quarta-feira, abril 11, 2007

Notícias - 10 de Abril de 2007 – traduzidas pela Margarida

Fretilin com apoio em baixo, diz observador

O princípio da contagem nas eleições presidenciais em Timor-Leste sugerem que o apoio à Fretilin desceu, disse um observador internacional nas eleições.

Damien Kingsbury, que está a ajudar a monitorizar as eleições na nação inquieta, disse que apesar de estar ainda muito no início, parece que a Fretilin parece ficar aquém da previsão do partido de uma ampla vitória.

A contagem decorreu num ritmo muito lento na Terça-feira. Com oito candidatos a dividirem os votos, analistas políticos dizem que é altamente improvável que algum deles tenha a maioria requerida.
Dizem que uma segunda volta no próximo mês, entre os dois contentores de topo, será quase de certeza necessária para decidir quem será o próximo presidente da nação inquieta.

Kingsbury – da Escola de Estudos internacionais e políticos da Universidade de Deakin – disse que Francisco Guterres "Lu Olo" da Fretilin parece estar a lutar.

"Sobre os primeiros números o candidato da Fretilin 'Lu Olo' Guterres está a lutar, mas será demasiado cedo tirá-lo do palco," disse cauteloso na Terça-feira. "As indicações de certeza é que a Fretilin está a lutar ... não está a fazer tão bem quanto esperava ou o seu partido esperava. "As indicações é que quase de certeza não vai ... ser eleito na primeira volta das presidenciais – isso está quase completamente excluído. A questão real é se vai à segunda volta."

Na capital Dili – um dos 13 distritos – a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) na Terça-feira disse que estimativas primárias põem o Primeiro-Ministro José Ramos Horta está um pouco à frente na corrida presidencial.

Contudo a contagem está mesmo no início, avisou, alertando contra demasiadas leituras tão cedo.

Ramos Horta, um independente, ao lado com Guterres e Fernando "La Sama" de Araujo do Partido Democrático são considerados os favoritos para substituírem o lutador da independência Xanana Gusmão como presidente.

A ONU na Terça-feira apelou aos partidos políticos para aceitar os resultados da eleição quando finalmente chegarem ou para os desafiarem nos tribunais.

"De certa forma o verdadeiro desafio para a nação começa agora – aceitando os resultados, o que inclui aceitar a derrota e usar a derrota como uma oportunidade para formar uma oposição forte," disse o representante especial da ONU em Timor-Leste Atul Khare.

A ONU deu os parabéns aos Timorenses pela ausência de violência durante a eleição de ontem, e disse que a participação tinha sido "muito alta". "As eleições eleitorais decorreram sem incidentes maiores de violência ou intimidação, o que já é um muito bom resultado para estas eleições de Timor-Leste," disse Khare. "Do que vi ... acredito sinceramente que a atitude dos eleitores foi positiva, confiante e excitada."

Kingsbury disse que as primeiras indicações mostraram que 90% dos eleitores registados tinham ido votar, tendo apenas havido questões técnicas menores se virtualmente nenhum incidente de violência.

"Os Timorenses vieram como vieram em 1999, cheios de esperança e expectativas, vieram cedo, estavam lá antes da abertura das assembleias de voto vestindo as suas melhores roupas – felizes e comprometidos e penso genuinamente comprometidos em darem uma opinião para o futuro do seu próprio país," disse.

Kingsbury disse que será bom para a estabilidade de Timor-Leste se o candidato da Fretilin for à segunda volta. "Penso em termos de estabilidade política em Timor-Leste seria bom para a Fretilin ir à segunda volta porque se não tiver sucesso tirará alguma da amargura da sua derrota," disse. "Mas se não forem à segunda volta penso que vai haver muita desilusão no campo da Fretilin."

Milhares de polícias, apoiados por tropas Australianas e da Nova Zelândia, mantém-se de guarda em, trabalhando para evitar uma explosão de violência. Contudo, espera-se que a situação se mantenha tensa durante meses, devendo seguir-se as eleições parlamentares em Timor-Leste em Junho.

AAP - Abril 10, 2007

Observador louva a condução da eleição em Timor

O responsável da delegação Australiana que esteve a observar a eleição presidencial Timorense louvou a condução pacífica e transparente da eleição.

