domingo, novembro 26, 2006

Comunicado - PM

DEMOCRATIC REPUBLIC OF TIMOR-LESTE
OFFICE OF THE PRIME MINISTER

MEDIA RELEASE


Dili, November 25 2006

31ST Independence Day Events to honor our heroic veterans – and find a path to peace

Finding a path to Peace And Unity is the theme for a program of visual Arts, Music, Dance And Theatre which will continue throughout next week in Dili as the two weeks of Soru-Mutu Ba Dame gets into full swing.

November 28 (Tuesday) is Independence Day and the President of the Republic Xanana Gusmão will be presenting the first Medals of Honor to 250 veterans of the Independence movement at a formal State ceremony to be held in Palco Estadio Municipal (the Stadium) in Dili on Tuesday morning.

The event will run from 7.30 to noon, and will include an official parade observed by the President, the President of the National Parliament Francisco Guterres “Lu Olo”, the Prime Minister Dr José Ramos-Horta, the Council of Ministers, and other members of the National Parliament, the Chief Prosecutor, the Diplomatic Corps and international & national civil society leaders.

This is sure to be one of the most moving ceremonies ever witnessed in Timor-Leste.

Independence Day afternoon and evening will feature Timor-Leste’s top bands, poets and ‘Korematan’ groups (haunting traditional Timorese songs) in Independence Park (behind Motael Church) from 2 p.m. to 8 p.m.

Families are urged to bring their children to Independence Park where there will be free face painting and loads of surprises.

“All the events organised by Hahi Ita Rain (the National Events Office) are free to the public,” said Ego Lemos, the Arts Program Manager, “and we want to ensure that as many people as possible can enjoy their Independence Day in the company of family, friends and neighbours”.

They can also spend time admiring the graffiti artworks scattered throughout the park, all produced by groups from some of Dili’s IDP camps working with Timorese artists.

Traditional arts and crafts from each of the 13 districts will be displayed for sale at the Gymnasium behind the Palacio do Governo from tomorrow (Sunday November 26) through until Tuesday evening. Organised each year by the culture division of the Ministry of Education & Culture, it is a great opportunity to explore and compare the diverse styles of Timorese crafts, as well as being the perfect place for those wanting to buy Christmas gifts for family and friends.

Another highlight of the week will be the screening in Independence Park on Tuesday night of a 30-minute film concerning the issue of veterans of the struggle for Independence.
Sponsored by the World Bank and made by Max Stahl with Jose Belo, it deals with the issues of identifying and defining who was in fact a veteran of the conflict.
The World Bank contributed half a million dollars to establish more than 70,000 names in a series of categories identifying the complex and many times changing institution which was the Timorese Resistance.

The film AFTER THE VICTORY opens a window into the Resistance which won Timor Leste’s Independence. The film combines dramatic archive of the period from the Max Stahl Audiovisual Centre for Timor-Leste, (some never publicly screened until now), with specially shot sequences with the veterans, to show the impact of the past in the present.

The film screening starts at 8 p.m. on Tuesday and all are welcome.

Notícias - traduzidas pela Margarida


Marinha à espera para evacuar Australianos
AAP - Novembro 24, 2006


O Ministro da Defesa Brendan Nelson diz que três navios Australianos estão no Sudoeste do Pacífico prontos para receber a bordo evacuados no evento de um golpe violento nas Fiji.

Ontem, o Ministro dos Estrangeiros Alexander Downer disse que havia evidência clara que o líder militar das Fiji o Comodoro Voreqe (Frank) Bainimarama estava a planear um golpe nas próximas duas semanas.

O Dr Nelson disse hoje que os navios estavam prontos para evacuar Australianos que podem ser apanhados num golpe nas Fiji.

O HMAS Kanimbla tinha alguns soldados, uma equipa de evacuação, uma equipa de cuidados primários de saúde e helicópteros a bordo.

É apoiado pelas fragates, HMAS Newcastle e HMAS Success.

"Estas estão disponíveis para o caso de haver um golpe e os Australianos precisarem de ser evacuados talvez num ambiente hostil,'' disse Dr Nelson depois de um almoço de negócios em Melbourne.

"Sob circunstância alguma apoiamos ou encorajamos um golpe, mas queremos tornar absolutamente claro que estamos prontos para apoiar os Australianos se precisarem em Fiji, para saírem de Fiji, no caso de o golpe não ser pacífico.''

Disse que a embaixada Australiana nas Fiji estava em contacto regular com o comando militar das Fiji para acompanhar o desenvolvimento da situação.

***

Amotinado de Timor: as minhas armas protegem as pessoas

The Australian
Fonte: AFP

De correspondentes em Dili
Novembro 25, 2006

O líder militar amotinado de Timor-Leste Major Alfredo Reinado, em fuga por assassínio e posse ilegal de armas, afirma que conserva as armas para proteger as pessoas, disse hoje um relato.
Reinado, que foi acusado de assassínio pelo governo, não negou que conserva armas que era suposto ter entregue às tropas Australianas, segundo cita o jornal Timor Post.


"Tenho revólveres, não nego isso. O centro do problema, contudo, não é a propriedade dos revólveres mas a razão do seu uso," disse Reinado ao jornal numa entrevista dum local não divulgado.

"Se estes revólveres são usados para servir e dar segurança às pessoas, penso que tenho mais direitos para os ter," acrescentou.

Reinado foi preso em Agosto com acusações de posse de armas apesar de garantias do seu grupo de que tinham devolvido todas as suas armas às tropas Australianas.

O Primeiro-Ministro José Ramos-Horta urgiu as tropas na Sexta-feira pra prenderem o Reinado, dizendo que as autoridades já tinham emitido uma ordem de prisão.

Reinado, cuja fuga duma prisão de Dili em Agosto desencadeou uma caça ao homem por polícias da ONU e tropas internacionais, fez várias aparições públicas desde então sem ser detido.

Em Maio, Reinado liderou um grupo de tropas desertoras e foi acusado de ter desencadeado desassossego civil, incluindo confrontos com forças de segurança rivais e guerras de gangs nas ruas que mataram 21 pessoas.

A violência levou ao destacamento duma força internacional liderada pelos Australianos.

Num artigo na primeira página no Sábado, que o mostrou a segurar uma arma similar a uma granada propulsionada por um rocket, Reinado reiterou que estava pronto para falar com o governo.

"Estou pronto para dialogar com o governo e as forças de defesa de Timor-Leste e quero que este diálogo forneça uma espécie de garantia e traga paz às pessoas," disse.

O novo comissário da polícia da ONU de Timor-Leste, Antero Lopes, disse que acreditava que podia ter conversações com Reinado que levem eventualmente à entrega incondicional do amotinado.

.

De um leitor

H. Correia deixou um comentário no post "Major Reinado é um foragido à Justiça e deve entregar-se - PM":

Ramos Horta está cada vez mais adaptado às funções de 1º Ministro. Assume o papel de guardião da Lei e da Ordem com firmeza, chamando as coisas pelos nomes e pondo os pontos nos is.É este Ramos Horta que gosto de ver. Diplomata, comunicador, mas também homem de princípios e de compromissos. Ele que não tenha medo, pois é isso mesmo que se espera dele. O exemplo tem que vir de cima e nada como saber dar os passos com firmeza e convicção para transmitir alguma esperança aos que sofrem neste momento.

.

De um leitor

António Veríssimo deixou um comentário no post "Mari Alkatiri em exclusivo para o SAVANA: “Por minha vontade não serei candidato nas próximas eleições”":

ONDE ESTÁ A NÓDOA?

Ao lermos a entrevista de Mari Alkatiri percebemos que estamos perante um homem disciplinado, honesto, patriótico, inteligente, coerente e com um perfil de grande estadista.

Esse foi o problema dos governantes australianos e das companhias exploradoras de petróleo e gás natural: depararam com um homem fisícamente pequeno mas com uma estatura moral, mental e comportamental gigantesca.

Quer parecer que o mesmo constactou o Senhor Presidente Gusmão, obstinando-se então em macular a integridade de Alkatiri para voltar a ser a figura central e adulada que há tempos deixou de ser.
Provavelmente Gusmão achou que manobrando assim daria razão ao ditado "no melhor pano cai a nódoa", mas a integridade de Alkatiri gorou as suas intenções e a nódoa fez o percurso do boomerang - talvez por australianas influências - voltando ás origens e caindo sobre o lançador.
Afinal, onde está a nódoa?

Da igreja de TL nem vale a pena falar.
Infelizmente comporta-se tão antidemocrática, tão feudal, tão espiritualmente putrefacta que nem é nódoa mas sim uma sebenta e enorme mancha da actualidade religiosa de TL.

Lamenta-se que Alkatiri não esteja disposto a chefiar um outro governo após as eleições, pois tudo indica que a Fretilin vai novamente obter maioria, mas se a sua saúde está a condiciona-lo será sensato e aconselhável que se poupe e se dedique a modernizar e reorganizar a Fretilin.

Será com homens como ele, respeitando a diversidade, que Timor-Leste ainda será uma Boa Nação, uma Pátria Boa Mãe para o seu povo, não uma Pátria Madrasta como a querem fazer.

.

My weapons protect the people: Timor rebel

The Australian
Source: AFP


From correspondents in Dili
November 25, 2006

EAST Timor's rebel military leader Major Alfredo Reinado, on the run for murder and illegal arms possession, claims he kept the weapons to protect the people, a report said today.
Reinado, who has been accused of murder by the government, did not deny withholding firearms he was supposed to have surrendered to Australian peacekeepers, the Timor Post newspaper quoted him as saying.


"I have guns, I don't deny that. The crux of the matter, however, is not about the ownership of the guns but what they are used for," Reinado told the newspaper in an interview from an undisclosed location.

"If those guns are used to serve and provide security for the people, I think I have more rights to hold on to them," he added.

Reinado was arrested in August on charges of weapons possession despite assurances from his group that they had surrendered all their arms to Australian peacekeepers.

Prime Minister Jose Ramos-Horta urged peacekeepers on Friday to arrest Reinado, saying authorities had already issued a warrant.

Reinado, whose escape from a Dili jail in August sparked an ongoing manhunt by UN police and international peacekeepers, has since made several public appearances without being detained.

In May, Reinado led a group of deserting troops and was accused of sparking civil unrest, including clashes among rival security forces and gang wars on the streets that killed 21 people.

The violence prompted the deployment of an Australian-led international peacekeeping force.

In Saturday's front page article, which showed him holding a weapon similar to a rocket-propelled grenade, Reinado reiterated that he was ready to talk with the government.

"I'm ready for dialogue with the government and the East Timor defence force and I want this dialogue to provide a sort of guarantee and bring peace for the people," he said.

East Timor's new UN police commissioner, Antero Lopes, has said he believed he could hold talks with Reinado eventually leading to the rebel's unconditional surrender.

.

Navy on standby to evacuate Aussies

AAP - November 24, 2006


DEFENCE Minister Brendan Nelson says three Australian naval vessels are in the south-west Pacific ready to take on board evacuees in the event of a violent coup in Fiji.

Yesterday, Foreign Minister Alexander Downer said there was clear evidence that Fijian military leader Commodore Voreqe (Frank) Bainimarama was planning a coup in the next two weeks.

Dr Nelson said today that naval vessels were ready to evacuate Australians who might become caught up in a coup in Fiji.

HMAS Kanimbla had a number of soldiers, an evacuation team, a primary health care medical team and helicopters on board.

It is supported by frigates, HMAS Newcastle and HMAS Success.

