(Tradução da Margarida)
NAÇÕES UNIDAS
Relatos dos Media Nacionais:
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisao de Timor-Leste
8 Candidatos Presidenciais começam hoje a campanha
Os 8 candidatos presidenciais começam hoje (Sexta-feira, 23/03/2007) a campanha política para dar auto-confiança aos eleitores antes do dia das eleições (9/4/2007).
Francisco Guterres Lu-Olo começou a sua campanha em Viqueque-Ossu, Avelino Coelho em Manatuto, Francisco Xavier do Amaral em Aileu, Manuel Tilman em Aileu, Lucia Lobato em Liquiça, José Ramos Horta em Dili, João Carrascalão em Ermera e Fernando de Araujo Lasama em Suai-Covalima. (TP)
Horta: "Não acredito que Alfredo provoque as eleições."
Ramos Horta disse que a situação de Alfredo não lhe permite que tenha um efeito negativo no processo das eleições. (TP)
Membros dos observadores eleitorais da UE chegaram a Dili
Os 28 membros da Missão de Observação da União Europeia (UE) chegaram ontem a Dili (22/3).
A Missão de Observação da UE é liderada por Javier Pomes Ruiz de Espanha, um membro do Parlamento da UE.
A missão da EU é para observar as eleições presidenciais. A missão consiste de sete peritos eleitorais e de 28 observadores a longo prazo. (STL)
Comissão da Justiça encontrou-se com líderes de gangs do Bairro
A comissão da Justiça e Paz da Diocese de Dili Diocese teve um encontro com representantes dos líderes de gangs de áreas de Dili ontem (22/03) em CRS, Bebora.
O encontro foi liderado pelo Presidente da Comissão da Justiça e Paz da Diocese de Dili, padre Cyrus V. Banque e nele participaram os representantes dos líderes de gangs do Bairo Lahane, Tasi Tolu, Kampung Alor, Lahane Oriental, Aimutin, Aitarak Laran, Bebonuk, Fomento e Manleuana. (STL)
Advogado de Rogério entrega oficialmente o recurso
O advogado do antigo Ministro do Interior, Rogério Lobato entregou oficialmente o recuso no Tribunal do Distrito de Dili (casos Nº 443/PDD/2007 e processo Nº. 82-2006), em resposta à decisão do Tribunal.
Depois de entregar o recurso, o advogado de Rogério, Paulo Remedios, pediu ao Tribunal de Recurso para observar ou estudar o recurso e aplicar a lei Timorensee não a lei de Portugal. (STL)
Ramos Horta: "problema dos peticionários deve ser resolvido "
O candidato independente presidencial, Ramos Horta (22/3) prometeu no Palácio das Cinzas que resolverá o problema dos peticionários e de Alfredo quando se tornar Presidente da República. (DN)
Eric Tan: 3400 oficiais da polícia garantirão a segurarança das eleições
O Vice-SRSG da UNMIT, Sr. Eric Huck Gim Tan numa conferência de imprensa em (22/3) Obrigado Barracks falou acerca do plano de segurança para as próximas eleições presidenciais.
Para garantir a segurança do evento, haverá 3400 oficiais da polícia destacados; consistindo em 1000 da UNPol e 2400 da PNTL que seguiram o processo de escrutínio e avaliações.
Os 3400 oficiais da polícia serão instalados em todas as Assembleias Eleitorais nos Distritos, sub-Distritos e Sucos.
Acrescentou que as tarefas principais da UNPol e da PNTL são garantir a segurança de todos os equipamentos eleitorais nas Assembleias Eleitorais, dar segurança aos eleitores e responder a qualquer incidente que possa vir a ocorrer. (DN)
Cláudio Ximenes; não comenta
As emendas à lei das eleições presidenciais feitas pelo Parlamento Nacional (PN) há alguns dias foram enviadas ao Tribunal de Recurso por Xanana Gusmão na Quinta-feira (22/03), para decidir.
Cláudio Ximenes, o Presidente do Tribunal de Recurso recusou fazer qualquer comentário dizendo que precisa de mais tempo para estudar e que depois apresentará ao Parlamento Nacional.
Disse que o Estado deve analisar e depois informar publicamente se a lei é constitucional ou inconstitucional antes de a mandar para o Tribunal de Recurso. (DN)
Padre Martinho Gusmão: usar símbolos no boletim de voto é contra a lei
As emendas de alguns artigos da lei eleitoral tais como usar símbolos políticos nos boletins de votos são contra a lei e podem atrasar as próximas eleições, disse o padre Martinho Gusmão, o porta-voz da CNE. (DN)
COMEG envia 1036 observadores para a eleição presidencial
O funcionário legal da COMEG (Monitorização conjunta das eleições gerais), José Edmundo Caetano disse na Quinta-feira (22/3) em Vila Verde-Dili que a COMEG vai destacar 1036 observadores para observar as próximas eleições presidenciais a começar na campanha e até ao anúncio dos resultados.
Os observadores serão distribuídos pelos seguintes distritos: Dili (84 observadores), Baucau (115 observadores), Lautem (94 observadores), Manatuto (62 observadores), Viqueque (74 observadores), Manufahi (42 observadores), Ainaro (56 observadores), Aileu (47 observadores), Ermera (108 observadores), Liquiça (52 observadores), Bobonaro (104 observadores), Covalima (64 observadores), e 134 como observadores Nacionais. (DN)
Presidente chama o Primeiro-Ministro para facilitar problemas no STAE e na CNE
Xanana Gusmão chamou Ramos Horta na Quinta-feira 22/03 ao seu gabinete dadas as instalações insuficientes da infra-estrutura que está a ser enfrentada pelo STAE e CNE.
Tomou-se a decisão de emprestar cerca de 70 veículos dos ministérios ao STAE e à CNE para conduzirem as suas actividades. (DN, TP and STL)
TVTL - Títulos das Notícias
22 Março 2007
Presidente da República preocupada com a CNE
O Presidente da República, Xanana Gusmão está preocupado com meios de infra-estrutura para a CNE e o STAE. Depois do encontro com o Presidente sobre esta questão, o PM Ramos-Horta disse que há problemas com a Internet e com veículos para que as duas instituições possam prosseguir o seu trabalho.
UNPOL e a PNTL prontos para garantir a segurança
O Vice-SRSG Eric Tan disse numa conferência de imprensa em Dili hoje que mais de 3000 polícias da UNPOL e da PNTL estão de serviço para garantir a segurança durante as eleições. Tan disse que as F-FDTL não farão segurança, porque não têm mandato. Disse que tinham chegado mais GNR’s.
GNR doa materiais às crianças
O Agrupamento Bravo da GNR entregou hoje materiais às crianças, que foram reunidos pelas suas próprias famílias em Portugal. Os bens que incluíam roupas foram trazidos pelos oficiais da polícia e entregues hoje às crianças no centro Mana Lu em Dare.
Ministro dos Recursos Naturais não garante electricidade
O Ministro dos Recursos Naturais, José Teixeira, disse que a EDTL não garantirá a electricidade durante as eleições dada a velhice da rede.
Dia Internacional da àgua
Para comemorar o Dia internacional da água, o Ministro José Teixeira apelou à população para não desperdiçar água e informar o departamento da água de quaisquer canos rebentados nas ruas. Disse que nos últimos cinco anos cerca de 46 % dos lares em Dili tiveram acesso à água potável e que o programa do governo contempla também a cobertura da população nos distritos com água potável.
