domingo, outubro 12, 2008

Timor pode ser alvo de onda de violência, diz ex-premiê

Maputo, 10 out (Lusa) - O ex-primeiro-ministro timorense Mari Alkatiri afirmou que, "a todo o momento", o Timor Leste "pode ser alvo de uma onda de violência", devido à "fragilidade" da situação política, económica e social do país.

Alkatiri descreveu a situação no país asiático após uma reunião com o presidente moçambicano, Armando Guebuza, em Maputo.

"Felizmente, agora não há violência. E é uma vantagem. Mas as fragilidades que persistem fazem-nos pensar que a todo o momento, o país pode desembocar novamente numa onda de violência", disse o ex-premiê timorense e também secretário-geral da Fretilin, maior partido de oposição timorense.

Alkatiri foi forçado a se demitir do cargo de primeiro-ministro em 2006, depois de ter sido acusado de responsabilidades na violência registada naquele ano.

O fato de a Fretilin não reconhecer a legitimidade do actual primeiro-ministro, Xanana Gusmão, torna o cenário político timorense "mais complicado".

"A relação entre a Fretilin e Xanana Gusmão é mais complicada, porque nós não o reconhecemos como primeiro-ministro, consideramos que Xanana Gusmão usurpou o poder que assume actualmente".

Partido

Apesar de a Fretilin ter sido o partido mais votado nas eleições de 2006, embora sem maioria absoluta como na anterior legislatura, o chefe de Estado timorense, José Ramos-Horta, optou por convidar Xanana Gusmão para formar o governo, que tem o apoio de uma aliança parlamentar maioritária.

"A Fretilin é que ganhou as eleições legislativas, por isso devia ter formado governo, mas não é o que se passou", disse Alkatiri, explicando as razões por que recusa a legitimidade do Executivo liderado por Xanana Gusmão.

A legenda anunciou que vai promover uma Marcha da Paz em Díli, que esteve inicialmente prevista para Outubro, mas que poderá ocorrer em Janeiro, segundo disse Alkatiri numa entrevista recente à Agência Lusa.

Nesta semana, Xanana Gusmão se manifestou preocupado com o risco de uma nova onda de violência, referindo-se à iniciativa do maior partido da oposição.

"Vamos permitir que haja manifestação porque é um direito constitucional, mas estamos preocupados com o risco de uma nova onda de instabilidade", afirmou o premiê timorense.

1 comentário:

Anónimo disse...

PORQUÊ?

MAIS VIOLÊNCIA? NÃO CHEGA DE SANGUE?
NADA É MAIS PRECIOSO QUE A VIDA HUMANA.

POR FAVOR NÃO SE MATEM MAIS. ESSE TIMOR TÃO PEQUENINO E TÃO GRANDE...

CHEGOU DE MORTES NO DIA 25 DE MAIO DE 2006 EM CAICOLI.

PORQUE NÃO CONTINUAM A DAR LIÇÕES AO MUNDO COMO EM 1999?

NÃO DESILUDAM QUEM ACREDITOU EM VÓS.

VIVA TIMOR

VOSSO AMIGO KATUAS PORTUGAL QUE VOS TRAZ NO CORAÇÃO.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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