(Tradução da Margarida)
Sábado 27, Segunda-feira 29 Janeiro de 2007
A Missão Integrada da ONU em Timor-Leste não garante a exactidão destes relatos
Relatos dos Media Nacionais
Julgamento de Lobato -Vicente ouviu Railos a falar com Xanana
O julgamento de Rogério Lobato continuou na Sexta-feira com declarações do Administrador do Distrito de Liquiça, Vicente dos Santos e Agosto Pereira, o Administrador de Bazartete. Na sua declaração, dos Santos disse que Railos lhe disse e lhe mostrou o número de telefone para confirmar que o Presidente Xanana lhe tinha telefonado. Disse ainda que ouviu Railos a falar com o Presidente Xanana Gusmão durante a crise, acrescentando que o próprio Railos instigou o problema que ocorreu em Liquiça. O antigo comandante da polícia Paulo de Fátima Martins está agendado para testemunhar hoje.
O Presidente Xanana Gusmão tem afirmado que está pronto para responder no tribunal em qualquer altura em relação à crise. (STL, DN, TP)
MUNJ organiza protesto
O Movimento Nacional da Justiça e Paz (MUNJ) planeia uma manifestação em Dili, hoje, 29/1 com o objectivo de ‘sacudir’ o procurador-geral e os juízes para trabalharem melhor e para apoiar o corpo judicial a olhar com clareza os problemas. Nino Pereira, porta-voz do MUNJ disse que a justiça está a progredir nem mas que o tribunal devia anotar a evidência, até agora fornecida que considera suficiente para levar a julgamento. No caso de Rogério Lobato, Pereira disse que as testemunhas afirmaram todas que o antigo Ministro do Interior distribuiu armas, por isso o tribunal deve tomar uma decisão em vez de prolongar o caso. Informou que o protesto envolveria gente de todos os distritos no segundo ou terceiro dia com os jovens e a população da capital, Dili, a participarem no primeiro dia do evento. O porta-voz do MUNG informou também que são esperadas um total de 1000 para se juntarem à iniciativa, que está previsto realizar-se em frente do Hotel Dili, sublinhando que seria um protesto de paz em cooperação com a UNPOL.
Entretanto, o Major Alfredo apelou ao povo para apoiar o protesto acrescentando que o MUNJ é a organização que garante unidade para ultrapassar o problema de ‘Lorosae-Loromonu’ (STL, TP)
O Governo e a ONU discutem a reactivação da UIR
O Primeiro-Ministro Ramos-Horta está correntemente a discutir com a ONU e a UNPOL a possibilidade de reactivar a UIR, sublinhando que lidará em breve com ‘grupos terroristas’ como os grupos de artes marciais que continuam a criar violência em Dili. Ramos-Horta avisou que o Estado vai deixar de brincar com quem queira continuar com a violência. Quando questionado sobre o tipo de medidas que o governo estava a tomar para lidar com o problema, o Primeiro-Ministro disse que o governo continua a observar a Constituição e as convenções internacionais assinadas pelo Estado. Mas de modo a ser capaz de operar no terreno, Ramos-Horta disse que o Parlamento deve aprovar legislação requerida pelo governo para dar poder à polícia para agir. (TP)
Alkatiri: a Fretilin ganhará ambas as eleições Presidenciais e Parlamentares
O Secretário-Geral da Fretilin Mari Alkatiri afirmou durante um discurso durante o encontro de consolidação do partido bem como de tomada de posse de um membro da Comissão Organizadora Eleitoral em Baucau que o seu partido ganhará as eleições Presidenciais e Parlamentares em 2007 com números maiores e que a paz e a estabilidade serão reestabelecidas. Disse que a Fretilin respeitará os partidos pequenos e grandes, que o partido rejeita a reconciliação mas que não procura ódio ou vingança.
Em relação aos candidatos para o cargo Presidencial, Alkatiri disse que o seu partido apresentará o candidato quando forem anunciadas as datas da eleição, anotando que os pré-requisitos para o seu candidato para a Eleição Presidencial inclui 24 anos de envolvimento na luta, uma ligação de raiz com a Fretilin, o respeito pela Constituição e que seja neutro. Disse ainda que alguns majores a correrem à volta com armas mostram que têm medo da população e que não têm poder. Disse que num ambiente democrático não se precisa de armas para ganhar popularidade. Francisco Guterres ‘Lu-Olo’, reiterou também que a Fretilin ganhará as eleições facilmente. Disse que a tomada de posse dos membros do partido da região 1 é para monitorizar a campanha e as eleições de 2007 e assegurar que a Fretilin ganhe.