Quatros Aldeias prometem não se engajarem mais na violência
As Aldeias de Beto Tasi, Lurumata, Mate La Hakoi e Naroman realizaram hoje uma cerimónia tradicional (22/3) para prometer nunca mais usarem violência, armas contra os outros ou usarem as palavras 'lorosae-loromonu' nas comunidades. O ministério do Trabalho e da Reinseerção Comunitária apoiaram o evento. (TVTL and STL)
domingo, março 25, 2007
UNMIT Revista dos Media Diários – Sexta-feira, 23 Março 2007
Por Malai Azul 2 à(s) 02:55
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
25 comentários:
Comissão ouve timorenses e indonésios
25.03.2007
a A Comissão de Verdade e Amizade criada pela Indonésia e por Timor-Leste para esclarecer os actos cometidos em solo timorense por militares indonésios efectua esta semana a sua segunda série de audiências públicas, foi ontem anunciado em Jacarta.
O primeiro a falar deverá ser, amanhã, o antigo bispo católico de Díli, D. Carlos Filipe Ximenes Belo, que em 1996 partilhou o Prémio Nobel da Paz com o actual primeiro-ministro, José Ramos-Horta, pela denúncia internacional que ambos fizeram de quanto Timor-Leste estava a sofrer devido à ocupação indonésia.
Na terça-feira, numa sessão à porta fechada, sem acesso à imprensa, será ouvido o antigo Presidente indonésio B. J. Habibie, que estava no poder na altura do referendo de 1999 que se pronunciou por larga margem a favor da independência do povo timorense.
Em Abril, será a vez do general Wiranto, que na altura comandava as Forças Armadas indonésias.
http://jornal.publico.clix.pt/UL/
Ramos-Horta promete orçamentar apoio à Igreja
Diário de Notícias, 25/03/07
Albano Matos*
Um significativo apoio à Igreja Católica foi prometido por José Ramos-Horta no primeiro comício da campanha para as eleições presidenciais de Timor-Leste, marcadas para 9 de Abril.
Numa longa intervenção, no ginásio, meio vazio, da Universidade de Timor, em Díli, o actual primeiro-ministro - que suspendeu as funções no início da campanha - propôs a orçamentação anual de dez milhões de dólares (7,7 milhões de euros) para distribuir à Igreja, como "compensação" pelas actividades asseguradas por dioceses e congregações.
"Não se trata de nenhum favor", disse Ramos-Horta. "É uma obrigação do Estado para com a mais antiga e a mais credível instituição do nosso país", sublinhou
À entrada do pavilhão onde decorreu o comício, um cartaz exibia a fotografia de Ramos-Horta com Xanana Gusmão (cuja mulher assistiu ao discurso) e o bispo de Baucau, Basílio do Nascimento, sinal de alguns dos mais importantes apoios que o candidato recolheu até agora.
"Xanana Gusmão sempre disse que me apoiaria, não é novidade. Ele apoia-me, assim como uma grande franja da Igreja Católica, que eu aceito", declarou ele, há dias, numa entrevista à Lusa.
No seu discurso em Díli, o primeiro-ministro citou o Concílio Vaticano II e propôs mesmo "a inclusão de uma referência significativa a Deus" na Constituição de Timor.
O seu principal adversário - Francisco Guterres, "Lu Olo", presidente do parlamento e candidato da Fretilin - escolheu a terra natal, Ossu, no distrito de Viqueque, para iniciar a campanha com um banho de multidão, prometendo que, a ser eleito, será "o Presidente de todos os timorenses" e não apenas dos eleitores do seu partido.
"Lu Olo", que estava acompanhado por Mari Alkatiri, ex-primeiro-ministro e secretário-geral da Fretilin, lembrou aos seus conterrâneos que é o único dos oito candidatos que combateu no mato durante os anos da ocupação indonésia.
Em entrevista à Lusa, "Lu Olo" assegurou que a Fretilin "não voltará para 1975". "Queremos olhar um pouco para o mundo, um mundo globalizado", disse o candidato, que se define como "católico convicto" e rejeita "a acusação de comunista".
A campanha presidencial começou precisamente um dia depois do regresso a casa de mais de uma centena de soldados australianos, finda a comissão de seis meses em Timor-Leste. Segundo o jornal Sydney Morning Herald, a sua substituição está prevista para o final desta semana. Permanecem em Timor cerca de 800 efectivos militares, integrados nas Forças de Estabilização Internacionais.
O contingente português - 140 elementos da GNR - será, entretanto, reforçado, no início de Abril, com mais 60 a 80 homens, como confirmou o ministro da Administração Interna, António Costa.
Na noite em que começou oficialmente a campanha, dois indivíduos que se identificaram como seguranças da Presidência foram detidos em Díli depois de um homem ter sido morto a tiro.
Quanto à situação do major Reinado, que continua em fuga, Ramos-Horta diz que as autoridades "sabem onde ele está", mas "não interessa ao país que haja mais derramamento de sangue". * Com agências
http://dn.sapo.pt/2007/03/25/internacional/ramoshorta_promete_orcamentar_apoio_.html
Correio da Manhã, 2007-03-24 - 00:00:00
Timor-Leste
Ramos-Horta inicia campanha eleitoral
José Ramos-Horta iniciou ontem a sua campanha eleitoral para as presidenciais na capital de Timor-Leste, Díli, num ginásio meio vazio, enquanto Francisco Guterres (‘Lu Olo’) teve uma cerimónia muito participada na sua aldeia natal, Ossú, Viqueque.
Ramos-Horta afirmou que conta com o apoio de Xanana Gusmão e de “uma grande franja” da Igreja Católica.
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=235771&idselect=91&idCanal=91&p=200
Timor: Leandro Isaac admite resignar ao cargo de deputado
Leandro Isaac, escondido no sul do Timor Leste, disse hoje à agência Lusa que não vai entregar-se às Forças Internacionais de Estabilização e que tenciona resignar ao cargo de deputado independente no Parlamento.
«Eu já estou fora. Estou disposto a resignar-me de deputado porque não tenho moral para estar sentado dentro daquele edifício quando este meu próprio povo que eu represento se encontra nesta situação, e pior que tudo, é o próprio Parlamento que representa este povo a fazer uma resolução para reforçar as actividades militares australianas», afirmou Leandro Isaac.
O deputado independente acrescentou que, apesar de esperar mudanças após as presidenciais de 09 de Abril, não tenciona entregar-se às Forças Internacionais de Estabilização.
«Não me entrego aos australianos, só cadáver. Eu espero que este processo de eleições presidenciais e só depois disso é que espero uma mudança», disse Leandro Isaac, deputado independente e que apoia o major Alfredo Reinado, o militar fugido à Justiça, evadido de uma cadeia de Díli em Agosto de 2006 e que se encontra em posse ilegal de armamento militar, num local que Leandro Isaac não quis revelar.
«Está muito longe de mim», disse Leandro Isaac, que se escondeu nas montanhas do sul do país há precisamente três semanas, na sequência do cerco que as Forças Internacionais de Estabilização montaram na vila de Same.
Na encosta de uma montanha, Leandro Isaac, acompanhado de um grupo de homens munidos de catanas e vestido com uma camisa de camuflado militar disse ainda à agência Lusa que está disposto a enfrentar a Justiça.
«Venha quem vier, façam essa Justiça que eu estou pronto», afirmou.
Leandro Isaac admite, no entanto, que a intervenção da Igreja timorense pode ser uma solução para o problema.
«A Igreja está a dar tudo por tudo para reactivar o diálogo e chegar a um acordo mútuo. Para chegar à justiça e à paz, neste país», mas segundo Leandro Isaac, até ao momento não foram estabelecidos quaisquer contactos.
Leandro Isaac, deputado independente que se encontrava com o grupo de Alfredo Reinado quando tropas australianas cercaram a vila de Same no dia 27 de Fevereiro, não foi até ao momento acusado formalmente pela Procuradoria-Geral da República.
No entanto, a Comissão Especial Independente de Inquérito para Timor Leste estabelece «algum envolvimento no acontecimento» ocorrido no dia 24 de Maio de 2006 na casa do brigadeiro general Taur Matan Ruak, em Díli, em que morreu um membro da Polícia Nacional de Timor Leste e ficaram feridos dois soldados das Forças de Defesa de Timor Leste.
