quarta-feira, julho 05, 2006

Dos leitores

Será que alguém tem dúvidades, sobre a possível escolha de Xanana?

Alguém disse ‘Deixem Ramos-Horta governar’, sera que Ramos Horta tem capacidade de assim o fazer? Sabemos e conhecemos a figura como hábil diplomata, carismática figura idolatrada pelos jornais Australianos, mas será que ele tem o pulso, a capacidade, (porque isto na realidade é mais importante que a credibilidade não acha?)

A união da inconstitucionalidade e do desrespeito pelo povo consumou-se. O que irá nascer deste acto que teve tantas sessões pré núpciais? Vive-se, espera-se, sofre-se, sonha-se.

Nove meses…será que aí vem mais um estado com um governo telecomandado? Recuso-me a acreditar que a nossa liderança assim o permitirá. Mas que posso eu fazer quando a liderança que se vê não é aquela pela qual votei? Ou mesmo quando os que lideram metamorfosearam-me para algo que ainda não percebi bem o que é. ‘Mudam-se os tempo mudam-se as vontades’…

As eleições que deveriam ser uma dádiva de democracia para povo, rapidamente transformou-se em chaga, exposta a infecções por ‘foreign bodies’ será que temos os anticorpos, o sistema imunitário (as instituições do estado, o governo) suficientemente preparadas para parar esta infecção?

Foram as pequenas e sistemáticas infecções, aqui e ali, deste que o governo iniciou o seu trabalho. Ainda me lembro do tempo que passou, tentávamos nós engrandecer o nosso povo em campanhas de educação cívica, explicando como funciona o governo agora que não somos ‘provinsia’, como funcionam algumas das leis que o parlamente aprovou e, a importância da existência de leis e política que protejam o povo, trabalho cansativo, mas no final do dia olhávamos uns para os outros, sentíamo-nos úteis, ter voltado a Timor e estar a ajudar à nossa comunidade.

Mas derrepente o trabalho se dificultou, algumas ONG iniciaram as suas ‘community empowerment campaigns’. Experiências diversas em trabalhos de extensão rural diziam-me tem cuidado! Muitos dos que nos vem dar palestras sobre ‘sustainabiliy’ e ‘sustainable development’ são os mesmos que vêm impingir do que foi feito na Guatemala, ‘templates’ e devido à incapacidade de perceber que não existem soluções universais para o que hoje se chama desenvolvimento sustentável.

O que mais me espantou foi a facilidade de algumas ONGs em canalizar fundos, moverem-se no terreno e usando todas as técnicas muito bem estudadas conseguiram destruir ideias sob a justificação de estarem a iniciar um processo de ‘community engagement’.

E o discurso repetia-se por todos sucos por onde passávamos, pensava para com os meus botões, “primeiro tivemos os indonésios que apercebendo-se do poder do colectivo destruíram o nosso sentido de comunidade, criando desconfianças, os Mauhos, bufos, e entrepreneurs, agora vem eles, bem patrocinados em incursões para caparem a iniciativa e diversidade de pensamentos no seio da comunidade”.

Não me vou esquecer do dia em que ouvi alguém (com muito mais experiência nestas pequenas batalhas que fazem a vida de todos os timorenses) dizer ‘Nós fomos capados da vontade de ser criativo, de tomar a iniciativa envolver mo nos na mudança para o melhor da nossa vida quotidiana’

Mas nem todas as ONGs são a ‘besta’ que muitos continuam a achar, algumas no entanto, as mais bem patrocinadas parecem ter as ideias muito claras, "Não entendemos esta democracia, logo, temos que mudar isto para o que nós chamamos democracia."

Nos dias dos protestos pró independência, quantos de nós gritávamos, berrávamos e esperneávamos ‘direitos humanos’? Custa-me muito ver o que hoje uns países, fazem em nome dos ‘direitos humanos’, prisões sem mandatos, criação de estados e níveis de medo, ‘televised fears’ medos radiofónicos que invadem as ondas do que chamamos órgãos de comunicação social.

São aqueles mesmos países, que tentam impingir, exportar o que eles chamam democracia dando provas mais uma vez da sua total ignorância e, incapacidade em perceber a diversidade e, diferença dos países onde tentam exportar democracia.

Democracia não é como Coca-Cola em latas vermelhas e branco, gasificada, com o ‘fix’ de cafeína e a dose astronómica de açúcar, nem todos querem Coca-Cola, porém ninguém diz não querer democracia.

Içada a bandeira branca em tempo de paz, porque será que nós timorenses temos que ver mais uma vez o vermelho do sangue que nos corre nas veias derramado pelas ruas, ruelas e becos de Dili?

Será porque alguns querem a democracia num formato que simplesmente eles entendem mas que o povo de Timor-Leste continua sem entender.

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60 comentários:

Anónimo disse...

O blog está avariado?!

Anónimo disse...

O percurso politico do Presidente Xanana é brilhante.

Provoca a demissão do PM, democráticamente eleito, com uma "carta" e uma "cassete video".

Anuncia "urgência" na formação do governo e até hoje ainda não recebeu o partido politico com maior representação no Parlamento Nacional e "estabelece contactos" não se sabe com quem.

Envia um "documento" sobre a formação do governo ao partido com maior representação no Parlamento.

Agora o Presidente aguarda resposta.

Anónimo disse...

Se não amasse o POVO DE TIMOR

Se TIMOR-LESTE só tivesse dois cidadãos, o Presidente da República e Ramos-Horta

Não iria aguentar
Rebolava no chão, a rir...a rir..a rir...

Mas afinal
CHORO.... CHORO.... pelo POVO DE TIMOR.

Anónimo disse...

E esperem só para ver quando ele decidir falar.

Anónimo disse...

E esperem só para ver quando ele decidir falar.

Anónimo disse...

Senhor Presidente os "documentos" emitidos pela Presidência têm uma designação ou será que para o dito "documento" que envia ao partido com maior representação parlamentar não encontrou uma designação oficial?

Não encontrou? Ou não existe?

Anónimo disse...

O que é feito dos conselheiros, brilhantes juristas contratados pela UNOTIL para assessorar o Presidente da República?

Porque será que o Presidente da República chama o Prof, Vasconcelos?

Anónimo disse...

VAMOS TODOS APELAR A SELECÇÃO PORTUGUESA PARA GANHAR A TAÇA MUNDIAL PARA O POVO DE TIMOR-LESTE.

NESTE MOMENTO NÃO É XANANA QUE UNE TODOS OS TIMORENSES. NÃO É O MR. HORTA. NÃO É A FRETILIN, E NEM É A IGREJA CATÓLICA, MAS SIM A EQUIPA PORTUGUESA.

FORÇA PORTUGAL!!!

GANHA A TAÇA MUNDIAL POR TIMOR-LESTE E POR TIMORENSES!!!

TODOS OS TIMORENSES SÃO UNIDOS POR VÔS!!!

PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!!

Anónimo disse...

Portugal unites East Timor - AAP




Fractured East Timor will be united for 90 minutes before dawn on Thursday. Not by politics, but by football when Portugal takes on France in the World Cup semi-finals.

Australians may feel they have built a special relationship with East Timor by sending in peacekeepers to end bloodshed and chaos in 1999 and now.

But there was no Socceroos effect.

If anything spans Timor's warring ethnic divide these days, it is fanatical support for the football warriors of Portugal - the distant and often neglectful colonial master that ruled the half-island nation for hundreds of years and then abandoned it to Indonesian aggression in the mid-1970s.

Any doubts about the Timor's lingering cultural and emotional ties with Portugal were put to rest last weekend when its team knocked out England.

Car horns and belting drums echoed across Dili.

Football-mad fans paraded before the portside base of international peacekeepers. Others danced in a makeshift refugee camp set up in a park across from the upmarket Hotel Timor, owned by Portuguese money.