O deputado David Tollner do Governo Federal disse hoje que tinha ficado "extremamente impressionado" com o modo como as eleições de ontem tinham sido conduzidas, dado que ele liderou uma equipa de observadores Australiana.

Não tinha ouvido nenhum relato de violência ou de intimidação de eleitores em assembleias de voto.
"É muito difícil, obviamente, obter informações através de Timor. As comunicações são más, as estradas são pobres, assim é difícil julgar o que está a acontecer á volta do resto do país," disse o Sr Tollner à ABC radio de Dili.

"Mas de certeza que tudo o que vimos foi muito pacífico e ordeiro e bem dirigido.
"As pessoas trataram o processo eleitoral quase que com reverência. Num sítio onde estivemos as pessoas estavam alinhadas – literalmente 400 pessoas numa fila, peito contra costa – como sardinhas no sol quente durante três horas para votarem, e não havia lá nenhuma tensão, nenhuma."

O Sr Tollner reconheceu que houve queixas sobre o tempo que está a demorar contar os votos, mas defendeu o processo. "Está a demorar muito tempo, não há dúvida nisso, mas tenho que dizer que o sistema é extraordinariamente transparente. É transparente a um tal ponto que se torna aborrecido,"disse.

"Por um lado queixam-se que demora demasiado tempo mas por outro não deve ficar qualquer dúvida acerca dos resultados quando vierem."

O Sr Tollner não comentou as especulações que as tensões podiam incendiar-se mais tarde, particularmente se os apoiantes da Fretilin recusarem aceitar o resultado.
Houve uma pesada presença da polícia em Dili ontem mas pouco sinal dos militares, disse.

AP – Abril 10, 2007
Não há vencedor claro das eleições em Timor-Leste

Fontes oficiais dizem que não emergiu um vencedor claro das eleições de Timor-Leste; Provável uma segunda volta
Dili, Timor-Leste – Timor-Leste esperava pendurada na Terça-feira quando os votos estavam a ser contados das eleições presidenciais que muitos esperam pode terminar a instabilidade na jovem nação um ano depois de ter sido empurrado para a beira da guerra civil.

O Primeiro-Ministro José Ramos-Horta, que ganhou em 1996 o Nobel da Paz por ter patrocinado a luta de Timor-Leste para terminar as décadas de brutal governação da Indonésia, inicialmente tinha sido considerado um vencedor certo para o cargo de cinco anos de presidente, ocupado agora pelo popular antigo líder da resistência Xanana Gusmão. Mas Ramos-Horta reconheceu que pode ter perdido apoio depois de assumir um governo de transição dominado por políticos rivais, e funcionários eleitorais dizem que não há nenhum vencedor claro entre os oito candidatos que emergiram, no início da contahem na Terça-feira.

Uma maioria absoluta é necessária para evitar uma segunda volta que _ juntamente com as eleições parlamentares mais cruciais em Junho _ pode prolongar durante meses a tensão.

Timor-Leste foi considerado um sucesso na construção de nação quando declarou formalmente a independência em 2002, mas caiu no caos o ano passado depois do então Primeiro-Ministro Mari Alkatiri ter despedido um terço das pequenas forças armadas, provocando tiroteios entre forças de segurança rivais que transbordaram para lutas de gangs e pilhagens.

Pelo menos 37 pessoas foram mortas e cerca de 155,000 fugiram das suas casas antes de o governo ter caído. A paz regressou largamente com a chegada de quase 3,000 tropas internacionais, mas tem havido desassossego esporádico. Dezenas de milhares de deslocados não regressaram ainda a casa, e o país mantém-se desesperadamente pobre, com 50 por cento de desempregados.

Resultados preliminares são esperados na Quarta-feira e a contagem final em 19 de Abril. Se for necessária uma segunda volta realiza-se no próximo mês.

O posto presidencial é largamente cerimonial em Timor-Leste, mas a votação é vista como uma medida de apoio para um plano de Ramos-Horta e o seu próximo aliado, Gusmão – que concorrerá a primeiro-ministro nas eleições gerais em Junho – para tirar o controlo do Parlamento ao poderoso partido de ala esquerda a Fretilin.

Números não oficiais começaram a correr da capital, onde 90,000 dos 522,000 eleitores estão registados. A cena de sangrentas batalhas de rua em Abril e Maio do ano passado não é necessariamente considerada representativa do resto da nação.

