimated Power of NGOs
The Jakarta Post
Thursday, August 10, 2006
Alatas' Book Teaches RI Not to Repeat Timor Leste Tragedy
Abdul Khalik, The Jakarta Post, Jakarta
photo: In His Own Write: Former foreign minister Ali Alatas (left) autographs a copy of his memoirs Wednesday for the chairwoman of the Duta Bangsa Education Institute Mien R. Uno (center), while The Jakarta Post's Senior Editor Sabam Siagian looks on. Alatas launched The Pebble in the Shoe: The Diplomatic Struggle for East Timor at the National Archive building in Central Jakarta. (JP/R. Berto Wedhatama)
Ali Alatas learned how to navigate his way around the corridors of power as a highly respected diplomat, including serving as foreign minister in the Soeharto and Habibie administrations.
Those diplomatic skills were put to the test in the thorny problem of the then East Timor, with Alatas detailing his struggle in the aptly titled The Pebble in the Shoe -- The Diplomatic Struggle for East Timor.
It was officially launched at the National Archives building in West Jakarta on Wednesday, with remarks by noted journalist Aristides Katoppo, Indonesia's former permanent representative to the UN Nugroho Wisnumurti and former ambassador to Australia and director of The Jakarta Post Sabam Siagian.
Katoppo is also a representative of both Aksara Kurnia and United in Diversity that published the book.
Foreign Minister Hassan Wirayuda, prominent figures and several foreign ambassadors attended the Wednesday's launching ceremony.
Indonesia's former foreign minister "said the case of Timor Leste showed that Indonesia should never underestimate the power of non-governmental organizations when they united behind a particular cause. They could influence their respective governments, he added, and had showed that Timor Leste was not 'a mere pebble anymore but became something that burdened Indonesia.'"
Nugroho praised the factual strength of the 330-page book, with more new details than previous books on Timor Leste, including on why Indonesia decided to enter East Timor, the series of diplomatic meetings and negotiations between Indonesia, Portugal and the UN, and the how decision was made to give Timor Leste what a popular consultation that led to its independence from Indonesia and establishment as Timor Leste.
Sabam said the book was part of the effort to give a complete account of Timor Leste, with a vivid description of how the Foreign Ministry and then foreign minister were bypassed by Habibie and his advisers on the East Timor referendum.
Despite Alatas' assertion that the book was not intended to refute misrepresentations about Timor Leste in many previous books, he wrote in the foreword: " ... Here and there in my reading (of many other books) I have come across a few versions and details that do not correspond to what I believe actually transpired."
With almost all of the other East Timor works authored by foreign observers, Alatas believed it was time for a book based on the perspective of an Indonesian citizen intimately involved in the Timor Leste question for all of the 25 years of his experience.
Alatas said the Indonesian public needed to know what happened during Indonesia's struggle to retain Timor Leste, especially the closed-door negotiations from 1983 to 1999, to avoid false myths and accusations that it was a struggle between good -- meaning East Timor -- on the one side, and bad -- Indonesia -- on the other.
"It is to be hoped that valuable lesson will be learned and to be used to develop our nation," he told the audience.
Alatas underlined that the most important aspect that Indonesian political leaders can learn from Timor Leste for the future was how to treat areas vulnerable to secession, such as Papua and Nanggroe Aceh Darussalam.
He also said the case of Timor Leste showed that Indonesia should never underestimate the power of non-governmental organizations when they united behind a particular cause. They could influence their respective governments, he added, and had showed that Timor Leste was not "a mere pebble anymore but became something that burdened Indonesia".
Presidential spokesman Dino Patti Djalal, who was also an Alatas aide for Timor Leste, said the book taught many valuable lessons.
This included, he added, that Indonesia failed to win the hearts and minds of the Timor Leste people by simply pouring money into the province, and letting the military and intelligence play a greater role in the area.
Indonesia occupied the former Portuguese colony in 1975. In a UN-sponsored referendum in 1999, the people overwhelmingly voted for separation from Indonesia. In May 2002, it became an independent state.
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