"Those ships are available in case there is a coup and Australians need to be evacuated in perhaps a hostile environment,'' Dr Nelson said after a Melbourne business lunch.

"Under no circumstances do we encourage or support a coup, but we want to make darn sure that we are ready to support Aussies if they need it in Fiji, to get out of Fiji, just in case the coup is anything other than peaceful.''

He said the Australian embassy in Fiji was in regular contact with Fijian military command to keep track of developments.

.

sábado, novembro 25, 2006

Bravos aterram no aeroporto de Lisboa

O primeiro contigente da GNR, acaba de aterrar no aeroporto de Lisboa.

Missão cumprida, Bravos!

.

Mari Alkatiri em exclusivo para o SAVANA: “Por minha vontade não serei candidato nas próximas eleições”

SAVANA (Moçambique) - 24 Novembro 2006

Por João Vaz de Almada

De passagem por Maputo para rever velhos amigos, Mari Alkatiri, ex-Primeiro-Ministro de Timor, fala, entre outras coisas, do Governo de Ramos-Horta, da recente crise política-militar, dos desentendimentos com Xanana e da mão australiana no “golpe de estado constitucional”.

Em relação a uma possível candidatura à chefia do Governo nas próximas eleições Alkatiri é peremptório: “Se depender de mim não serei candidato.”

Que balanço faz dos 100 dias de Governo Ramos-Horta?

É a governação possível no momento de crise em que vivemos. Tem faltado capacidade para definir claramente as dificuldades e atacá-las de frente. Ramos-Horta herdou um programa anual, reflectido no orçamento de Estado, bastante ambicioso, contudo tem-se preocupado mais com a execução do plano e não tanto com o restabelecimento da lei e da ordem, com a autoridade do Estado e com o problema dos deslocados. Isso deveria ter sido prioritário e não foi.

Mas o senhor disse que este Governo era tutelado pela FRETILIN.

É um Governo ao qual a FRETILIN deu o seu aval. Ramos-Horta está a tentar executar esse programa extremamente ambicioso. Se não tivesse havido a crise era intenção nossa fazer o grande arranque para o desenvolvimento do país, investindo nas zonas rurais, nas comunidades e também nas infra-estruturas, uma vez que nestes primeiros quatro anos a nossa prioridade foi construir e consolidar as instituições do Estado.

Fala regularmente com Ramos-Horta?

Em Timor encontramo-nos uma vez por semana. Quando estou no estrangeiro falamos regularmente ao telefone.

Atendendo que está em regime de termo de identidade e residência informou o Procurador-Geral da República da sua saída do país?

A minha obrigação é colaborar com a Justiça. Não quero alimentar especulações como aquelas que já ouvi que dizem que estou a fugir do país. Informei o Procurador e dei-lhe os meus contactos.

Correu essa versão de fuga.

Boatos há sempre e Timor é multimilionário em boatos.

O senhor afirmou recentemente que o golpe de estado constitucional ficou por concluir, acrescentado depois que havia um plano B que ficou por executar. A que é que se referia concretamente?

Penso que esse plano B já está em marcha. Veja-se o esforço enorme que está a ser feito para manchar a imagem da FRETILIN e da sua liderança, tentando desacreditá-la, até por parte do Presidente Xanana Gusmão. As pessoas que executaram o golpe não previam que houvesse um reforço de unidade na FRETILIN. Saiu-lhes o tiro pela culatra.

Quem são essas pessoas?

As conspirações são sempre bem encapotadas, quem as executa não dá a cara. Prefiro não avançar com nomes. Há conspirações que ao fim de 20 anos ainda estão a ser investigadas. Para mim está claro que o Presidente Xanana não estava envolvido nela desde o início, mas posteriormente viu-se envolvido.

Voluntária ou involuntariamente?

Penso que entrou de forma inconsciente. Mas agora tem negado sistematicamente o seu envolvimento, talvez por dignidade e orgulho. Isso só mostra o ódio injustificável que tem pela FRETILIN.

Quais são as raízes desse ódio?

Xanana foi a pessoa que, depois das grandes crises da resistência, em 1979/80, subsequentes à morte do líder Nicolau Lobato, agarrou a liderança e por conseguinte a própria FRETILIN, isto é um facto inegável. O mérito dele ficará registado na História. Por força das circunstâncias, introduziu um novo tipo de liderança, muito unipessoal, muito individualista, e a verdade é que deu resultado. Ele para fora sempre deu uma imagem de abertura e tolerância mas internamente concentrou sempre tudo nas suas mãos. E, de certa forma, quando se retirou formalmente da FRETILIN, continuou a chefiá-la. A grande dor do Presidente Xanana neste momento é que perdeu de facto a liderança da FRETILIN. Estando fora das estruturas de um partido não se pode ter a pretensão de querer liderá-lo. Só pode liderar a FRETILIN quem está disposto a subordinar-se aos órgãos da FRETILIN. O que ele quer é, no mínimo, irracional. Esta é a sua grande contradição. Foi aí que começaram as nossas desavenças.

Acha que houve uma mão externa?

Vou reportar-me novamente a factos. Neste último ano e meio, a comunicação social australiana iniciou uma campanha deliberada para denegrir a imagem do Governo e da FRETILIN em geral, e a minha em particular. No auge da crise o Primeiro-Ministro australiano foi o único dirigente político que se pronunciou a favor da minha demissão, num acto claro de ingerência nos assuntos internos de Timor.

Pensa que “dossier petróleo” poderá estar na base desse desejo australiano, uma vez que o senhor entrou em colisão com os interesses australianos durante todo o processo negocial?

É evidente que isso tem peso. As negociações foram duras e eu defendi fortemente, como é óbvio, os interesses timorenses. Ficámos com 90% da exploração numa área, onde inicialmente só nos estava destinado 50%, e 50% noutra, quando a oferta inicial era de 18%.

Sabe-se também que a Igreja Católica, sendo o senhor muçulmano, não via com bons olhos o facto de ter um “não crente” na chefia do Governo?

Não gosto muito de falar da Igreja como instituição, mas é um facto que uma parte da hierarquia da Igreja Católica era militantemente contra o Governo. De tal forma que não tenho dúvidas em afirmar que a Igreja Católica fez o papel da oposição, promovendo manifestações que duraram duas e três semanas. Admito que o facto de ser muçulmano, num país esmagadoramente católico, seja difícil de digerir para alguns sectores católicos.

No passado dia 17 de Outubro, a comissão de investigação da ONU concluiu não haver provas do seu envolvimento na distribuição de armas a civis. Todavia recomendou uma investigação adicional para determinar se o senhor deve ser responsabilizado criminalmente sobre a questão.
Quer comentar?

Acho que isso foi uma solução de equilíbrio para não deixar mal outras pessoas. A forma como o relatório foi apresentado mostra bem que não querem atingir aqueles que estão no poder. Se dissesse claramente que não havia qualquer fundamento como é que ficaria a posição do Presidente da República que exigiu a minha demissão justamente por causa disso? Houve a tentativa de deixar pairar no ar alguma coisa, deixando que os órgãos de soberania timorense resolvam o assunto. Não quiseram arrumar o caso.

Há quem diga que o conflito é, fundamentalmente, étnico entre loromonos e lorosaes.

Recuso totalmente essa tese.

Mas uma das causas do conflito foi a discriminação de que eram alvo os loromonos no seio das Forças Armadas.

É preciso esclarecer bem esta questão. A partir de 1980 e até 1984, o último reduto da resistência estava localizado na zona leste, integrando maioritariamente guerrilheiros lorosae.

Por isso hoje a maior parte dos comandantes são da zona leste. Isto é uma herança! Não se pode negar. Ignorar essa realidade para dizer que há discriminação não é admissível. Houve até um esforço do Chefe de Estado-Maior, Brigadeiro Taur Matan Ruak, para equilibrar isso. Como é que Alfredo Reinado, um loromono, chegou a major? Não esteve na guerra, viveu na Indonésia e depois na Austrália! O próprio Nicolau Lobato não era lorosae. Nos últimos anos houve um esforço no sentido de recrutar mais loromonos. Alguém andou a tentar explorar essa divisão.

Até no seio da própria FRETILIN tentaram fazer isso, mas não conseguiram. Nas FA é mais fácil conseguir promover essas divisões.

Vai ser o candidato oficial da FRETILIN nas próximas eleições legislativas?

Vou bater-me até ao limite das minhas forças para não ser. Não me restam muitos anos pela frente, embora as pessoas digam que ainda sou jovem, por isso acho que devo dedicar-me ao partido. Quero trabalhar para o partido. A FRETILIN suportou grandes sacrifícios com a política de Unidade Nacional de tal forma que as estruturas do partido foram emprestadas às chamadas estruturas de Unidade Nacional, ao CNRM (Conselho Nacional de Resistência Maubere), mais tarde transformado em CNRT (Conselho Nacional de Resistência Timorense). Depois disto tudo a FRETILIN ainda foi chamada a governar. Há por isso um grande trabalho de reorganização a fazer.


“Admiro a capacidade de esperar dos moçambicanos”


Falando de Moçambique, onde viveu 24 anos, a sua ausência no congresso de Quelimane pode ser interpretada como um afastamento em relação à Frelimo?

Não, de forma alguma. Fiz tudo para estar presente, mas na semana antes de embarcar tive um problema de saúde e, como os médicos não sabiam se era grave, recomendaram-me que fosse primeiro efectuar exames a Portugal, onde já tinha sido operado em Janeiro. Tive de seguir o conselho dos médicos. Felizmente não me foi diagnosticado nada. Por um lado fiquei contente por não ter nada, mas por outro fiquei zangado porque afinal poderia ter vindo ao congresso.

A FRETILIN ainda se sente próxima da Frelimo?

Isso é indubitável. Não é só porque nos acusam de sermos a máfia de Maputo (risos), como também pelos laços históricos que sempre nos uniram.

O que é que admira na Frelimo?

A sua invejável capacidade organizativa e também a facilidade de se adaptar às novas conjunturas. A Frelimo nasceu da luta contra o colonialismo, ganhou sozinha a independência e depois conseguiu acompanhar a evolução mundial dos últimos anos, introduzindo no país o multipartidarismo e a democracia.

No mês passado, por ocasião da passagem do 20º aniversário da morte de Samora Machel, não se esqueceu de o elogiar publicamente. Que recordações guarda do primeiro Presidente de Moçambique?

Samora era um homem profundamente ligado ao povo, muito generoso para com os mais desfavorecidos. Foi um grande defensor da luta de libertação dos povos. Para um país jovem e pobre como Moçambique, não era fácil assumir abertamente as causas do Zimbabwe e da África do Sul como ele assumiu, muitas vezes com consequências extremamente negativas para Moçambique. Se tivesse vivido mais tempo estou certo que teria capacidade para se adaptar às novas realidades.

Actualmente muitas das suas políticas seriam de impossível implementação.

Sim, estariam absolutamente fora do contexto.

Como é que vê hoje Moçambique?

Moçambique é hoje um país em franco desenvolvimento e isso é reconhecido por toda a comunidade internacional. O que admiro no povo moçambicano é a sua capacidade de esperar, de ter paciência e de acreditar nos seus líderes.

Relatórios de organizações internacionais referem que se está a assistir neste momento a uma “partidarização” do Estado como nunca antes tinha acontecido em Moçambique. A promiscuidade entre o Estado e a Frelimo é cada vez maior. Quer comentar?