Diário Digital / Lusa
25-03-2007 13:29:00
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=268795
Timor:Ex-presidente Habibie testemunha sobre violência de 1999
O ex-presidente indonésio B.J. Habibie e o bispo timorense Xímenes Belo testemunham esta semana, em Jacarta, perante a comissão que está a investigar os acontecimentos violentos de 1999 em Timor-Leste, afirmou à Lusa um dos comissários.
A segunda ronda de audiências da designada Comissão de Verdade e Amizade (KPP) começa amanhã em Jacarta, depois de uma primeira série de interrogatórios iniciada em Bali, Indonésia, a 19 de Fevereiro.
Habibie e D. Xímenes estão entre as 16 testemunhas a ser ouvidas esta semana, declarou à Lusa, a partir de Jacarta, o comissário timorense Cirilo Cristóvão.
A KPP foi criada em Agosto de 2005 para apurar responsabilidades na violência em Timor-Leste nos meses que precederam o referendo pela independência em 1999 e nas semanas após o anúncio da vitória do «sim».
A Comissão é paritária, com cinco elementos da Indonésia e outros cinco de Timor-Leste, entre os quais Cirilo Cristóvão.
Quebrando a regra de trabalho da KPP, o ex- Presidente Habibie falará em audiência fechada e nas instalações do Habibie Center, em Jacarta.
As outras audiências são públicas e decorrem num hotel da capital indonésia.
Três oficiais superiores com responsabilidades directas na Polícia indonésia em Timor-Leste em 1999 serão ouvidos pela KPP.
Trata-se dos generais indonésios Zaka Anwar, Adam Damiri e Tono Suratman.
O porta-voz das forças armadas indonésias, coronel Ahmad Yani Basuki, declarou recentemente que as TNI «concordam e apoiam» a participação de oficiais no activo ou na reserva nas investigações da KPP.
Uma coligação de organizações de direitos humanos indonésias e internacionais alertou, na semana passada, para o perigo de a KPP servir para limpar a culpa das TNI em Timor-Leste.
O testemunho dos oficiais indonésios «terá um grande potencial para fabricar factos e alterar as conclusões sobre crimes contra a humanidade cometidos em 1999» pelos integracionistas, alertaram as organizações, num documento divulgado em Jacarta e Banguecoque, na última sexta-feira.
O documento acusa as TNI de pretenderem garantir a impunidade dos seus oficiais ao colocá-los dentro da amnistia prevista no Memorando de Entendimento para os que derem o seu testemunho na KPP.
«Temos esperanças que os oficiais digam um pouco do que sabem à Comissão», afirmou à Lusa Cirilo Cristóvão.
«Só depois poderemos avaliar o resultado. A preocupação das organizações de direitos humanos serve para nos encorajar a fazer mais», comentou o comissário timorense.
Eurico Guterres, ex-comandante das milícias integracionistas em Díli e antigo líder juvenil do Partido Democrático Indonésio (da ex-Presidente Megawati Sukarnoputri) será também ouvido pela KPP.
A Comissão ouvirá os testemunhos de outros líderes integracionistas, como Joanico Belo, ex-comandante da milícia Saka de Baucau, e Sera Malik, chefe de uma milícia em Viqueque.
Estão ainda na agenda de audiências os ex-administradores concelhios de Lospalos e de Díli durante a ocupação indonésia, respectivamente Edmundo da Conceição Silva e Domingos Soares «Koli».
Diário Digital/Lusa
25-03-2007 14:06:44
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=268799
Lu Olo visitou campos de refugiados em Dili
Hoje, 23 de Marco de 207, o Candidato da FRETILIN a Presidente da Republica, Francisco Guterres Lu Olo, visitou os Campos de Deslocados em Dili: Tibar, Aeroporto Presidente Nicolau Lobato, Jardim Colmera, Escola Primaria de Farol, Sional, Hospital Nacional Guido Valadares e Obrigado Barrack. No total, estiveram presentes cerca de 1100 pessoas.
Amanha, a campanha continuara em Gleno, Distrito de Ermera.
Ministro dos Recursos Naturais não garante electricidade
O Ministro dos Recursos Naturais, José Teixeira, disse que a EDTL não garantirá a electricidade durante as eleições dada a velhice da rede.
Comentário:
Pelo caminho como o problema eléctrico é tratado pelo Governo e conselheiros, vai tudo cair de podre!... Um bom negócio para os vendedores de geradores e gasolineiros oficiais e de contrabando.
Timor:Reinado não se entrega e quer «continuar a respirar»
O major Reinado, num contacto telefónico estabelecido hoje a partir do local onde se encontra escondido o deputado Leandro Isaac, no sul do país, disse à agência Lusa que não se vai entregar e que quer «continuar a respirar».
Alfredo Reinado, o militar fugido à Justiça, evadido da cadeia de Díli em Agosto de 2006 e que se encontra na posse ilegal de armamento militar, recusou dizer onde se encontra mas afirmou que está em «permanente contacto com Leandro Isaac».
O membro do Parlamento disse à Lusa, no local onde se encontra escondido, que vai resignar ao cargo de deputado e acrescentou que o major Reinado formou um novo grupo.
«Tatoros, que quer dizer formiga preta. Formiga preta, porque incómoda», explicou.
Leandro Isaac, 53 anos, encontrava-se com o grupo de Alfredo Reinado quando as tropas australianas cercaram a vila de Same no dia 27 de Fevereiro.
«Os australianos usaram todos os meios e cercaram a vila de Same, inclusivamente fecharam a água potável e houve confrontos. A população respondeu e os helicópteros assaltaram o posto de Same. Eu estava com a juventude. O assalto foi nesse domingo de madrugada, eu estava com a juventude e a primeira coisa que os australianos fizeram foi perguntar por mim», disse Leandro Isaac quando se referiu ao cerco de 27 de Fevereiro.
Desde esse dia, Leandro Isaac diz que vive escondido no interior e que conta com o apoio das populações da região de Same, de onde é natural.
«A vida no mato é a vida no mato, é diferente da vida na cidade. Como folhas e raízes, tudo o que tiver para resistir», acrescentou Leandro Isaac.
Leandro Isaac repetiu igualmente críticas sobre a presença, em Timor-Leste, dos militares australianos das Forças Internacionais de Estabilização.
«A força australiana, que dizem internacional, está aqui a convite do Governo, do Estado de Timor, está aqui através de um acordo que eu como deputado desconheço», afirmou.
O deputado não foi até ao momento acusado formalmente pela Procuradoria Geral da República, apesar da Comissão Especial Independente de Inquérito para Timor-Leste estabelecer «algum envolvimento no acontecimento» ocorrido no dia 24 de Maio de 2006 na casa do brigadeiro-general Taur Matan Ruak, em Díli, em que morreu um membro da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) e ficaram feridos dois soldados das Forças de Defesa de Timor-Leste (FDTL).
Segundo disse, apenas tentou defender-se, que não matou ou feriu ninguém, e que manteve a arma que tirou a um polícia «apenas» durante dois dias.
«Foi apenas por 48 horas, quando eles dispararam sobre nós. Na altura estava um polícia ao lado que não utilizava a arma como devia ser e eu retirei-lhe a arma e usei-a. Mas quem é que eu matei? Só se foi uma bala perdida», disse.
Leandro Isaac, 53 anos, nasceu em Same, foi soldado do Exército Português e aderiu à União Democrática Timorense em Agosto de 1975. Foi membro do parlamento da então 27ª província indonésia. Preso em 1981 e 1992 por actividades ligadas à rede clandestina foi nomeado coordenador do Concelho Nacional da Resistência Timorense em 1999.
