DN: Primeiro-ministro é "demasiado nacionalista" para a Austrália
"A Austrália não gosta de Mari Alkatiri."
Quem o diz é a académica australiana Helen Hill, retomando o teor de um artigo que esta semana publicou no Timor Post. "Basta ver o que dizem os media australianos para perceber que Camberra pensa que qualquer timorense seria melhor primeiro-ministro que Alkatiri." Professora da Victoria University, uma prestigiada instituição australiana, Helen Hill sabe do que fala, tendo dedicado a sua tese de doutoramento (Stirrings of Nationalism in East Timor) à resistência dos timorenses à ocupação indonésia. "Uma causa que a Austrália nunca apoiou", recorda Helen Hill ao DN, garantindo, no entanto, que a crescente hostilidade australiana perante Alkatiri só é perceptível pela forma como o primeiro-ministro timorense gere o seu próprio país.
"Ele é considerado demasiado nacionalista em termos económicos." Uma opinião que, segundo esta investigadora, poderá estar também relacionada com a forma como Alkatiri conseguiu obter um "excelente acordo" para a partilha de petróleo no Mar de Timor. "Ele foi muito inteligente, quando definiu a estratégia e, sobretudo, quando se apoiou na opinião pública australiana para defender os seus argumentos."
O que, pelos vistos, Camberra nunca lhe perdoará, e que é ainda agravado pelo facto de Díli insistir no apoio da China para explorar o petróleo que existe em Timor-Leste. Explicando os sucessivos gestos de provocação australianos.
Como sucedeu há dias com os quatro navios de guerra que Camberra enviou para águas próximas de Timor-Leste, alegando a hipótese de novos confrontos em torno do congresso da Fretilin. "É óbvio que foi um gesto de intimidação. Mas, creio que interessava também ao primeiro-ministro [John Howard], que ia avistar-se, nessa altura, com o Presidente [George W.] Bush, usar o argumento da instabilidade timorense para não enviar mais tropas australianas para o Iraque." AR
DN: Alkatiri prepara mexidas nos militares e na polícia
domingo, maio 21, 2006
in Diário de Notícias
Por Malai Azul 2 à(s) 23:57
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
2 comentários:
Se soubessem da luta que tem sido para tentar instalar em Timor Leste o terminal do oleoduto que sairá do 'Greater Sunrise' e as instalações petrolíferas (equivalentes à de Darwin que estará ligada ao 'Bayu Undan'), compreenderiam melhor porque os australianos --- sejamos mais correctos: o governo australiano --- não gostam do Mari (párem de lhe chamar "Mári", sff! O "a" é mudo, como em simplesmente "Maria")
Http://timor-verdade.blogspot.com
vá até lá e veja este artigo do filho do ministro Ramos Horta
Filho de Horta ataca Marí por ter optado por apoio da China e de Cuba
Filho de Horta ataca Marí Alkatiri e dá razão a Golpe de Estado patrocinado por países de língua inglesa
Southeast Asia
May 27, 2006
"His recent decision to hire nearly 500 Cuban doctors after visiting that country, despite strong objections from the US ambassador, was highly controversial and oddly aligned East Timor with the resurgent leftist movement gaining ground in Latin America. Likewise, Alkatiri's bizarre attempt to declare a national day of mourning for Yasser Arafat's death did not endear him to the US or other Western countries. There was also widespread speculation that Alkatiri planned to award a multibillion-dollar gas-pipeline project to PetroChina, an invitation that would have won both the United States' and Australia's ire."
As East Timor burns
By Loro Horta
As Australian, Portuguese and Malaysian commandos land in East Timor to quell the island nation's spiraling violence, questions loom large about the actual motivation behind the military and police mutiny that led to the unrest and how best to salvage the country's tumultuous experiment with independence. Rebel soldiers under the command of Military Police Major Alfredo Reinaldo on Wednesday mounted an all-out assault in East Timor's capital Dili, including attacks on key government strategic installations, including the Ministry of Defense and the house of the Timorese defense force commander. More than 70% of the capital's police force have since deserted their posts, and many have joined the rebel soldiers. Of East Timor's 1,500-member defense force, an estimated 400 men
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