Manifestantes anti-Mari Alkatiri entraram em Díli
Díli, 07 Fev (Lusa) - Cerca de 2500 pessoas, transportadas em mais de 50 camiões, entraram às 19:00 (10:00 em Lisboa) em Díli, capital de Timor-Leste, entoando palavras de ordem contra o ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri.
A manifestação, proveniente de Liquiçá (a 36 km a oeste de Díli), protesta contra o arquivamento do processo-crime que envolvia Mari Alkatiri, por alegada distribuição de armas a civis, e apoia a principal testemunha do processo, Vicente Rai Los.
Os manifestantes entraram na avenida principal de Díli, sem terem qualquer resistência e foram aplaudidos por uma multidão de populares que ali se concentraram.
As forças internacionais que garantem a segurança no território estão ainda a decidir formas de actuação, segundo apurou a Lusa em Díli.
A marcha entrou na capital timorense já de noite, estando os manifestantes concentrados diante da embaixada australiana.
PRM/LAS Lusa/Fim
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Manifestação chefiada por Rai Los desviada de centro de Díli
Díli, 07 Fev (Lusa) - Uma manifestação com cerca de 2500 pessoas contra o ex-primeiro-ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri, foi hoje afastada do centro de Díli, pela intervenção das forças policiais da ONU.
Os manifestantes, transportados desde Liquiçá (a 36 km de Díli) por mais de 50 camiões, são chefiados por Vicente Rai Los, a principal testemunha do processo contra Mari Alkatiri, entretanto arquivado.
O arquivamento do processo, anunciado por Mari Alkatiri na segunda-feira, é um dos motivos desta marcha durante a qual estão a ser gritadas palavras de ordem contra o ex-primeiro-ministro.
A manifestação entrou em Díli às 19:00 (10;00 em Lisboa) por uma das avenidas principais da capital, mas pouco tempo depois foi travada pelas forças policias das Nações Unidas.
Durante as negociações, em que participaram elementos da GNR e, por banda dos manifestantes, o deputado eleito pelo PSD e agora independente Leandro Isaac, foi decidido que o desfile não iria atravessar o centro da cidade, na qual se encontram refugiados da zona leste da ilha, possíveis adversários dos homens de Rai Los.
"É uma reivindicação contra o actual governo e contra a conspiração política do actual governo", disse Isaac à Lusa, depois de revelar que a manifestação é liderada por Rai Los.
"É uma reivindicação pela justiça no seu todo", acrescentou o deputado independente, que disse que a marcha foi organizada pelo Movimento de Unidade Nacional para a Justiça.
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Timor-Leste/Presidenciais: "Se decidir avançar, avanço" - Ramos-Horta
Díli, 7 Fev (Lusa) À O primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, afirmou hoje que continua em aberto a hipótese de se candidatar à Presidência da República e manifestou o desejo de ter o apoio "de todas as forças políticas.
"Se decidir avançar, avançarei", declarou hoje em Díli antes de viajar para Nova Iorque.
"Gostaria de ter o apoio de todas as forças políticas", reafirmou o chefe de governo, sublinhando que ainda não tomou a decisão de se candidatar às eleições de 9 de Abril. "Conto com Deus e com o povo", afirmou à margem da assinatura de um acordo para a conclusão da rede de emissores da televisão timorense em todos os distritos.
José Ramos-Horta não quis responder ao secretário-geral da Fretilin e ex-primeiro-ministro, Mari Alkatiri, que segunda-feira exigiu em conferência de imprensa desculpas públicas do actual primeiro-ministro e do Presidente da República, Xanana Gusmão.
"Eles sabem perfeitamente os corredores que fizeram para me forçarem a sair do governo", referiu Mari Alkatiri ao anunciar, segunda-feira, o arquivamento do processo-crime aberto contra si em Junho de 2006, por alegada entrega de armas a civis.
"Os meus actos foram todos públicos e a minha preocupação única e exclusiva foi de evitar que a crise (se) agravasse e descambasse em guerra civil", explicou hoje José Ramos-Horta antes de deixar o país para uma visita a Nova Iorque e a Berlim.
"Esforcei-me muito para o diálogo entre a Presidência da República e a direcção da Fretilin", acrescentou.
"O que eu disse na altura é que nunca acreditei que o doutor Mari Alkatiri pudesse estar implicado directa ou indirectamente nas alegações feitas" contra ele.
