sexta-feira, agosto 31, 2007

Xanana diz que é cedo para falar com FRETILIN

Jornal de Notícias, 31/08/07

O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, afirmou ontem, dia em que ficou completo o IV Governo Constitucional, que "só depois da aprovação do Orçamento de Estado será altura de começar a falar com a FRETILIN".

Xanana explicou que "ainda não é o tempo" da normalização de relações entre o Governo, saído da Aliança para Maioria Parlamentar, e a Fretilin, o partido mais votado nas legislativas de 30 de Junho. "A última vez que estive com Mari Alkatiri foi a 17 de Agosto", disse o primeiro-ministro, corroborando que sempre se deu bem com o secretário-geral da FRETILIN. Cerca de metade da bancada da FRETILIN no Parlamento, incluindo a cúpula dirigente (Francisco Guterres "Lu Olo" e Mari Alkatiri que pediram a suspensão temporária do mandato e respectiva substituição), bem como o líder da bancada, Aniceto Guterres, estiveram ausentes da cerimónia que assinalou o oitavo aniversário do referendo pela independência, realizado em 1999.

Entretanto, o presidente da República, José Ramos-Horta, afirmou no Parlamento que os timorenses "não aprenderam nada com o passado" e fez duras críticas à FRETILIN. "O nosso ego tem sido sempre demasiado grande", afirmou José Ramos-Horta, acrescentando que "não aprendemos nada do passado e continuamos a cometer os mesmos erros que custaram muitas vidas no passado não distante".

Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros australiano, Alexander Downer, afirmou em Díli que o seu país "não é parte de nenhuma conspiração contra o povo timorense" e que a Austrália "apenas pretende estabilidade e prosperidade para os países vizinhos".

Também o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação português, João Gomes Cravinho, declarou que "Portugal não apoia nenhum partido", mas sim o Estado e a consolidação das instituições.

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Traduções

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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