O porta-voz da Comissão Nacional de Eleições Martinho Gusmão disse na Terça-feira que Ramos-Horta, um independente, tinha 30 por cento dos votos em Dili, seguido por Fernando "Lasama" de Araujo do Partido Democrático com 25 por cento.

Dois outros, Francisco Xavier do Amaral da ASDT e Francisco "Lu-Olo" Guterres, um antigo comandante da guerrilha e líder da Fretilin estavam empatados com 20 por cento.

Gusmão antes disse que Ramos-Horta estava à frente também numa contagem à escala do país, mas insistiu que relatos dos jornais na Terça-feira de uma grande vitória para o laureado do Nobel eram prematuros e baseados em números incorrectos.

Apesar de Ramos-Horta ser de longe o candidato mais conhecido, tendo também ocupado os cargos de ministro dos estrangeiros e de ministro da defesa, a participação nos comícios na recente campanha eleitoral foi mais baixa do que a esperada. Protestos irados rebentaram o mês passado quando tropas Australianas tentaram capturar o popular líder amotinado Alfredo Reinado num assalto apoiado por Ramos-Horta. Reinado escapou, mas quatro dos seus seguidores foram mortos. Ramos-Horta tem sido ainda criticado por ter falhado em prender o antigo Ministro do Interior Rogério Lobato, acusado de ter ajudado a armar milícias civis durante o desassossego do ano passado. "Se ganhar carregarei uma cruz de madeira quase tão pesada como a de Cristo," disse Ramos-Horta, que afirmou que preferiria reformar-se, escrever livros e viajar. "Se perder, ganharei a minha liberdade."
Timor-Leste foi uma colónia Portuguesa durante mais de três séculos antes de ter sido invadido pela Indonésia em 1976. Insurgentes passaram os 24 anos seguintes a lutar contra a ocupação, uma luta que Ramos-Horta patrocinou do exílio.

Quando o seu povo votou pela independência em 1999, as tropas Indonésias e as suas milícias entraram numa fúria matando mais de 1,000 pessoas e arrazando Dili até às fundações.

- Os escritores Zakki Hakim e Guido Goulart da Associated Press contribuiram para esta reportagem.

Atrasada a contagem dos votos em Timor

Dili, Abril 10 (AFP) – Problemas técnicos atrasaram a contagem dos votos através de Timor-Leste na Terça-feira mas as primeiras eleições presidenciais realizadas na nação inquieta foram louvadas como sendo um sucesso.

Os eleitores depositaram os seus votos na Segunda-feira com esperanças de uma nova era para a pequena nação, que foi escolher um substituto para o carismático líder da guerrilha Xanana Gusmão, que tem ocupado o cargo desde a independência total em 2002.

Apesar de receios de violência, alegações por políticos rivais de intimidação aos eleitores e correrias de último momento por falta de boletins eleitorais, a votação foi ordeira e correcta e a participação foi alta, disseram os observadores.

"Num sítio aonde fomos, as pessoas estavam alinhadas – literalmente 400 pessoas numa fila, peitos contra costas – como sardinhas no sol quente durante três horas para votarem, e não havia lá nenhuma tensão, nenhuma," disse o deputado Australiano David Tollner.

Tollner, chefe de um grupo de observadores eleitorais Australianos, disse que estava "extremamente impressionado" com a condução geral da votação e desvalorizou preocupações com atrasos na contagem dos resultados.

"Por um lado as pessoas queixam-se de demorar demasiadamente mas por outro lado não deve haver qualquer dúvida sobre os resultados quando eles chegaram," disse.

O corrente Primeiro-Ministro José Ramos-Horta, que partilhou o Nobel da Paz em 1996 pelos seus esforços para encontrar para encontrar uma solução pacífica para o conflito que sacudiu o país, está entre os favoritos para o cargo largamente cerimonial.

A comissão de eleições disse que a contagem estava atrasada devida a "apoio técnico como computadores, impressoras e geradores" em todo o lado excepto na capital Dili, ondeRamos-Horta teve30 por cento numa contagem provisória quase completa.

Fernando "Lasama" de Araujo, um antigo preso político na Indonésia e o presidente do Partido Democrático da Oposição estava com 25 por cento em Dili, disse a comissão.

O candidato Francisco "Lu-Olo" Guterres da Fretilin e Fransisco Xavier do Amaral, o presidente da ASDT estavam atrás de Lasama.
Se nenhum candidato obtiver mais de 50 por cento da votação global será feita uma segunda volta.

