Díli, 04 Jul (Lusa) - O presidente timorense, Xanana Gusmão, enviou à F RETILIN um documento sobre a formação do futuro governo de gestão, disse hoje à Lusa Estanislau da Silva, membro da Comissão Política Nacional do partido maiori tário de Timor-Leste.
Segundo Estanislau da Silva, a resposta da FRETILIN ao documento do Pre sidente da República deverá ser dada quarta-feira.
A resposta, frisou, deverá ser entregue pela delegação do partido, que aguarda desde o Comité Central, de 25 de Junho passado, a confirmação do pedido de encontro com Xanana Gusmão para apresentar as conclusões daquela reunião part idária.
Instado a detalhar o conteúdo do documento enviado por Xanana Gusmão, Estanislau da Silva escusou-se, limitando-se a afirmar que o conteúdo "é negociável".
Fonte da Presidência da República disse, entretanto, à Lusa, que o documento "contempla o conceito de governo de transição tal qual é entendido pelo Presidente da República".
A necessidade de formação de um governo de gestão "visa corrigir as ano malias de governação" registadas no anterior executivo, liderado por Mari Alkati ri, que se demitiu do cargo a 26 de Junho, acrescentou a fonte.
O governo é actualmente coordenado pelo "número dois" do executivo, o m inistro de Estado José Ramos Horta, que detém ainda as pastas dos Negócios Estra ngeiros e Cooperação e a da Defesa.
Ramos Horta, o ministro da Saúde, Rui Araújo (ambos independentes), e Estanislau da Silva, que tutela a Agricultura, Florestas e Pescas e é membro do C omité Central da FRETILIN, integram a lista de candidatos a primeiro-ministro do governo de gestão que a Comissão Política Nacional do partido pretende entregar a Xanana Gusmão, disse à Lusa o porta-voz Filomeno Aleixo.
quarta-feira, julho 05, 2006
PR Xanana enviou documento a FRETILIN e aguarda respostas
Por Malai Azul 2 à(s) 02:00
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Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
25 comentários:
Parece-me, nesta altura dos acontecimentos que a FRETILIN de ve promover a vontade de Xanana Gusmão, mas sem facilitar. No entanto, creio ser necessário dar lugar ao governo de gestão - se é que essa figura existe em Timor-Leste - liderado por José Ramos Horta. Aquilo que mais interessa a Timor-Leste é uma apurada investigação independente, verdadeiramente independente e imparcial, que apure os crimes cometidos neste processo desde o primeiro dia. Deve inclusivamente investigar-se a veracidade do envolvimento da Igreja católica na alegada tentativa de há um ano atrás supostamente junto dos comandos das F-FDTL.
Ninguém deve ficar de fora, e não se poderá deixar de lado o envolvimento estrangeiro - países - nesta vergonhosa questão.
Neste ról deve entrar toda a envolvente em torno da entrada das tropas australianas - confrontarem-se as declaraçoes de calamidade do governo de Camberra. Assim como não deve ficar de fora o envolvimento da actual companheira do presidente da república, a australiana - que "um dia se apaixounou pelo mito", conforme declarado pela mesma a jornalistas em 2002, em Dili -, pelas declarações publicas prestadas no início da crise, secundando e provocando mais e directas ingerências de Camberra (o seu Governo).
Mas dizia, deve-se dar a Jose Ramos Horta o benefício da governação de Timor-Leste. Acho mesmo que o bi-ministro deve ter essa oportunidade para mostrar que tem capacidade para o fazer. Mas fá-lo-á até`às proximas eleições nacionais.
Jose ramos Horta deve e pode governar, deixá-lo governar é brindar a xanana gusmao.
