Lusa – 30 de Agosto de 2007 - 15:30
Díli - O ministro dos Negócios Estrangeiros australiano, Alexander Downer, afirmou hoje em Díli que o seu país "não é parte de nenhuma conspiração contra o povo timorense" e que a Austrália "apenas pretende estabilidade e prosperidade para os países vizinhos".
"A Austrália já tem sete milhões de quilómetros quadrados" de território, afirmou Alexander Downer.
"Não sei quão grande é Portugal, mas nós não procuramos acrescentar 15 mil quilómetros quadrados ao nosso território", acrescentou o chefe da diplomacia australiana.
Sobre o futuro das Forças Armadas timorenses, Alexander Downer afirmou que "deve ser dado um passo de cada vez". "No ano passado houve um grande retrocesso que obriga à reestruturação e reconstrução das forças", explicou o ministro.
"Não tenho ambições do que pode acontecer dentro de uma década ou duas. Não deve ser essa a preocupação, deve ser antes a de garantir que as forças são funcionais de novo", declarou Alexander Downer, que em Junho criticou duramente um documento indicativo sobre o futuro das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste.
"Com os países vizinhos, queremos que atinjam duas coisas: estabilidade e prosperidade", sublinhou Alexander Downer.
"Timor-Leste, com um dólar de rendimento per capita por dia, tem um longo caminho pela frente", notou o governante australiano numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente da República, José Ramos-Horta.
"Não é uma questão para nós quem ocupa o poder em Timor", respondeu Alexander Downer a uma questão da Agência Lusa sobre a perspectiva de uma relação menos turbulenta entre Camberra e Díli.
"Lidámos com a Fretilin durante cinco anos, com um governo que era algo híbrido, com o actual Presidente da República a ministro dos Negócios Estrangeiros", recordou Alexander Downer.
"Fizemos algumas coisas importantes com a Fretilin: concluímos uma negociação muito difícil sobre o petróleo e gás natural no Mar de Timor, um acordo que foi finalmente ratificado em Fevereiro deste ano", acrescentou o ministro australiano.
"Conseguimos ajudar Timor-Leste de forma muito substancial em períodos difíceis, como no ano passado, e por isso penso que conseguimos trabalhar bastante bem com a Fretilin", insistiu Alexander Downer. "Espero que trabalhemos bem igualmente com o novo governo", disse.
Alexander Downer anunciou um pacote reforçado de assistência a Timor-Leste no valor de 214 milhões de dólares (157 milhões de euros) nos próximos quatro anos.
"Estamos empenhados em manter as Forças de Estabilização Internacionais (ISF) em Timor-Leste, não segundo um critério temporal mas, em primeiro lugar, na condição de o governo e o povo timorenses quererem que nós continuemos cá", adiantou o chefe da diplomacia australiana sobre a manutenção do contingente de cerca de 1300 soldados australianos.
"Se não quiserem as ISF aqui, não se fala mais nisso", sublinhou, acrescentando que "se Timor-Leste quiser manter as ISF, então o tamanho do contingente e o prognóstico da retirada terá em conta a convicção de que a situação é estável e continuará estável". "Isto, a propósito, é uma avaliação bastante difícil de fazer", assinalou o ministro australiano, adiantando que "será feita no momento adequado".
Alexander Downer considerou que a situação de segurança "no seu todo não é muito má".
Sobre a captura do major fugitivo Alfredo Reinado, Alexander Downer não respondeu directamente se a operação das ISF continua ou não, mas afirmou que "as ISF seguem as decisões do governo timorense".
"Sabemos que as autoridades timorenses estão envolvidas num processo negocial com Reinado e obviamente respeitamos isso", concluiu.
PRM-Lusa/fim
quarta-feira, setembro 05, 2007
Timor-Leste: "Não somos parte de nenhuma conspiração" - MNE australiano
Por Malai Azul 2 à(s) 23:10
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Nao tem nada haver com 15 mil quiilometros quadrados de terra que representa Timor-Leste, mas os milhares de quilometros quadrados de mar entre os dois paises. representa uma base militar que nenhum prota avioes pode alcancar; salvo uma base terrestre permamnente!!!!!! Agora que a Indonesia e a China estao mais amiguisimos, entao uma base em Timor-Leste e mais valoroza. Downer seu mentiroso!!!
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