Nos nossos países, quando um partido vence uma série de eleições consecutivas, há logo uma tendência para se dizer que o regime está de novo a caminhar para o monopartidarismo. Nós, em Timor, também somos acusados do mesmo e só estamos há 4 anos no poder! Penso que hoje há aqui uma imprensa livre, uma oposição agressiva, as pessoas dizem o que pensam sem serem molestadas. Provavelmente, no dia em que a oposição estiver no Governo, irá comportar-se da mesma forma.

.

Notícias - traduzidas pela Margarida

UNMIT – Revista dos Media Diários – Sexta-feira, 24 Novembro 2006

Relatos dos Media Nacionais
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisão de Timor-Leste


Lu-Olo: 28 Novembro não é da Fretilin

Francisco Guterres, Presidente do Parlamento Nacional diz que o 28 de Novembro, como está na Constituição, não é somente um dia da Fretilin mas um dia de todos os cidadãos para celebrar porque foi nesta data em 1975 que a Fretilin proclamou unilateralmente a independência de Timor-Leste. Lu-Olo acrescentou que esta data é em honra e memória dos que defenderam o 28 de Novembro durante 24 anos. (STL)

Grupos de artes marciais apelam à paz

Até 7 grupos de artes marciais fizeram uma declaração na Quinta-feira apelando aos membros do PSHT para pararem a violência. Representantes de vários grupos disseram que não aceitam nem toleram mais o comportamento dos membros do PSHT em atacar, roubar e estragar casas em Dili.

Pediram ao governo para estabelecer regulamentos para os grupos de artes marciais pararem as acções do PSHT, porque têm sido responsáveis pela desestabilização do país.

Contudo o Secretário Geral do grupo Colimau 2000, Osorio Maulequi acusou membros do PSHT pelo seu envolvimento em crimes como uma conspiração com o PD para tentar ganhar as eleições de 2007.

Mas Fernando “Lasama”, Presidente do PD, rejeitou a acusação como (sendo) falsa e pediu aos grupos de artes marciais ‘77’ Korka e Kolimau 2000 para não se deixarem eles próprios usar por outra gente como partidos políticos. Grupos de jovens de Santa Cruz e de Kintol Boot tomaram a iniciativa de se reconciliarem através do programa da juventude “Dame Malu”. Os dois grupos comprometeram-se a não se envolverem mais em conflitos, disse Manuel Freitas, representante do grupo de jovens de Santa Cruz. (STL, DN)

Fuga de presos não foi culpa dos guardas

O Ministro da Justiça, Domingos Sarmento disse que o relatório apresentado pela Comissão responsável pela investigação à fuga dos presos em Agosto incluindo o Major Alfredo concluiu que os guardas prisionais não estiveram envolvidos no incidente. O relatório diz que os guardas tiveram falta de disciplina e recomenda ao ministro da justiça para tomar medidas para aumentar a disciplina e cumprirem com as tarefas. (TP)

ONU apoia eleições

O Assistente Especial da Equipa de Certificação Eleitoral, disse ontem aos media que a Equipa de Certificação Independente trabalhará em Timor-Leste para garantir que padrões eleitorais internacionais são implementados, e que estarão no país em breve. De acordo com o Diario Nacional, a equipa apresentará o relatório na próxima visita, que indica claramente o seu mandato e a importância para as eleições que se realizarão em 2007. A ONU dará apoio logístico e outros tipos de assistência. (STL, DN)

***

É TEMPO DO MAJOR TRAIDOR REGRESSAR AO QUARTEL, DIZ HORTA

Adnkronosinternational - Novembro 24, 2006

Dili - O primeiro-ministro de Timor-Leste José Ramos-Horta pediu ao Major Alfredo traidor Reinado Alves e ao seu grupo para regressarem ao quartel das forças armadas, mais de sete meses depois de desertarem e se juntarem aos soldados amotinados nas montanhas, levando com eles dois camiões cheios de armas e de munições.

O apelo do primeiro-ministro segue-se a uma decisão do Chefe das forças armadas de Timor-Leste, Brigadeiro General Taur Matan Ruak, para formar um grupo interno no seio das forças armadas, com a tarefa de mediar com os desertores.

“Peço ao Major Alfredo Reinado e ao seu grupo para regressarem, por favor, aos quartéis,” disse Horta ao repórter na capital Dili, na Quinta-feira. “Acredito que agora é uma boa altura para começar a falar,” acrescentou o Nobel da Paz.

O Major Alfredo Reinado é o desertor mais graduado. Abandonou as forças armadas em 4 de Maio de 2006 para se juntar a cerca de 600 antigos soldados que tinham sido despedidos em Março de 2006 depois de se queixarem de discriminação nas promoções. O despedimento despoletou uma crise nacional que deixou 37 pessoas mortas, forçaram 155,000 a fugir das suas casas, derrubou o governo do antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri e levou ao destacamento de tropas estrangeiras em Timor-Leste.

Horta, que ocupa também a posição de Ministro da Defesa, disse que a sua principal tarefa agora é encontrar um modo de normalizar as relações nas forças armadas, na polícia e nos jovens do país. “Agora, estou a tentar curar as feridas entre as forças armadas e a polícia. Depois disso, o Presidente Xanana Gusmão e eu, juntamente com representantes da polícia e das forças armadas, planeamos visitar cada um dos campos de deslocados e a área suburbana e dizer às pessoas que já não precisam de ter medo das forças de segurança,” disse Horta.

A divisão entre as forças armadas e a polícia, que irrompeu durante a crise, tem raiz na estrutura diferente da composição dos dois corpos. A polícia incluiu um grande número de homens que tinham trabalhado para a administração Indonésia durante os longos 24 anos da ocupação. As forças armadas, por outro lado, são constituídas na maioria por antigos lutadores pela liberdade.

O pior incidente aconteceu em 25 de Maio, quando dez polícias desarmados, a quem tinha sido garantida passagem segura pela ONU, foram mortos e mais 30 foram feridos quando elementos párias dos militares abriram fogo. Os oficiais de polícia foram acusados de terem atacado o quartel-general das forças militares um dia antes.

Entretanto, quando contactado pelo Adnkronos International (Aki), o Brigadeiro Taur confirmou que receberia de volta o Major Alfredo Reinado. Contudo, sublinhou também que o processo judicial do seu caso deve continuar. “Estou pronto em qualquer altura a encontrar-me com o Major Alfredo para resolver o problema. Mas isso não significa esquecer a justiça," disse o Brigadeiro Taur ao AKI.

***

PM de Timor urge a prisão do líder amotinado

AFP/The Australian(ABC/Channel News Asia - Novembro 24, 2006
De correspondentes em Dili

O Primeiro-Ministro José Ramos Horta urgiu hoje as tropas internacionais para prenderem o líder militar amotinado Major Alfredo Reinado que fez várias aparições públicas desde que fugiu da prisão em Agosto.

O pedido de Ramos Horta ceio no meio de relatos não confirmados que o Major Reinado, que é também suspeito de assassínio, estava previsto falar hoje num seminário no distrito do sudoeste de Suai, perto da fronteira Indonésia.

O Major Reinado, cuja fuga duma prisão de Dili em Agosto desencadeou uma perseguição em curso pela polícia da ONU e por tropas internacionais, tem desde então feito aparições públicas na televisão e em várias cidades sem ser detido.

Foi preso em Agosto com acusações de posse de armas apesar de promessas do seu grupo que entregariam todas as suas armas às tropas Australianas, destacadas a seguir ao desassossego pelo que o major amotinado é acusado.

O major não é “um cidadão livre que pode realizar conferências em qualquer lado” que queira, disse o Sr Ramos Horta. “Já há uma ordem para a prisão do Sr Major Alfredo porque matou uma pessoa em Fatuahi e fugiu da prisão,” disse.

O Major Reinado está ainda oficialmente no serviço activo porque as Forças Armadas de Timor-Leste (F-FDTL) ainda não o licenciaram, disse o Sr Ramos Horta.

“Sim, é ainda um (membro) dos militares, apesar de noutros países já ter sido despedido por ter morto um camarada ... estamos ainda á espera duma decisão da liderança das F-FDTL,” disse.

Em Maio, o Major Reinado liderou um grupo de 600 tropas que desertaram e foi acusado de desencadear desassossego civil, incluindo confrontos entre forças de segurança rivais e guerra de gangs nas ruas que mataram 21 pessoas.

A violência levou ao destacamento de tropas internacionais lideradas pelos Australianos.

O novo comissário da polícia da ONU Antero Lopes dosse que acreditava que podia realizar conversações com o Major Reinado que levassem eventualmente à rendição incondicional.

.

Grandes nomes da cultura lusófona vão estar na UA durante a “Semana CPLP”

Ciencia.pt - 24 Novembro 2006, 08:58


Cremilde Santos

Entre 27 de Novembro e 18 de Dezembro a Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) organiza uma mostra de cultura lusófona, com vista a assinalar o 10º aniversário da constituição da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Mário Soares, Jorge Sampaio, Gilberto Gil, Malangatana, Inocência da Mata, Pépétela, Florentino Gomes, Mayra Andrade são apenas algumas das personalidades que vão passar pela Universidade de Aveiro.

A mostra, intitulada “ Semana da CPLP” visa criar um espaço de confraternização entre as diferentes comunidades portuguesas, facultando o conhecimento e a partilha de diferentes culturas. Exposições, gastronomia, contos, projecção de filmes e concertos completam um programa que dará a conhecer tradições, usos e costumes e contribuirá para a promoção da língua portuguesa, utilizada por cerca de 200 milhões de falantes em todo o mundo.

Eventos

As palestras, sobre o tema da Lusofonia, estarão a cargo de Florentino Gomes, a 28 de Novembro, Pépétela, 5 de Dezembro, José Luís Peixoto, dia 7 de Dezembro, Inocência da Mata, a 12 e Luis Fernando Veríssimo, a 14 de Dezembro.

No 4 de Dezembro decorre o debate “Atlântico Sul – Oportunidades e desafios para a CPLP”, que trará à UA o antigo Presidente da República, Dr. Mário Soares. Cabe ao Dr. Jorge Sampaio e ao Embaixador Henriques Barros o encerramento da “Semana da CPLP” com a palestra voltada para o tema da “Sida e Tuberculose”, agendada para o dia 18 de Dezembro às 22h. Do programa constam também a entrega de sete títulos Sócio Honorários a personalidades de destaque de cada um dos representantes dos PALOP, Brasil e Portugal.

Objectivo da “Semana da CPLP” – um evento organizado pela primeira vez numa Universidade portuguesa – é o de promover a Lusofonia, o intercâmbio cultural entre os oito países que compõem a CPLP e o fomento do convívio entre as várias comunidades existentes na UA.

Campanha de Solidariedade “Uma palavra só - Solidariedade”

A “Semana da CPLP” será ainda o mote para o lançamento da campanha de solidariedade “Uma palavra só – Solidariedade” cujo objectivo é a recolha de material escolar, didáctico e informático para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste.

A campanha irá desenrolar-se em três fases distintas: a primeira, de contacto com as empresas, a segunda de angariação de fundos e material e a terceira de entrega do material recolhido, aos destinatários finais.

A AAUAv conta com a colaboração de entidades do domínio público e privado, nomeadamente Embaixadas, Centro Universitário de Fé e Cultura, a Câmara Municipal de Aveiro e a comunidade em geral.

Para mais informações contactar Negesse Pina – responsável pela organização e coordenador do Sector de Acção Social da AAUAv, telefone: 234 372 370, fax: 234 372 379 ou e-mail: mailto:aauav@aauav.pt ou contactar o Serviço de Relações Externas, Ana Vaz Martins, Universidade de Aveiro, Tel.: 234370211, Ext.: 52050, Fax: 234370985, e-mail: mailto:avaz@adm.ua.pt.
.