A few kilometres away, hundreds of Lisbon's elite paramilitary police donned their nation's maroon-and-green jersey to watch the game at their hotel barracks, waving flags along with the handful of locals allowed into the crush to celebrate until morning.

Many bit into Catholic crosses in prayer as the 3-1 penalty shootout unfolded.

Portugal and East Timor have had a love-and-hate affair for more than three centuries.

Although Portuguese diplomats for decades led the fight in the UN and European Union against Indonesian occupation in East Timor, Lisbon was hardly a model ruler.

Its colonial dictatorship raped the country of resources, but put back little in return.

Portugal abandoned the territory in 1975 following the Carnation Revolution at home, which overthrew the right-wing Salazar dictatorship and forced Lisbon's gaze onto African colonies closer to home.

Within months of the pullout, East Timor was invaded by Indonesia before a brief declaration of independence could be internationally recognised, opening another period of brutal occupation.

Escaping Indonesian rule, many East Timorese headed for the safety of new lives in Lisbon.

Among them Jose Ramos Horta - now prime ministerial contender - who led the independence struggle in exile from both Portugal and the United States.

When the genial Ramos Horta won the Nobel Peace Prize in 1996 along with the bishop of Dili, Carlos Belo, some of the loudest cheering was in Portugal.

Since Timor broke away from Indonesia in 1999, Lisbon has poured money into its former colony.

It has funded Portuguese teachers who educate Timorese children from the remotest village to the capital.

Regardless, many East Timorese still dislike any reminder of colonial times and taxi drivers rail against use of the Portuguese, now the official language despite the fact less than 10 per cent of the population can speak it.

But if it is a truism that sport can overcome politics, in East Timor that is even truer of football.

It has even managed to supplant even loathing for the riot-trained Portuguese GNR paramilitaries.

When now President Xanana Gusmao spent years behind the walls of a Jakarta prison for waging guerrilla war against Indonesian troops, he kept fit by captaining the jail's football team.

He is a fanatical follower of Lisbon's Benfica club.

Many of his countrymen, though, support rival Sporting, which has a clubhouse cafe named it its honour on Dili's waterfront.

Anónimo disse...

Anónimo das 11:55:08 AM: pergunta porque é que chama o Vasconcelos? Talvez para o ajudar a dar o estoque final na Constituição da RDTL. É bom que a malta se lembre que ambos (Xanana e Vasconcelos) militaram na extrema-esquerda maoista e que foi exactamente certa extrema-esquerda maoista quem mais tarde se tornou a mais fiel guarda avançada de apoio às interferências do imperialismo contra a soberania dos povos e a independência nacional. E que no mesmo barco militou a Ana Gomes, o Sérgio Vieira de Mello, o Bernard Kauchnner e o Durão Barroso (entre outros), tudo gente que apoiou guerras (ditas "humanitárias", para melhor a venderam) contra países soberanos com o pretexto dos "direitos humanos" e para implantação da sua "democracia", com a ajuda das ONG's (outra sua "invenção"). E de que resultou primeiro o bombardeamento e depois a detruição da Jugoslávia, e depois a invasão e guerra no Afeganistão e no Iraque e, em Timor-Leste, a aberração duma invasão de ONG’s num pequeno país e cuja máxima aberração foi a criação duma polícia de 3500 elementos "formada" por formadores de 40 países!

Pergunta o autor do texto “Será porque alguns querem a democracia num formato que simplesmente eles entendem mas que o povo de Timor-Leste continua sem entender”? Nem é bem isso. É que a ideia de democracia destes intervencionistas limita-se à imposição do mercado livre, nisto se esgota a sua ideia de liberdade e de democracia. Eles, todos eles abominam as ideias de nacionalismo principalmente de nacionalismo económico, isto é de salvaguarda dos recursos nacionais e da sua soberania pela nação – e este é o “crime” do Alkatiri – porque o papel deles é o da defesa dos interesses imperialistas. Têm sido sempre desde os finais dos anos 60 o seu papel: primeiro foi a luta, ombro a ombro com o império contra os países e as ideias socialistas (como fizeram em Portugal em 74-75), agora é a luta lado a lado com as ONG’s pelos interesses do império – como fazem agora em Timor-Leste. Mas sempre contra os interesses soberanos dos povos.

Anónimo disse...

BOM VAMOS LÁ COMEÇAR:

PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!! PORTUGAL!!!

Anónimo disse...

Fico muito triste quando dizem, que Portugal abandonou Timor em 74/75,quando todos sabemos que Timor na sua ansia de independencia e com toda a justiça pois a terra não era nossa, proclamou a independencia e entrou em guerra civil.
Aqui em Portugal estavamos,com a nossa revolução, que nos primeiros anos tambem nos ocupou muito e nos deu muitos problemas.
Os soldados a chegarem muito cançados das colónias, como podiamos ir defender aquilo que não era nosso???nem os nossos soldados arrazados não tinham mais forças??.
Dizem que esses países foram mal descolonizados,não penso assim.As terras não nos pertenciam, os povos com toda a naturalidade queria o mais rapido possivel a independencia e assim aconteceu.Se ficassemos lá a viver no bem bom,e o povo em palhotas, ía acontecer naturalmente o que aconteceu no zinbabué em que os fazendeiros ficaram sem as suas fazendas.Construir um país leva anos por isso pesso ao povo de Timor que nunca desista, nem entregue ao desbarato a sua terra a terceiros.
Espero que a taça Mundial venha para Portugal e deste lado tão longinquo possamos todos beber uma taça de champanhe.
VIVA TIMOR.
VIVA PORTUGAL
UM ABRAÇO AMIGO

Anónimo disse...

THE THINGS WE SAY WHEN WE ARE UNAWARE OF THE SPOTLIGHT: WHO IS RUNNING THE TIMOR-LESTE POLITICAL ARENA? REALLY? READ BELOW AND DOSCIVER FOR YOURSELF:

Sunday Telegraph Magazine (Sydney)

A DUTIFUL LIFE

Just before Melbourne-born Kirsty Sword Gusmao became first lady of the world's newest nation three months ago, a friend gave her a gift, a T-shirt which reads: "Living with a saint is far more gruelling than being one."

As we speak, the "saint" in question - the first president of the independent nation of East Timor, Jose Alexandre Gusmao, the legendary Xanana, resistance leader, hero, freedom fighter - is being annoying in the background, his deep voice vying for his wife's attention. Which is what prompts Sword to mention the T-shirt. "I can verify that it is certainly the case."

A moment later she excuses herself. Sword is speaking on a mobile phone because there is no telephone service in East Timor. She is in the office of the presidential home, a cluster of small bungalows at Balibur in the hills above the capital Dili, where she lives with Xanana, their two-year-old son Alexandre, and a variety of helpers, volunteers, bodyguards and houseguests. Much of the affairs of state are carried out here.

Although it wouldn't be untrue to describe 36-year-old Sword's life as a fairytale, the word - like her title First Lady - tends to conjure images far removed from the reality of life as the wife of the president of one of the world's smallest and poorest nations. The story is without doubt romantic. Sword, codenamed Ruby Blade, met and fell in love with her husband while working as an undercover agent (she hates the word spy) for the East Timorese resistance movement of which he was leader.

But the road to independence has cost East Timor. After almost 500 years of occupation by Portugal and a brief civil war the tiny country was invaded by Indonesia in 1975. In 24 years of Indonesian occupation a third of its people, more than 250,000, died from disease, starvation or violence.

Then, in 1999, Dili was virtually destroyed by the burning, looting and massacres that followed the independence vote. As Sword says, her life is more daunting than glamorous.