Mas para um país que viu anos de derramamento de sangue sob a governação Indonésia depois de 1974, e uma orgia de mortes quando votou pela independência num referendo patrocinado pela ONU em 1999, a votação pacífica já foi vista como um sucesso.

"A votação nas eleições presidenciais decorreu sem um incidente de violência maior ou intimidação, o que já é um resultado muito bom para Timor-Leste," disse Atul Khare, o responsável da missão da ONU em Timor-Leste.

A votação seguiu-se a um ano turbulento em Timor-Leste. Tropas estrangeiras chegaram em Maio para acalmar a violência que deixou pelo menos 37 pessoas mortas e forçou mais de 150,000 pessoas a fugirem das suas casas.
A violência irrompeu depois de o então primeiro-ministro Mari Alkatiri ter demitido centenas de desertores das forças armadas. Subsequentemente rebentaram tiroteios entre facções dos militares e entre militares e polícias, e degeneraram em violência de gangs.

O Secretário-Geral da ONU Ban Ki-moon disse que esperava que a calma prevalecesse enquanto os votos estão a ser contados.
"O Secretário-Geral está satisfeito que a eleição tenha corrido num ambiente geral de ordem e calma, e que a indicação inicial mostra uma grande participação dos eleitores," disse numa declaração do seu gabinete.

Concorreram oito candidatos para substituir Gusmão, que ganhou umas eleições pré-independência. A corrida de Segunda-feira tem sido vista como uma corrida a três entre Ramos-Horta, Lu-Olo e Lasama.

Os funcionários foram forçados a levar 5,000 boletins de voto extras para locais remotos, dada a grande participação. Mais de metade da população de cerca de um milhão está registada para votar.

Ramos Horta lidera na contagem preliminar na eleição em Timor-Leste
Por: Emma O'Brien

Abril 10 (Bloomberg) - José Ramos Horta, o primeiro-ministro de Timor-Leste, está a liderar as primeiras eleições presidenciais no país desde a independência da Indonésia, de acordo com resultados preliminares emitidos pela comissão eleitoral.

O vencedor do Nobel tem mais votos na capital, Dili, depois de contagem em 108 das 130 assembleias de voto, disse a Comissão Nacional Eleitoral. Está prevista que a contagem dos votos esteja terminada amanhã, disse.

“Parece que pode haver uma segunda volta,'' disse Dionisio Babo, porta-voz de Ramos Horta, numa entrevista telefónica de Dili hoje. “Temos de esperar para ver. Se ele poder reclamar 70 por cento da votação ele pode ganhar a maioria absoluta.''

Oito candidatos concorreram à eleição na nação do Sudoeste Asiático. Timor-Leste, tem estado instável desde que o antigo Primeiro-Ministro Mari Alkatiri despediu um terço das forças armadas em Maio passado, um gesto que provocou confrontos entre pessoas das partes do leste e do oeste do país, resultando em 37 mortes.

No ano passado, lutas entre facções das forças de segurança e violência de gangs levaram 150,000 pessoas das suas casas. Um contingente liderado pelos Australianos tem estado estacionado em Dili desde que o desassossego começou. O país está situado a cerca de 500 quilómetros (310 milhas) a norte da Austrália.

Ramos Horta “sabe que está à frente em quase todos os distritos, mas reconhece também que os outros o podem apanhar,'' disse Babo. “Ele não quer reclamar nenhum progresso até serem emitidos os resultados oficiais.''

Economia, empregos

Seja quem for que ganhe as eleições enfrentará o desafio de desencadear o crescimento económico, que foi negativo em 2006, criando empregos quando metade da população de mais de um milhão de pessoas está desempregada e melhorando as condições para os 42 por cento das pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza.

O candidato do Partido Democrático, Fernando De Araujo, está correntemente colocado em segundo lugar em Dili, Francisco Xavier do Amara da ASDT está em terceiro e Francisco Guterres, conhecido como `Lu'Olo' o candidato da Fretilin é o quarto disse a comissão.

A comissão antecipou ter os boletins de voto dos 13 distritos contados amanhã à tarde.
Ramos Horta, um independente, prometeu durante a sua campanha curar as divisões na nação que foi ocupada pela Indonésia durante 24 anos.