Diário Digital / Lusa
25-03-2007 17:29:00
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=268816
Acho estranho a lusa não dar noticiias da campanha do Horta ou do Lu Olo ou qualquer outro candidato. A Lusa e outros meios de comunicaão eserangeiros t˜em esado em todas actividade do Horta e sem qualquer explicaçao não dão notícias do que testemunharam em Dili, Ermerar e Maliana.
Sobre o Lu Olo não há problema porque ele tem um optimo blog e a equipa de comuicação social dele é boa, por isso acompanho pelo seu blog...Mas dos outros não vejo nada, Especialmente sobre o Horta que tem a tudo atras dele ...serea que querem esconder o que se passa?
Lamentável "LUSA"! Shame, Shama Lusa... ! C'est terrible Lusa! La diak Lusa !
Contagem decrescente da Capanha de João Carrascalão
O candidato João Carrascalão deu ponta pé de saída em Ermera onde reuniu mais de 2 mill pessoas dos quais a maior eram jovens do distrito de Ermera. O candidato João Carrascalão , na sua forma calma de falar para o público disse no seu discurso de abertura que acima de tudo está “O POVO” e cumprir os seus anseios é prioridade. Realçou também que o Presidene de hoje tem que trabalhar para que o “hoje de Timor-Leste” seja um hoje de Paz, entendimento, compreensão, um hoje sem remorsos para o amanhão dos nossos filhos, netos e bisnetos viavm uma vida saudável, moral, material e espiritualmente. Uma vida em volta da sua familia, Familia que é o garante de qualquer Nação, rico ou pobre. ….E que todos juntos , O presidente e o Povo devem trabalhar em conjunto para se ultrapassar as dificuldades ecoõmicas, e conseguir vencer a luta contra o atraso economico, sial, educativo, para que haja justiça, Para que todos tenham acesso aos mais elementares cuidados de saúde, para que haja paz, para que democracia floresça. Para que Timor-Leste seja de todos....e que Timor-Leste seja um campo de abrigo para os que vivem na cidade ou nos campos, NO PAÍS OU NO ESTRANGEIRO, TRABALHAM E AMAM A SUA PÁTRIA.
O segundo dia de Campanha foio em Lospalos que também reuniu cerca de 1.500 pessoas.
Ontem esteve em Viqueque onde conseguiu reunir cerca de 2.500 pessoas entre os quais todos os regulos e chefes tradicionais do distrito .
ITINERÁRIO DA CAMPANHA
26-3-2007 BAUCAU
Campanha às 10h e partida para Manatuto
26-3-2007 MANATUTO
Comício às 14h; regresso novamente à Díli. Se houver oportunidade a comitiva pode ir até a Lacló.
27-3-2007 AILEU
Saída de Díli às 7horas. Campanha às 10 horas; partida para Same com pequena paragem em Maubisse. Pernoita em Same.
28-3-2007 SAME
Campanha às 9h30m; partida rumo a Ainaro.
28-3-2007 AINARO
Campanha às 14h30m; partida para Suai e pernoita aí.
29-3-2007 SUAI
Campanha às 10 horas; partida para Liquiçá e pernoita na Fazenda Algarve.
30-3-2007 LIQUIÇÁ
Comício às 10 horas; partida de seguida rumo a Maliana e pernoita aí.
31-3-2007 MALIANA
Campanha às 10 horas e regresso de seguida à Díli.
1-4-2007 Descanso (Domingo de Ramos); Programa religioso
2 a 3-4-2007 Oé-Cussi
Campanha ainda com hora indeterminada *
4-4-2007 Díli
10H00 – Debate na RTTL entre os oito candidatos
Comício às 14h no Campo da Democracia.
5 e 6-4-2007 Descanso (Semana Santa)
7 e 8-4-2007 Período de pausa e reflexão (Sábado Santo e Domingo da Ressurreição).
* Sujeito a mudança. Se a ONU facilitar o transporte aéreo, o dia livre será aproveitado para acções de campanha na cidade.
Com os cumprimentos de " Rai Metin "
Timor: Revelar verdade sobre 1999 requer coragem, afirma MNE
A revelação da verdade sobre as violações aos Direitos Humanos ocorridas em 1999 requer uma «grande determinação» e uma «coragem extraordinária», afirmou esta segunda-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) indonésio.
Hassan Wirajuda sublinhou que Jacarta «está empenhada» nos trabalhos da Comissão de Verdade e Amizade (KKP) e que «aprecia» os esforços desta entidade no esclarecimento dos factos e em garantir a amizade entre os dois Estados.
As afirmações foram lidas pelo Director Geral para a Ásia, África e Pacífico do Ministério dos Negócios Estrangeiros indonésio, Primo Alui Joelianto, na abertura dos trabalhos de mais uma sessão de audições da comissão, que deverá ouvir nos próximos dias 16 testemunhas, entre elas o antigo presidente indonésio, B. J. Habibie.
Segundo o chefe da diplomacia de Jacarta, a Indonésia, desde a criação do Estado de Timor-Leste, tem-se empenhado nas relações bilaterais, tendo como princípio base a reconciliação, o que já permitiu ultrapassar «algumas memórias traumatizantes» do passado.
Tendo em conta a experiência já observada noutros países, a revelação da verdade pode, contudo, piorar as relações bilaterais se não houver bom senso e vontade política também a nível regional, acrescentou.
Segundo Wirajuda, os governos indonésio e timorense acordaram na criação da comissão abordando a questão com «prudência», facto que tem permitido ultrapassar muitos obstáculos.
«Os dois governos empenharam-se em conjunto na resolução dos problemas e estão a procurar uma solução duradoura, evitando que qualquer questão possa criar mais problemas», observou o chefe da diplomacia indonésia.
Desta forma, frisou, só através de audições transparentes todos poderão obter informações históricas importantes, tendo em conta a ajuda das testemunhas, «que também ajudam a clarificar a História.
Por seu lado, um dos membros da Comissão, Jacinto Alves, também em declarações à Antara, manifestou-se convicto de que as eleições presidenciais de 09 de Abril em Timor-Leste não vão alterar a política em relação à própria entidade que averigua os factos registados em 1999.
»Acredito que a Comissão vai continuar os seus trabalhos normalmente seja qual for o próximo presidente de Timor-Leste«, referiu Jacinto Alves, sublinhando haver, da parte de Díli, argumentos para a manter em funcionamento um órgão que quer apurar a verdade e reconciliar os dois povos.
»Com base na nossa experiência do passado, a confrontação como forma de resolução de problemas não trará quaisquer benefícios para Timor-Leste. Ser amigo da Indonésia e com todos os nossos vizinhos é uma escolha mais benéfica«, sustentou Jacinto Alves, lembrando que pertenceu à Comissão de Reconciliação de Timor-Leste.
»Inicialmente, as pessoas recusaram essa comissão, mas, mais tarde, os resultados foram aceites por todas as partes. Espero que aconteça o mesmo com os resultados do KKP.
Além de Habibie, que prestará declarações à porta fechada, a KKP vai ouvir esta semana em Jacarta o bispo timorense D. Ximenes Belo, além de 14 outras testemunhas.
Esta comissão, com cinco elementos de Timor-Leste e outros tantos da Indonésia, foi criada em Agosto de 2005 para apurar responsabilidades na onda de violência registada nos meses que precederam o referendo pela independência, em 1999 e nas semanas após o anúncio da vitória do «sim».
Diário Digital / Lusa
26-03-2007 7:12:00
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=268844
Correio da Manhã, 2007-03-26 - 00:00:00
Timor - Leandro Isaac escondido na mata
Deputado fugitivo recusa entregar-se
O deputado independente Leandro Isaac, que está escondido no Sul de Timor-Leste, disse que não se entrega às Forças Internacionais de Estabilização e está disposto a resignar ao seu cargo no Parlamento.
Numa entrevista à Lusa, no local onde se encontra escondido, Leandro Isaac admite que a intervenção da Igreja pode ser uma solução para reactivar o diálogo e chegar a um acordo com as autoridades do país.