"I'm sorry," says Sword, returning to our conversation. "Xanana was shoving something under my nose that needed to be done immediately. I can't even get half an hour quietly on the phone to myself." Her voice rings with mild exasperation.

Along with the more traditional roles, meeting-and-greeting and playing hostess to VIP guests, Sword carries a heavy workload. As well as lobbying the new government for financial support and official recognition for the office of first lady, an imprimatur she believes necessary if she is to do any good, she is the founder and head of the Alola Foundation. The foundation supports programs broadly described as women's issues. Sword is also her husband's principal, private, social and every other type of secretary. This, apparently, is the gruelling bit referred to on her T-shirt.

"Of course, I admire him tremendously." Her husband, the saint. "But I've worked closely with him for years, particularly when he was under house arrest (after being released from prison in Indonesia in 1999), and I've come to know where his weaknesses lie." Sword is laughing but you sense that at moments like these she could happily strangle the national hero.

"There are some aspects of the way he operates that don't suit him very well for the role of president. He is not a born manager and he has no notion of the importance of administration. Why would you when you spent 18 years in the bush? But I see all these other sides of him that other people don't see. Still, I suppose it would be somewhat odd living with a hero who didn't have a human side."

If Sword sounds a little weary, who could blame her. On top of her workload and the difficulties of living in a country with an average temperature in the 30s, without telephones, where the electricity is notoriously unreliable and where more than half the population lives in poverty, Sword is pregnant with her second child, due any day now.

Sword, like many others, has worked hard to help bring about freedom for her adopted country, but independence has not brought her personal freedom. In the same way that her husband is a reluctant president, she has taken on the role of first lady more out of duty than desire.

Given a choice, the Gusmaos would be living in rural East Timor painting, writing poetry, tending cows and growing pumpkins. "For many years we have had the prospect looming of Xanana becoming president and I guess we both accepted that we probably didn't have any choice in this whole matter of whether we take on these roles or not. Just as he feels ill-equipped to fulfil the role, so do I. But I guess nothing prepares you for the role of president or first lady of a nation."

Reluctant she may be, but now that she has committed herself to the job, Sword has every intention of being an active member of East Timor's new order. She is definitely more Hillary Clinton than Barbara Bush. "The needs are tremendous and I would like to think that I can respond in some way to the call to do something of a practical nature to help the people and alleviate poverty."

In an interview with the ABC's Australian Story earlier this year, in which Sword spoke about her undercover work for the first time, former freedom fighter and Nobel peace laureate Jose Ramos Horta, East Timor's new foreign minister, described her as indispensable to the resistance movement. She is, he said, "reliable, discreet, humble". "That woman is perfect." Others have called her a true heroine, but Sword scoffs at the idea.

"Basically, I was just responding to the needs I could see in front of me. I was not doing it to be a hero, I was doing it as a human being with a conscience. There is nothing heroic about responding when a group of people come to you and say, 'this is our story, can you help us?' Once I started to get involved there was tremendous gratification in actually being able to do something. It was a good feeling because I admire the East Timorese people tremendously."

Following the ABC program, Sword was criticised for admitting she had worked as a spy while employed by an aid agency, potentially endangering the lives and work of other such organisations and their staff around the world who are already viewed with suspicion by jittery foreign regimes.

"I think the use of the word spy is rather unfortunate. Working on human rights issues does not make you a spy. The program really did portray accurately the role I played and I think there was an overreaction by some people. Let's face it, any aid work is political and anyone who says that it's not is deceiving themselves and deceiving others.

"My employers at the Overseas Service Bureau knew the work I was doing and were extremely sympathetic. There was no deception happening. I was working on a contract basis, I was not a full-time, fully fledged staff member so I was not subject to the normal codes of conduct etc which apply to other aid workers. My employers weren't in breach of any code of ethics, nor was I.

I was simply an individual who was concerned and acting on her conscience."

Just how a nice girl from the Melbourne suburb of Northcote turned into a spy - sorry, undercover agent - running secret messages under the noses of the Indonesian police and army, was, apparently, more accident than design.

Fluent in Indonesian after completing a degree at the University of Melbourne in the late 1980s, Sword went to Bali for a holiday and fell in love with the place, as she puts it. In 1991, she was approached by Yorkshire Television to work as a researcher and interpreter for a documentary they were making on East Timor.

Soon after leaving the country, the Dili massacre took place and many of those filmed for the documentary were killed. It affected Sword profoundly.

"I basically packed up my bags and went to Jakarta."

As well as her work with the aid organisation, Sword taught English and used the money she earned to finance her clandestine activities, which mainly involved carrying communication for the resistance. "I was a bit of a bridge between the different elements of the resistance inside East Timor and in Indonesia. Often it was really rather menial, getting documents from one place to another and doing it safely. I moved into it gradually. It was after I made contact with Xanana and he asked me to do things for him, that I realised that I was in pretty deep. Up until that time I had taken it as a bit of a side interest. After that it really did became the main thing in my life. I was deeply involved in the resistance long before I actually met Xanana."

Xanana Gusmao had been arrested and imprisoned in Jakarta in 1992 after almost 18 years living and fighting in the bush. Sword did not meet him until 1994. In order to do so she arranged to visit an Australian in the jail who agreed to pretend he was her uncle. "I shook hands with Xanana and I had to pretend that I wasn't particularly interested in him."

They managed little more than polite conversation and what she calls "a small amount of intimacy, given the circumstances". It would be more than four years before she saw him again. "We had very regular communication via letter. Xanana is a very warm, open person who is very generous with his feelings and his emotions. He communicates very well through the written word and I guess I'm similar. We were able to get to know one another in a way that probably wouldn't have been possible if we were different personalities."

There were, however, times then, as now, when she wondered if all the sacrifices were worth the price. "Sometimes, particularly in the early '90s, it seemed very unlikely that East Timor was going to get its independence and it was quite a job to maintain motivation and spirit. But, like Xanana and the East Timorese people, I always believed so strongly in the justness of the cause. I believed in my heart of hearts that sooner or later the world would see the truth and see the light and that this moment would come about."

Few of Sword's friends were surprised that she fell in love with the dashing resistance leader. Although 20 years her senior, Gusmao's good looks are obvious and his charisma is legendary. Her mother, Rosalie, claims to have known before Sword was even aware of it herself.

Gusmao managed the resistance from prison for seven years and, once released in 1999, Sword became his secretary. At the time Gusmao was married. His wife of 28 years, Emilia Baptista, had moved to Australia with their two sons in 1990, two years before he was imprisoned. Gusmao divorced his wife after he was released and, in July 2000, married Sword. She gave birth to Alexandre two months later.

Sword is, without doubt, widely admired by the East Timorese, but not everyone is comfortable with a foreigner as first lady. She is aware of the mumblings but dismisses them as insignificant. "I'm sure I have my detractors, you always will in these situations. But I'm certainly not confronted by them on a daily basis and my experience is that people are warm and welcoming and very happy that I am engaged and committed to the same huge job that they are."

If the money for her job as first lady is not forthcoming, Sword will have more than enough on her hands with the Alola Foundation. "I don't think it is any more violent here than any other society and given the level of economic disadvantage and unemployment I think the East Timorese are doing really well. But obviously this is a country with a violent past and there are some dangerous precedents set because of the military dominance over such a long time. Unless you raise these issues and bring about a gradual change in the way women are viewed, you are never going to eradicate violence against women."

Sword was attacked and stabbed in the leg with a screwdriver about a year ago while walking down the street with her mother and Alexandre. Her bag was stolen and she required a trip to hospital to bandage the wound. "It was not politically motivated. There was a spate of attacks on foreigners at the time and I think it had a lot to do with the stage of political development. There was a feeling that the UN was here to stay and I think the Timorese people were feeling disempowered at many levels and some decided to take out their frustrations on internationals."