(STL, TP, DN)
Assinatura de Acordo Trilateral
Depois da assinatura do acordo trilateral entre Timor-Leste, a ONU e a Austrália na Sexta-feira, 26 de Janeiro, o Ministro dos Estrangeiros, José Luis Guterres disse que a assinatura do acordo é importante para Timor-Leste porque refere a soberania do país, a Constituição, o governo e reconhece as F-FDTL e a PNTL como as forças de defesa de Timor-Leste. O Acordo também estabeleceu um fórum de coordenação trilateral, presidido pelo Primeiro-Ministro Ramos-Horta no sector de segurança.
O Fórum inclui também o Ministro dos Estrangeiros de Timor-Leste, os Ministros da Defesa e do Interior, e o Secretário Permanente para a Defesa, o Comandante das F-FDTL, o representante da UNMIT, o Comissário da UNPOL e o Comandante das Forças Internacionais. (DN)
Relatos dos Media Internacionais
Pedido de informação sobre as mortes de Balibo em Timor-Leste
Um investigador Australiano pediu outra vez a todos que tenham informações que possam ajudar ao inquérito sobre as mortes dos cinco jornalistas Australianos em Timor-Leste em 1975 para avançarem.
Numa audição em Sydney, a Vice-investigadora de New South, Dorelle Pinch, disse que foi surpreendida por um artigo de jornal da semana passada referente a informações dadas por um antigo oficial de sinais.
Disse que a informação não podia ser testada porque não constava dos materiais de antes do inquérito, e sublinhou que quem tivesse informações para contactar o oficial encarregado da investigação. (Radio Australia)
A ONU assina o Acordo Conjunto de Segurança em Timor para melhorar a Coordenação
Real Time News/News Blaze
A Missão da ONU em Timor-Leste assinou hoje um acordo de segurança com autoridades Timorenses e o Governo da Austrália para melhorar a coordenação na luta contra a violência que continua na pequena nação, ao mesmo tempo que a Polícia da ONU aumenta esforços para trazer a estabilidade antes das eleições planeadas para este ano.
"Conquanto tenhamos sempre mantido boa cooperação entre as três partes, formalizar um Corpo de Coordenação Trilateral é um passo útil para clarificar como avançar a cooperação entre os três corpos num modo que promova uma estabilidade sustentada em Timor-Leste,"disse o Representante Especial do Secretário-Geral Atul Khare na cerimónia de assinatura na capital de Timor, Dili.
O forum de coordenação também possibilitará a troca mais próxima de informação em questões de segurança entre a Missão da ONU em Timor (<" http://www.unmiset.org ">UNMIT), o Governo Timorense e as Forças Internacionais de Segurança (ISF), apesar do Sr. Khare reiterar que é o próprio povo de Timor-Leste que deve fomentar a estabilidade no seu país.
"Estamos aqui para assistir e apoiar o Governo de Timor-Leste, mas são os Timorenses que têm a principal responsabilidade pela manutenção da segurança e da estabilidade." disse.
Numa conferência de imprensa depois da assinatura, o Ministro dos Estrangeiros de Timor Leste, José Luis Guterres disse que era o culminar de esforços entre a Austrália, Timor Leste e a ONU para maximizar a coordenação em todas as áreas de segurança.
O acordo aconteceu num dia depois do Sr. Khare ter expressado preocupação com o aumento da violência na capital durante a segunda metade deste mês, apesar de os números de incidentes serem ainda mais baixos do que em Dezembro, e acrescentou que desde Sexta-feira houve 32 detenções ligadas aos distúrbios.
"Na primeira semana de Dezembro de 2006 a UNPOL (Polícia da ONU) relatou 151 incidentes em Dili. Na primeira semana de Janeiro, foram reduzidos para 38 incidentes. Na semana passada até Terça-feira desta semana, aumentou para 88 incidentes. Assim podem ver que comparativamente a situação em Dili está mais estável do que estava no princípio de Dezembro de 2006.
Contudo, o aumento é preocupante para nós," disse aos repórteres na Quinta-feira.
A maioria das recentes 32 detenções "estão ligadas com a posse de armas ilegais, apedrejamentos, ataques à polícia e alguns estragos em carros da polícia," acrescentou.
No fim-de-semana passada o Sr. Khare, ao lado do Vice-Representante Especial do Secretário-Geral para o Sector da Reforma da Segurança e da Aplicação da Lei em Timor-Leste, Eric Tan e o Comissário da Polícia da UNMIT, Rodolfo Tor, tiveram encontros com Timorenses que vivem nas áreas onde aumentou a violência para discutir as razões por detrás.
Falando na mesma conferência de imprensa na Quinta-feira, o Sr. Tan disse que se tinha recentemente encontrado com os líderes de vários grupos de artes marciais para discutir a violência entre os membros deles, acrescentando que a UNPOL estava a providenciar oficiais adicionais para postos de polícia em Dili onde são necessários.
“A mensagem que lhes enviámos (aos grupos de artes marciais) é que este ciclo de violência, vingança e contra-vingança têm de parar. Pedimos aos líderes para falarem com os seus membros," disse.
