quarta-feira, setembro 12, 2007

Timor-Leste: Portugal vai avaliar condições e papel da força da GNR no terreno - Amado

Lusa - 11 de Setembro de 2007, 14:30

Lisboa - O ministro dos Negócios Estrangeiros português afirmou hoje que Portugal vai avaliar as condições e o papel da GNR em Timor-Leste depois de o secretário-geral da ONU ter defendido a permanência da força internacional até Junho de 2008.

Em declarações à Agência Lusa, por telefone, a partir de Telavive, onde hoje terminou uma visita de dois dias a Israel e aos territórios palestinianos, Luís Amado afirmou que Portugal pretende "avaliar a missão, tendo em conta as condições no terreno", mas acrescentou que, "em princípio, é favorável" à posição manifestada pela ONU.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, defendeu segunda-feira, durante uma reunião do Conselho de Segurança para analisar a situação em Timor-Leste, que é necessária a continuação no território de quatro das cinco unidades da polícia da ONU "pelo menos até final do actual mandato", que termina a 30 de Junho de 2008.

Na reunião, o representante especial do secretário-geral da ONU em Timor-Leste, Atul Khare, apresentou o seu relatório, em que destaca que a segurança tem vindo a melhorar, mas realçando que a situação é ainda "volátil" e "sujeita a picos de violência".

O documento refere que apesar dos progressos, os incidentes que se sucederam ao anúncio do novo governo, a 06 de Agosto último, demonstram que as divisões políticas "ainda não foram ultrapassadas".

Numa declaração emitida após a reunião, o presidente do Conselho de Segurança, Jean-Maurice Ripert, disse que o povo de Timor-Leste merece crédito por "ter demonstrado o seu empenho pela paz e democracia", ao realizar as recentes eleições legislativas.

Ripert avisou, no entanto, que todos os partidos e seus apoiantes devem evitar a violência e trabalhar por meios pacíficos e "dentro dos parâmetros das instituições democráticas" para garantir a segurança no país.

Instado pela Lusa a comentar o relatório da ONU, o chefe da diplomacia portuguesa disse que ainda não analisou o documento, bem como as recomendações do secretário-geral.

Portugal tem em Timor-Leste um contingente de 220 soldados do Sub-agrupamento Bravo da GNR, que faz parte da Missão Integrada das Nações Unidas (UNMIT) em Timor-Leste.

VM-Lusa/Fim

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"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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