Dos leitores

Comentário no post "Sr. Primeiro-Ministro, Bravo!":

1. Hoje 24 de Novembro de 2006 escreve-se no Jornal Público de Lisboa:"Um soldado, seja ele de que posto ou categoria for, não goza dos mesmos direitos de um cidadão vulgar. Prescindiu deles, voluntariamente, para que o Estado lhe confie o monopólio da força e, com ele, a segurança interna e externa do país. Se um soldado se envolver nos conflitos da sociedade, acaba inevitavelmente por tomar partido, e por anular as razões da sua própria existência."

Quem escreve isto, a propósito de manifestações de militares em Portugal, é Vasco Pulido Valente que não é propriamente um perigoso comunista, nem apoiante da Fretilin.

Mas o que diz aplica-se também ao que se passou em Timor Leste e às manifestações dos peticionários dos passados meses de Abril e Maio. O que diz, era a posição do Governo e das FDTL, e da Fretilin. Porque esta é a posição do bom senso, e de quem conhece um pouco de história e de teoria do Estado.

As razões para tal entendimento são as de evitar o que se veio a passar a seguir em Timor Leste: a quase guerra civil!

2. O Estado não se pode limitar a convidar os criminosos a entregarem-se, tem de investigar, capturar e julgar os criminosos. E puni-los. Sem castigo a seguir ao crime, sem punição para o banditismo, a violência não parará em Timor Leste!

3. O Senhor Presidente Xanana ironizava sobre o facto de a tutela do STAE caber à Minstra Ana Pessoa.

É bom que clarifique a coisa. Tem suspeitas de quê?É bom que diga ao primeiro ministro para que trate de trazer muitos observadores para as eleições para evitar que haja suspeitas de fraude. Porque as suspeições que o presidente lança, vão ser sempre aproveitadas por quem perder as eleições para dizer que não reconhece os resultados e não aceitar a derrota. O que pode, como se vê por esse mundo fora, ter consequências trágicas para Timor Leste.

É bom que as eleições sejam livres e justas. E ao presidente cabe actuar para que o venham efectivamente a ser, e não lançar suspeitas que podem conduzir ao desastre.

Tanta irresponsabilidade Meu Deus!
.

UNMIT Daily Media Review - Friday, 24 November 2006

National Media Reports
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisao de Timor-Leste


28 November Is Not Fretilin’s: Lu-Olo

Francisco Guterres, President of the National Parliament says that 28 November, as forecast in the Constitution, is not only Fretilin’s day but a day for all citizens to celebrate because it was on this date in 1975 that Fretilin unilaterally proclaimed the independence of Timor-Leste. In addition Lu-Olo said this date is in honour and memory of those that defended 28 November for 24 years. (STL)

Martial Arts Groups Calls For Peace

Up to 7 martial arts groups made a statement on Thursday calling for members of PSHT to stop violence. Representatives of the various group said they no longer accept and tolerate the behaviour of PSHT members in attacking, robbing, burning and damaging homes in the Dili.

They appealed for the government to establish regulations for martial arts groups to stop PSHT actions, as they have been responsible for the destabilization of the country.

However the Secretary General of Colimau 2000 group, Osorio Maulequi has blamed members of PSHT for their involvement in crimes as a conspiracy with PD to try and win the 2007 elections.

But Fernando “Lasama”, President of PD, has rejected the accusation as false and appealed to the martial arts groups ‘77’ Korka and Kolimau 2000 to not let themselves be used by other people like political parties. The youth groups of Santa Cruz and Kintol Boot have taken the initiative to reconcile through the youth program “Dame Malu”. The two groups are committed to having no involvement in further conflict, said Manuel Freitas, representative of Santa Cruz youth group. (STL, DN)

Escape Of Prisoners Not Guards Fault

Minister of Justice, Domingos Sarmento said the report presented by the Commission in charge of the investigation into the escape of prisoners in August including Major Alfredo found that the prisoners’ guards were not involved in the incident. The report says the guards lacked discipline and recommended to the justice ministry to take measures to increase their discipline and obey the tasks appointed to them. (TP)

UN Supports Elections

The Special Assistant to the Electoral Certification Team, told the media yesterday that the Independent Certification Team would work in Timor-Leste to ensure that electoral international standards are implemented, and that they would be in the country soon. According to Diario Nacional, the team would present the report on the next visit, which clearly indicates their mandate and the importance for the elections to take place in 2007. The UN will provide logistical and other modes of assistance. (STL, DN)
.

Continua o movimento anti-Fretilin nos media Australianos

The Southeast Asian Times
Por: John Loizou

Darwin, Novembro 23: A cumplicidade das corporações dos media Australianos na desinformação mal intencionada contra o partido no poder em Timor-Leste, a Fretilin continua e ou é parte duma campanha deliberada dos diplomatas e oficiais militares Australianos ou o resultado de incompetência dos repórteres.

O último exemplo é a repórter de defesa do The Sydney Morning Herald, Cynthia Banham, que cita o comandante Australiano em Timor-Leste, Brigadeiro Mal Rerden, a admitir que alguma da violência de gangs em Dili parece ser orquestrada ou controlada e que visava ter um efeito político.

Alguma da violência, em particular, tem sido dirigida contra a presença Australiana, apesar de muitos dos cidadãos da cidade apoiarem as Forças de Defesa Australianas.

Banham, que estava numa visita rápida na capital com o Ministro da Defesa da Austrália, Dr Brendan Nelson, citou então sem qualquer qualificação um anónimo oficial de topo – talvez Rerden? – como tendo dito que "havia um grande sentimento anti-Australiano no partido do poder, a Fretilin, que é ainda liderada pelo primeiro-ministro deposto, Mari Alkatiri, que continua a exercer influência significativa no país."

Mas quem é que diz que a Fretilin é anti-Australiana?

Esse conhecimento não podia ter sido disponibilizado por Mari Alkatiri – ele está fora do país e não se espera que regresse até meados de Dezembro.

E é altamente improvável ter sido o comandante das forças armadas de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, que na semana passada enfatizou ao The Southeast Asian Times que não era anti-Australiano.

"Lutei contra a Indonésia durante 24 anos sem ser anti-Indonésio," disse.

"Porque é que seria agora anti-Australiano?

Então quem foi a fonte da repórter preguiçosa?

Talvez o adido de defesa da Embaixada Australiana. Talvez expatriados Australianos. Talvez isso lhe tenha sido murmurado pelo gabinete do Primeiro-Ministro José Ramos Horta. Disparatado? Bem, uma fonte anónima disse ao The Southeast Asian Times que os conselheiros de media do primeiro-ministro em exercício foram responsáveis por terem sugerido que drogas de alta potência estavam a ser usadas para alimentar a violência.

O disparate foi devidamente relatado na primeira página do navio de bandeira intelectual de Rupert Murdoch, The Australian.

Fosse quem fosse, disto podemos estar certos: é muito mais fácil culpar a Fretilin do que identificar os responsáveis por qualquer violência contra os Australianos e dos que procuram manter o programa de desestabilização.

Contudo a Fretilin tem um interesse garantido na paz porque quer que se realizem as eleições do próximo ano.

Acreditamos realmente que os que promovem a violência querem que as eleições se realizem?

Talvez possamos também perguntar porque é que uma dedicada "repórter de defesa " como a Banham não arranjou maneira de perguntar ao ministro de defesa e ao ministro dos estrangeiros da Austrália porque é que a Austrália, com a sua extraordinária capacidade de informações electrónicas no Norte da Austrália, pode continuar a afirmar que não sabe quem está por detrás da violência?
.

De um leitor

António Verissimo deixou um comentário no post "Sr. Primeiro-Ministro, Bravo!":

CASO REINADO CARECE DE ACÇÃO

O primeiro-ministro de Timor-Leste está a ser categorico e a dizer o que deve; Reinado é um criminoso que anda a "monte"!

Mas tenho a opinião de que RH, apesar de dizer o que deve e defender o estado de direito, não está a agir em consonância com o que diz.

Reinado tem de ser capturado e devem de lhe dar caça!

Mike Slater, que sabia onde ele estava, não o fez porque não quis e agora certamente que também sabem onde ele está mas não o capturam, porquê?

Com atitudes destas é o estado de direito que fica a perder.

O "presidencial estado de graça" de Reinado acabou ou não?

Como é possivel acreditar na justiça do estado se é permitido que um criminoso evadido ande há meses a brincar com essa mesma justiça?
Refiro Reinado por ser o mais notório, contudo existem outros eventuais criminosos a beneficiar de uma incompreensivel benevolência das autoridades timorenses.

São exemplos destes que desacreditam a autoridade do estado, dos ministros e dos executores judiciários.

Será legitimo acreditar que a situação de Reinado é patrocinada por eventuais "eminências pardas"?

Se sim, porquê e até quando irá estar em "reserva"?

Se não, para quando a acção das autoridades e a consequente credibilização da Presidência e Governo de Timor-Leste?
.

Timor PM urges rebel leader arrest

AFP/The Australian(ABC/Channel News Asia - November 24, 2006
From correspondents in Dili

EAST Timor Prime Minister Jose Ramos Horta today urged international peacekeepers to arrest rebel military leader Major Alfredo Reinado who has made several public appearances since escaping from jail in August.

Ramos Horta's call came amid unconfirmed reports that Major Reinado, who is also a murder suspect, was due to speak today at a seminar in the southwestern district of Suai, near the Indonesian border.

Major Reinado, whose escape from a Dili jail in August sparked an ongoing manhunt by UN police and international peacekeepers, has since been making public appearances on television and in various towns without being detained.

He was arrested in August on charges of weapons possession despite promises from his group that they had surrendered all their arms to Australian peacekeepers, deployed following unrest blamed on the rebel major.

The major was not a “free civilian who can hold conferences anywhere” he wanted, Mr Ramos Horta said. “There is already a warrant for the arrest of Mr Major Alfredo because he has killed a person in Fatuahi and escaped from prison,” he said.

Major Reinado is still officially on active service because the East Timor Armed Forces (FDTL) has not yet discharged him, Mr Ramos Horta said.

“Yes, he is still a (member) of the military, although in (other) countries he would have been fired for killing a fellow soldier ... we're still waiting for a decision from the FDTL leadership,” he said.

In May, Major Reinado led a group of 600 deserting troops and was accused of sparking civil unrest, including clashes among rival security forces and gang wars on the streets that killed 21 people.

The violence prompted the deployment of an Australian-led international peacekeeping force.

East Timor's new UN police commissioner Antero Lopes has said he believed he could hold talks with Major Reinado eventually leading to the rebel's unconditional surrender.
.

Major Reinado é um foragido à Justiça e deve entregar-se - PM

Díli, 24 Nov (Lusa) - O major Alfredo Reinado, cabecilha da rebelião no seio das forças armadas de Timor-Leste e que se encontra a monte, "deveria entregar-se à Justiça e responder pelos seus crimes", disse hoje à Lusa o primeiro-m inistro timorense José Ramos-Horta.

"Ele cometeu um crime por iniciativa própria e há um mandado de captura. Esteve preso, fugiu e, a forma, a atitude mais correcta de um militar é entregar-se à Justiça. Ele não pode esquecer-se que deliberadamente assassinou camaradas seus do exército", salientou.

"Em qualquer outro país isto é um crime imperdoável", frisou o primeiro-ministro e também ministro da Defesa de Timor-Leste.