“Eu já estou fora. Estou disposto a resignar ao mandato de deputado porque não tenho moral para estar sentado dentro daquele edifício quando este povo que represento se encontra nesta situação, e pior que tudo, é o próprio Parlamento que representa este povo a fazer uma resolução para reforçar as actividades militares australianas”, afirmou Leandro Isaac.
Entretanto, num contacto telefónico estabelecido a partir do local onde Isaac se encontra escondido, o major Alfredo Reinaldo, parco em palavras, disse apenas à Lusa que não se vai entregar e que quer “continuar a respirar”, acrescentando que está em “permanente contacto com Leandro Isaac”.
Recorde-se que Reinado, igualmente fugido à Justiça, está na posse ilegal de armamento militar. Isaac, por seu lado, acrescentou ainda que Reinado formou um novo grupo intitulado ‘Tatoros’, que quer dizer ‘formiga preta’. “Formiga preta, porque incómoda”, explicou.
Isaac, acompanhado de homens munidos de catanas e vestido com uma camisa de camuflado militar, disse ainda que está disposto a enfrentar a Justiça. “Venha quem vier, façam essa Justiça que eu estou pronto”, afirmou.
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=235995&idselect=91&idCanal=91&p=200
A word about Ramos Horta. This man took little interest in his own country during the time he was minister fo foreign affairs especially in the latter years when he began his campaing for Sec Gen of the UN to replace Kofi Anan. He spent about 60 to 70percent of the period outside the nation. By standards of the busiest foreign minister, it was a great feat. If one examines what he did and how muc~h it actually related to purely Timor Leste work one would find that 50 percent of the time he was on speaking engagements and other paid junkets. Some would arhgue it lifts Timors porfile in the international community, but some would also suggest it was a profit making advantage.
It was a CV augmenting exercise for the job he ultimately wanted and which he could not attain and therefor changed focus towards a domestic political career to have a beter chance at some high flying international job.
Timor Leste does not need a President who is building a CV, with an eye ultimately~on another bigger prixe (which will inevitably result in compromises and deals with others). It needs a President who is comitted to building a nation and its institutions. The Timorese people do not nneed to be used as a launching pad. as they deserve more...much ~more.
Transcrição por não estar on-line:
Ramos-Horta quer mais cinco anos de ONU
Público, 26/03/07
José Ramos-Horta, candidato às eleições presidenciais em Timor-Leste, afirma que, se for eleito, pedirá às Nações Unidas que fiquem mais cinco anos no país, noticiou ontem Karon Snowdon, enviada da Rádio Austrália.
“Também quero que as tropas australianas fiquem por cinco anos”, acrescentou, durante um comício que fez na região de Ermera, o primeiro-ministro que suspendeu as funções para entrar em campanha como independente.
Tal como na véspera, em Díli, a capital, na abertura da campanha, não era em grande número, apesar de alguns órgãos da imprensa internacional terem vindo a apresentar Ramos-Horta como um dos favoritos, a par do presidente do Parlamento, Francisco Guterres, Lu-Olo, dirigente do partido maioritário. Fretilin.
A primeira volta das eleições presidenciais timorenses realiza-se a 9 de Abril.
Xanana vai integrar novo partido após mandato presidencial
Xanana Gusmão disse hoje em Díli que vai integrar o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), que se apresentará às eleições legislativas deste ano, mas só depois de terminado o mandato como Presidente da República, a 19 de Maio.
«Vieram com uma petição para eu aceitar fazer parte do partido que eles vão criar. Em princípio, enquanto Presidente, ainda não posso. Mas vou deixar de o ser em breve. Depois de deixar de ser Presidente, vou juntar-me a eles para tentar dar uma nova direcção ao país e ao povo», disse Xanana Gusmão durante a entrega de uma petição daquele partido, no Palácio das Cinzas, em Díli.
O actual chefe de Estado recebeu hoje 6.500 assinaturas de peticionários que apelam ao actual Presidente para que se junte ao CNRT, que será quarta-feira formalizado como partido político e que vai concorrer às legislativas de 2007, ainda sem data marcada.
«Se tudo estiver preparado, eles vão criar um partido e vou juntar-me depois de sair (do cargo) de Presidente», disse Xanana Gusmão à Agência Lusa, no final de uma cerimónia que juntou cerca de uma centena de pessoas no jardim do Palácio das Cinzas, acto que se prolongou durante hora e meia e que incluiu danças tradicionais timorenses.
Xanana Gusmão, ao lado de Mau Honu, antigo comandante das Forças Armadas de Libertação de Timor-Leste (FALINTIL), aceitou as caixas com a petição e as fotocópias dos documentos de identidade de cada um dos 6.500 signatários.
De acordo com Eduardo Barreto, coordenador do CNRT, a entrega das petições foi a primeira fase para a criação do novo partido que prepara para terça-feira a conferência nacional.
«Vamos fazer uma reunião nacional para aprovar o nosso estatuto, programa político, bandeira e hino e, depois disto tudo, vamos registar o partido no Tribunal, na quarta-feira», disse Eduardo Barreto, em declarações à Lusa.
Segundo o mesmo coordenador, o congresso nacional do partido vai realizar-se durante o mês de Abril e, em Maio, Xanana Gusmão vai tomar posse como líder do CNRT.
«Depois de tudo aprovado, o Presidente Xanana, que termina o mandato a 19 de Maio, vai liderar, como candidato, o nosso partido», adiantou Eduardo Barreto.
Os estatutos do CNRT, a que Lusa teve acesso, e que têm como lema, «Libertada a Pátria, Libertemos o Povo!», referem que o partido pretende «responder às aspirações profundas de um povo que sofreu durante 24 anos e que, conquistada a independência, continua a sofrer da miséria e sem esperança no futuro».
No preâmbulo dos estatutos lê-se que o partido tem como objectivo «responder à necessidade de inculcar uma cultura democrática nas comunidades, uma cultura de transparência e de responsabilização nas instituições do Estado e uma cultura de justiça, credível, independente e imparcial no sistema judicial timorense».
O documento refere igualmente que «os primeiros quadros do partido são todos aqueles que participam na 1ª Conferência Extraordinária para o registo do CNRT» e que compete ao presidente, vice-presidente e secretário-geral do partido propor ao Conselho Nacional «os candidatos a cargos políticos no Governo».
Os estatutos abrem expressamente a possibilidade de esses cargos serem ocupados por pessoas que não sejam filiados no CNRT.
Os titulares de cargos escolhidos pelo CNRT vão assinar um compromisso de honra, em que assumem «os princípios e o programa do partido» e em que fazem uma lista de bens e de fontes de receita.
Os estatutos do CNRT prevêem também a criação de estruturas de representação dos veteranos da Resistência, da Juventude, das mulheres e das associações profissionais.
O CNRT tem como símbolo «o mapa do país, com uma casa tradicional na capital, traduzindo a identidade nacional e o espírito de Uma Pátria, Um Povo», disse à Lusa Duarte Nunes, secretário da Comissão Organizadora do novo CNRT, que explicou que a bandeira do partido tem três cores.
«A faixa superior é da cor azul, simbolizando os valores morais, éticos e humanos que devem orientar a sociedade timorense. A faixa central é da cor branca, simbolizando os princípios democráticos de tolerância política, de reconciliação e de unidade nacional. A faixa inferior é da cor verde, simbolizando a esperança por uma vida sempre melhor, a produtividade do cidadão, num meio ambiente que deve ser protegido».