Contudo, uma coisa é certa: Jose ramos Horta nao nasceu para governar um país, nasceu para o representar no exterior. Mas Jose Ramos Horta vai rodear-se de assessores internacionais que governarão por ele. Por isso nao tenham medo, Jose Ramos Horta vai longe...
ja agora dizer que devem deixar Jose Ramos Horta governar, alguem tera de governar nesta fase. Interessa que a justiça siga o seu rumo, com os olhos bem abertos por todos, e que o pais volte a ter um rumo. seja ele qual for ficara na historia, interessa levar para casa os deslocados, recolher as crianças e tratar delas.
governem la como entenderem, mas acabem em definitivo com esta vergonha. o mundo esperava um pouco mais de Timor e dos timorenses.
anomalias do anterior governo, mas qual anterior governo? e ja agora a pergunta fica: pq razao a fretilin vai neste baile? afinal, nao basta dizer que se tem a maioria parlamentar com a ajuda da ASDT - do verdadeiro presidente da republica timorense, xavier do amaral -, ha que mostrar que se tem legitimidade popular e constitucional. Porque abdicam disso tudo? porque nao "morrem" na praia se necessario for?
nao entendo nada disto alguem me podera explicar o q se passa?
Anónimo das 2:32:17 AM: A Fretilin "tem a maioria parlamentar com a ajuda da ASDT "? Deve andar com a matemática por baixo. Enão num Parlamento com 88 deputados não sabe que bastam 45 para haver maioria parlamentar e a Fretilin até tem 55! A Fretilim sózinha tem mais que a maioria parlamentar.
Caro Malai Azul,
Será possível CENSURAR - sim, cortar, eliminar - estes comentários repetitivos e insultuosos, com recurso a linguagem ordinária, que alguns insistem em repetir em todos os posts - provavelmente por falta de capacidade mental de recorrer a um raciocínio.
Obrigado.
concordo em absoluto, pode o malay azul editar o seu blog com recurso a eliminação de palavras obscenas?
a verdade de uns e outros interpretada de forma livre e aberta não se coaduna com os palavrões que surgem em alguns posts.
ja agora, margarida, a maiorira parlamentar até existe, mas para determinadas votações os votos da asdt contam muito junto da fretilin - nao é crime, garanto.
Anónimo das 4:11:12 AM: Eu sei que não é “crime” em determinados assuntos que estão designados na Constituição ser necessário uma maioria qualificada, de dois terços por exemplo. Mas o que se disse não foi isso mas sim que a Fretilin não tinha sozinha a maioria absoluta. Ainda bem que concorda comigo que tem.
Mau Seran: como o compreendo! Mas isto de um povo aprender a governar-se, ainda por cima um povo que há cinco séculos foi tratado como sendo de segunda classe exige muito trabalho e a firme liderança dum partido como a Fretilin. É na Fretilin que está o segredo, e é no reforço da Fretilin e na sua ligação cada vez mais estreita ao povo que eu penso que têm de se empenhar para levar o país para a frente.
Mau seran: mas olhando para o panorama partidário de Timor-Leste, para a sua prática e para a sua ligação à população e à luta que tem desenvolvido, para mim não há dúvida de qual o partido que melhor representa "o interesse do povo, as suas aspirações e vontades". E não se esqueça que um partido é uma parte da sociedade e representa os interesses dessa parte. E como sabe na sociedade há interesses contraditórios. Peça-se pois só aos partidos que lutem dentro da lei e da constituição pelos interesses da parte da sociedade que representam. Acredite que se o fizerem dentro da lei, já é um grande avanço.
Mau seran: Dê desconto à Margarida.
Para ela, em Timor como em Portugal, partido só há um. Os outros estão a mais. As eleições livre e directas são um acto burguês que só devem ser invocadas quando estão a nosso favor.
Ainda há pessoas que acham que a oposição não tem relevância em sede própria. No Parlamento.
Quando se tem a maioria, despreza-se a oposição, quando não se tem, como em Portugal, substitui-se o Parlamento por jornadas de luta.
Afinal Xanana é comunista!
