Photo: AP
Hamish McDonald Asia-Pacific Editor
June 1, 2007
THE Jakarta Governor Sutiyoso's affront at having policemen knock on his hotel door in Sydney reflects a lifetime spent mostly on the dark side of the Indonesian military - in effective legal impunity.
Mr Sutiyoso, 62, retired from the Indonesian Army as a lieutenant-general after a career that included 23 years in the notorious special forces regiment, now known as Kopassus.
This encompassed the numerous black operations mounted under the Soeharto presidency such as the covert invasion of Portuguese Timor in which the Balibo Five died, the fight against separatists in Aceh, or the summary execution of thousands of alleged gangsters in Jakarta.
In late career, he won Soeharto's favour as Bogor district commander securing the first APEC summit.
Then as Jakarta military commander in July 1996 he supervised the replacement of Megawati Soekarnoputri as head of the opposition Indonesian Democratic Party (PDI) with a pro-regime stooge.
Handily, Mr Sutiyoso had been running a program to "educate" former street hoodlums, known as preman, who were sent to storm pro-Megawati elements holding out in the PDI's headquarters.
The ensuing riots were an excuse for a wider crackdown on opposition to Soeharto. Openness was a good thing, Mr Sutiyoso told a forum soon after, but it could "open the door to liberalism and anarchy".
None of this held back his career, or his favourable reception by foreign military forces eager to improve ties with their Indonesian counterparts.
Training with the British Army's airborne brigade at Aldershot was followed by a long stint at the Australian Army Command and Staff College in Melbourne and Canberra, and then a spell with the US Rangers at Fort Bragg.
As an aggrieved Mr Sutiyoso told the Jakarta Post on his sudden return home this week, it was odd that Australia now chose to question him over the 1975 incident when in 1990 he studied as a colonel for a month in Melbourne and then six months in Canberra at the Joint Staff Services College and was not questioned once over the Balibo deaths.
David Bourchier, a political scientist at the University of Western Australia who closely tracks Indonesia's armed forces, said Mr Sutiyoso's shock during his Sydney visit "underlines how much people can get away with in the Indonesian military".
"This is a reality check for the Indonesian military, that impunity doesn't stretch across international boundaries in the way they probably think it ought to," Dr Bourchier said.
Another expert on Indonesia's military, Clinton Fernandes, of the Australian Defence Forces Academy, said Kopassus was not exceptional in its lack of accountability. "As an institution, the TNI [Indonesian National Army], the military, is simply refusing to put itself under civilian control," Dr Fernandes said. "Kopassus is simply the most pure expression of the TNI."
A joint Truth and Friendship Commission, set up in 2005 by Indonesia's President, Susilo Bambang Yudhoyono, and East Timor's former president, Xanana Gusmao, has recently heard senior Indonesian leaders and officials say the mayhem surrounding the independence vote in 1999 was everyone else's fault.
The then Indonesian defence minister, Wiranto, a military academy classmate of Mr Sutiyoso who has been indicted by United Nations prosecutors and is barred from the United States, claimed "there was no policy to attack civilians, there were no systematic plans, no genocide or crimes against humanity".
Mr Sutiyoso was installed as governor of Jakarta in the last months of Soeharto's rule. To the shock of her own party, Ms Megawati supported him for a second term in 2002.
Now, despite the flooding this February that brought misery to Jakarta's 14 million people - caused in part by illegal clearing of mountain forests to let military and other well-connected individuals build villas - Mr Sutiyoso thinks he has a chance at the presidency in 2009.
Like General Wiranto, who was humiliated in the 2004 presidential election, he may find that power doesn't equal support in a democracy.
quinta-feira, maio 31, 2007
Big man who still calls the shots
Por Malai Azul 2 à(s) 20:23
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Tradução:
O homem grande que ainda manda
Foto: AP
Hamish McDonald Editor Ásia-Pacífico
Junho 1, 2007
A afronta do Governador Sutiyoso de Jacarta de ter polícias a baterem à porta no seu hotel em Sydney reflecte uma vida passada na sua maioria no lado escuro das forças militares Indonésias – em impunidade legal efectiva.
O Sr Sutiyoso, 62 anos, retirado das forçar armadas da Indonésia como general depois de uma carreira que incluíram 23 anos no regimento mais famoso das forças especiais, agora conhecidas como Kopassus.