She hates the restriction on her life, but these days she has bodyguards. "They are a really wonderful bunch of people . I appreciate them very much but it took a lot of getting used to. I am a very independent person who values being able to be spontaneous. I like to jump in my car and drive to just clear my head but I can't do that any more. It's just a whole new way of approaching your life."

Sword, of course, knew she was marrying a man who would always belong to his people, and while she remains completely committed to her role as first lady, she admits she occasionally allows herself to dream. "We have fantasised in the last couple of years about what it could be like if he had managed to avoid this fate of being president. We would like to travel around East Timor as ordinary citizens, and paint and draw and write and indulge all those creative pursuits. Grow pumpkins. We have cows, but they don't actually live with us. They were donated to us and they are being cared for until such time as we find a plot of land." She is not kidding herself that it may be any time soon.

Anónimo disse...

Margarida disse: "E não se esqueça que um partido é uma parte da sociedade e representa os interesses dessa parte. E como sabe na sociedade há interesses contraditórios. Peça-se pois só aos partidos que lutem dentro da lei e da constituição pelos interesses da parte da sociedade que representam."

Esta mesmo aqui claro e directo do teclado da propria margarida essa visao de democracia que ela/e tanto defende. As suas palavras podemos logicamente crescentar: "e porque o governo era da fretilin o governo nao estaria a fazer senao o seu trabalho ao zelar pelos interesses da fretilin."

E esta a visao da margarida e estao mesmo em grande sintonia com o raciocinio dos duros da Fretilin de quem o Alkatiri e lider (o mestre) e Rogerio Lobato (carrasco). Porque isto e exactamente o que o governo sob a lideranca de Alkatiri e a sua clique de Mocambique tem vindo a fazer e o modo como tem vindo a governar.

Obrigado margarida. Custuma-se dizer que quanto mais falamos mais de nos revelamos!

Anónimo disse...

Anónimo das 7:21:48 PM O que eu disse é o b a bá da política, em todas as democracias e Timor-Leste é uma democracia, ou já se esqueceu desse pormenor? Mas se reparar no próprio nome da Fretilin, verá que:
“A Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (FRETILIN) é uma Organização política que se propõe conduzir o povo para a consolidação da Nação Maubere e a edificação do estado de Timor-Leste independente, soberano, democrático onde só impera a soberania do Povo expressa na lei e no Direito.” (pode ler o resto dos Estatutos aqui: http://www.geocities.com/alextilman/fretilin.htm

E se comparar este propósito da Fretilin com a Constituição que propôs para a RDTL e que todos os 88 deputados aprovaram e com a acção que conduz no governo em todas as frentes (desenvolvimento rural, educação, saúde, salvaguarda dos recursos naturais, defesa da soberania e da independência nacional, etc.), verá que a Fretilin e os seus líderes têm sido fiéis ao seu Estatuto.

E já somos todos crescidinhos para andarmos a pôr rótulos nuns e noutros. À Fretilin compete a eleição dos seus dirigentes, ao povo de Timor-Leste compete a eleição dos partidos que vão dirigir o destino da nação nos próximos cinco anos. Em democracia é assim, ganha quem tem melhor práctica, melhores líderes e quem sabe com mais inteligência conquistar o voto dos eleitores. E desconfie dos que se colocam acima das classes em que todas as sociedades estão divididas e quem diz que quer governar para todos. É óbvio que o partido que defende os meus interesses não é o partido do meu patrão. Porque os interesses do meu patrão são antagónicos dos meus interesses e dos interesses dos meus colegas de trabalho. Infelizmente alguns dos meus colegas de trabalho pensam que é mais chic pertencer ao partido do patrão, mas isso é outra história.

Anónimo disse...

Assim é que é falar margarida.
Afinal se formos inteligentes e os melhores a jogar na política, com as manobras mais interessantes conquistaremos sempre o Poder. Democraticamente eleito. Pois sim. Seja a que preço for.

À Fretilin compete a eleição seus dirigentes mas no quadro da Lei nº3/2004...

Colocar o Estado ao serviço de um partido também não é possível...

Anónimo disse...

DO BLOGUE DE TIMOR

27.5.06

Chusma de mercenários e parasitas

José Mattoso não burila termos quando apresenta a situação que se lhe deparou em Timor: "ir ao território", referiu ele na comunicação de despedida, "não é só visitar o cenário de uma interminável história de crueldade". Para o historiador, "é também assistir ao espectáculo, muito mais disfarçado, do monstruoso negócio internacional montado com justificações pseudo-altruístas para desviar, em favor de uma chusma de mercenários vindos de países ricos e pobres, a torrente de dinheiro criada pela chamada ajuda internacional". Segundo ele, "neste ponto a ONU e uma grande parte das ONGs entendem-se às mil maravilhas. Os especialistas da burocracia internacional criaram uma máquina perfeita em tudo menos na efectiva ajuda e que ainda por cima se tornou verdadeiramente indispensável". A sua amargura aumenta quando "ingenuamente se pensa reforçar a ajuda humanitária por meio de contribuições generosas" e se está, porventura, "apenas a sustentar os piores parasitas de todos, aqueles que vivem do sofrimento alheio".

José Mattoso, in jornal Público, 20.12.01

Anónimo disse...

E foi precisamente no respeito à Lei nº 3/2004 que a Fretilin elegeu a sua liderança. Confira lá. E essas acusações de quem está no governo pôr o Estado ao serviço do seu partido, sempre se fizeram e sempre se hão-de fazer. A questão não é acusar, a questão é provar. Cadê das provas?

Anónimo disse...

Lei n.º 3/2004, sobre partidos políticos
Art. 18.º
A organização interna dos partidos políticos deve obedecer a regras democráticas básicas, designadamente às que se seguem:

a)...
b)...
c) Os titulares dos órgãos de direcção só podem ser eleitos, por voto directo e secreto de todos os filiados ou assembleia deles representativa.

...
A tradução oficial em inglês da mesma Lei, publicada no site da Unotil secção Legal Affairs, ajuda a perceber o sentido da Lei e sustenta a resposta dada no post anterior:

Section 18
Democratic Rules

The internal organisation of political parties must follow such basic specific
democratic rules as follows:
a) ...
b) ...
c) the holders of leading organs can only be elected by means of a direct and secret vote of all party members or of an assembly representing them;


Mais uma vez se retira o que esta alínea pretende dizer. Que, ou é por voto directo e secreto dos militantes ou indirectamente, através de uma assembleia por eles eleita.
http://timor-online.blogspot.com/2006_05_21_timor-online_archive.html

Anónimo disse...

Prezada Margarida,
A questão de classes que colocas acima não é um conceito universal, nem tão pouco é uma verdade científica. Há uma larga discussão em Luckacs (Lucas)sobre o tema sem que se tenha chegado a uma conclusão. Esta clivagem classista faz parte do campo da política, da vontade de grupos, sobretudo empresariais, cuja miopia social/ambiental frente à acumulação de capital vem desconhecendo os mínimos direitos de cada cidadão e das gerações futuras.
É inegável que a análise de Marx tem sido muito sedutora e, em vários aspectos, esclarecedora. Não sem razão os padres ligados a Teologia da Libertação se sentiram provocados pelo materialismo histórico, coisa que parece ter ficado no passado.
Indico, se me permite, a leitura de Massino Quaini (Marxismo e Geografia)que revela algumas inconsistências nas previsões de Marx.
P.ex.: Marx acreditava que a Revolução não seria possível em paises tropicais, pois o clima serviria como uma espécie de andador, entre outras.
Prezada Margarida, acredito que uma agremiação política, além de exercer o poder para qual foi eleita deveria observar a sociedade como um todo e não uma classe exclusivamente. Este papo que a Fretilin governará os próximos 100 anos não tem cabiemnto. O que estariam fazendo os outros partidos?
Estas são questões polemicas que ao longo de 200 anos ainda não foram resolvidas. Mas já demos passos importantes. P. ex., o conceito de participação popular é de grande valia, não acha?
Alfredo
Brasil

Anónimo disse...

