quarta-feira, julho 05, 2006

Advogado português aguarda marcação de interrogatório a Alkatiri

Lisboa, 04 Jul (Lusa) - José António Barreiros, o advogado que vai repr esentar Mari Alkatiri no processo sobre a alegada distribuição de armas a civis, disse hoje à Agência Lusa que aguarda a marcação do interrogatório ao ex-primei ro-ministro para viajar para Timor-Leste.

"Estou a aguardar que seja marcado o interrogatório para agendar a minh a viagem" a Timor-Leste, disse José António Barreiros, acrescentando que na sema na passada, Mari Alkatiri pediu o adiamento da sua audição, prevista para sexta- feira, por estar ainda a fazer contactos para contratar um advogado.

No mesmo dia em que apresentou a sua demissão do cargo de primeiro-mini stro, 26 de Junho, Alkatiri foi notificado pela Procuradoria-Geral da República de Timor-Leste para prestar declarações no âmbito do caso da distribuição de arm as a civis que envolve o seu ex-ministro do Interior, Rogério Lobato, actualment e em prisão domiciliária.

A audição foi marcada para sexta-feira, 30 de Junho, mas Alkatiri pediu quinta-feira o seu adiamento numa carta em que, segundo o procurador-geral timo rense, Longuinhos Monteiro, alegava a imunidade parlamentar de que goza ao retom ar o seu lugar de deputado e o atraso na chegada a Timor-Leste dos seus advogado s.

à Lusa, José António Barreiros disse ter sido contactado telefonicament e por Alkatiri "no final da semana passada" para o representar.

"A ideia é formar uma equipa de advogados que dê apoio ao processo, mas ainda não está nada definido e, para já, o que está em causa é ele ser ouvido", disse Barreiros.

Sobre a possibilidade de o ex-primeiro-ministro timorense invocar imuni dade parlamentar, o advogado português disse ter compreendido, dos contactos rea lizados, que Alkatiri "prescindirá dessa imunidade" e que foi "precisamente por isso" que tomou a iniciativa de contactar um advogado.

Em declarações à Lusa sexta-feira, Mari Alkatiri disse que a primeira d ata para a audição foi marcada a seu pedido, para "limpar isso [as alegações] o mais cedo possível".

"Tentei todos os possíveis para trazer o meu advogado, mas não encontre i ninguém disponível, em Portugal e noutros países, que me dissesse 'dentro de u ma semana posso estar aí'", disse então, sem se referir à questão da imunidade p arlamentar.

José António Barreiros disse também desconhecer os termos do processo, que "está em segredo de justiça", e que o próprio Mari Alkatiri "só terá conheci mento do processo quando for a interrogatório".



MDR.

4 comentários:

Anónimo disse...

"Assim que tiver o meu advogado em Di­li, estarei pronto para depor e eu proprio solicitarei autorizacao ao parlamento para me deixar depor", acrescentou."

Espero que nao se venha revelar como uma repeticao do episodio sobre a sua demissao. Estava entao pronto para se resignar mas ouvida a CCF nao aceitaram a sua demissao. Pede para depor mas o Parlamento rejeita o seu pedido. Espero que nao...

Anónimo disse...

Pois o seu partido ate tem a maioria parlamentar. Se isso acontecer so revelara mesmo o interesse de nao quererem deixar a justica tomar o seu rumo.

Anónimo disse...

Não se preocupe com a Fretilin, anónimo das 6:22PM. A Fretilin tem sabido agir com tolerância, sentido de responsabilidade e respeito com os seus líderes e nunca iria deixar o seu Secretário-geral mal colocado. Soubessem os outros partidos agir como a Fretilin e Timor-Leste não estaria como está.

Anónimo disse...

engracado, a FRETILIN tem a maioria parlamentar, eleita democraticamente... e mesmo assim o sr ou a sra anonimo/a ainda esta contra... o que realmente entende por democracia?? se o partido quisesse fosse nao deixar a justica tomar seu rumo, porque razao estariam tao calmos?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.