sábado, abril 07, 2007

Seeking a voice with the old colonials

The Times (UK) - April 7, 2007
Richard Lloyd Parry in Dili

East Timor, one of the world’s newest and poorest nations, will apply to join the Commonwealth, a decision that is already provoking opposition in the former Portuguese colony.

José Ramos-Horta, the country’s acting Prime Minister and a leading contender in Monday’s presidential election, said that Commonwealth membership would provide the tiny state with a voice in an important international forum, as well as bringing desperately needed opportunities for study for Timorese students.

“Even if I’m not elected there is a consensus, and I propose that we make formal submission this year to become a member,” Dr Ramos-Horta said. “I already discussed it with John Howard [the Australian Prime Minister] and Don Mackinnon [the Commonwealth Secretary-General]. We need to be sponsored by a strong lobby, but I think that Australia, New Zealand, Malaysia, Singapore and India will not say no.”

The proposal will dismay Portugal, which has gone to great effort to preserve East Timor as a Lusophone enclave, despite criticisms that adoption of Portuguese as the country’s official language has crippled the country’s education and justice systems. Only a small fraction of East Timorese speak Portuguese, resulting in a situation in which the authorities sometimes have to release criminal suspects because there are no speakers on hand to deal with the necessary bureaucracy.

The proposal has been treated with cautious scepticism by Dr Ramos-Horta’s main rival for the presidency, Francisco “Lu’Olo” Guterres. “We have a special relationship with the Portuguese-speaking countries,” Mr Guterres told The Times this week. “Ramos-Horta often seems to have such grandiose ideas. I want to take small, cautious steps before I commit to anything.”

Mozambique, which has no colonial links to Britain, is the only non-English-speaking country allowed into the Commonwealth, under special dispensation, largely because Nelson Mandela asked for it. The country, which gained independence in 1975 after almost five centuries as a Portuguese colony, became a member in 1995.

Membership of the Commonwealth “club” gives members access to scholarships and other educational opportunities as well as the chance to rub shoulders with countries from around the globe at summits and international get-togethers. Although Britain has few historical links with East Timor, Tapol, one of the nongovernmental organisations most active in the campaign against the Indonesian occupation, is London-based.

According to Dr Ramos-Horta, the country’s Arabica coffee is also a favourite with the British Royal Family. “Princess Anne was here, and she took back loads of Timor coffee,” he said. “It used to be the coffee of choice in Buckingham Palace in the Fifties and Sixties. I sent packets to Charles, William — all of them. I got a very nice letter back from Prince Philip.”

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
À procura de uma voz com os velhos colonialistas
The Times (UK) - Abril 7, 2007
Richard Lloyd Parry em Dili

Timor-Leste, uma das mais pobre e mais nova das nações do mundo, candidatar-se-à para se juntar à Commonwealth, uma decisão que já está a provocar oposição na antiga colónia Portuguesa.

José Ramos-Horta, o Primeiro-Ministro em exercício no país e um concorrente liderante nas eleições presidenciais de Segunda-feira, disse que a entrada na Commonwealth dará uma voz à pequena nação nu fórum internacional importante, bem como trará oportunidades de estudo desesperadamente necessárias para os estudantes Timorenses.

“Mesmo senão for eleito há um consenso, e proponho que façamos a proposta formal de admissão este ano para nos tornarmos um membro,” disse o Dr Ramos-Horta. “Já discuti isso com John Howard [o Primeiro-Ministro Australiano] e com Don Mackinnon [o Secretário-Geral da Commonwealth]. Precisamos de ser patrocinados por um forte lobby, mas penso que a Austrália, Nova Zelândia, Malásia, Singapura e a Índia não dirão não.”

A proposta consternará Portugal, que fez grandes esforços para preservar Timor-Leste como um enclave Lusófono, e apesar das críticas, a adopção do Português como uma das línguas oficiais do país enfraqueceu os sistemas de educação e de justiça do país. Apenas uma pequena fracção de Timorenses falam Português, do que resultam situações em que as autoridades às vezes têm de libertar suspeitos de crimes porque não há à mão tradutores para lidar com a burocracia necessária.

A proposta tem sido tratada com cepticismo cauteloso pelo principal rival do Dr Ramos-Horta para a presidênia, Francisco “Lu’Olo” Guterres. “Temos uma relação especial com os países de língua Portuguesa,” disse o Sr Guterres ao The Times esta semana. “Ramos-Horta muitas vezes parece ter ideias grandiosas como esta. Quero dar pequenos, cautelosos passos antes de me comprometer com qualquer coisa.”

Moçambique, que não tem nenhum laço colonial com a Grã-Bretanha, é o único país não falante de Inglês a quem foi autorizada a entrada na Commonwealth, sob autorização especial, largamente porque Nelson Mandela o pediu. O pais, que ganhou a independência em 1975 depois de quase cinco séculos como colónia Portuguesa, tornou-se um membro em 1995.

A pertença ao “clube” da Commonwealth dá aos membros acesso a bolsas de estudo e outras oportunidades educacionais bem como a oportunidade de encontros com países à volta do globo em cimeiras e encontros internacionais. Apesar de a Grã-Bretanha ter poucas ligações históricas com Timor-Leste, a Tapol, uma das ONG’s mais activas contra a ocupação Indonésia está baseada em Londres.

De acordo com o Dr Ramos-Horta, o café Arábico do país é também um dos favoritos da família real Britânica. “A princesa Anne esteve aqui, e levou com ela montes de café de Timor,” disse. “Costumava ser o café preferido em Buckingham Palace nos anos cinquenta e sessenta. Enviei pacotes para Charles, William — para todos eles. Recebi de volta uma carta muito simpática do príncipe Philip.”

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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