Em todas as áreas a UNPOL trabalhará juntamente com a Polícia Nacional de Timor-Leste, acrescentou.
Fonte: ONU
judythpiazza@gmail.com
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Assinado acordo de Ajuda ONU-Austrália-Timor-Leste
ONU, Jan 26 (Prensa Latina) Representantes da ONU, Austrália, e Timor Leste assinaram um acordo em Dili na Sexta-feira, para dar ajuda aquele pequeno país Asiático.
O memorando de entendimento estabelece um fórum de Coordenação Trilateral que será usado como um mecanismo para o governo de Dili, a Missão Integrada da ONU em Timor Leste, e as Forças Internacionais de Segurança.
Na moldura, as três partes podem analisar operações de segurança, coordenar melhor o trabalho e partilhar informação, de acordo com um comunicado de imprensa da sede da ONU.
Os signatários acordaram que a integração do grupo de coordenação triparte constitui um exemplo importante de cooperação de segurança entre os três países para promover um estabilidadse duradoura em Timor Leste.
Austrália, ONU assinam pacto de segurança com Timor
The Age
A Austrália e a ONU assinaram um acordo com Timor-Leste para ajudar a coordenar a assistência de segurança no pequeno mas inquieto país, diz a ONU.
O acordo, assinado na Sexta-feira, estabelece um fórum trilateral para discutir questões de segurança e assegurar a coordenação entre o governo Timorense, ONU e as tropas internacionais lideradas pelos Australianos que foram destacados depois do desassossego do ano passado.
O representante especial da ONU Atul Khare disse numa declaração que isso era "um passo útil para clarificar como a cooperação de segurança entre os três corpos avançará numa via que promova a estabilidade sustentada em Timor-Leste".
"Estamos aqui para assistir e apoiar o governo de Timor-Leste, mas são os Timorenses que têm a responsabilidade principal na manutenção da segurança e da estabilidade," disse.
O Ministro dos Estrangeiros Alexander Downer anunciou o tratado na semana passada durante uma visita a Nova Iorque onde se encontrou com o Secretário-Geral da ONU Ban Ki-Moon para discutir a situação em Timor-Leste.
Disse que o memorando de entendimento formalizará laços entre as Forças de Defesa Australianas e outras forças internacionais comandadas pelos Australianos e o destacamento da ONU em Timor-Leste.
"Disse ao secretário-geral da ONU que penso que a ONU pode continuar a ter, e deve ter, um papel muito importante em guiar e aconselhar a liderança política Timorense," disse o Sr Downer em Nova Iorque.
"É difícil a governos internacionais individuais fazerem isso com outros governos, por razões óbvias, mas é um papel que a ONU pode ter e para que está talhada."
Um surto de violência em Dili em Maio do ano passado resultou na morte de 37 pessoas quando confrontos entre facções das forças de segurança degeneraram em violência de rua, opondo membros de gangs de rua e escolas de artes marciais rivais umas contra outras.
Mais gente tem sido morta desde então em violência esporádica em Dili e nos subúrbios ao redor.
A violência devou a jovem nação a procurar o destacamento de tropas estrangeiras e da polícia da ONU, e à instalação de um novo governo em Julho liderado pelo Primeiro-Ministro José Ramos-Horta, um vencedor do Nobel da Paz.
© 2007 AAP
Destacamento de oficiais da polícia civil PKO para Timor-Leste
Em 26 de Janeiro (Sexta-feira), no seguimento de um pedido da ONU, o Governo do Japão decidiu numa reunião do Gabinete destacar dois oficiais de polícia civis para a “Missão Integrada da ONU em Timor-Leste" (UNMIT) e três oficiais de ligação e coordenação para o país na base da sua Lei de Cooperação Internacional e Paz.
2. Em 2002, Timor-Leste tornou-se o primeiro país a obter a independência neste século. Dado que a ordem pública se tem deteriorado através do país desde Abril de 2006, foi estabelecida uma missão da ONU em Agosto de 2006 consistindo em oficiais da polícia civil, e foi dado apoio para a estabilização e construção da nação.
3. Como contribuição para a construção da paz em Timor-Leste, este destacamento contribuirá para consolidar relações bilaterais próximas e promoverá a estabilidade e o desenvolvimento nessa região. O Japão considera também que isso é valioso na diplomacia para a construção de paz em foruns como a ONU.
(ReliefWeb)
Fontes de Notícias Nacionais:
Timor Post (TP)
Radio Timor-Leste (RTL)
Suara Timor Lorosae (STL)
Diario Tempo (DT)
Diario Nacional
Seminario
Lia Foun (LF)
Televisão Timor-Leste [TVTL]
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terça-feira, janeiro 30, 2007
UNMIT – Acompanhamento dos Media
Por Malai Azul 2 à(s) 07:52
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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