Isto circundou as numerosas operações encobertas montadas sob a presidência de Soeharto como a invasão clandestina do Timor Português no qual morreram os Cinco de Balibo, a luta contra os separatistas em Aceh, ou a execução sumária de milhares de alegados gangsters em Jacarta.
No fim da carreira, ganhou o favor de Soeharto como comandante do distrito de Bogor que fez a segurança da primeira cimeira da APEC.
Depois como comandante militar de Jacarta em Julho de 1996 supervisionou a substituição de Megawati Soekarnoputri como responsável do Partido Democrático da oposição Indonésia (PDI) com um palhaço pró -regime.
Com constância, o Sr Sutiyoso tem conduzido um programa para "educar" antigos desordeiros de rua, conhecidos como preman, que foram enviados para perturbar elementos pró-Megawati apanhados nas sedes do PDI.
As desordens que se seguiram foram uma desculpa para uma mais alargada tomada de posição contra a oposição a Soeharto. A abertura era uma coisa boa, disse o Sr Sutiyoso num fórum pouco depois, mas podia "abrir a porta ao liberalismo e à anarquia ".
Nada disto atrasou a sua carreira, ou a sua recepção favorável pelas forças militares ansiosas de melhorar os laços com as suas contrapartes Indonésias.
O treino com a brigada aérea das forças armadas Britânicas em Aldershot foi seguida por uma longa ligação com o Comando das Forças Armadas Australianas e com a Academia Militar em Melbourne e em Canberra, e depois um período com os US Rangers em Fort Bragg.
Como o ofendido Sr Sutiyoso disse ao Jakarta Post no seu súbito regresso a casa esta semana, era bizarro que agora a Austrália escolhesse interrogá-lo sobre o incidente de 1975 quando em 1990 estudou como coronel durante um mês em Melbourne e depois seis meses em Canberra na Academia Militar Conjunta e não foi interrogado num uma vez sobre as mortes de Balibo.
David Bourchier, um cientista político na Universidade da Western Australia que segue de perto as forças armadas da Indonésia, disse que o choque do Sr Sutiyoso durante a sua visita a Sydney "sublinha como as pessoas se safam nas forças militares Indonésias ".
"Isto é um embate com a realidade para as forças militares Indonésias, que a impunidade não se estica para além das fronteiras internacionais na maneira como provavelmente eles esperavam," disse o Dr Bourchier.
Um outro perito das forças militares da Indonésia, Clinton Fernandes, da Academia das Forças de Defesa Australianas, disse que o Kopassus não era um caso excepcional na sua falta de responsabilização. "Como instituição, as TNI [Forças Armadas Nacionais Indonésias], está apenas a recusar pôr-se sob controlo civil," disse o Dr Fernandes. "O Kopassus é apenas a expressão mais pura das TNI."
Uma Comissão Conjunta Verdade e Amizade, organizada em 2005 pelo Presidente da Indonésia Susilo Bambang Yudhoyono, e o antigo presidente de Timor-Leste Xanana Gusmão, ouviu recentemente líderes e oficiais de topo Indonésios dizerem que a desordem que rodeou a votação da independência em 1999 era culpa de todos os outros.
O então ministro da defesa Indonésia, Wiranto, um colega da academia militar do Sr Sutiyoso que foi indiciado por procuradores da ONU e está proibido de entrar nos Estados Unidos, afirmou que "não havia uma política para atacar civis, não houve planos sistemáticos, nem genocídios ou crimes contra a humanidade".
O Sr Sutiyoso foi instalado como governador de Jacarta nos últimos meses da governação de Soeharto. Para choque do seu próprio partido, a Srª Megawati apoiou-o num segundo mandato em 2002.
Agora, apesar das inundações de Fevereiro que trouxeram miséria aos 14 milhões de pessoas de Jacarta – causadas em parte por desflorestações ilegais nas montanhas para permitir que militares e outros indivíduos com boas ligações construíssem vivendas – o Sr Sutiyoso pensa que tem uma oportunidade para a presidência em 2009.
Como o General Wiranto, que foi humilhado nas eleições presidenciais em 2004, pode descobrir que o poder não tem o mesmo apoio numa democracia.
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