2008-08-13 16:01:00
Público
Segundo as conclusões do patologista forense que conduziu as autópsias, Muhammad Nurul Islam, citado pelo jornal, Reinado e Exposto foram mortos "a curta distância" com uma arma de alta velocidade.
A versão até agora pública era que Alfredo Reinado, um major de 42 anos com formação na Austrália, que liderava um motim há um ano, e Leopoldino Exposto tinham sido apanhados desprevenidos quando entravam no recinto da residência de Ramos-Horta, a 11 de Fevereiro, e tinham sido mortos por um guarda a uma distância de pelo menos dez a quinze metros.
Mas agora veio saber-se que Exposto foi morto com um tiro no centro da nuca disparado de "muito próximo", o que é típico de uma morte por execução, e que os quatro orifícios de bala no corpo de Reinado apresentavam em seu redor queimaduras e um escurecimento significativo.
Novas dúvidas sobre o que aconteceu
"The Australian" cita ainda um especialista australiano do Instituto de Medicina Forense do estado de Vitória que diz ser consensual e muito claro nesta especialidade que "queimado e escurecimento são característicos de tiros a muito curta distância, provavelmente a menos de um pé [cerca de 30 cm]".
A 11 de Fevereiro, o Presidente de Timor-Leste foi atingido por vários tiros quando regressava a casa após a sua corrida matinal, e um dos seus guardas foi morto. Ficou num coma prolongado e esteve às portas da morte em Darwin, Austrália, onde foi tratado.
No mesmo dia e quase à mesma hora, o primeiro-ministro e ex-Presidente, Xanana Gusmão, saiu ileso de um atentado à coluna de veículos que o transporta de casa para o seu gabinete.
"The Australian" diz que estes dados das autópsias permitem concluir que os acontecimentos no recinto da residência presidencial não são tão claros como tinham sido descritos até aqui e que é de admitir que Reinado e Exposto possam ter sido atraídos para uma armadilha ou ter sido feitos prisioneiros antes de serem executados.
quinta-feira, agosto 14, 2008
Autópsia a Alfredo Reinado indicia execução na casa do Presidente de Timor-Leste
Por Malai Azul 2 à(s) 18:47
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
engraçado como só agora vêm os outros falar de coisas estranhas, de que os acontecimentos afinal "não são tão claros", e como as autoridades timorenses responsáveis pelas investigações se mantenham e mantenham a justiça ainda na obscuridão de factos e conclusões.... haverá ainda muito a desvendar neste estranho caso, que só é estranho a quem não quiser ver, mas pode ser que em 20anos possamos ver claramente à luz do dia os ditos acontecimentos
Enviar um comentário