Diário Digital / Lusa
26-03-2007 11:59:52
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=268908
"Gangs", fisgas e G3 de pau
Jornal de Notícias, 25/03/07
Por: Pedro Sousa Pereira, António Cotrim / Lusa, em Díli
Os delinquentes de Díli, para conseguirem projécteis que funcionam como balas, introduzem pedaços de ferro enferrujado em corpos de animais em decomposição que são depois lançados com simples fisgas de madeira e elásticos de borracha. A vítima, ao ser atingida, além do ferimento provocado pelo impacto, pode vir a sofrer uma infecção. O mesmo processo é utilizado nos dardos feitos de chaves de parafusos ou de simples barras de ferro.
No quartel do subagrupamento Bravo da GNR, em Díli, há um contentor fechado à chave e que encerra o "arsenal" apreendido aos grupos de marginais que provocam distúrbios nos bairros degradados da capital timorense.
Além das fisgas, os grupos rivais fabricam uma espécie de arpão que projecta flechas de ponta de ferro, lanças, facas, espadas de alumínio, martelos e matracas e usam, igualmente, longos paus com a extremidade superior cravada de pregos e que podem provocar graves ferimentos, sobretudo quando usados contra o rosto da vítima.
As tradicionais catanas apreendidas são às dezenas e algumas são fabricadas com o metal retirado aos amortecedores de camiões, e têm um cabo de borracha de pneu, o que torna mais eficaz o golpe ou arremesso.
A imaginação dos delinquentes na produção de armas artesanais chega ao ponto de usaram espingardas metralhadora fabricadas em madeira, revestidas de lata e pintadas de preto e que de noite, a uma certa distância, parecem reais. Estas espingardas estão munidas de um ferrolho aparafusado num dos lados e produz um ruído semelhante ao engatilhar de uma arma verdadeira e serve para dissuadir a possível passagem de um qualquer elemento de um grupo rival.
Em Timor, os bandos de delinquentes munidos de armas artesanais estão sobretudo concentrados na capital.
O "7-7" e o "PSHT"
Os "gangs" mais importantes e referenciados pelas autoridades são, entre outros, o "7-7", um grupo que nasceu durante a ocupação indonésia cujo nome foi inspirado num número de uma antiga companhia colonial portuguesa, e o "PSHT", uma irmandade javanesa de artes marciais e que foi introduzida em Timor-Leste por militares de Jacarta depois de 1975.
De acordo com um estudo elaborado, em Setembro do ano passado, por James Scambary, um especialista australiano, e encomendado pela cooperação de Camberra, refere que existem no país 15 a 20 grupos de artes marciais que, no total, integram cerca de 20 mil membros, concentrados na cidade de Díli.
O treino básico do "PSHT" prolonga-se, geralmente durante quatro anos e promove, igualmente, a lealdade entre os membros, incluindo homens que fizeram parte das milícias responsáveis pelos actos de violência em 1999.
A capital do país não tem iluminação pública e ao fim da tarde as ruas ficam desertas. Nos bairros os jovens delinquentes continuam a fabricar armas ou a praticar artes marciais como se fossem galos de combate.
Quando as patrulhas apreendem o "arsenal" dos bairros todo o material é referenciado pela Procuradoria-Geral da República e depois destruído. Para não voltarem a ser usadas, as armas que foram apreendidas pela GNR vão ser cimentadas na placa de um edifício que está a ser construído pelos militares portugueses nas instalações do subagrupamento Bravo.
Falta apanhar o resto e reconstruir os bairros da capital.
Exclusivo JN/Lusa
Afastada a hipótese de existir motivação política nos bandos
"Houve alguma motivação de certos elementos, não ligados aos partidos políticos, a elementos ligados às ex-milícias que em 2000 e 2001 regressaram a Timor-Leste e que se integraram na sociedade. Os milícias eram 'gangs' e eram criminosos. Regressados, infiltraram-se ou integraram-se nos grupos de artes marciais como o '7-7' e o 'PSHT' e quando a lei e a ordem e a força policial entraram em descalabro foram eles que ocuparam as ruas", explicou o primeiro-ministro, José Ramos Horta ,que, no entanto, afasta a possibilidade de existência de motivações políticas por parte dos "gangs". Além da existência de bandos de delinquentes e de grupos de artes marciais, a insegurança e os recentes distúrbios que provocaram a instabilidade política no país foram, segundo o chefe do Governo, fruto de políticas que não resultaram na formação da Polícia Nacional de Timor Leste (PNTL). "Os problemas na PNTL surgiram no início de 2000. Houve demasiada pressa da nossa parte e das Nações Unidas em timorizar as PNTL. Houve demasiada pressa por parte do Ministério do Interior em aumentar o efectivo da PNTL, em criar unidades específicas fortemente armadas. Já perdi a conta de quantas unidades de polícia temos. Além da polícia normal, temos a Polícia da Fronteira, a Polícia Marítima, Unidade de Intervenção Rápida e a Unidade de Reserva da Polícia,", afirmou o primeiro-ministro que considera essencial o papel que foi desempenhado nos últimos meses pelos timorenses da Unidade de Intervenção Rápida (UIR). "Os membros da UIR falaram com os 'gangs', com certos elementos da PNTL que andaram metidos com os 'gangs', a aconselhá-los a recuar", afirmou.
http://jn.sapo.pt/2007/03/25/mundo/gangs_fisgas_e_de_pau.html
Timor: Ximenes pede para «esquecer passado e olhar o futuro»O bispo D. Ximenes Belo afirmou hoje em Jacarta que soldados indonésios estiveram envolvidos na violência em Timor-Leste após o referendo de 1999 e pediu aos dois países para «esquecer o passado e olhar para o futuro». «Se olharmos outra vez para o passado, abriremos velhas feridas e cairemos de novo no ódio», defendeu o antigo administrador apostólico de Díli.D. Ximenes testemunhou hoje sobre os acontecimentos de Setembro de 1999 perante a Comissão da Verdade e Amizade (KPP), criada para investigar a violência desencadeada pelas milícias pró-integracionistas.«As milícias e soldados indonésios atacaram o edifício da Diocese de Díli, onde centenas de pessoas tinham procurado refúgio», declarou o Prémio Nobel da Paz, que foi administrador apostólico de Díli entre 1996 e 2002.«Depois de dispararem sem descanso, as milícias e os soldados entraram no edifício principal», contou o bispo timorense, que testemunhou em português perante os dez elementos da KPP.«Os sacerdotes foram arrastados para fora. O complexo da diocese foi incendiado, incluindo toda a biblioteca, arquivos e documentos históricos», acrescentou D. Ximenes.O ataque à Diocese de Díli aconteceu a 05 de Setembro de 1999 e no dia seguinte o alvo foi a residência de D. Ximenes.«Não sabemos quantas pessoas morreram», declarou o bispo.Os cinco comissários indonésios da KPP examinaram o testemunho do bispo, ao ponto de um deles lhe perguntar se poderia ter sido ele próprio a pegar fogo ao edifício da Diocese de Díli estando lá dentro.Depois de escapar ao incêndio, D. Ximenes refugiou-se em Baucau, para onde foi transportado por um helicóptero da polícia indonésia, antes de sair para a Austrália.D. Ximenes contou que outras igrejas por todo o país foram atacadas por milícias integracionistas.Um dos comissários argumentou que as milícias eram católicos que sentiam que a Igreja não era neutral e apoiava a via da independência, ao que D. Ximenes Belo retorquiu que professa a não-violência.Dos 18 acusados na Indonésia de envolvimento nos acontecimentos de 1999, apenas um foi condenado e os outros foram sendo absolvidos em diferentes instâncias.A única condenação é a do ex-comandante de todas as milícias integracionistas de Díli, Eurico Guterres, que testemunha também esta semana perante a KPP.Três generais com conhecimento directo da situação em Timor-Leste em 1999, além do ex-Presidente indonésio B.J. Habibie, estão também na lista de testemunhas que a KPP pretende ouvir nesta segunda semana de audiências.A primeira ronda da Comissão decorreu em Fevereiro em Bali, Indonésia.Diário Digital / Lusa 26-03-2007 15:21:00
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=268953
Correio da Manhã, 2007-03-27 - 00:00:00
Quando terminar o seu mandato de presidente de Timor-Leste
Xanana Gusmão integra novo partido político
O presidente de Timor-Leste, Xanana Gusmão, afirmou ontem em Díli que vai integrar o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), que se apresentará às eleições legislativas de Junho próximo, mas só depois de terminado o seu actual mandato.