Ramos-Horta referia-se à comprovada participação do major Reinado, e dos seus homens, na troca de tiros com militares em Fatuhai, arredores de Díli, a 23 de Maio, na sequência da crise político-militar iniciada em Abril.

Detido em Julho, na posse ilegal de armas de guerra, o major Alfredo Reinado viria a fugir da prisão cerca de um mês depois, mantendo-se desde então a monte no interior de Timor-Leste.

"Ele deve ter coragem e deslocar-se ao quartel das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), conversar com os seus colegas e aguardar pela Justiça. Esta é a atitude mais correcta", vincou.

Ramos-Horta abordou ainda a eventual participação de Alfredo Reinado num seminário previsto para este fim-de-semana em Same, sul do país, questionando se a anunciada intervenção do major rebelde "contribuirá ou não para algum debate de substância".

"Ele é um militar foragido da Justiça que deve, com coragem e humildade, entregar-se à Justiça", salientou o primeiro-ministro à Lusa.

Alfredo Reinado, que goza de grande popularidade entre largos sectores da população timorense, foi um dos principais intervenientes na crise político-m ilitar que levou as autoridades de Timor-Leste a pedir ajuda externa para tentar ultrapassar a situação de instabilidade e violência no país, de que resultou a demissão do antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri.

Alfredo Reinado fugiu da prisão de Becora, em Díli, no passado dia 30 d e Agosto, acompanhado de mais 56 reclusos, incluindo 16 ex-membros das forças armadas timorenses e cinco condenados por homicídio.

Alfredo Reinado e cerca de 20 dos seus homens estavam detidos desde 25 de Julho, por posse de material de guerra encontrado numa operação de rotina da GNR em três casas em Díli, uma delas, segundo o major, atribuída pelo presidente Xanana Gusmão.

A sua detenção, por militares australianos, foi feita ao abrigo do protocolo bilateral entre Timor-Leste e a Austrália, no âmbito das medidas de emergê ncia que na altura estavam em vigor no país desde 30 de Maio, decretadas por Xan ana Gusmão.

EL/MF Lusa/Fim
.

IT'S TIME FOR RENEGADE MAJOR TO RETURN TO BARRACKS, HORTA SAYS

Adnkronosinternational - November 24, 2006

Dili - East Timor's prime minister Jose Ramos-Horta has asked renegade Major Alfredo Reinado Alves and his group to return to the army barracks, more than seven months after they deserted and joined the rebel soldiers in the hills, taking with them two trucks full of weapons and ammunition.

The premier's appeal follows a decision by East Timor Army Chief, Brigadier General Taur Matan Ruak, to form an internal group within the army, tasked to mediate with the deserters.

“I ask Major Alfredo Reinado and his group to please return to the barracks,” Horta told reporter in the capital Dili, on Thursday. “I believe that now is a good time to start talking,” the Nobel Prize laureate added.

Major Alfredo Reinado is the highest ranking deserter. He abandoned the military on 4 May 2006 to join approximately 600 former soldiers who had been sacked in March 2006 after complaining of regional discrimination in promotions. The sacking sparked a national crisis that left 37 people dead, forced 155,000 to flee their homes, brought down the government of former prime minister Mari Alkatiri and led to the deployment of foreign troops in East Timor.

Horta, who also holds the position of Minister of Defense, said that his main task now is to find a way to normalise the relationship among the armed forces, the police and the country’s youth. “Now, I am trying to heal the wounds between the army and the police. After that, President Xanana Gusmao and I, together with representatives of the police and the army, plan to visit every refugee camp and suburb area and tell people that they no longer need to be afraid of the security forces,” Horta said.

The split between the police force and the army, which erupted during the crisis, is rooted in the different composition structure of the two corps. The police include a large number of men who had worked for the Indonesian administration during the 24-year long occupation. The army, on the other hand, is made up mostly of former freedom fighters.

The worst incident happened on 25 May, when ten unarmed policemen, who had been assured safe-passage by the United Nations, were killed and 30 more were injured when rogue elements of the military opened fire. The police officers were accused of having attacked the military headquarters a day earlier.

Meanwhile, when contacted by Adnkronos International (Aki), Brigadier Taur confirmed that he would welcome back Major Alfredo Reinado. However, he also stressed that the judicial process for his case should continue. “I am ready any time to meet Major Alfredo to solve the problem. But that does not mean forgeting justice," Brigadier Taur told AKI.

.

sexta-feira, novembro 24, 2006

Sr. Primeiro-Ministro, Bravo!

Major Reinado é um foragido à Justiça e deve entregar-se - PM

Díli, 24 Nov (Lusa) - O major Alfredo Reinado, cabecilha da rebelião no seio das forças armadas de Timor-Leste e que se encontra a monte, "deveria entregar-se à Justiça e responder pelos seus crimes", disse hoje à Lusa o primeiro-m inistro timorense José Ramos-Horta.

.

Os Bravos de partida




.

Votos de boa viagem e promessa de reencontro dentro de meses

Díli, 24 Nov (Lusa) - O primeiro-ministro timorense e o embaixador de Portugal despediram-se hoje no aeroporto de Díli dos militares do 1º contingente da GNR, que regressam após 151 dias de missão em Timor-Leste, 90 dos quais ao serviço da ONU.

"Obrigado a todos. Façam boa viagem e até daqui a uns meses", foram as palavras do primeiro-ministro José Ramos Horta aos militares portugueses, que receberam também cumprimentos de despedida do embaixador de Portugal em Díli, João Ramos Pinto, e do comissário Antero Lopes, comandante da polícia da ONU (UNPOL).

Em declarações à Lusa, Ramos Horta salientou ter feito questão de se despedir dos militares portugueses, recordando que já em Junho tinha estado em Baucau, leste do país, aquando da chegada daqueles efectivos a Timor-Leste.

"Vim aqui para dizer um último adeus. Estive em Baucau a recebê-los quando chegaram e faço questão de vir ao aeroporto despedir-me deles e entregá-los todos inteirinhos às suas famílias. Chegaram em boa saúde e partem sãos e salvos, depois de uma missão difícil, mas uma missão cumprida", salientou.

Relativamente ao 2º contingente, que chegou hoje a Dìli, Ramos Horta manifestou-se convicto que efectuará igualmente um trabalho ao nível dos camaradas do 1º contingente.

"Ainda estamos numa situação (de segurança) frágil, com altos e baixos. A situação melhorou muito, comparando com o que se passava há meses atrás, mas mesmo assim ainda difícil", destacou.

Ramos Horta revelou que na segunda-feira o seu governo enviará cartas ao secretário-geral da ONU, Conselho de Segurança e governo português para o envio de uma companhia adicional da GNR.

"Alguns desafios se avizinham, como por exemplo as eleições em 2007. Daí que há meses falei com ONU e com o ministro (da Administração Interna português) António Costa, após consultas com o Presidente Xanana, sobre a importância de prevenirmos e termos aqui mais uma força de dissuasão, da GNR", revelou.

"Essa companhia adicional poderia ser colocada, por exemplo, na zona leste do país, que é uma zona, na altura das eleições, sempre um pouco volátil", acrescentou.

O 1º contingente, comandado pelo capitão Gonçalo Carvalho, efectuou cerca de 1000 patrulhas, trabalhando mais de 3.800 horas, percorrendo mais de 170 mil quilómetros e acorrendo a mais de 350 incidentes.

Os militares da GNR apresentaram em Tribunal mais de 100 detidos e identificaram mais de 300 outros, como responsáveis pelos distúrbios em Díli.

Nos últimos meses, a GNR assegurou a segurança pessoal do primeiro-ministro Ramos Horta e do ministro do Interior, Alcino Barris.

O 2º contingente, comandado pelo capitão Jorge Barradas, integra militares com experiências de missão em vários teatros de operações, nomeadamente Timor-Leste e Iraque.

EL/MF Lusa/Fim
.

Pedido vinda companhia adicional GNR é formalizado 2ª feira - PM

Díli, 24 Nov (Lusa) - O governo timorense formaliza segunda- feira, em carta endereçada às Nações Unidas e a Portugal, o pedido para que seja enviada uma companhia adicional de militares da GNR, disse hoje à Lusa o primeiro-ministro José Ramos Horta.

"O mais tardar segunda-feira segue a carta para o secretário-geral das Nações Unidas, Conselho de Segurança e também para Portugal, formalizando o nosso desejo, a nossa preocupação, de termos aqui mais uma companhia adicional da GNR, para alem dos 1.608 efectivos previstos na UNPOL", afirmou.

Ramos Horta falava à Lusa no aeroporto de Díli, onde se deslocou para se despedir dos militares do 1º contingente do subagrupamento Bravo da GNR, que hoje terminaram a sua missão em Timor- Leste, iniciada com a chegada a 04 de Junho e que desde o final de Agosto passaram a integrar a Missão Integrada ONU (UNMIT).

A vinda de uma companhia adicional da GNR "permitirá libertar as forças internacionais, da Austrália e Nova Zelândia, de poderem reduzir a sua presença para o mínimo necessário, um batalhão, com cerca de 600 efectivos", acrescentou.

Os militares do 1º contingente deixaram hoje Díli a bordo de um Boeing 737, das Linhas Aéreas da Jordânia, o mesmo aparelho que aterrou ao princípio da manhã (hora local) em Díli, trazendo a bordo 108 efectivos, que formam o 2º contingente, que é comandado pelo capitão Jorge Barradas, e que terá no total 143 efectivos, mais três que o anterior.

Os militares da GNR continuam ainda a manter consigo uma equipa de três elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

EL/MF Lusa/Fim
.

Militares da GNR que vão substituir outros já chegaram a Díli

Díli, 24 Nov (Lusa) - Os 108 militares da GNR que faltavam para completar o segundo contingente do Sub-Agrupamento Bravo, estacionado em Díli, chegaram hoje, a Timor-Leste, sendo recebidos, no aeroporto, pelo embaixador de Portugal, João Ramos Pinto.

Estes militares, que partiram quarta-feira à noite de Portugal, desembarcaram de um Boeing-737 das Linhas Aéreas da Jordânia, na sequência da escala que fizeram em Amã.

Com a chegada destes efectivos, o Sub-Agrupamento Bravo passa a ser comandado pelo capitão Jorge Barradas e terá um total de 143 efectivos.

Os militares do primeiro contingente, comandados pelo capitão Gonçalo Carvalho, partem de Díli no mesmo avião, com destino a Lisboa, cerca das 11:30 (02:3 0 em Lisboa).

EL/MF Lusa/Fim
.
.

The anti-Fretilin drive in the Australia media continues

The Southeast Asian Times
By John Loizou

Darwin, November 23: The Australian corporate media's complicity in the malicious disinformation about East Timor's ruling Fretilin Party that is either part of a deliberate campaign by Australian diplomats and military officers or the result of reporter incompetence continues.

The latest example is The Sydney Morning Herald's defence reporter, Cynthia Banham, who quotes the Australian commander in East Timor, Brigadier Mal Rerden, as conceding that some of the gang violence in Dili appeared to be orchestrated or controlled and was aimed at having a political effect.

Some of the violence, in particular, had been directed against the Australian presence, although many of the city's citizens supported the Australian Defence Force.

Banham, who was making a fleeting visit to the capital with Australia's Defence Minister, Dr Brendan Nelson, then quotes without any qualification an anonymous senior officer - Rerden perhaps? - as saying "there was a lot of anti-Australian feeling in the ruling party Fretilin, which is still headed by the deposed prime minister, Mari Alkatiri, who continues to exercise significant influence in the country."