Ninguém me tira da cabeça que se Alkatiri tivesse conseguido transformar a FRETILIN num partido verdadeiramente democrático e aberto, sem ambições de poder eterno, ainda hoje era Primeiro-Ministro, Timor-Leste vivia em paz, Xanana teria que se conformar em cortar fitas e os Aussies não tinham posto a pata em Rai Timor.
E nem aprendem com a História. Bastava ver o que ia acontecendo em Portugal com a distribuição de armas a civis, por um triz não entrámos em guerra civil. Com grande pena de alguns provavelmente.
Ai Timor
Anónimo das 6:29:19 AM: Em Portugal há seis partidos com representação parlamentar e em Timor-Leste há o dobro, doze. E se tem havido aqui alguém que com mais persistência tenha defendido eleições democráticas em TL olhe que tenho sido eu. Não a única, mas com mais persistência. E também quem mais tem criticado a oposição por não desenvolver actividade política e se pôr debaixo do guarda-chuva presidencial e da Igreja, nomeadamente nas manifestações tanto das de 2005 como nas de 2006.
E como não é meu hábito pôr-me a responder a acusações infundadas quando trouxer “substanciazinha” eu respondo. Resta-me assinalar só os disparates de julgar a Fretilin não pelo que faz nos quatro anos em que está no poder mas por ter “ambições de poder eterno” e de afinal imputar essa alegada “ambição” do PM como razão para a sua saída, apesar do próprio ter dito, no dia 26 de Junho “Declaro: Pronto a resignar-me do meu cargo de Primeiro-Ministro e do Governo da RDTL para evitar eventual resignação do Presidente da República”. Para quem se diz ser tão “ambicioso” é um notável exemplo!
E só não percebo mesmo porque é que este teórico afinal remata “com a distribuição de armas a civis”, pois se o crime afinal era a “ambição de poder eterno” e se todos os que têm armas em seu poder são amigos do PR e do ministro dos estrangeiros…
Aquilo que invoca para os outros - não acusar sem ter provas, nem por ouvir dizer - também é válido para a Margarida(o)!
Não se esqueça disso...
"E só não percebo mesmo porque é que este teórico afinal remata “com a distribuição de armas a civis”, pois se o crime afinal era a “ambição de poder eterno” e se todos os que têm armas em seu poder são amigos do PR e do ministro dos estrangeiros… "
IRONIC ISN'T IT!
Anónimo das 8:07:51 AM: Mas olhe que eu vi na TV, o grupo do Alfredo em cerimónia militar a entregar com toda a pompa e circunstância as armas aos australianos, como vi também na TV, na residência do Xanana este mais o Longuinhos a receberem mais uma série de armas (doutro grupo qualquer), como também vi em Ermera na tal cerimónia também formal, o Ramos Horta com outro grupo a dizer que aquelas armas (que estava a receber) eram a prova dum crime. E como todos sabemos todos os que entregaram armas aos australianos directamente ou indirectamente via Xanana e Ramos Horta são civis. E se dúvidas houvesse também lemos das reuniões, das várias reuniões que tanto o Xanana como o Ramos Horta de há meses a esta parte têm tido com todos eles e até na semana passada vimos num comício o PR a partilhar o mesmo palco com alguns deles. Além dos encómios que lhes fez no tal discurso do dia 22 de Junho. Eu estou a falar de factos documentados, televisionados e de que até se gabaram.
O elenco governamental vai ser o mesmo a excepcao do PM? Afinal nao houve seis resignacoes antes da "resignacao" do PM? Se se resignaram, deveriam, pelo menos, ser consistentes com as respectivas declaracoes. Estou a referir-me ao MNE, Dr. Jose Ramos Horta, MTT, Eng Ovidio Amaral, MEC, Dr. Armindo Maia, Vice-Ministro de Sauda, Sr. Luis Lobato, Secretarios de Estado, Cesar Cruz e Egidio. Nao me esqueco que um ate apresentou doenca como uma das razoes que o levou a resignar-se do cargo. Ja deixou de estar doente? Ai, ai, Timor....