Esatou a ver que a Margarida ja esta desnorteada... e ja nao sabe o que e que quer dizer... esta frustada talvez... vejam o que ela disse:

`` É bom que a malta se lembre que ambos (Xanana e Vasconcelos) militaram na extrema-esquerda maoista e que foi exactamente certa extrema-esquerda maoista quem mais tarde se tornou a mais fiel guarda avançada de apoio às interferências do imperialismo contra a soberania dos povos e a independência nacional. E que no mesmo barco militou a Ana Gomes, o Sérgio Vieira de Mello, o Bernard Kauchnner e o Durão Barroso (entre outros), tudo gente que apoiou guerras (ditas "humanitárias", para melhor a venderam) contra países soberanos com o pretexto dos "direitos humanos" e para implantação da sua "democracia", com a ajuda das ONG's (outra sua "invenção"). E de que resultou primeiro o bombardeamento e depois a detruição da Jugoslávia, e depois a invasão e guerra no Afeganistão e no Iraque e, em Timor-Leste, a aberração duma invasão de ONG’s num pequeno país e cuja máxima aberração foi a criação duma polícia de 3500 elementos "formada" por formadores de 40 países! ``

Coitadinha...a Margaridinha...talvez ela precisa de uma calmante...

Anónimo disse...

Esatou a ver que a Margarida ja esta desnorteada... e ja nao sabe o que e que quer dizer... esta frustada talvez... vejam o que ela disse:

`` É bom que a malta se lembre que ambos (Xanana e Vasconcelos) militaram na extrema-esquerda maoista e que foi exactamente certa extrema-esquerda maoista quem mais tarde se tornou a mais fiel guarda avançada de apoio às interferências do imperialismo contra a soberania dos povos e a independência nacional. E que no mesmo barco militou a Ana Gomes, o Sérgio Vieira de Mello, o Bernard Kauchnner e o Durão Barroso (entre outros), tudo gente que apoiou guerras (ditas "humanitárias", para melhor a venderam) contra países soberanos com o pretexto dos "direitos humanos" e para implantação da sua "democracia", com a ajuda das ONG's (outra sua "invenção"). E de que resultou primeiro o bombardeamento e depois a detruição da Jugoslávia, e depois a invasão e guerra no Afeganistão e no Iraque e, em Timor-Leste, a aberração duma invasão de ONG’s num pequeno país e cuja máxima aberração foi a criação duma polícia de 3500 elementos "formada" por formadores de 40 países! ``

Coitadinha...a Margaridinha...talvez ela precisa de uma calmante...

Anónimo disse...

Alfredo: acho que de facto os partidos políticos devem incentivar a participação popular em todas as esferas da vida da sociedade e que é perfeitamente compatível a participação em organizações populares e a participação em organizações partidárias. Eu própria sou membro dum partido e de várias organizações populares, Mas estava-mos a discutir o papel dos partidos políticos na esfera da governação e neste aspecto a Constituição da RDTL é clara: Artigo 7.º (Sufrágio universal e multipartidarismo): “
1.O povo exerce o poder político através do sufrágio universal, livre, igual, directo, secreto e periódico e através das demais formas previstas na Constituição.

2.O Estado valoriza o contributo dos partidos políticos para a expressão organizada da vontade popular e para a participação democrática do cidadão na governação do país.”

Anónimo disse...

O problema deste blog,não é a Margarida nem Malai Azul, mas dos came ones que aqui vem.São muito eruditas.

Anónimo disse...

Margarida: Disparates margarida disparates. Por muito contorcionismo que possa fazer nao pode mudar o sentido da lei.
A lei nao infere que o voto possa ser feito indirectamente por braco no ar em contrariedade do principio do sigilo que a mesma propoem se a salvaguardar.

"por voto directo e secreto de todos os filiados ou assembleia deles representativa" quer dizer mesmo isso ou seja [voto directo e secreto]de [todos os filiados] ou [assembleia representativa].

Mas se ainda nao estiver claro e em situacoes de duvida devemos recorrer-nos a uma interpretacao mais profunda da lei onde se procura decifrar aquilo que a lei pretende no fundo salvaguardar. (os principios da lei)

Nao faz sentido nenhum que a lei defenda o sigilo do voto numa situacao e depois menospreze esse sigilo noutra situacao. E aqui torna-se pertinente entao perguntar qual foi a logica que serviu para invocar esse sigilo? A resposta tera que ser que o sigilo foi invocado para garantir que o voto seja livre de qualquer tipo de coercao. E sempre esta a razao do sigilo. Ora seria ilogico salvaguardar contra a coersao numa situacao para depois a permitir noutra.
Por isso mesmo temos que concluir que o Art.18(c) pretende salvaguardar dois principios fundamentais:

1) Que os orgaos de direccao devem ser formados por eleicao.
2) que essa eleicao deve ser feita num ambiente livre de qualquer coercao.(so possivel pelo voto secreto)

Penso que ninguem pode argumentar contra isto e manter a sua seriedade.
Nao e possivel fazer uma interpretacao literal da lei de uma forma que contradiga o proprio espirito da lei e dos principios que a mesma propoem se a salvaguardar.

E por isso que o voto secreto deve ser observado tanto por todos os filiados ou por uma assmbleia deles representativa.
O congresso da fretilin violou a lei n.º 3/2004 que o proprio governo da fretilin fez aprovar quando decidiu realizar as eleicoes por voto de braco no ar. Assim a actual Direccao da fretilin e de facto ilegitima.

Anónimo disse...

Anónimo das 10:53:47 PM: há-de reparar que tudo quanto disse é verdade, ou não sabia? Então confira, s.f.f.

Anónimo disse...

Sobre a eleição na Fretilin:
Pelo que li, tanto o voto secreto como outra forma de manifestação (braços ao ar)são legítimas.
Portanto, é notória a dubiedade da legislação que deve, penso eu, ser revista. Daí acreditar ser ilegítima o exercício do poder pela Fretilin já é demais. Estas questões deveriam ser vistas desde cedo para que não se venha justificar golpe de Estado, esta sim grave atitude que atenta contra o soberano desejo do povo em escolher o projeto politico que achar mais conveniente.
Alfredo
Br.

Anónimo disse...

Não se preocupem.Os aussis governam.RH põe em pratica e o XG é o moço de recados das ordens de Camberra.

Anónimo disse...

A escolha do soberano desejo do Povo nunca foi feita de facto para o Parlamento... são demasiadas dúvidas, acumulações, atropelos e anda tudo agora armado em santinhos quando a própria Constituição tem que se lhe diga... como se confirma pelos acontecimentos prolongados desnecessariamente. Afinal ao serviço de quem deveria estar a mesma? Ao serviço do Povo. Ao serviço de quem deveriam estar as instituições do Estado? Do mesmo Povo. Assistiu-se a quê?

Anónimo disse...

Anónimo das 12:53:08 AM: esse recado “a própria Constituição tem que se lhe diga” vai ser o peixe podre que o Vasconcelos vos vai vender. Quer uma apostinha?

Anónimo disse...

Caro Alfredo, releia pois a Lei nº3/2004, na alínea c) do Artigo 18º, acerca dos Partidos Políticos é clara quanto a matérias "de braço no ar". É um brutal erro, no tempo, no espaço e na crise que decorria, afinal terem usado tal processo para elegerem aquilo que tinham assegurado.

