sábado, setembro 27, 2008

Timor promove 'mudança estruturada' do ensino do português

Lusa - 26 Setembro 2008 - 14h28

Díli - O ensino da língua portuguesa no Timor Leste está numa fase de "mudança estruturada", afirmou à Agência Lusa em Díli o coordenador do programa, Filipe Silva.

O responsável pelo do Projeto de Reintrodução da Língua Portuguesa (PRLP) fez um balanço "francamente positivo" dos cursos intensivos de português que terminaram nesta sexta-feira, durante uma cerimônia na capital do país.

A proposta para o ano letivo 2008/2009 traz mudanças no PRLP relacionadas com a otimização dos recursos humanos disponíveis e reflete as alterações sugeridas pela avaliação do Programa pela Escola Superior de Educação do Porto, realizada no início deste ano.

"Esta proposta ainda não tem aprovação formal mas foi aceita pelo ministério da Educação timorense", disse Filipe Silva à Lusa. Segundo o coordenador, os cursos intensivos, que aconteceram pela primeira vez, já são um sinal do fortalecimento da estratégia.

Durante os dois meses de férias escolares, os cursos abrangeram 90 professores portugueses e 2.100 formandos timorenses.

Iniciativa

O coordenador do PRLP ressaltou o fato de os cursos responderem a um pedido do ministério da Educação timorense, que financiou os US$ 200 mil que não estavam no orçamento para este ano letivo no programa.

"É um modelo para repetir e aperfeiçoar e que deverá ter continuidade com a realização de cursos intensivos de pequena duração ao longo do ano letivo", disse Filipe Silva.

Os cursos, iniciados em 14 de julho e destinados a professores timorenses, foram marcados por vários problemas, desde uma greve dos formandos até incidentes que envolveram ameaças de agressão a docentes do PRLP.

Na semana inicial, a greve dos professores timorenses nos cursos intensivos foi provocada pela diferença de apenas US$ 1,00 entre o pagamento diário a formandos vindos de Díli e o que estava anunciado para os provenientes dos outros distritos.

A situação foi resolvida com o nivelamento dos subsídios de deslocamento, alimentação e alojamento de todos os formandos.

Segundo vários professores portugueses ouvidos pela Lusa, a greve expôs o fato de "muitos formandos timorenses apenas freqüentarem os cursos pelo dinheiro, estando nas aulas com má-vontade".

"É um problema que pode ser resolvido se houver um plano de formação dos professores a médio prazo, insistindo na prioridade do português como língua de formação mas, compreendendo que não se aprende uma língua de um dia para o outro", disse.

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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