O gabinete do primeiro-ministro distribuiu terça-feira à imprensa uma nota com a transcrição de uma entrevista à Australian Broadcasting Corporation e um despacho da agência AFP, ambos de Julho de 2006, nos quais José Ramos-Horta afirmava a mesma incredulidade e "inexistência de provas" contra Mari Alkatiri.
José Ramos-Horta acompanhará em Nova Iorque o debate no Conselho de Segurança sobre a situação em Timor-Leste e o futuro da missão das Nações Unidas no país.
Sem outro comentário à invectiva pública de Mari Alkatiri, José Ramos-Horta explicou que nunca teve qualquer intenção de ocupar a chefia do governo, propondo até "vários nomes" para o cargo antes de aceitar liderar o II Governo Constitucional.
"Se não tivesse havido crise, não estaria aqui hoje", disse ainda o primeiro-ministro. "Abandonei a minha não-candidatura a secretário-geral das Nações Unidas, quando já tinha muitos apoios para o cargo", no Conselho de Segurança, de membros permanentes, "de políticos em Washington".
PRM Lusa/Fim
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
Noticias LUSA
Por Malai Azul 2 à(s) 00:04
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
6 comentários:
1. Uma manifestação contra um ex-primeiro ministro? Mas o que é que pretendem?!!O abismo?! só pode ser...É um sinal claro de que as acusações que fizeram ao líder de Fretilin sempre tiveram motivações políticas.E de intolerância política religiosa e cívica.E a política deve ser feita fora dos Tribunais.
Manifestações contra uma decisão de um Tribunal?!!Num estado de direito as decisões dos tribunais são para cumprir. Quem não concorda recorre. Mas sem gritos e sem violência. Em ordem (que é uma palavra que parece esquecida em Timor Leste).
2. Têm-se lido algumas vozes contra uma "justiça CPLP" em Timor Leste. Não existe tal coisa. Existem juristas brasileiros,portugueses, angolanos, moçambicanos e timorenses que fazem despachos e sentenças em língua portuguesa. Só isso os une. A língua. E alguns princípios de direito universal/internacional.O direito brasileiro tem uma forte influência anglo-saxónica. E o direito português uma grande influência francesa, alemã e italiana. Portanto quando se acusa que existe uma justiça CPLP em Dili está-se a fazer demagogia e a ser pouco sério. Faz-se política e defendem-se determinados interesses estratégicos, de forma, aliás, (pouco)camuflada.Os interesses estratégicos dos australianos, vale a pena chamar a coisa pelo nome.
3. Ramos Horta deve avançar. Ramos Horta vai avançar. Tem competência para ser um grande presidente da república de Timor Leste. O Presidente da República tem funções sobretudo políticas e Ramos Horta é um político experiente, experimentado e muito hábil. Só vejo um problema em votar nele: não acredito que cumpra o mandato. Ramos Horta é uma espécie de Durão Barroso timorense. Na primeira oportunidade, e a presidência da república abrirá ainda mais algumas portas, Ramos Horta sairá habilmente para a tão desejada carreira internacional.Não tenho dúvidas. E Timor Leste não precisa de um presidente a prazo. Precisa de alguém para cumprir um mandato e um programa para cinco anos (senão 10 anos).
4. O presidente da República não é (como pretendem algumas teses que circulam em Dili),e num sistema de governo como o que está consagrado na Constituição timorense o líder da oposição ao Governo e ao partido maioritário no parlamento.O presidente da república é presidente de todos os timoreses, também os do partido maioritário. Deve estar acima da luta partidária. Ser imparcial. Ser neutral no jogo político partidário.O que não significa não ter um programa politico próprio para cumprir. E se tiver que tomar uma decisão contra o Governo deve invocar e estar centrado no interesse nacional e não nos interesses dos partidos minoritários.
O presidente da república como líder da oposição conduz à guerrilha institucional e à tragédia como se viu em Abril/Maio de 2006.
2,500 faltam mais manifestantes de Ermera, Aileu, Maubissse, Ainaro e os distritos de Leste. Queremos justica. O FRETILIN VAI VER QUEM O POVO SUPORTA.
1. Manifestacao contra ex-Primeiro Ministro? Estao a falhar redondamente o alvo. A noticia deveria ser entitulada:
"Manifestacao contra a decisao da Procuradoria Geral".