"... alínea c), do artigo 18º, Lei nº 3/2004, acerca dos Partidos Políticos, que diz: os titulares (aqueles que desempenham funções), dos órgãos directivos (dos partidos), todos, têm de ser eleitos, por voto directo e secreto pelos militantes para que sejam representativos dos militantes. "

Se depois for ao "... artigo 46º da Constituição da RDTL, no seu nº 3, afirma o seguinte: “a constituição e a organização dos partidos políticos são reguladas por lei”. Essa lei é a Lei nº 3/2004."

Anónimo disse...

margarida, o que está pôdre é o Poder em Timor-Leste... o que está pôdre em qualquer lado é a usurpação por parte das pessoas no aparelho de Estado em proveito próprio ou proveito partidário. Com tamanha maioria, como tanto gostam de dizer que democraticamente a tal chegaram, não acha que é demasiado vergonhoso tudo o que tem vindo a lume? Não acha que os políticos da maioria deveriam ter tido uma postura à altura dos acontecimentos? Dirá que melhor posturta não poderia ter havido que aquela que o seu máximo Governante adoptou.

O braço de ferro é todo ele de apego ao Poder a todo o custo e ainda não acabou porque os senhores legalistas, que tudo fizeram obviamente para isto ser assim, vão encontrar mirabulantes alternativas para prolongar o pesadelo. As ameças não faltaram ao nível mais elevado... DESESTABILIZAÇÃO CASO FRETILIN NÃO ESTIVESSE NO PODER! Vida longa de 50/100 anos. Uma apetência demoníaca por chamar golpe de Estado a uma total incapacidade para este Governo ter evitado e diminuido os efeitos desta crise - NÃO - AGRAVOU-A! Terá de se fazer de vítima para conseguir concentrar as atenções nos seus alvos.

Entendam-se.

Anónimo disse...

I. Ó Margarida, desculpe lá, mas acha as intervenções na Jugoslávia, no Afeganistão e no Iraque injustificadas?
Talvez não fosse má ideia procurar as razões de ser de tal intervenção, os regimes depostos, etc.
A forma que, em especial no caso do Iraque, foi adoptada é que pode não ter sido a correcta.

II. A CRDTL e a Lei dos Partidos são claríssimas quanto ao objectivo visado.

Anónimo disse...

I. Ó Margarida, desculpe lá, mas acha as intervenções na Jugoslávia, no Afeganistão e no Iraque injustificadas?
Talvez não fosse má ideia procurar as razões de ser de tal intervenção, os regimes depostos, etc.
A forma que, em especial no caso do Iraque, foi adoptada é que pode não ter sido a correcta.

II. A CRDTL e a Lei dos Partidos são claríssimas quanto ao objectivo visado.

Anónimo disse...

A CRDTL é muito clara quanto a muitos aspectos, e só não percebe quem não quer...

Anónimo disse...

Anónimo das 1:02:51 AM: o que a lei diz é que “c) Os titulares dos órgãos de direcção só podem ser eleitos, por voto directo e secreto de todos os filiados ou assembleia deles representativa.”, isto é, ou pelo voto directo e secreto de todos ou por assembleia deles representativa. Ora um congresso é uma assembleia deles (de todos os filiados) representativa. E nestas circunstâncias, isto é em congresso, é o congresso que escolhe o modo de votar. E o congresso da Fretilin escolheu votar por braço no ar.
Dou-lhe uma sugestão: vá ao google e tente descobrir como votam noutros países para as direcções dos partidos. Descobrirá que o mais vulgar é se a própria assembleia a decidir sobre o assunto. O que é normal. Afinal os partidos são associações de cidadãos que se juntam voluntariamente para determinado fim. Um partido não é um departamento do Estado, como tal o Estado não tem que interferir na vida e na organização partidária, isso compete aos cidadãos que VOLUNTARIAMENTE se associaram para formar o partido: Um partido deve ser um espaço de liberdade e de democracia e como tal os seus métodos e os seus objectivos devem ser decididos por quem se deu ao trabalho para o constituir.

Anónimo disse...

Em defesa do Povo, o PR pode e deve arrumar o assunto de vez.... será que não está lá também? Parece que sim... Ui ui...

Anónimo disse...

margarida, portanto confessa o núcleo de interesses que se baseia portanto nos delegados ao Congresso? Certo? Que chatice.

Mas já viu a confusão a que tudo isso levou?!

Estamos sempre a prender, obrigado!

Anónimo disse...

Não me parece nada democrático num partido que se diz democrático, utilizar esse método de votação. Imagine que são todos funcionários públicos ou quase, nas condições de vida de Timor-Leste, numa realidade que se transforma de dia para dia... será que era arriscado para a Direcção da Fretilin ter utilizado o voto secreto?

Fica-nos sempre a duvidzinha... SE DÚVIDA ALGUMA FICARÍAMOS ERA SE A VOTAÇÃO TIVESSE SIDO SECRETA!

Anónimo disse...

Anónimo das 1:14:02 AM: se a Fretilin teve a votação que teve isso deve-se a dois factores: ao mérito da Fretilin e ao demérito dos seus adversários.

Ninguém obrigou ninguém a votar na Fretilin, pois não? Não houve chapeladas na votação, pois não? Só têm que aceitar. Por muito que isso lhes custe, se forem democratas, têm que aceitar. Mas repare que para fazer e aprovar a Constituição a Fretilin não teve a maioria qualificada de dois terços, portanto a Constituição resultou dum trabalho de consenso com os outros onze partidos representados na Constituinte, e por isso mesmo TODOS os 88 deputados aprovaram a Constituição, sendo que desses só 55 foram eleitos pela Fretilin. E uma Constituição assim elaborada e aprovada merece ser respeitada.

Mas agora afinal o “crime” da Fretilin foi ter “tamanha maioria” e o “defeito” dos deputados e governantes da Fretilin é serem “legalistas”? Ah! E se a um partido que só está há quatro anos no poder e que vai concorrer a um mandato de cinco anos acusa de “vida longa de 50/100 anos” e de “apetência demoníaca”, o que chamaria ao PRI que esteve 71 anos consecutivos no poder no México? E já agora o que chama ao Partido Democrático e ao Partido Republicano que há uns 250 anos rodam no poder nos USA? E ao Partido Conservador que durante mais anos ainda esteve no poder na Inglaterra? É bom a malta parar para pensar e de facto perceber que as eleições são só para cinco anos.

Anónimo disse...

Ora Portugal daqui a 2horitas e meia estará frente à França e seria perfeito que conseguisse passar... estamos todos com eles.

Também estamos com todos os timorenses de credos e feitios políticos deferenciados. O que interessa é que olhem para a frente com todos os olhos e não mais se permitam acontecimentos que envergonham de facto qualquer um.

Seria de estranhar que a nova nação não tivesse problemas. Todos os outros os tiveram. Na maior das adversidades ultrapassaram-se coisas difíceis. Esta também a é. Mas que interessa? Vão conseguir vencer, sempre o conseguiram!

VIVA TIMOR-LESTE

Anónimo disse...

Tenha calma margarida que de facto só nos podemos cingir à História que conhecemos. Mas não será por isso que em Timor-Leste até pode ser diferente dos exemplos históricos.... embora mais coisa menos coisas as coisas vão parar bitolas.

Pode ser que nesse marasmo a coisa não corra por aí.

Pois as eleições são para 5 anos, não para 90 dias...

E achop aberrante não se conseguir admitir que as coisas podem estar mal feitas, logo emendam-se, qual é o problema? Emendam-se ou resolvem-se! Coisa que tem sido difícil.

Anónimo disse...