Fretilin

A Fretilin, formada do movimento de resistência à ocupação da Indonésia, dominou a política Timorense desde a independência em 2002. Foi fundada por Ramos Horta e o corrente Presidente Xanana Gusmão foi seu membro.

“Há ainda uma esperança, é demasiado cedo para falar de Dili,'' disse pelo telefone da capital Arsenio Bano, membro da Fretilin e porta-voz de Lu'Olo, um antigo combatente pela liberdade. “Agora estamos à espera do pior cenário da segunda volta, talvez Ramos Horta contra Lu'Olo.''

O candidato vencedor tem de ter mais de 50 por cento dos votos para reclamar a presidência. Uma segunda volta será realizada se nenhum candidato alcançar a marca.

Mais de 2,000 observadores estiveram a monitorizar a eleição, incluindo equipas da União Europeia, Austrália e Japão. Polícia da ONU e tropas lideradas pelos Australianos providenciaram a segurança nas 504 estações de voto e aos candidatos.

O Secretário-Geral da ONU Ban Ki-moon está satisfeito porque as eleições não foram manchadas pela violência, disse ontem o seu porta-voz Michele Montas numa declaração.

“Espera que a calma prevaleça enquanto se fizer a contagem e quando o resultado for anunciado,'' disse.

A comissão não tinha completado os números sobre a participação. Pode chegar aos 98 por cento, disse Helen Hill, uma professora da Universidade Victória da Austrália numa entrevista em 2 de Abril de Melbourne. Mais de 98 por cento de eleitores registados votaram no referendo para a independência em 1999.

Reuters – Terça-feira Abril 10, 2007 1:37AM EDT
Contagem inicial dos votos em Timor-Leste aponta para uma segunda volta
Por: Ahmad Pathoni

Dili – O Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos-Horta estava a liderar na capital Dili nas presidenciais, mostrou a contagem preliminar dos votos na Terça-feira, mas é provável uma segunda volta.
As eleições no dia anterior na jovem nação correram pacíficamente com somente falhas menores relatadas.

Oito candidatos concorreram, incluindo Ramos-Horta, um vencedor do Nobel que patrocinou uma campanha no exterior pela independência da Indonésia.

A participação de Segunda-feira parece ter sido alta, apesar de só serem esperados os resultados oficiais na próxima semana, um porta-voz da comissão eleitoral disse que podem emergir na Terça-feira resultados preliminares.

Ramos-Horta, antigo combatente da guerrilha, o candidato da Fretilin Francisco Guterres e Fernando de Araujo do Partido Democrático estavam à frente na capital Dili, onde vive um quinto do milhão de pessoas de Timor-Leste de acordo com números preliminares.

"Resultados preliminares que temos em Dili mostram que Ramos-Horta, La Sama e Lu'olo estão à frente," disse aos repórteres o porta-voz da comissão Martinho Gusmão. "La Sama" e "Lu'olo" são os respectivos diminutivos de De Araujo e Guterres durante a guerra de guerrilha contra as forças Indonésias.

O porta-voz disse que Ramos-Horta estava à frente em Dili com cerca de 30 por cento dos votos, seguido por De Araujo com cerca de 25 por cento e Guterres com cerca de 20 por cento.

Não Estado falhado

O jornal Suara Timor Leste disse ainda que Ramos-Horta estava a vencer convincentemente em Dili, enquanto as posições preliminares dos candidates apareciam misturadas nalgumas áreas regionais fora da capital contactadas pela Reuters.

Mais de metade de um milhão de pessoas estavam registadas para votar nas eleições, que o Presidente de partida Xanana Gusmão descreveu como uma oportunidade para mostrar que não era um Estado falhado.
Se ninguém obtiver mais de metade dos votos, faz-se uma segunda volta, um cenário que alguns analistas dizem considerar provável.

Apoiantes de candidatos rivais confrontaram-se durante a campanha na semana passada ferindo mais de 30 pessoas e levando as tropas internacionais a dispararem gás lacrimogéneo e tiros de aviso.

Mas durante a própria eleição, poucos actos de violência e de intimidação foram relatados por observadores eleitorais.
As campanhas focaram-se em como reunir os Timorenses, divididos por divisões regionais que irromperam em derramamento de sangue em Maio passado depois do despedimento de 600 tropas amotinadas da região oeste.
Gusmão, um aliado de Ramos-Horta, não se recandidata mas planeia tentar o cargo mais executivo de primeiro-ministro em eleições parlamentares mais tarde este ano.