Todos podem ter ambicoes mas nem todos tem campacidade para certos cargos. O cargo de PM e complexo.
E preciso conhecer todos os portfolios, ser astuto nas negociacoes com a Australia e governar Timor-Leste com mao de ferro, especialmente no que toca ao combate a corrupcao a qual muitos se acomodaram durante a ocupacao indonesia. O Primeiro -Ministro demissionario tinha estas qualidades e era um grande incomodo a tantos... Foi por isso que se juntaram para depo-lo mas a verdade sera contada. Sera apenas uma questao de tempo. A justica sera feita e o nome de Mari Alkatiri ficara registado na historia de Timor-Leste como um dos filhos mais destemidos da nossa patria. Forca, Alkatiri.Es uma grande nacionalista.
'Lapangan Pramuka' muda ba 'Campo da Democracia', tamba Partidos hotu-hotu assina katak, sei harí Governo Unidade Nacional. Fretilin manán tiha, sira sés-an ba 'compromisso político' ida nebé sira simu. Se lakohi simu, lalika ba, do que ba tiha, assina tiha, no fim sé kotuk ba lia fuan nebé temi. Hanesan los Constituição nebé sira halo, Leis nebé sira halo. Sira halo tiha, fila kotuk, la kumpre tuir.
Povo nebé ha'u respeita tebes
O representasaun unidade ida iha tempo 2000-2002 kuandu Sergion iha Timor, em praticamente ne ita bele bolu hanesan "governo" unidade ida nebe iha representasaun husi partido oin oin, mais podia servisu hamutuk sira husi partidu kiik ne so keisha tun keisha sae, balu competensia laiha duni, balu ba representa timor iha rai seluk mais lanu tiha iha hotel, bele husi ba maun Lasama tamba nia hatene se maka halo ajuneira ne.
corresaun - Sergion - Matebian (Sergio Viera De Mello)
In 1787, the man who would later become fourth President of the United States, James Madison, wrote: ‘The accumulation of all powers, legislative, executive and judiciary, in the same hands … may be justly pronounced the very definition of tyranny.’ Madison’s words, published in New York newspapers with the aim of persuading the people that their new Constitution should divide powers between the branches of government, captures the sentiment that underpinned last week’s decision by the Supreme Court to curb Presidential power. President Gusmao should read these words carefully and reflect, but then again he rarely reflects on anyhting unless it is of his ilk or kin. Sad how things have become for a young democracy.
ACTIVITIES OF SPIES. THE TRUTH. WE HAVE SPIES WHO DO IT WITHOUT COMPULSION.FOLLOWING IS AN EXCERPT FROM AN ARTICLE BY DON D'CRUZ, RESEARCHER WITH THE INSTITUTE OF PUBLIC AFFAIRS IN AUSTRALIA ABOUT SOME SPYING ACTIVITIES FOR AND ON BEHALF OF TIMOR-LESTE. ARE THESE STILL GOING ON?
AVI’s problems were exposed when
an Australian Story documentary
programme (on ABC TV) about
Kirsty Sword, the new wife of East
Timorese president Xanana Gusmao,
revealed that she had engaged in a
range of covert activities while employed
by Australian foreign-aid NGO
AVI as a teacher. Andrew Bolt
summed it up neatly when he wrote:
‘bravery is one thing, but spying while
pretending to be an Australian aid
worker is dumb and dangerous—to
many others’.
Irrespective of what one thinks
about the cause of East Timorese independence,
Sword’s actions were
reckless given the degree to which
Australian aid workers and citizens in
general were compromised by her activities.
Margarida:
A distribuição de armas (Rogério Lobato admitiu), não se restringe às que são conhecidas. Infelizmente, há muitas mais. E a mnautenção do poder eterno tem várias frentes, é tentacular.
São as armas, é o controlo das admissões no funcionalismo público, é o financiamento da FRETILIN via "colectas para o 20 de Maio", ou o leilão da T-shirt do Alkatiri na sede da FRETILIN.