“Trouxeram-me uma petição para eu aceitar fazer parte do partido que vão criar. Enquanto presidente, ainda não posso. Mas vou deixar de o ser em breve. Depois vou juntar-me a eles para tentar dar uma nova direcção ao país e ao povo”, afirmou Xanana. O coordenador do CNRT, Eduardo Barreto, explicou que o novo partido vai realizar um congresso em Abril e só depois Xanana tomará posse como líder.
Com Timor a preparar-se para o acto eleitoral, mantém-se a tensão em vários locais do país. Ontem, o Subagrupamento Bravo da GNR participou numa operação de detenção de um indivíduo envolvido nos massacres de Maio de 2006 e deteve um outro suspeito no mercado de Díli.
A violência continua de facto a marcar o quotidi- ano de Timor, apesar dos apelos à reconciliação, nomeadamente por parte do antigo bispo de Díli, D. Ximenes Belo, que apelou aos timorenses para esquecerem o passado e concentrarem-se no futuro.
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=236136&idselect=91&idCanal=91&p=200
Xanana Gusmão anuncia adesão ao partido CNRT
Diário de Notícias, 27/03/07
Por: Armando Rafael
O Presidente de Timor-Leste confirmou ontem em público aquilo que já todos sabiam em Díli: mal termine o seu mandato no Palácio das Cinzas, Xanana Gusmão vai aderir ao Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), o novo partido que deverá ser amanhã formalmente constituído. Ainda a tempo de poder concorrer às eleições legislativas que deverão ser marcadas para Julho, caso sejam respeitados os prazos previstos na lei.
Estas revelações foram feitas momentos depois de o Presidente timorense ter recebido uma petição assinada pelos promotores do CNRT, entre os quais Mau Honu, o antigo comandante das Forças Armadas de Libertaçao de Timor-Leste (Falintil). "Se tudo estiver preparado", explicou Xanana, citado pela Lusa, "eles vão criar um partido e eu vou juntar-me [a eles] depois de sair [do cargo] de Presidente".
Minutos antes, Xanana Gusmão tinha recebido já uma petição, contendo 6500 assinaturas, pedindo-lhe que aderisse ao CNRT. O que foi aceite pelo antigo comandante da resistência militar timorense à invasão indonésia, que decidiu não se recandidatar à Presidência da República, optando por apoiar Ramos-Horta nas eleições marcadas para o próximo dia 9 de Abril. Só depois destas eleições, onde o primeiro-ministro partilha o favoritismo com Francisco Guterres (Lu-Olo), o candidato apoiado pela Fretilin, é que Xanana irá assumir a liderança do CNRT. O que, segundo Eduardo Barreto, que coordena provisoriamente o novo partido, não deverá suceder antes de meados de Maio.
http://dn.sapo.pt/2007/03/27/internacional/xanana_gusmao_anuncia_adesao_partido.html
Xanana confirma entrada num novo partido político
Jornal de Notícias, 27/03/07
Xanana Gusmão disse ontem, em Díli, que vai integrar o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), que se apresentará às eleições legislativas deste ano, mas só depois de terminado o mandato como presidente da República, a 19 de Maio.
"Vieram com uma petição para eu aceitar fazer parte do partido que eles vão criar. Em princípio, enquanto presidente, ainda não posso. Mas vou deixar de o ser em breve. Depois vou juntar-me a eles para tentar dar uma nova direcção ao país e ao povo", disse Xanana Gusmão, durante a entrega de uma petição daquele partido, no Palácio das Cinzas, em Díli.
O actual chefe de Estado recebeu 6500 assinaturas de peticionários que apelam ao actual presidente para que se junte ao CNRT, que será amanhã formalizado como partido político e que vai concorrer às legislativas de 2007, ainda sem data marcada.
"Se tudo estiver preparado, eles vão criar um partido e vou juntar-me depois de sair do cargo de presidente", disse Xanana Gusmão, à agência Lusa, no final de uma cerimónia que juntou cerca de uma centena de pessoas no jardim do Palácio das Cinzas, acto que se prolongou durante hora e meia e que incluiu danças tradicionais timorenses.
Xanana Gusmão, ao lado de Mau Honu, antigo comandante das Forças Armadas de Libertação de Timor-Leste (FALINTIL), aceitou as caixas com a petição e as fotocópias dos documentos de identidade de cada um dos 6500 signatários.
De acordo com Eduardo Barreto, coordenador do CNRT, a entrega das petições foi a primeira fase para a criação do novo partido que hoje deverá realizar uma conferência nacional. "Vamos fazer uma reunião nacional para aprovar o nosso estatuto, programa político, bandeira e hino e, depois disto tudo, vamos registar o partido no Tribunal", disse Eduardo Barreto, em declarações à Lusa.
Segundo o mesmo coordenador, o congresso nacional do partido vai realizar-se durante o mês de Abril e, em Maio, Xanana Gusmão vai tomar posse como líder do CNRT. "Depois de tudo aprovado, o presidente Xanana, que termina o mandato a 19 de Maio, vai liderar, como candidato, o nosso partido", adiantou Eduardo Barreto.
http://jn.sapo.pt/2007/03/27/mundo/xanana_confirma_entrada_novo_partido.html
É lamentável que os jornais e a agência noticiosa portugueses em vez de fazerem a cobertura da campanha eleitoral para as presidenciais cumpram a agenda da Austrália, e dêem mais visibilidade às manobras conjuntas Xanana/Horta, omitindo por completo a campanha no terreno.
Doutro modo como compreender a cobertura massiva à festarola feita abusivamente no Palácio das Cinzas, e o silêncio total sobre a campanha em curso?
Habibie «cooperante» em audiência sobre violência de 1999
O antigo presidente indonésio B. J. Habibie deu hoje, em Jacarta, o seu testemunho sobre a violência registada em 1999 em Timor-Leste, mas as suas declarações à Comissão da Verdade e Amizade (KKP) não foram divulgadas publicamente.
Segundo o presidente da KKP, Benyamin Mangkoedilaga, o ex-chefe de Estado indonésio foi «cooperante» e que respondeu às cinco questões que lhe foram colocadas «sem tentar esconder certas coisas», que não especificou.
«Habibie foi cooperante. Respondeu a todas as questões sem tentar esconder certas coisas», disse o presidente da Comissão, criada em Agosto de 2005 para apurar responsabilidade na onda de violência registada nos meses que precederam o referendo de independência, em 1999, e nas semanas após o anúncio da vitória do «sim».
Mangkoedilaga, citado pela rádio independente indonésia Elshinta logo após o final da audiência, não adiantou mais pormenores sobre a audição a Habibie, indicando, porém, que irá apresentá-los, «mais tarde», numa conferência de imprensa.
Antes de Habibie, a Comissão, que iniciou segunda-feira a segunda ronda de audiências, ouviu o bispo timorense D. Ximenes Belo, que disse que os soldados indonésios estiveram envolvidos, juntamente com milícias, na violência registada em 1999, embora tenha pedido aos dois países para «esquecer o passado e olhar para o futuro».
«Se olharmos para o passado, abriremos velhas feridas e cairemos de novo no ódio», defendeu o antigo administrador apostólico de Díli.
«As milícias e soldados indonésios atacaram o edifício da Diocese de Díli, onde centenas de pessoas tinham procurado refúgio», declarou o Prémio Nobel da Paz, que chefiou a administração apostólica de Díli entre 1996 e 2002.
