quinta-feira, abril 26, 2007

Operações para deter Reinado continuam, major deve entregar-se

Operações para deter Reinado continuam, major deve entregar-se

Díli, 25 Abr (Lusa) - As operações de busca para tentar capturar o major fugitivo Alfredo Reinado "continuam" e o militar deve "entregar-se" à justiça, considerou o primeiro-ministro timorense em exercício, Estanislau da Silva.

"Todos os esforços vão ser feitos mas o Estado timorense é um Estado de Direito, tem de ser respeitado e as operações de segurança e de estabilidade continuam", afirmou o actual líder do governo que substitui José Ramos-Horta enquanto o líder do executivo está em campanha para as eleições presidenciais.

Falando à agência Lusa à margem da cerimónia de condecoração pelas Nações Unidas de 143 militares da GNR que estão a participar na missão de manutenção de paz, o mesmo responsável salientou que "houve uma reunião de alto nível presidida por Xanana Gusmão" onde foi colocada a possibilidade de serem suspensas as operações de busca a Alfredo Reinado, "mas não houve uma decisão nesse sentido".

"O que o Alfredo terá de fazer é entregar-se à justiça. Ele em muitas ocasiões disse que queria que a justiça ande e ele mais do que ninguém deve apresentar-se à justiça", considerou.

Estanislau da Silva disse também que existem contactos indirectos - através da Igreja - com o major Reinado e que os órgãos de Estado vão continuar a permitir essa aproximação, embora na perspectiva de uma rendição de Alfredo Reinado.

"Timor-Leste é um Estado, há um Governo, há leis que devem ser cumpridas para não criar precedentes no futuro e Alfredo Reinado como cidadão deve cumprir as leis para dar exemplo aos outros e por isso que se apresente perante as autoridades, perante o Tribunal", sustentou.
A afirmação de Estanislau da Silva surge numa altura em que a imprensa timorense tem referido que o primeiro-ministro Ramos-Horta defende uma suspensão das operações para capturar o major Alfredo Reinado e que o próprio militar fugitivo manifestou disponibilidade para se encontrar frente a frente com o chefe do Governo para definir o seu caso.

O militar rebelde é procurado pelos confrontos do ano passado, que causaram mais de 30 mortos.

Em Agosto, Reinado conseguiu fugir da prisão onde estava detido sob acusação de assassínio durante os confrontos de Maio de 2005, motivados pela desmobilização de mais de 600 soldados.

JCS-Lusa/Fim

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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