But who says Fretilin is anti-Australian?

It could not have been knowledge made available by Mari Alkatiri - he is out of the country and is not expected to return until mid-December.

And it was highly unlikely to have been the commander of East Timor's army, Taur Matan Ruak, who last week emphasised to The Southeast Asian Times that he was not anti-Australian.
"I fought Indonesia for 24 years without being anti-Indonesian," he said.


"So why would I now be anti-Australian?

So who was the lazy reporter's source?

Perhaps the defence attache at the Australian embassy. Perhaps Australian expatriates. Perhaps it was whispered out of Prime Minister Jose Ramos Horta's office. Silly? Well an anonymous source has told The Southeast Asian Times that the caretaker prime minister's senior Australian media advisors were responsible for suggesting that high-powered designer drugs were being used to fuel the violence.

The nonsense was duly reported on the front page of Rupert Murdoch's intellectual flagship, The Australian.

Whoever it was, of this we can be sure: It is much easier to blame Fretilin than identify those responsible for any violence against Australians and than those who seek to maintain the programme of destablisation.

Yet Fretilin has a vested interest in peace because it wants next year's election to proceed.
Are we really to believe that those promoting the violence also want the elections to be held?

Perhaps we can also ask why a dedicated "defence reporter" such as Banham cannot bring herself to ask Australia's defence and foreign ministers why Australia, with its extraordinary electronic intelligence capability in northern Australia, can continue to claim they do not know who is behind the violence?
.

Comunicado - PM

DEMOCRATIC REPUBLIC OF TIMOR-LESTE
OFFICE OF THE PRIME MINISTER

MEDIA RELEASE

Dili, November 23 2006

Song and art to herald peace and unity and to remember a good man

The people of Dili are invited to Independence Park on Sunday and Monday to celebrate peace and unity through the arts and to remember Brazilian missionary Edgar Goncalves Brito who was brutally murdered on Tuesday.

A program of music, theatre, painting, poetry and dancing will mark the beginning of a period of celebration which will include the 31st Independence Day on Tuesday (November 28), and on December 10 the 10th anniversary of the awarding of the Nobel Peace Prize to the Prime Minister Dr José Ramos-Horta and Bishop Carlos Belo.

As part of the Soru Mutu Ba Dame program of events, free films will also be shown in the park, which is behind Motael Church. The park is beautifully shaded and perfect for families and there will be free face painting for children. Soru Mutu Ba Dame relates to a peaceful future with a pledge to forgiveness, mutual tolerance and national solidarity.

“This should be a time of looking forward to peace and unity for our country,” Dr Ramos-Horta said.

“But I would also like all the people of Timor-Leste to remember Mr Brito who was murdered earlier this week. Mr Brito was a missionary who lived his life for the Timorese people. He was a kind, caring and gentle man and I hope he is never forgotten by Timor-Leste.

“We should all stop for a time and think about this young man’s love for our people and his work.

Dr Ramos-Horta said he hoped the 10th anniversary of the awarding of the Nobel Peace Prize heralded an era of forgiveness and friendship for all Timorese people.

“The Nobel Peace Prize was awarded to the people of Timor-Leste. It belongs to them and December 10 is for the people to celebrate,” he said.

This Sunday and Monday’s events begin at 2 p.m. and finish at 6 p.m. From 7 p.m. free films will be shown in the park.

The visual arts groups Sangar Masin and Gembel from Dili, and Sangar Matak from Manatuto have worked with the Colmera, Airport and Motael Church IDP camps to produce colorful banners to decorate Independence Park.

Mobile “graffiti walls” will be available for aspiring artists and music groups will be able to demonstrate their talent in a kind of karaoke.

The coordinator of the events is well-known musician Ego Lemos, singer with the band 5 do Oriente.
.

Adieu to a Soldier

Boa Viagem, Bravos!


.

Mari Alkatiri defende a sua actuação nas negociações com Austrália

Maputo, 23 Nov (Lusa) - O ex-primeiro-ministro de Timor-Leste Mari Alkatiri disse hoje em Maputo que não ocupou o cargo "com a cabeça noutra capital", defendendo as suas posições nas negociações com a Austrália sobre delimitação das fronteiras marítimas.

"O meu papel resumiu-se a defender os interesses do povo timorense e não a criar inimigos", disse, sobre a suposta hostilidade com o governo da Austrália, com o qual Díli assinou um acordo para a exploração dos recursos de petróleo e gás natural no Mar de Timor, adiando por 50 anos a delimitação da sua fronteira marítima.

"Não podia ser primeiro-ministro em Timor-Leste, com a cabeça numa outra capital", declarou Alkatiri, sustentando a alegada recusa em submeter-se a Camberra.

Em Maputo, onde se encontra desde quarta-feira "para visitar amigos e camaradas", Mari Alkatiri foi hoje recebido pelo presidente moçambicano, Armando Guebuza, a quem deu, segundo disse, "um informe detalhado sobre os acontecimentos ocorridos em Timor-Leste".

Após o encontro, numa entrevista à Agência Lusa, Alkatiri classificou como "puro oportunismo" a ligação entre o seu perfil e a experiência de monopartidarismo em Moçambique, dizendo-se magoado com o presidente timorense, Xanana Gusmão, pelos "falsos argumentos" usados contra si.

O facto de ter vivido em Moçambique, um país que durante quase 20 anos foi governado pelo regime monopartidário da FRELIMO, tem sido usado para o acusar de comportamento autocrático, na governação e na gestão do conflito que eclodiu em Timor-Leste em Abril deste ano.

"A associação que se faz entre o suposto grupo de Maputo e as causas do conflito timorense é puro oportunismo. Moçambique foi um exemplo de engajamento no apoio à causa timorense, ajudando quando ninguém ou poucos acreditavam nos propósitos do povo de Timor-Leste", disse Alkatiri à Agência Lusa.

O ex-primeiro-ministro acrescentou que "o grupo de Maputo é responsabil izado pelo que se passa em Timor-Leste, como podia ter sido acusado um outro grupo".

"Agora falam dos mestiços, por causa da ascendência portuguesa do actual primeiro-ministro", José Ramos-Horta, exemplificou.

Mari Alkatiri confessou-se "magoado" com Xanana Gusmão por supostamente ter usado "falsos argumentos" para defender a sua demissão.

"Não tenho nenhum relacionamento tenso com o Presidente Xanana, mas ficou a mágoa por ele ter usado falsos argumentos contra a minha pessoa", disse.

Mari Alkatiri demitiu-se do cargo de primeiro-ministro a 26 de Junho, dias depois de Xanana Gusmão ter anunciado que tinha perdido a confiança no chefe do governo depois de denúncias sobre o seu alegado envolvimento na distribuição de armas a civis.

Posteriormente, Alkatiri foi constituído arguido num processo sobre distribuição de armas a civis em que o seu ex-ministro do Interior Rogério Lobato figura como acusado.

Alkatiri, que já foi ouvido pelo Ministério Público em Díli, tem repetidamente negado essas acusações, insistindo ao mesmo tempo na rápida resolução da investigação em curso.

Nas declarações à Lusa em Maputo, Mari Alkatiri, que é secretário-geral da FRETILIN, referiu-se às críticas de Xanana Gusmão ao seu partido, maioritário em Timor-Leste.

"Não é papel do Presidente imiscuir-se na vida interna dos partidos", enfatizou, numa referência ao facto de Xanana Gusmão ter apontado uma alegada falta de democracia na FRETELIN, cuja liderança, saída do congresso de Maio passado , foi eleita por braço no ar e não por voto secreto.

O ex-primeiro-ministro timorense sublinhou também que a persistência da violência em Timor-Leste é uma evidência de que ele nunca foi a causa da crise, imputando a fonte da perturbação a "grupos que não querem respeitar os poderes legitimamemnte eleitos".

Mari Alkatiri acrescentou que a missão das Nações Unidas destacada para normalizar a situação em Timor-Leste está a enfrentar dificuldades, porque "não há uma conflitualidade aberta no país, mas sim o imperativo da imposição da lei e ordem".

"As missões das Nações Unidas estão orientadas para intervir em casos de conflitualidade aberta e não para neutralizar bandos de crime, porque isto é já um problema de lei e ordem", frisou Alkatiri.

Sobre pretensas divisões étnicas entre "loromonu" (dos distritos ociden tais de Timor-Leste) e "lorosae" (da parte oriental do país), Alkatiri considerou essa opinião "superficial".

"Se fosse verdade haveria uma guerra civil no país. As escaramuças têm sido entre bairros ou alguns bandos, mas não são numa escalada de um conflito étnico, que, a existir, levaria a uma guerra civil", frisou.

Alkatiri pronunciou-se igualmente sobre o seu futuro político, mais concretamente em relação à sua participação nas eleições legislativas de Março do próximo ano.

"Nunca me candidatei a eleições, assumi sempre as tarefas que o meu partido me incumbiu, será assim também no futuro, estarei pronto para as tarefas do meu partido", sublinhou, deixando em aberto a hipótese de uma recandidatura à chefia do Governo timorense.

PMA-Lusa/Fim
.

De uma leitora

Comentário no post "Duas eleições fazem 2007 ano de todos os perigos, Paulo C. Seixas":

Esta frase chamou-me a atenção: “O segundo livro, "Timor-Leste - Viagens, Transições, Mediações" é o resultado de 20 anos de interesse e de cinco anos de trabalho antropológico de Paulo Castro Seixas sobre aquele país.”

Parti então à descoberta do autor. Descobri que o próprio explicou em entrevista ao Adelino Gomes: “Nasci em Angola e fiz a 1ª classe em Timor, filho de um funcionário da justiça e de uma professora (...). O meu primeiro trabalho em Antropologia (...) foi sobre os refugiados timorenses numa pequena comunidade num prédio do Cacém. Timor em 1999 possibilitava, por outro lado, uma análise da reconstrução de uma capital em situação pós-colonial. O meu projecto foi avaliado positivamente pela FCT, o que me permitiu deslocar cinco vezes lá, entre 2000 e 2004. Este ano, voltei de novo lá, em Fevereiro. Passei entretanto a pertencer aos Médicos do Mundo, sendo responsável, neste momento, pelos projectos de Timor desta ONG.

Sou responsável, neste momento por uma waiting-room – uma casa das mães, que temos em Lospalos, Ponta Leste, aliada a uma intervenção comunitária na área da Saúde, com uma clínica móvel do distrito”.(...)

http://homepage.ufp.pt/pseixas/artigospub/timor/Entrevista%20Publica.pdf


Isto é um português, de 39 anos que caçou um subsídio do governo de António Guterres via Fundação da Ciência e Tecnologia que já lhe possibilitou lá ir CINCO VEZES em quatro anos, e que entretanto agora através de uma ONG continua as passeatas.

Mais uma pesquisazita e descobri que o mano até é co-autor com a inefável Ana Gomes do livro “O Passado do Futuro – Timor Lorosae” (com edição em Português e Inglês) e donde saquei este extracto esclarecedor:

“Os jovens portugueses, professores e voluntários das ONGs, pertencem, na sua grande maioria, a uma geração pós-25 de Abril e pós-descolonização. Para estes jovens, Timor em 1999 tornou-se a primeira grande oportunidade – a última oportunidade do império – de partir com o apoio colectivo do país, tornando-se, assim, a última geração do império.”