1:14:52 AM: Injustificadas, ilegais e ilegítimas face à decência humana em primeiro lugar, face à legislação internacional, pois foram à margem até da ONU! As razões são facílimas de encontrar: a da Jugoslávia foi porque é mais fácil ao imperialismo (europeu e dos States) enganar e roubar seis pequenos países do que um grande, e nesta altura até os States já lá construíram a maior base militar que têm fora do continente americano, numa zona estratégica, na rota do petróleo, e donde podem partir à conquista, quando quiseram para as ricas zonas petrolíferas do Médio Oriente. E onde até têm uma prisão secreta da do tipo que têm em Guantánamo, (onde há cinco anos apodrecem presos políticos sem sequer um advogado lá ter entrado e onde nem a Cruz Vermelha Internacional tem entrada livre). E lembro que a Jugoslávia não só nunca atacou ou constituiu perigo algum para qualquer nação, como até foi um dos países que derrotou o fascismo na Europa e foi fundadora da ONU!

A do Iraque – que além da ONU não a ter aprovado, nem sequer a NATO aprovou – pura e simples ocupação para roubo dos seus recursos petrolíferos, para instalação também de bases militares, pois que o alvo mais apetecido está ao lado, é o Irão.

A do Afganistão – além dos recursos petrolíferos que também os tem é a localização estratégica na rota dos pipelines.

E claro, os três países tinham vias próprias de condução da sua economia e da sua sociedade, não tinham adoptado o mercado livre, queriam ter uma palavra própria no uso dos seus recursos. Mas não é isso que todos os povos querem? Eu não acredito em mudanças seja do que for, à bomba. Em Portugal tivemos 48 anos de fascismo mas soubemos sair dele pela nossa própria luta. Hoje as populações desses três países regrediram decénios, têm desemprego maciço, e principalmente não têm sequer nem paz nem segurança e não são donos nem do seu presente nem do seu futuro. São outros que mandam neles. E já nem falo nas centenas de milhares de mortos, nem nos feridos, nem nos deslocados, nem nos exilados, nem em civilizações que se perderam, nem no ambiente que ficou pejado de urânio empobrecido e no que isso se vai reflectir nas novas gerações e na saúde. Nada justifica a guerra e guerras de ganância como estas três são crimes monstruosos

Anónimo disse...

Anónimo das 1:48:00 AM: com certeza que se há coisas mal feitas devem ser emendadas. A questão é que em democracia o que uns acham mal feito, outros acham bem feito. E o tira-teimas são as eleições. Por isso me tenho farto de dizer por aqui: organizem-se, formem partidos se acham que os que existem não servem, ou vão para a luta dentro dos vossos partidos pelas vossas ideias, esclareçam o povo, vão para eleições, mas DEPOIS do povo decidir nas urnas de voto, RESPEITEM a vontade popular e percam ou ganhem, defendam nas instituições as vossas ideias, façam manifestações nos termos da LEI, mas NUNCA com violências na rua, nunca queimando casas, nunca queimando edifícios públicos, nunca incendiando sedes partidárias, nunca instrumentalizando forças armadas ou policiais, nunca apoiando motins contra o governo legítimo e muito menos nunca encerrando o Parlamento Nacional!

Anónimo disse...

A margarida e o sr Alfredo do brasil so demonstram mesmo uma falta de genica mental para acompanhar os argumentos apresentados as 11:21:24. Limitam-se a repetir obstinadamente aquilo que querem acreditar ser o significado dessa lei. Nao desqualificam os argumentos acima referidos e optam por ficar na mesma superficialidade ou por conveniencia ou por falta de uma contra-argumentacao seria e mais aprofundada da materia.

A Direccao da fretilin e ilegitima porque a lei que regula os partidos politicos foi violada como argumentei.

A margarida disse: "Um partido deve ser um espaço de liberdade e de democracia e como tal os seus métodos e os seus objectivos devem ser decididos por quem se deu ao trabalho para o constituir."

Concordo parcialmente porque nao pode ser um espaco onde os membros podem fazer TUDO que bem entenderem porque a f

Anónimo disse...

Resposta ao anonimo das 11:30.

O Presidente Xanana Gusmão é o único que foi eleito legitimamente. O Primeiro Ministro não foi eleito para Governar. Está escrito que se esqueceram que o Mari e o seu FRETILIN foram eleitos apenas para escrever a constituição. Não foram eleitos para governar. Eles elegeram'se se a si próprios. Registe isso e não fale à toa.
È pena que falem sem pensar. Este é o problema de Timor-Leste , todos falam sem ter o cuidado de se informar primeiro.

Anónimo disse...

Sim, concordo margarida, tem razão... eleições sim! Sem violèncias, sem destruição, sem incendiar sedes partidárias e em total respeito com a vontade popular... sabe porventura qual é a vontade popular?

Mas também sem corrupção,
sem que para se trabalhar dentro de Timor-Leste um estudante terminado o seu curso no exterior não tenha que obrigatoriamente pertencer a nenhum partido em especial e não faça nenhuma diferença que pertença a A, B ou C.

Se não sabe devia saber que é isso mesmo que se passa em Timor-Leste mno tempo em que este Governo tem estado ao serviço... do Povo! Pois devia.

Quer mais? Tente lá explicar então a política para a educação, quando pensamos nas centenas, milhares de jovens que foram enviados para diversos países. Lembra-se dos interesses que eram movidos? Não sabe? Pois...

Que o bem estar do Povo seja o primeiro dos motivos para andarem em frente. Não há outra solução.

Anónimo disse...

MARGARIDA 2:02:51 AM

Desculpe, mas não queira comparar regimes genocidas como o jugoslavo e o iraquiano, assim como o potencial terrorista advindo do Afeganistão, com as ameaças de um Portugal autoritário.

Depois, como referi, a forma - e nisso concordamos - para algumas das intervenções não foi/é a adequada.

Finalmente, relativamente ao "day after" nada referi, mas como é óbvio, aquilo que se passa, designadamente no Iraque, é uma desgraça.

P.S. Lamento não poder continuar diálogo por hoje, mas tenho de me deslocar e só amanhã estarei de novo neste leme.

Anónimo disse...

Anónimo das 2:21:32 AM: A lei não foi nada violada. A lei é omissa - e muito bem - em relação ao modo de votar em assembleia. Só se expressamente a lei proibisse a votação por braço no ar ou se não abrisse a possibilidade de a assembleia decidir, é que a lei teria sido violada.

Mas a lei nem refere o voto por braço e nem sequer refere que modo de votação é que a assembleia está obrigada. Meta de vez na cabeça que é permitido o que não está proibido. Por isso mesmo os delegados do congresso que até queriam a votação por voto secreto NÃO impugnaram o congresso porque eles sabem que é como eu lhe estou a dizer.

Anónimo disse...

Aditamento ao comentario das 2:21:32: Concordo parcialmente porque nao pode ser um espaco onde os membros podem fazer TUDO que bem entenderem porque a fretilin tal como quaisquer outras "associações de cidadãos" estao enquadrados numa sociedade regida pela lei. Neste caso a fretilin e regida pela lei dos partidos politico que queiram quer nao.
A fretilin violou essa lei e por isso mesmo a sua "Direccao" e ilegitima.

Anónimo disse...

Anónimo das 2:22:00 AM: parece que quem não pensou foi você. Repare então o que dizem estes três artigos da Constituição da RDTL:

Artigo 168.°
(II Governo Transitório)

O Governo nomeado ao abrigo do Regulamento da UNTAET n.° 2001/28 mantém-se em funções até que o primeiro Governo Constitucional seja nomeado e empossado pelo Presidente da República, em conformidade com a Constituição.

Artigo 169.º
(Eleição presidencial de 2002)

O Presidente da República eleito ao abrigo do Regulamento da UNTAET n.º 2002/01 assume as competências e cumpre o mandato previsto na Constituição.

Artigo 170.º
(Entrada em vigor da Constituição)

A Constituição da República Democrática de Timor-Leste entra em vigor no dia 20 de Maio de 2002.

