sexta-feira, abril 13, 2007

East Timor ignores recount calls

Reuters – April 13, 2007 02:58am

By Ahmad Pathoni in Dili
East Timor's election commission today rejected calls for a vote recount as the tiny nation looked set for a presidential run-off between Prime Minister Jose Ramos-Horta and the ruling Fretilin Party's candidate.

Monday's polls were mostly peaceful but a drawn-out election period and allegations of irregularities will raise concerns about fresh instability in the impoverished nation, still suffering from deep divisions five years after independence.

Overnight dozens of people in the predominantly Roman Catholic country, once a Portuguese colony, held a candlelit peace vigil near a statue of the Mother Mary in Dili.

Martinho Gusmao, the election commission spokesman, said the commission had offered to meet candidates to discuss voting disputes.

But he said there would not be any major shift in the results and rejected calls by some candidates for a recount.

“If there's a change it won't be drastic. No candidate will win more than 30 per cent.”
He said it was almost certain Ramos-Horta and parliament chief Francisco Guterres of the ruling Fretilin Party, who is also known by the guerrilla nickname “Lu'olo” he had during the fight against the 24 years of Indonesian rule that followed Portugal's withdrawal, would contest a run-off.

In a later news conference, Mr Gusmao said all complaints would be submitted to the court of appeal.

“If the court decides we have to do a recount, we will do so,” he said.

If no one wins more than half the vote, a run-off will be held on May 8.

Preliminary vote counting showed that Mr Guterres, whose well-organised Fretilin Party has bigger support in rural areas, had 29 per cent of the vote, while Mr Ramos-Horta, a Nobel peace prize winner who spearheaded an overseas campaign for independence from Indonesia, had 23 per cent.

The election commission spokesman said, however, there were still disputes over the validity of 30 per cent of the votes. “We must understand that we are not well prepared for this election and things are a bit chaotic.”

Five candidates, including Fernando de Araujo of the Democratic Party, have called for a recount, alleging widespread irregularities.

Mr Ramos-Horta also said there had been flaws in the polls. “I think there should be another count because there are serious allegations,” he said.

But he said if there was no recount he would accept the results to contribute to stability. He accused police in some districts of acting as thugs for Fretilin.

Mr Ramos-Horta said he had been told by the chief of the UN mission assisting in the polls that about 150,000 voters did not vote, either because of too few polling stations or bad weather.
A UN mission spokeswoman said: “If any of the candidates have concerns they should be raised with the national authorities and appealed through the court of appeal if necessary”.

EU observer chief Javier Pomes Ruiz said yesterday that the election had mostly gone smoothly with a high turnout.

Germany, the current EU president, called on all parties today to accept the results of the vote and any run-off “to ensure that the elections have a unifying impact”.

The secretary-general of Fretilin said there had been a “well mounted campaign against Fretilin” which he linked to Mr Ramos-Horta and outgoing President Xanana Gusmao.
“This campaign includes disinformation, abuse of power and intimidation,” said Mari Alkatiri, replaced as Prime Minister by Mr Ramos-Horta after taking much of the blame for the chaos that emerged in East Timor last year.

A regional split erupted into bloodshed last May after the sacking of 600 mutinous troops from the western region.
Foreign troops had to be brought in to restore order.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Timor-Leste ignora pedidos de recontagem
Reuters – Abril 13, 2007 02:58am

Por: Ahmad Pathoni em Dili
A comissão de eleição de Timor-Leste rejeitou pedidos para uma recontagem dos votos quando a pequena nação parece preparada para uma segunda volta entre o Primeiro-Ministro José Ramos-Horta e o candidato da Fretilin.

As eleições de Segunda-feira foram na sua maioria pacíficas mas um período eleitoral frontal e alegações de irregularidades levantarão preocupações acerca de nova instabilidade na nação empobrecida, que sofrem ainda de profundas divisões cinco anos depois da independência.

Durante a noite dúzias de pessoas no país predominantemente católico, outrora uma colónia Portuguesa, realizaram uma vigília de paz à luz de velas perto de uma estátua de Nª Senhora em Dili.

Martinho Gusmão, o porta-voz da comissão de eleições, disse que a comissão se tinha oferecido para reunir com os candidatos para discutir as disputas da votação.

Mas disse que não haverá nenhuma mudança maior nos resultados e rejeitou pedidos de alguns candidatos para uma segunda volta.

“Se houver mudanças não serão drásticas. Nenhum candidato terá mais de 30 por cento.”
Disse que era quase certo que Ramos-Horta e o Presidente do Parlamento Francisco Guterres do partido no poder, a Fretilin, que também é conhecido pela sua alcunha “Lu'olo” que teve na guerrilha durante a luta de 24 anos contra a governação da Indonésia que se seguiu à saída de Portugal, concorreriam a uma segunda volta.

Numa conferência de imprensa mais tarde, o Sr Gusmão disse que todas as queixas seriam submetidas ao tribunal de recurso.

“Se o tribunal decidir que temos de fazer uma recontagem, fá-la-emos,” disse.

Se ninguém ganhar mais de metade dos votos, far-se-à uma segunda volta em 8 de Maio.

A contagem preliminar dos votos mostrou que o Sr Guterres, cujo bem organizado partido Fretilin tem apoio maior nas áreas rurais, teve 29 por cento dos votos, enquanto o Sr Ramos-Horta, um vencedor do Nobel da paz que patrocinou a campanha no exterior pela independência da Indonésia, teve 23 por cento.

O porta-voz da comissão de eleições disse, contudo, que havia ainda disputas acerca da validade de 30 por cento dos votos. “Temos de compreender que não estamos bem preparados para esta eleição e que as coisas estão um tanto caóticas.”

Cinco candidatos, incluindo Fernando de Araujo do Partido Democrático, pediram uma recontagem, alegando irregularidades alargadas.

O Sr Ramos-Horta disse ainda que tinha havido falhas nas eleições. “Penso que devia haver uma outra contagem porque há alegações sérias,” disse.

Mas disse que se não houver nenhuma recontagem que aceitará os resultados para contribuir para a estabilidade. Acusou a polícia nalguns distritos de actuarem como bruta-montes para a Fretilin.

O Sr Ramos-Horta disse que lhe fora dito pelo chefe da missão da ONU que assiste nas eleições que cerca de 150,000 eleitores não votaram, ou por causa de demasiadas poucas estações de votação ou por causa do mau tempo.
Uma porta.voz da missão da ONU disse: “Se algum dos candidatos tiver preocupações deve levá-las às autoridades nacionais e recorrer ao tribunal de recurso se for necessário”.

O chefe dos observadores da UE Javier Pomes Ruiz disse ontem que na maioria as eleições tinham corrido bem com uma alta participação.

A Alemanha, que correntemente tem a presidência da UE, apelou ontem a todas as partes para aceitarem os resultados da votação e a segunda volta “para assegurar que as eleições têm um impacto unificador”.

O secretário-geral da Fretilin disse que tinha havido uma “campanha bem montada contra a Fretilin” que ligou ao Sr Ramos-Horta e ao Presidente de saída Xanana Gusmão.“Esta campanha inclui desinformação, abuso do poder e intimidação,” disse Mari Alkatiri, substituído como Primeiro-Ministro pelo Sr Ramos-Horta depois de lhe terem posto muita da culpa pelo caos que emergiu em Timor-Leste o ano passado.

Uma divisão regional irrompeu em derramamento de sangue em Maio passado depois do despedimento de 600 tropas amotinadas da região oeste.
Tropas estrangeiras tiveram de ser trazidas para restaurar a ordem.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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