Presumo que os portugueses que aí estão, particularmente os professores se sentirão ofendidos com a caracterização do Seixas. Mas não há nada a fazer com os Seixas saudosistas do império. Eles são mesmo assim, só nos resta denunciá-los.

http://homepage.ufp.pt/pseixas/artigospub/timor/Portugueses%20na%20transicao.pdf


E por fim não resisto a este naco da comunicação que apresentou a 20/05/06 na comemoração do 4º Aniversário da independência de Timor-Leste numa mesa onde também esteve D. Ximenes Belo:

“A questão político-institucional que levou à escalada do conflito e ao descontrolo da situação foi, exactamente a resolução face à alegada discriminação de 1/3 do exército por ser uma etnia”. Na mesma comunicação chama a Timor-Leste “um Estado falhado”.

http://homepage.ufp.pt/pseixas/artigospub/timor/uma%20agenda%20para%20a%20reconstrucao%20socio-cultural.pdf


Digam só lá s.f.f. se a Ana Gomes, os Australianos e os do ICG diriam melhor!

Margarida.

.

De um leitor

1. O que é espantoso nos artigos jornalísticos do Presidente Xanana é que se lêem e não se vê uma ideia para Timor Leste.O que ele pensa do pais, que projecto tem para o país. Sobre isso um verdadeiro líder e presidente reponsável poderia e deveria escrever nos jornais:

O que se está a planear e o que se vai fazer para reestruturar a polícia e as forças armadas para que o que aconteceu na recente crise não se volte a repetir. O que se está a fazer para que que se reduza o assustador número de mortalidade infantil em Timor Leste. O que se está a fazer e o que se vai fazer par aumentar a esperança de vida em timor Leste. O que se está a fazer e vai fazer para que a água potável chegue a toda as casas timorenses. O que se está a fazer para que a energia eléctrica chegue a todas as aldeias timorenses. Para que todas as crianças possam ir à escola.
O que se está a fazer para criar emprego em Timor Leste.Sobre isto é que o povo gostava de ouvir o Presidente. Sobre o futuro. sobre o que é preciso fazer,e é tanto, em Timor leste.

E o povo precisa tanto de uma palavra de esperança.

Mas não, o presidente continua obsecado com o passado recente e em guerra verbal aberta com o comité central da Fretilin.

Da sua boca, ou pena saem palavras ressentidas e magoadas.E, enquanto isso, enquanto opresente se entrega ao ressentimento, todos os dias mais pessoas ou são feridas ou morrem no país.

Qual é a ideia do presidente? Qual é o seu projecto? Que soluções tem? O que julga ele que vai resolver com os seus artigos?

Não se percebe.
Não se entende.

Onde está a palvra de esperança que todos esperavam ouvir?

2. O Presidente Xanana na sua obcessão contra o comité central da Fretilin chegou já a insultar um país amigo de Timor Leste como é Moçambique.

O que é lamentável e triste.

Porque Moçambique e os moçambicanos souberam resistir ao fascismo português, ao imperialismo sul africano e estão construindo um país, e a moçambicaneidade. E ajudaram como poucos, e apesar de serem um país pobre,muitos timorenses da frente diplomática. Se o presidente não sabe ou não se lembra que pergunte a Jose Luis Guterres ou a Ramos Horta.

É muito feio a ingratidão.

Samora Machel dizia somos pobres mas temos a nossa dignidade e conseguimos a nossa liberdade! E isso é muito importante. Estou certo que Xanana nos anos 80 e 90 subscreveria esta ideia.

O que se passou então para ter proferido aquelas palavras muito pouco diplomáticas para com Moçambique?

O que se passa senhor Presidente?

3. O Presidente Xanana escreve no seu artigo "a constituição vale o que vale".

Não se percebe se está a ser irónico, se quer dizer mesmo aquilo.

Se está a ser irónico onde quer chegar?!!

Se quer dizer mesmo aquilo está errado. A constituição é a lei fundamental do Estado.Que ele jurou cumprir e fazer cumprir.

Um Estado de direito significa que orgãos eleitos elaboram a lei, e depois a vida decorre em respeito por essa lei. Quem não cumpre a lei é punido. Isto para manter a ordem, e a segurança.

E a liberdade individual. E a prosperidade individual.

Sem preceber isto Timor Leste não avança.

4. E parece que não se percebe esta coisa simples de que quem governa tem de ter autoridade e tem de exercer essa autoridade porque está legitimado para isso. Quem governa tem de ouvir, tem de dialogar, concerteza que sim, mas tem sobretudo de decidir e fazer. E que faz e decide está sempre sujeito a cíticas. Mas tem de aguentar.

Quem governa tem de fazer cumprir as regras. E punir quem prevarica. E não se pode intimidar perante a necessidade de tomar uma decisão dificil.

Tem de a tomar.

Não se intimidar com as cíticas. é impossível agradar a todos.

.

Notícias - traduzidas pela Margarida

UNMIT - Revista dos Media Diários - Quinta-feira, 23 Novembro 2006

Relatos dos Media Nacionais
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisão de Timor-Leste


As F-FDTL planeiam dialogar com Alfredo

O Primeiro-Ministro Ramos-Horta disse aos media na Quarta-feira que as F-FDTL estão a planear ter um diálogo com o Major Alfredo e os seus colegas para resolver problemas pendentes no interior da instituição. Ramos-Horta disse que o encontro planeado é uma proposta do Brigadeiro General Tara Matan Ruak que tem também a intenção de se encontrar com os Majores Tara e Marcos para lhes pedir para regressarem ao Quartel-General das F-FDTL. Tara quer também estabelecer uma comissão militar para cuidadosamente definir os encontros, sem pôr de lado o processo da justiça, disse o Primeiro-Ministro. Disse que pessoalmente iria contactar com os Majores Tara e Marcos e que o caso de Salsinha Gastão é diferente, que será também resolvido. Horta disse que chegou a altura de Alfredo e os seus colegas, incluindo alguns membros da UIR de entregarem as suas armas e de se encontrarem com Presidente da República e de com quem mais eles se desejarem encontrar e de se apresentarem eles próprios nos quartéis para esperarem pelo processo da justiça. O Timor Post relatou sobre o proposto seminário de dois dias previsto para começar na Sexta-feira em Suai com o tema “Paz e Justiça”. O Major Alfredo é esperado participar no evento bem como o Ministro do Trabalho e Reinserção Comunitária, Arsénio Bano, Dr. Lucas da Costa, Director da Paz e Justiça da Diocese de Baucau, Augusto Trindade e Benevides Correia Barros. Cada um dos participantes falará de vários tópicos que inclui o estabelecimento do Fórum Nacional para a Paz e Justiça para a Reforma em Timor-Leste. O Major Alfredo focar-se-á em Resolver o Problema, Reforma e Revolução. (TP, DN)

A Comissão apresenta o relatório

A Comissão A do Parlamento Nacional apresentou as propostas de projectos de lei eleitoral ao Parlamento Nacional e a Comissão Nacional Independente ao plenário mas não foram debatidas devido ao facto de na agenda estar a discussão doutras questões. De acordo com o deputado Vicente Faria, os projectos de lei propostos foram atrasados por falta de conselheiros e de quorum para aprovar o documento. Com a ajuda de um conselheiro legal apoiado pelo UNDP, contudo, a comissão alcançou o seu objectivo e está satisfeita com o trabalho que realizou. Os deputados da oposição não estavam contentes com a bancada da Fretilin por terem re-tabling o Projecto Lei 12/I4 sobre o Estatuto de Antigos Honoraries dos Órgãos de Soberania para discussão e aprovação. Alguns dos deputados da oposição abandonaram a discussão dizendo que a aprovação do documento salvaguardaria o antigo Primeiro-Ministro e alguns ministros do primeiro governo constitucional. (TP, STL)

A Polícia detém 8 Pessoas

As Forças Australianas juntamente com a UNPOL detiveram 8 suspeitos no Distrito de Ermera. O Ministro do Interior Alcino Barris disse que há fortes indicações que essas 8 pessoas foram responsáveis pelas mortes de 5 pessoas, a queima de mais de 100 casas e da fuga da população para outros locais. Barris disse que a população, os idosos, jovens e o grupo Colimau 2000 iam também realizar um diálogo na Quarta-feira para tentar resolver o problema. Disse em Maubisse, Ainaro que houve alguns incidentes envolvendo a população e o grupo Colimau 2000 que deixou um morto e alguns feridos. Foi relatado que alguns grupos forçaram a população a juntar-se ao Colimau 2000 e que a sua recusa resultou em lutas. Disse também que a polícia tentou deter membros do grupo mas que tinham fugido depois de atacar a polícia, um dos quais está agora a receber tratamento médico no hospital nacional. O Ministro Barris requisitou o apoio da UNPOL e das forças Australianas para trabalharem juntos com a PNTL em Ainaro para tentarem deter esses responsáveis pela violência na área. Noutro artigo, Mike Stone, o porta-voz das Forças Australianas disse que continuariam a trabalhar com a UNPOL para deterem os responsáveis pela violência em curso. Stone disse ainda que as forças Australianas dariam segurança ao povo de Timor-Leste e aos expatriados que lá trabalham porque têm o direito de viver em paz. Disse que houve mudanças em Dili porque a maioria da população quer viver as suas vidas apesar dos muitos desafios que enfrentam e disse que é um imperativo para a comunidade viver juntos e dar informação sobre os problemas e ajudar o processo da justiça. (DN, STL, TP)

Presidente preside a diálogo de alto nível

O Presidente Gusmão presidiu a um diálogo de alto nível em Dili, na Quarta-feira com a participação dos responsáveis do governo, parlamento, forças de defesa, polícia nacional, instituições religiosas, partidos políticos, ONG’s nacionais e internacionais. De acordo com a informação obtida pelo Diario Nacional, uma das discussões principais na agenda foi a reconciliação e a coordenação entre as duas instituições de segurança bem como a segurança para a população. O diálogo foi organizado pela Comissão para o Diálogo e Reinserção Comunitária e foi fechado aos media. O STL relatou que o tema do diálogo foi ‘causas, consequências e lições aprendidas durante as crises’. O Presidente Xanana apelou à reconciliação dizendo ‘devemos ser todos honestos e reconhecer os nossos erros e ser humildes e perdoar aos outros. Devemos começar com o dialogo porque sabemos que a reconciliação é um processo para procurar a paz dentro de cada um de nós antes de falarmos para toda a comunidade e para nos respeitarmos uns aos outros”. (STL, DN)

***

PTI/New Kerala - Nov 23, 2006

India Corporate News: BPCL assina pacto para exploração de bloco em Timor-Leste

Mumbai, : Bharat Petroleum Corporation Ltd e os seus parceiros de consórcio assinaram o Contrato de Partilha de Produção com a Autoridade Designada para o Mar de Timor (TSDA) para um bloco de exploração nesse país.

"A Autoridade Designada para o Mar de Timor (TSDA) assinou em 15 de Novembro um Contrato de Partilha de Produção para o Bloco JPDA 06-103," informou a BPCL hoje, ao Bombay Stock Exchange.

O consórcio compreende a Oilex da Austrália como operador, a subsidiária da BPCL Bharat PetroResources JPDA Ltd, Global Energy Inc e a GSPC (JPDA) Ltd.

O Bloco está na Área cConjunta de Desenvolvimento de Petróleo (JPDA) entre Timor-Leste e a Austrália, tendo cada um 25 por cento de interesse na participação.

***

10 mortos em vários incidentes no período de uma semana

Díli, 23 Nov (Lusa) - Pelo menos 10 pessoas morreram e cerca de 40 ficaram feridas em vários incidentes registados em Timor-Leste no período de uma semana, o último dos quais ocorreu segunda-feira, em Maubisse, anunciaram hoje font es oficiais em Díli.