Ramos-Horta, que tem o estatuto internacional mais alto e é considerado o corredor da frente, apareceu vitorioso em comentários que fez à Reuters num hotel de Dili na Segunda-feira. "Até agora, penso que é muito positivo; enorme participação do povo. Os incidentes são marginais," disse.

Xinhua - Abril 10, 2007 - 15:31
Candidato a presidente de Timor-Leste apela à consolidação

Dili, Timor-Leste – O candidato presidencial de Timor-Leste José Ramos Horta disse que consolidará todos os partidos políticos e criará um clima favorável ao investimento, numa tentativa para alcançar a estabilidade e reduzir a pobreza na jovem nação, caso ganhe as eleições.

Entrevistado pelos media Chineses aqui na Terça-feira, o Primeiro-Ministro de Timor-Leste que ganhou o Nobel disse que terá intenso diálogo com todos os grupos e partidos e que também apressará a reforma da defesa se ganhar as eleições.

Horta disse que muita gente em Timor-Leste estava dividida por causa de tantos anos de conflito. "O novo presidente tem de trabalhar com urgência na reforma do sector de segurança, acelerar a reforma das forças de defesa, da nossa polícia. Tem de criar um entendimento nacional através do diálogo, curar as feridas da nação," disse.

Lutas de gangs de rua, rivalidade entre líderes políticos e motins nas forças de segurança estão entre os problemas que atingem a nação, disse.

Timor-Leste caiu no caos em Maio último depois do governo ter despedido 600 soldados amotinados.

Horta disse que estará pronto para trabalhar com qualquer vencedor ou novo primeiro-ministro se ganhar. "Tenho boas relações com todos os líderes políticos, com todos os partidos políticos, com a Fretelin," disse.

O corrente Presidente Xanana Gusmão, um aliado de Horta, não se recandidata mas planeia tentar o csargo mais poderoso de primeiro-ministro nas eleições parlamentares.

Horta é um membro fundador da Fretelin. Ele e o Dr Alkatiri e outros fundaram a Fretelin há mais de 30 anos. "Assim se a Fretilin ganhar as eleições em Junho sei como trabalhar com a Fretelin," disse.

As parlamentarem realizam-se em Junho.

No sector económico o primeiro-ministro disse que o país tinha introduzido uma reforma fiscal muito radical que faria de Timor-Leste uma entidade como Hong Kong em termos de política fiscal.

"A maioria dos impostos serão eliminados, impostos de rendimento serão só para rendimentos superiores a mil dólares por mês. Pagarão imposto que é progressivo. Empresas e outros investidores não pagarão qualquer imposto," disse.
O primeiro-ministro disse que usará os enormes rendimentos do petróleo para construir infra-estruturas para reduzir a pobreza e o desemprego sério do país.

O país já recebeu cerca de 100 milhões de USA dólares de rendimentos do petróleo desde 2004. Caso os campos de gás comecem a produção nos próximos de três a seis anos, Timor-Leste terá uns adicionais 200 milhões de USA dólares de acordo com Horta.

O Banco de Desenvolvimento Asiático prevê que o país enfrentará a mais alta taxa de crescimento de mais de 30 por cento este ano, disse.

O crescimento será produzido pela produção do petróleo, despesas do governo e públicas, bem como da presença internacional disse Horta.

"Gastaremos muito dinheiro na redução da pobreza, e na construção de infra-estruturas. Através de um investimento massivo em infra-estruturas. Quando se constrói infra-estruturas tem que se empregar milhares de pessoas," disse.

Também planeou lançar projectos para plantar árvores no país, o que também precisa de muitos trabalhadores.
O primeiro-ministro disse que construirá estradas, hospitais, escolas, pontes, beneficiará aeroportos e portos.

Além disso o governo também injectará 40 milhões de USA dólares por ano para os pobres, disse Horta.

1 comentário:

Anónimo disse...

Alex Tilman nominated for a Logie in Australia.

Graham Kennedy Award For Most Outstanding New Talent

Emily Barclay (The Silence, ABC TV)
Aaron Fa'aoso (RAN: Remote Area Nurse, SBS)
Emma Lung (Stranded, SBS)
Sam Parsonson (Love My Way, W Channel)
Alex Tilman (Answered By Fire, ABC TV)

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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