1. Existem muitos interesses, que usam estes grupos de jovens para criar instabilidade e justificar o envio de tropas ou de forças de segurança australianas.
Em qualquer parte do mundo onde existem jovens frustrados, sem trabalho ou qualquer ocupação e sem perspectivas de uma vida melhor, é fácil levá-los a cometerem estes actos, instigados com argumentos extremistas baseados em diferenças sociais, étnicas ou religiosas.
No ano passado o motivo das manifestações foi religioso, este ano as divergências entre lorosaes e loromunos; ambas falsas questões...
A esses países não lhes interessa uma força de segurança internacional com um mandato das Nações Unidas.
A presença da GNR em Díli depressa acabaria com estes distúrbios, a par do re-equipamento eficaz e da re-organização da PNTL e da UIR.
Esperamos que Portugal tenha a coragem, ou o interessse suficiente, de responder rapidamente. Mesmo sem uma imediata decisão do Conselho de Segurança.
A GNR enquadrada num programa de cooperação técnico-militar, mesmo sem poder intervir directamente para restabelecer a ordem, seria o suficiente para diminuir o clima de insegurança e medo das populações. Até o anúncio da chegada da GNR aumentaria os níveis de confiança.
Esperamos que Portugal não ceda aos interesses de outros e que não desista de Timor-Leste.
Em Angola, Moçambique, Guiné e Cabo Verde, existem militares portugueses inseridos em ambiciosos programas deste tipo, sem estarem ao abrigo de mandatos internacionais. E muitas vezes envolvidos em situações muito mais complicadas, do que a GNR a dar apoio à PNTL e à UIR pode encontrar aqui.
A título de exemplo, em Angola, estavam tantos militares portugueses em cooperação técnico-militar bilateral (mesmo depois do fim da guerra), que foi comprado para o efeito um hotel para os alojar em Luanda.
2. O Presidente da República e o Primeiro-Ministro têm de aparecer juntos, e entenderem-se quanto à estratégia para acabar este clima de dúvida. Quer para dentro, quer para fora, é urgente que a mensagem transmitida pelos orgãos de soberania seja a mesma, sem ambiguidade. A uma única voz.
3. O grupo do Major da Polícia Militar Alfredo reinado e o grupo dos peticionários do Tenente Salsinha, ou melhor ex-Tenente, NÃO representam uma ameaça para a população nem pretendem confrontos. Muito mesmo virem a Díli numa manifestação de força.
Acreditamos que as iniciativas do Ministro José Ramos-Horta para solucionar estes problemas alcançarão resultados a curto-prazo, e que uma solução esteja para breve.
4. Pedimos aos malais que aqui estão ao lado do povo timorense, que não contribuam para aumentar boatos e rumores, e que transmitam uma imagem de serenidade, nos seus empregos e nos seus sucos.
Estes distúrbios não são uma ameaça para os estrangeiros. No outro dia nos confrontos em Gleno ninguém foi agressivo com os estrangeiros que lá estavam, nem hoje em Becora onde os jovens envolvidos interromperam o arremesso de pedras, para darem passagem a um carro com malais.
É preciso dar tempo a Timor-Leste.
segunda-feira, maio 22, 2006
O que pensamos por aqui
Por Malai Azul 2 à(s) 22:35
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
2 comentários:
Não ponham o carro à frente dos bois! O Governo Timorense já disse para quando quer a ajuda "de uma força do tipo da GNR". Porque é que v. a quer já? Ou estes seus pensamentos não são para nós mas para o PM (leia-se Primeiro Ministro...)?
Além disso... O apoio internacional, com o sem Portugal, deve apostar tanto nas F-FDTL como na PNTL. Um dos maiores problemas foi o facto da comunidade internacional nunca ter dado ás F-FDTL o apoio financeiro, material e humano que necessitariam. E se os do primeiro batalhão, essencialmente Falintil, aguentam as más condições - fruto dos hábitos que viveram durante a ocupação indonésia - o mesmo nunca acontecerá com os jovens que olham para os seus colegas "policias" com melhor equipamento, mais condições e melhores infra-estruturas. Apoiem as F-FDTL e definam claramente qual é o seu mandato, para que não se limitem a ficar nos quarteis enquanto a PNTL verifica o interior, as fronteiras, al alfândegas... etc...
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