Em declarações à Lusa, o ministro do Interior timorense, Alcino Barris, disse que uma pessoa foi morta segunda-feira passada, em Maubisse, a cerca de 50 quilómetros a sul de Díli, num incidente que envolveu o Colimau 2000, grupo que recusa a autoridade do Estado e que tem protagonizado actos de violência nos distritos do interior.

Neste incidente, há a registar ainda dois feridos, um dos quais um elemento da Polícia Nacional de Timor-Leste, que tinha enviado uma força para o local.

"Já identificámos os suspeitos do caso de Maubisse e estamos a tratar da sua captura", salientou Alcino Barris.

As vítimas do caso de Maubisse (distrito de Ainaro) apresentam todas ferimentos provocados por arma branca.

No dia 15, cinco pessoas foram mortas em Haturema, distrito de Ermera, num ataque igualmente levado a cabo pelo Colimau 2000 contra elementos do grupo de artes marciais Perguruan Silat Setia Hati (PSHT), também conhecido por "Formigas Negras".

Também segunda-feira passada, uma mulher e o seu filho foram mortos em Hatubuilico, distrito de Ainaro, mas prosseguem investigações para avaliar se as duas vítimas estão relacionadas com confrontos entre grupos rivais, disse Alcino Barris.

Domingo, em incidentes separados em Díli, foram mortos o pastor evangélico brasileiro Edgar Gonçalves Brito, a primeira vítima estrangeira da violência desde o início da crise em Abril, e o timorense José Barros Soares, activista a o serviço da reconciliação comunitária.

"Tirando estes incidentes, a situação em geral no resto do país está calma e sob controlo das autoridades", garantiu Alcino Barris.

O ministro do Interior acrescentou que o esforço conjugado da Polícia das Nações Unidas (UNPOL) e da Polícia Nacional de Timor-Leste permitiu já deter oito pessoas, alegadamente envolvidas no caso de Haturema, onde mais de 100 habitações foram queimadas.

Segundo António Caleres Júnior, director do Hospital Nacional Guido Valadares, em Díli, desde domingo deram entrada 39 feridos naquele estabelecimento.

Com as vítimas mortais registadas na última semana, eleva-se a cerca de 60 o número de mortos devido à violência ocorrida desde Abril, quando começou a crise político militar em Timor-Leste.

EL-Lusa/Fim
.

O convite para o seminário no Suai (2)



Nota: O Ministro Arsénio Bano que aparece como um dos oradores, desconhecia totalmente esta "iniciativa" e nunca foi contactado para tal. Provavelmente muitos dos outros nomes que figuram como participantes também não.

.

O convite para o seminário no Suai (1)




.

De um leitor

OBRIGADO GNR! BEM AJA!

.

De uma leitora

Pensei ia morrer. Com as luzes e sirenes da GNR e os criminosos fugiram. E a GNR nao ter medo das pedras e setas. E a correr depois fez dos criminosos presos .

Viva GNR!

.

De um leitor

A minha familia foi salva porque a GNR de Portugal apareceu nessa noite. Mais tarde teve de fugir e viver num campo onde esta agora. Obrigado.

.

Governo aprova integração Subagrupamento Bravo GNR na UNMIT

Lisboa, 23 Nov (Lusa) - O Conselho de Ministros aprovou hoje uma resolução que determina a integração do Subagrupamento Bravo da Guarda Nacional Republica na (GNR) na força internacional de cerca de 1.600 agentes na Missão Integrada da s Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT).

A mesma resolução do Governo autoriza também o comandante-geral da GNR a p roceder "a aquisição do equipamento necessário ao aprontamento da força, com dis pensa de procedimentos até ao limite de um milhão de euros".

A constituição da UNMIT como força internacional para a manutenção da paz e da segurança em Timor-Leste foi aprovada este ano, na sequência de uma resoluç ão do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

PMF-Lusa/fim

.

Notícias - em inglês

UNMIT Daily Media Review - Thursday, 23 November 2006

National Media Reports
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisao de Timor-Leste


F-FDTL Plans to Dialogue with Alfredo

Prime Minister Ramos-Horta reportedly told the media on Wednesday that F-FDTL is planning to hold a dialogue with Major Alfredo and his colleagues to resolve pending problems within the institution. Ramos-Horta said the planned meeting is a proposal from Brigadier General Tara Matan Ruak who also intends to meet with Majors Tara and Marcos to ask them to return to F-FDTL Headquarters. Tara also wants to establish a military commission to carefully define the meetings, without putting aside the justice process, said the Prime Minister. He said he would personally contact Majors Tara and Marcos and that Salsinha Gastão’s case is a different one, which would also be resolved. Horta said time is up for Alfredo and his colleagues, including some members of UIR to hand in their guns and meet the President of the Republic and whoever else they wish to meet and to present themselves at headquarters to wait for the justice process. Timor Post reported on the proposed two-day seminar scheduled to start on Friday in Suai with the theme “Peace And Justice”. Major Alfredo is expected to participate in the event as well as Minister of Labour and Community Reinsertion, Arsenio Bano, Dr. Lucas da Costa, Director of Peace and Justice of Baucau Diocese, Augusto Trindade and Benevides Correia Barros. The participants each will speak on various topics ranging from establishment of the National Forum for Justice and Peace for Reformation in Timor-Leste. Major Alfredo will focus on Resolving the Problem, Reformation and Revolution. (TP, DN)

Commission Presents Report

Commission A of the National Parliament has presented the proposed projects on the electoral law for the National Parliament and the National Independent Commission to the plenary but was not debated as per the agenda due to other matters under discussion. According to MP Vicente Faria, the proposed project laws were delayed due to the lack of advisors and a quorum to approve the document. With the help of a legal advisor supported by UNDP, however, the commission achieved its aim and is happy that the work is done. Opposition MPs were not happy with the Fretilin bench for re-tabling the Project Law 12/I4 on the Status of Former Honoraries of the Sovereign Bodies for discussion and approval. Some of the opposition MPs walked out during the discussion saying that the approval of the document would be to safeguard the former Prime Minister and some ministers of the first constitutional government. (TP, STL)

Police Detains 8 People

Australian Forces together with UNPOL have detained 8 suspects in Ermera District. Minister of Interior Alcino Barris said there are strong indications these 8 people were responsible for the deaths of 5 people, thee burning of more than 100 houses and the population fleeing to other locations. Barris said the population, the elders, youth and the Colimau 2000 group were also holding a dialogue on Wednesday to try and resolve the problem. He said in Maubisse, Ainaro there were some incidents involving the population and Colimau 2000 group leaving one death and some injuries. It is reported that some groups have forced the population to join Colimau 2000 and their refusal resulting in fighting. He also said police tried to detain members of the group but they all fled after attacking the police, one of whom is now receiving medical treatment, at the national hospital. Minister Barris has requested the support of UNPOL and the Australian forces to work together with PNTL in Ainaro to try and detain those responsible for the violence in that area. In a separate article, Mike Stone, the Australian Forces spokesperson said they would continue to work with UNPOL to detain the people responsible for the ongoing violence. Stone further said the Australian forces are providing security to the people of Timor-Leste and expatriates working in the country because they have the right to live in peace. He said there have been changes in Dili because the majority of the population want to carry on with their lives despite the many challenges they face and said it is imperative for the community to work together to provide information about the problems and help the justice process. (DN, STL, TP)

President Chairs High Level Dialogue

President Gusmão chaired a high level dialogue in Dili Wednesday with the participation of the heads of government, parliament, defence forces, national police, religious institutions, political parties, national and international NGOs. According to information, obtained by Dario Nacional, one of the main discussions of the agenda was the reconciliation and coordination between the two security institutions as well as security for the population. The dialogue was organized by the Commission for Dialogue and Community Reinsertion and closed to the media. STL reported that the motto of the dialogue was ‘causes, consequences and lessons learned during the crises. President Xanana appealed for reconciliation saying ‘we must all be honest and acknowledge our mistakes and be humble to forgive others. We must start with dialogue because we know that reconciliation is a process to search for peace within each one of us before we speak to all the community and for us to respect each other”. (STL, DN)

***

PTI/New Kerala - Nov 23, 2006

India Corporate News: BPCL signs pact for east Timor exploration block

Mumbai, : Bharat Petroleum Corporation Ltd and its consortium partners have signed the Production Sharing Contract with Timor Sea Designated Authority for an exploration block in that country.

"Timor Sea Designated Authority (TSDA) has signed on November 15 a Production Sharing Contract for the Block JPDA 06-103," BPCL informed the Bombay Stock Exchange today.

The consortium comprised Oilex of Australia as operator, BPCL subsidiary Bharat PetroResources JPDA Ltd, Global Energy Inc and GSPC (JPDA) Ltd.

The Block lies in the Joint Petroleum Development Area (JPDA) between East Timor and Australia, with each having 25 per cent participating interest.

***

10 mortos em vários incidentes no período de uma semana


Díli, 23 Nov (Lusa) - Pelo menos 10 pessoas morreram e cerca de 40 ficaram feridas em vários incidentes registados em Timor-Leste no período de uma semana, o último dos quais ocorreu segunda-feira, em Maubisse, anunciaram hoje font es oficiais em Díli.

Em declarações à Lusa, o ministro do Interior timorense, Alcino Barris, disse que uma pessoa foi morta segunda-feira passada, em Maubisse, a cerca de 50 quilómetros a sul de Díli, num incidente que envolveu o Colimau 2000, grupo que recusa a autoridade do Estado e que tem protagonizado actos de violência nos distritos do interior.

Neste incidente, há a registar ainda dois feridos, um dos quais um elemento da Polícia Nacional de Timor-Leste, que tinha enviado uma força para o local.

"Já identificámos os suspeitos do caso de Maubisse e estamos a tratar da sua captura", salientou Alcino Barris.

As vítimas do caso de Maubisse (distrito de Ainaro) apresentam todas ferimentos provocados por arma branca.

No dia 15, cinco pessoas foram mortas em Haturema, distrito de Ermera, num ataque igualmente levado a cabo pelo Colimau 2000 contra elementos do grupo de artes marciais Perguruan Silat Setia Hati (PSHT), também conhecido por "Formigas Negras".

Também segunda-feira passada, uma mulher e o seu filho foram mortos em Hatubuilico, distrito de Ainaro, mas prosseguem investigações para avaliar se as duas vítimas estão relacionadas com confrontos entre grupos rivais, disse Alcino Barris.

Domingo, em incidentes separados em Díli, foram mortos o pastor evangélico brasileiro Edgar Gonçalves Brito, a primeira vítima estrangeira da violência desde o início da crise em Abril, e o timorense José Barros Soares, activista a o serviço da reconciliação comunitária.

"Tirando estes incidentes, a situação em geral no resto do país está calma e sob controlo das autoridades", garantiu Alcino Barris.

O ministro do Interior acrescentou que o esforço conjugado da Polícia das Nações Unidas (UNPOL) e da Polícia Nacional de Timor-Leste permitiu já deter oito pessoas, alegadamente envolvidas no caso de Haturema, onde mais de 100 habitações foram queimadas.

Segundo António Caleres Júnior, director do Hospital Nacional Guido Valadares, em Díli, desde domingo deram entrada 39 feridos naquele estabelecimento.

Com as vítimas mortais registadas na última semana, eleva-se a cerca de 60 o número de mortos devido à violência ocorrida desde Abril, quando começou a crise político militar em Timor-Leste.

EL-Lusa/Fim

.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.