O ataque à Diocese de Díli, que foi incendiada e provocou um número indeterminado de mortos, ocorreu a 05 de Setembro de 1999 e, no dia seguinte, o alvo foi a residência do próprio D. Ximenes Belo.
Dos 18 acusados na Indonésia de envolvimento nos acontecimentos de 1999, apenas um foi condenado e os outros 17 foram sendo absolvidos em diferentes instâncias.
O único sentenciado foi o ex-comandante de todas as milícias integracionistas de Díli, Eurico Guterres, que testemunhará também ao longo desta semana perante a Comissão.
Três generais com conhecimento directo da situação em Timor-Leste em 1999, além do ex-presidente Habibie, estão também na lista de testemunhas que a Comissão pretende ouvir nesta segunda fase de audiências.
A primeira sessão da Comissão decorreu em Fevereiro último em Bali, também na Indonésia.
Diário Digital / Lusa
27-03-2007 9:45:16
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=269039
Timor: Reinado apela ao voto contra Fretilin e Ramos-Horta
O major Alfredo Reinado, antigo chefe da Polícia Militar timorense em fuga, apelou ao voto contra a Fretilin e contra José Ramos-Horta numa carta enviada a um jornal timorense e a que a Agência Lusa teve hoje acesso.
Na carta enviada ao Timor Post, datada de 21 de Março último, Alfredo Reinado apela ao voto na coligação PD-PSD-ASDT, três partidos da oposição que considerou «de maior confiança».
O Partido Democrático (PD), o Partido Social-Democrata (PSD) e a Associação Social-Democrata Timorense (ASDT) criaram no mês passado uma coligação com vista à formação de um governo após as eleições legislativas, que ainda não têm data marcada.
Mário Viegas Carrascalão, presidente do PSD e um dos dirigentes da coligação, afirmou hoje à Lusa que nenhum dos três partidos teve contacto com Alfredo Reinado.
«Não comentamos a carta de Alfredo Reinado, mas posso garantir que não temos nenhum contacto com ele», declarou Mário Viegas Carrascalão no regresso de uma acção de campanha em Ermera da candidata presidencial Lúcia Lobato.
«Se a coligação ganhar as legislativas, teremos uma justiça justa, não uma justiça tendenciosa», adiantou o líder do PSD, aludindo à operação de captura do major fugitivo.
Alfredo Reinado, figura central da crise de Abril e Maio de 2006, evadiu-se da prisão de Becora, Díli, a 30 de Agosto desse ano.
A 03 deste mês, em Same, sul de Timor-Leste, as tropas australianas das Forças de Estabilização Internacionais (ISF) lançaram uma operação para a captura do ex-comandante da Polícia Militar, que continua fugido.
«O mais correcto no caso Reinado seria voltar à estaca zero e fazer investigações a sério», considerou Mário Viegas Carrascalão.
Para as eleições presidenciais de 09 de Abril, Alfredo Reinado propõe o voto contra Francisco Guterres «Lu Olo» e contra o primeiro-ministro, José Ramos-Horta.
A primeira sugestão de voto de Alfredo Reinado vai para Fernando Araújo «Lasama», «homem de paz e de origens humildes», considerando que «a Justiça ganharia» com a sua vitória.
Já com Francisco Xavier do Amaral, que Reinado considera um «pai da Nação» que «sempre lutou pelos direitos de todos os timorenses», «a Liberdade ganharia».
Na «irmã Lúcia Lobato, uma intelectual e mulher corajosa», Alfredo Reinado vê uma oportunidade para a «Igualdade e Bondade».
«Last but not the least», escreve Reinado nesta carta de três páginas redigida em inglês, o «compatriota» João Carrascalão é apresentado como «homem de grande experiência política». Neste caso, o major sublinha que «a Sabedoria ganharia».
«Se me perguntarem se eu sou neutral nesta selecção, responder-vos-ei NÄO», diz Alfredo Reinado na sua carta.
«Não posso ser imparcial, ainda que a minha condição de militar devesse obrigar-me! Já não acredito mais nos nossos líderes actuais, e é com grande pena e tristeza que os vejo, sem vergonha ou preocupação, candidatar-se de novo a cargos públicos do Estado», acrescenta Reinado.
Na carta de três páginas, Alfredo Reinado exorta os eleitores a procurarem «pessoas limpas, sem sangue nas mãos, sem culpa nas suas mentes, ou vergonha nos seus actos».
Alfredo Reinado apresenta-se a si mesmo como um combatente pela «justiça e liberdade» e o único capaz de trazer «uma verdadeira democracia e liberdade para viver sem se estar sob a pesada repressão de ditadores de esquerda e comunistas».
Diário Digital/Lusa
27-03-2007 13:20:49
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=269102
Lu Olo - Campanha em Lquica: cerca de 3000 pessoas presentes
Ontem, 27 de Marco de 2007, Presidente Lu Olo e a sua comitiva realizaram a campanha em Liquica onde contaram com a presenca de cerca de 3000 pessoas.
Fotos no www.luolobapresidente.blogspot.com
www.luolo.blogspot.com
Timor: Habibie responsabiliza Annan pela violência de 1999
O antigo presidente da Indonésia, B. J. Habibie, responsabilizou as Nações Unidas, em particular o ex-secretário-geral Kofi Annan, pela violência registada em 1999 em Timor-Leste.
Segundo Habibie, a violência que antecedeu o referendo da independência e que se seguiu à votação poderia ter sido evitada se Annan não tivesse divulgado os resultados antes do que fora combinado com as autoridades de Jacarta.
«Habibie disse que Annan quebrou a promessa ao anunciar os resultados do referendo a 4 de Setembro de 1999, muito antes da data acordada, a 7 do mesmo mês», afirmou o comissário Achmad Ali, membro da Comissão da Verdade e da Amizade (KKP), que entrou segunda-feira na segunda ronda de audições para apurar os acontecimentos de 1999.
Nesse sentido, a Comissão poderá convocar o ex-secretário-geral da ONU para esclarecer as acusações de Bacharuddin Jusuf Habibie sobre a decisão de divulgar os resultados antes da data acordada entre as autoridades de Jacarta e o próprio Annan.
A notícia é publicada nos jornais The Jakarta Post e Sydney Morning Herald, que adiantam que o anúncio prematuro dos resultados do referendo, que permitiram a Timor-Leste ascender à independência, não permitiram às tropas indonésias chegar a tempo para pôr cobro à violência que acabaram de começar.
Diário Digital / Lusa
28-03-2007 7:43:00
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=269192
Tradução do texto do Anónimo (Segunda-feira, Março 26, 2007 5:07:00 PM)
Uma palavra acerca de Ramos Horta. Este homem teve pouco interesse pelo seu próprio país no tempo em que foi ministro dos estrangeiros, especialmente nos últimos anos, quando começou a sua campanha para Sec Geral da ONU para substituir Kofi Anan. Passou entre 60 a 70 por cento do período no exterior da nação. Sob o padrão do ministro dos estrangeiros mais ocupado, foi um grande feito. Se se examinar o que fez e quanto tempo dedicou ao trabalho de Timor-Leste descobrimos que 50 por cento do tempo foi gasto em engajamentos de discursos e noutras passeatas pagas. Alguns argumentarão que isso eleva o estatuto de Timor na comunidade internacional, mas outros sugerirão que isso foi uma oportunidade para vantagens lucrativas.
Foi um exercício para aumentar o seu CV para um posto que ele queria e que não podia obter e por isso mudou o foco para uma carreira política doméstica para ter melhores oportunidades a postos internacionais de alto nível.
Timor-Leste não precisa de um Presidente que está a construir um CV, com um olho noutro prémio maior (o que inevitavelmente resultará em compromissos e acordos com outros). Precisa de um Presidente comprometido com a construção da nação e das suas instituições. Os Timorense não precisam de ser usados como plataformas de lançamento visto que eles merecem mais...muito mais.
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