E são apenas exemplos. E sei do que falo.
E se isto continuasse assim, nas próximas não teria 55 deputados, teria 75, a avaliar pelos resultados das Locais.
Não estou a justificar o golpe palaciano. É um atentado à democracia e causou e causa muito sofrimento e mortes. Isso nunca poderá ter o meu aval.
Mas com as qualidades de Alkatiri como Primeiro-Ministro, a pergunta que faço desiludido é, qual a necessidade de controlar o Estado através do Partido? Porque não resistiu à tentação de tudo controlar? Porque não reformou o Partido a tempo e horas?
Para quê a votação de sovaco no ar?
Não foi eleito com 90% dos braços?
Então porquê violar a Lei? Só para o José Luís guterres não concorrer?
Será queele não conhece tantos exemplos desses que acabam por virar o feitiço contra o feiticeiro? Basta ver a aceitação do PCP e respectivos métodos de eleição dos dirigentes, nos eleitores portugueses.
Foram tudo argumentos escusados para os inimigos políticos e estrangeiros.
A isto chama-se cegueira política.
Ai Timor
Margarida disse: "E não se esqueça que um partido é uma parte da sociedade e representa os interesses dessa parte. E como sabe na sociedade há interesses contraditórios. Peça-se pois só aos partidos que lutem dentro da lei e da constituição pelos interesses da parte da sociedade que representam."
Esta mesmo aqui claro e directo do teclado da propria margarida essa visao de democracia que ela/e tanto defende. As suas palavras podemos logicamente crescentar: "e porque o governo era da fretilin o governo nao estaria a fazer senao o seu trabalho ao zelar pelos interesses da fretilin."
E esta a visao da margarida e estao mesmo em grande sintonia com o raciocinio dos duros da Fretilin de quem o Alkatiri e lider (o mestre) e Rogerio Lobato (carrasco). Porque isto e exactamente o que o governo sob a lideranca de Alkatiri e a sua clique de Mocambique tem vindo a fazer e o modo como tem vindo a governar.
Obrigado margarida. Custuma-se dizer que quanto mais falamos mais de nos revelamos!
Anónimo das 5:40:46 PM: seria bom que antes de debitar sobre uma realidade se informasse um pouco previamente, o que evitaria o disparate de escrever que a Fretilin “nas próximas não teria 55 deputados, teria 75, a avaliar pelos resultados das Locais”. É que, conforme o Artigo 93º da Constituição da RDTL, “2. O Parlamento Nacional é constituído por um mínimo de cinquenta e dois e um máximo de sessenta e cinco deputados.”, isto é só no 1º mandato é que teve excepcionalmente 88 deputados.
Depois, não acha também duma tremenda arrogância dizer que se o povo reforçar o seu voto na Fretilin isso representa a “mnautenção do poder eterno”, esquecendo-se que a Fretilin só está no governo há quatro anos e por votação expressa dos cidadãos timorenses e que em 2007 concorre para um mandato de cinco anos?
A seguir faz uma amalgama onde mistura “as armas, é o controlo das admissões no funcionalismo público, é o financiamento da FRETILIN via "colectas para o 20 de Maio", ou o leilão da T-shirt do Alkatiri na sede da FRETILIN”, para tentar acusar a Fretilin de ser uma organização mafiosa (“é tentacular”, escreveu). Quanto às armas deixemos a justiça actuar, tudo o que agora se disser de armas em relação à Fretilin são atoardas, pois até à data só se viram armas nas mão dos aliados do PR e do ministro dos estrangeiros. Quanto às admissões no funcionalismo público se qualquer cidadão conhecer qualquer irregularidade pode (e deve) sempre recorrer conforme a lei, pois na Constituição estão assegurados direitos iguais para todos os cidadãos timorenses, quanto às “colectas para o 20 de Maio” não faço ideia do que seja, mas quanto ao “leilão da T-shirt do Alkitiri na sede da Fretilin” presumo que seja uma normalíssima iniciativa de angariação de fundos que todos os partidos em todo o mundo fazem e nem vejo porque é que a traz para aqui.