Muitas vezes, porque a decisao nao e favoravel aos interesses deles (dos manifestantes e de outros)e como temos vindo a assistir recentemente que o tribunal mantem uma postura de imparcialidade, eles aparecem com lamurias de que o nosso sistema judiciaria e fraco, que a decisao esta contaminada por motivos politicos ou alguem esta a influenciar a decisao do tribunal e tudo mais. E verdade que temos muitas limitacoes mas tabem temos que respeitar os esforcos feitos para fortalecer a instituicao.
2. Quanto a candidatura do Dr. Ramos Horta, todos o conhecem. Ele vai anunciar a candidatura de toda a gente menos a dele. Eh uma estrategia podre para queimar os outros ou rebaixar os outros. Ele pode confiar em Deus e conseguir a sau bencao mas no povo ou nos adeptos da Fretilin nao vai pescar de certeza. No entanto, podemos aceitar a ideia de que, para Ramos Horta, corrida para a chefia do Estado eh a mais provavel porque concorrer para ocupar a chefia do executivo ou do governo nao ha hipotese nenhuma. Nesta linha, (concorrer ser Presidente)ele vai, optar como estrategia, invocar sempre o nome de Deus nas suas intervencoes publicas (seja atraves da comunicacao social ou noutros eventos)para mostrar que ele eh a pessoa certa porque eh cristao e ter a simpatia da Igreja Catolica isto eh da hierarquia eclesiastica. Numa primeira fase a estrategia provavelmente ira ter algum eco, principamente na hierarquia eclesiastica, e atraves destes vao pregrar sermao ou melhor dito, explorar o medo dos fieis de que irao sofrer eternamente no fogo do inferno se votarem no partido do Alkatiri. Mas eh muito pouco provavel que a estrategia pegue porque o povinho sabe o que quer e no momento certo ele revelera a sua verdadeira intencao. Muitas vezes os analistas falham redondamente nas suas analises porque a aparencia nao eh tudo. O exemplo mais concreto foi a manifestacao organizada pela igreja catolica que durou 18/19 dias onde manifestantes vieram (transportados em camioes tambem)de todos os distritos e gritaram palavras de ordem "abaixo Alkatiri, abaixo o ditador, abaixo o grupo de Maputo, etc" mas (quando chega o momento certo)nas eleicoes de chefes de sucos e chefes comunitarias eles votaram maioritariamente no partido do Dr. Mari Alkatiri. A Fretilin ganhou quase em todos os Distritos.E um facto. Portanto, perante as ameacas de que vao sofrer eternamente no fogo, eles vao todos ajoelhar e dizer amem mas quando chega a hora da confissao eles vao confessar que mentiram por ter medo de serem ex-cumungados pelos padres ou das represalias do alem.
Noko Ruby
havera entaun novas evidencias contra o Mari que se apresentem no TRIBUNAL e como timorense queria tambem ouvir e por acaso por odios e vingansas ambisoens politicas e economicas para criar mais disturbios ao POVO DE TIMOR LESTE pois nao valia apena gastar o tempo inutil a dar voltinhas de desespero,secretamente apoiados por inlectuais que nao mostram a cara e que se mostrarao quando o partido deles tiver sucesso nas duas eleisoens.
uma manifestacao com 2500 que nao e real como foi previsto para esse numero,e lamentavel trite e eram apenas os 400 ou 500 pessoas que andaram as voltas em Dili com raisala ou desculpa Railos Lohidor.
O Railos esteve no Tribunal e nao prestou evidencias contra Mari e agora la fora faz barulho com manifestacao,e para nao acreditar.E
uma forca que esta atraz dele a pprovocar disturbios contra a Mari e contra a FRETILIN.
Realmente, não faz sentido protestar contra Alkatiri, porque este não tem nada que ver com as decisões da justiça.
É legítimo discordar dessas decisões, mas pacificamente. E para isso não é preciso atacar ninguém. Já basta de ataques.
É estranho saber que dentro de 2 meses haverá eleições e quase ninguém parece preocupar-se com o futuro que se vai decidir nelas. Em vez disso, algumas pessoas insistem obssessivamente em slogans velhos e gastos que não levam a lugar nenhum nem resolvem os problemas do País.
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