Anónimo disse...

Anónimo das 2:28:13 AM: Você não sabe o que está a falar quando fala de “regimes genocidas” pois não? Em relação à Jugoslávia, o regime que lá vigorava até era socialista, até era “não –alinhado”, até foi um dos países fundadores do Movimento dos Não Alinhados, e por muito menos do que lá aconteceu os USA tiveram a sua guerra civil, com bastante mais mortandade e bastante mais catástrofes sociais. E o regime iraquiano até era o único regime laico num país muçulmano onde as mulheres tinham os mesmos direitos dos homens e podiam frequentar os mesmos cursos e exercerem qualquer profissão. E se no Afeganistão havia um “potencial terrorista” deve estar lembrado que quem treinou, formou, financiou e recrutou os “potenciais terroristas” foi a CIA directamente e indirectamente através dos Serviços Secretos Paquistaneses e que para resolver o problema bastava cortar o financiamento e a entrada de armas, não era necessário bombardear um país inteiro e ocupá-lo. Cortavam o financiamento e descanse que o povo afegão haveria de resolver o problema mais ano menos ano.
Quanto em Portugal não eram só ameaças: fizemos uma guerra de decénios contra Angola, Moçambique e a Guiné-Bissau. Cometemos por lá barbaridades, até os bombardeámos com napalm como os americanos bombardearam os vitnamitas. E mesmo na metrópole a PIDE matou, prendeu milhares de antifascistas e trabalhadores, às vezes até sem razão. Tivemos um campo de concentração no Tarrafal (Cabo Verde) onde morreram dezenas de jovens marinheiros e trabalhadores e para onde também mantiveram presos nacionalistas das colónias. Foi a doer. E por isso também durou tantos anos a libertarmo-nos e os timorenses connosco. E tomara eu em 1974 ter tido as oportunidades que então tinham as afegãs, as iraquianas e as jugoslavas. Nessa altura às mulheres estavam vedadas determinadas carreiras, NÂO tínhamos o direito de voto (só se fossemos cabeça de família), não se podia sair do país sem autorização do marido, etc.
Mas não é só no Iraque que é uma desgraça, no Afeganistão também as coisas estão cada vez pior e nos países da ex-Jugoslávia ainda hoje há centenas de milhares de deslocados. Centenas de milhar, só na Sérvia!

Anónimo disse...

margarida vamos passo por passo: Qual e o proposito de o voto ser secreto para todos os filiados?

Quando responder esta questao ira descobrir um dos principios que o Artigo 18(c) pretende salvaguardar. Esse principio deve-se aplicar ao resto do artigo a nao ser que o contrario esteja explicitado, mas a propria margarida diz que "A lei é omissa - e muito bem - em relação ao modo de votar em assembleia".

Quanto "a possibilidade de a assembleia decidir", nao ha nada no Artigo 18(c) que diga ser da assembleia a decisao sobre o metodo de votacao. Mais uma vez, e por omissao, o principio do voto secreto aplica-se.

Isto nao e um conceito tao dificil de perceber! It is not rocket science!

Anónimo disse...

Anónimo das 3:15:10 AM: Não é rocket science, tal como a política partidária não é uma ciência. È uma escolha dos sócios dessa associação. E se há partidos que entendem que em todas as eleições para cargos dirigentes devem ser feitas por TODOS os sócios, e por voto secreto (e atrevo-me a calcular que em partidos que defendem valores individualistas, se calhar até preferem as coisas assim) outros há que porque privilegiam a discussão e decisão colectiva, a discussão frontal olhos nos olhos, a busca de consensos, ou por outras razões preferem que a votação se faça por braço no ar, na assembleia representativa de todos esses sócios.

E se eu votei no delegado A da minha organização de base e não no delegado B, e se é o meu delegado A que até ganhou a eleição da minha organização de base e me vai representar ao congresso eu tenho que admitir que me dá mais garantias a votação de voto no braço no ar porque mesmo não tendo ido ao congresso posso sempre confirmar como é que ele votou. E esta especificidade do delegado você não está a ter em conta. È que o delegado não se representa só a ele próprio, ele representa a vontade dos seus camaradas de organização de base que nele votaram para os representar.

Como vê não é uma rocket science, nem sequer é uma ciência, mas cada partido tem as suas especificidades que devem ser tidas em consideração, porque repito-lhe um partido é uma associação voluntária de certos indivíduos para obterem determinados fins e levarem à prática certas ideias. Por isso uma lei dos partidos rígida não faria sentido. E a vossa lei é suficientemente aberta para admitir as especificidades dos diferentes partidos. O que a lei diz é que “c) Os titulares dos órgãos de direcção só podem ser eleitos, por voto directo e secreto de todos os filiados ou assembleia deles representativa.” E está muito bem dito.

Anónimo disse...

E já agora deixo-lhe a versão da lei portuguesa dos partidos políticos que durante cerca de 30 anos tivémos cá em Portugal e que permitia precisamente o que lhe expliquei, a liberdade dos filiados soberanamente decidirem como votar a sua direcção:
Lei dos Partidos Políticos Dec.-Lei n.º 595/74, de 07.11
Artigo 7.º
(Princípio democrático)
A organização interna de cada partido deve satisfazer as seguintes condições:
a) …
b) …
c) Serem os titulares dos órgãos centrais eleitos por todos os filiados ou por assembleia deles representativa.

Anónimo disse...

Já tínhamos o camarada Cassetes Cunhal, depois o Cassetes Carvalhas, agora é Cassetes Margarida :)

Anónimo disse...

Anónimo das 9:39:31AM: o truque é velho: quando não se tem melhores argumentos, diminui-se o adversário. Mas fazendo-o, tentando diminuir-me você comete o erro de estar afinal a valorizar o meu argumento que é o facto de a Fretilin ter agido no seu congresso inteiramente dentro da lei.
E isso deixa o seu PR e ministro dos estrangeiros em muito maus lençois, pois que se pronunciaram mais uma vez à margem da lei para tentarem atingir o objectivo de diminuirem a legitimidade da Fretilin e assim fragilizarem a acção do PM.

Anónimo disse...

a margarida disse: "outros há que porque privilegiam a discussão e decisão colectiva, a discussão frontal olhos nos olhos, a busca de consensos, ou por outras razões preferem que a votação se faça por braço no ar"

Ja agora porque nao extender essa practica "louvavel" a eleicao dos delegados para a assembleia representativa? Porque e que lei estipula o contrario?
E sempre possivel argumentar o que queremos mas so acabamos mesmo por demonstrar a nossa intransigencia.

Anónimo disse...

A Lei portuguesa dos partidos políticos é uma Lei de compromisso, tal como a nossa Constituição.
Senão veja-se esta anedota que ainda lá consta:
"A Assembleia Constituinte afirma a decisão ...de assegurar o primado do Estado de Direito democrático e de abrir caminho para uma sociedade socialista, ... tendo em vista a construção de um país mais livre, mais justo e mais fraterno."

É difícil ler esta parte e outras parecidas sem nos envergonharmos.

Anónimo disse...

Margarida said...
Anónimo das 2:28:13 AM...

Claro que na (ex-)Jugoslávia há e houve muita coisa boa. Mas não queira atirar areia para os olhos das pessoas. Deve andar a ler demasiados autores de determinadas áreas...
Então deve achar que o Tribunal Penal Internacional para a Ex-Jugoslávia está a julgar questões relativas a crimes de que tipo? De difamação?
Não tinha esta imagem sua, mas parece-me agora que está, de forma olímpica, a branquear factos.

E quanto a mulheres iraquianas, está a falar das que foram gaseadas pelo Saddam?

E relativamente a mulheres afegãs...

Desculpe, mas a paciência tem limites...

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.