Quanto à acusação “necessidade de controlar o Estado através do Partido”, não passa disso mesmo, acusação infundada. Aqui em Portugal ninguém contesta que o PM indique para o topo dos serviços de informações, ou das forças armadas, ou da polícia, ou para PGR, ou para o conselho de administração das empresas participadas, ou para assessorar gabinetes, etc., quem bem entende, não entendo porque é que o PM de Timor-Leste não o poderia fazer. Ou nem ainda reparou que nos USA quando muda uma Administração, mudam todos os seus dirigentes? E que o mesmo se passa em França, ou na Inglaterra? É o vulgar de Lineu por esse mundo fora, e até a maioria desses PM’s e PR’s nem sequer tiveram vitórias tão expressivas quanto teve a Fretilin. Mas a eles não chama mafiosos nem tem receios dos seus tentáculos…
Quanto à linha política dum partido e à eleição dos seus dirigentes, as leis de todos os países (incluindo a lei nº 3 da RDTL) dizem que isso é da responsabilidade do próprio partido. E pelos estatutos da Fretilin é pelo coongresso que essas coisas que definem e o último congresso da Fretilin realizou-se há menos de dois meses e democraticamente definiu a linha política e elegeu os seus dirigentes. E está careca de saber que tudo foi feito de acordo com a lei do país, os estatutos da Fretilin e a vontade do Congresso e NINGUÉM impugnou, nem o José Luís Guterres, portanto, não seja mais papista que o papa.
E francamente não percebo também porque traz o PCP à baila. No PCP mandam os seus militantes, na Fretilin mandam os militantes da Fretilin. E se as decisões da Fretilin são acertadas ou não isso ver-se-à nas próximas eleições, e só nas próximas eleições. É esta a única maneira democrática de agir, no combate político, franco, leal, apresentando propostas e candidatos e respeitando o sufrágio popular. E não com golpes de palácio, nas ruas, ou no interior dos partidos.
Anónimo das 7:18:54 PM O que eu disse é o b a bá da política, em todas as democracias e Timor-Leste é uma democracia, ou já se esqueceu desse pormenor? Mas se reparar no próprio nome da Fretilin, verá que:
“A Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (FRETILIN) é uma Organização política que se propõe conduzir o povo para a consolidação da Nação Maubere e a edificação do estado de Timor-Leste independente, soberano, democrático onde só impera a soberania do Povo expressa na lei e no Direito.” (pode ler o resto dos Estatutos aqui: http://www.geocities.com/alextilman/fretilin.htm
E se comparar este propósito da Fretilin com a Constituição que propôs para a RDTL e que todos os 88 deputados aprovaram e com a acção que conduz no governo em todas as frentes (desenvolvimento rural, educação, saúde, salvaguarda dos recursos naturais, defesa da soberania e da independência nacional, etc.), verá que a Fretilin e os seus líderes têm sido fiéis ao seu Estatuto.
E já somos todos crescidinhos para andarmos a pôr rótulos nuns e noutros. À Fretilin compete a eleição dos seus dirigentes, ao povo de Timor-Leste compete a eleição dos partidos que vão dirigir o destino da nação nos próximos cinco anos. Em democracia é assim, ganha quem tem melhor práctica, melhores líderes e quem sabe com mais inteligência conquistar o voto dos eleitores. E desconfie dos que se colocam acima das classes em que todas as sociedades estão divididas e quem diz que quer governar para todos. É óbvio que o partido que defende os meus interesses não é o partido do meu patrão. Porque os interesses do meu patrão são antagónicos dos meus interesses e dos interesses dos meus colegas de trabalho. Infelizmente alguns dos meus colegas de trabalho pensam que é mais chic pertencer ao partido do patrão, mas isso é outra história.
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