Blog Timor Lorosae Nação – Sexta-feira, 7 de Setembro de 2007
Quem votou em estrangeiros para governar-nos?
Tibério Lahane
A astuciosa predisposição de Ramos Horta para nomear Alexandre Gusmão primeiro-ministro poderia ser de prever, independentemente de o ter feito de modo premeditadamente lento para não acirrar tanto os ânimos daqueles que sentem e sabem que o presidente tem umas preferências que beneficiam o seu amigo e companheiro de lides deficitárias com as boas regras democráticas. Bem, mas isso mais coisa menos coisa já se sabia.
O que não se sabia era que o respeito e confiança no Presidente Ramos Horta iria sair de todo este processo muitíssimo abalado.
Ramos Horta, ao conduzir tudo de acordo com as perspectivas dos mais cépticos e que já punham em causa a sua inocência em relação ao seu envolvimento no derrube de Alkatiri, fez com que fosse relevante o que se dizia e escrevia sobre ele na manha política, no assertivo estado de assentimento em relação ao rumo pró-governo australiano perseguido por Xanana Gusmão.
Muito menos se sabia que o descaramento de Xanana Gusmão, agora primeiro-ministro, nos conduziria para a revelação de mais um facto demonstrativo do seu comprometimento com os governantes australianos desde há tempos.
Também não se sabia que ao participarmos nas eleições estávamos a votar na possibilidade de termos australianos no governo, independentemente de dizerem que é conselheiro, consultor ou vendedor de ideias para nos tramar.
No meu caso votei PSD - terei de assumi-lo para melhor fazer entender aquilo que muitos timorenses sentem - e todos estávamos muito longe da AMP, para mais sabendo o PSD que a maioria dos que rodeiam Xanana naquele partido feito à pressa são indivíduos quase sempre conotados com o oportunismo, negócios pouco claros, vidas pouco claras, etc. O próprio Mário Carrascalão chegou a afirmá-lo…
Mesmo assim a AMP foi formada, o PSD aderiu e Xanana Gusmão, cujos procedimentos desaprovo de há uns bons tempos a esta parte, lá beneficia do nosso voto apesar de não o termos escolhido, nem ao CNRT, mas sim a Mário Carrascalão, ao PSD.
Assim, sem com isso contarmos, temos um personagem político com o qual não concordamos, de quem desconfiamos, em quem não votámos para ser empossado primeiro-ministro com o nosso voto!
Caricato. Ainda mais caricato continuará a ser enquanto o PSD não conseguir apresentar uma explicação para aquilo que fez sem a nossa autorização. Usando indevidamente a procuração que lhe passámos ao confiarmos e nele votarmos.
Desde a formação da AMP que muitos de nós lhe torcemos o nariz, mas como a esperança é um bem próprio do ser humano muitos foram equacionando a possibilidade de poder acontecer ser formado um governo com alguma capacidade e competência governativa…
Para espanto de todos Mário Carrascalão distancia-se e recusa participar nesta aventura de consolidação de oferecimento do Poder a Xanana Gusmão e muitos dos inconvenientes personagens por ele escolhidos e por Ramos Horta aceites.
Onde está Mário Carrascalão? Terá consciência de quantos eleitores perderão nas próximas eleições?
Terá consciência que se espera que ele próprio tome uma posição muito clara em relação ao anunciado recrutamento de Steve Bracks para membro oculto deste governo que está a sobreviver indevidamente com votos de quem não confia em Xanana mas sim em Carrascalão?
Que estará a preparar Xanana Gusmão desta vez?
Se não votámos no CNRT porque está Xanana a usar os nossos votos para contratar estrangeiros para o governo e certamente para governar longe dos princípios políticos e de actuação do PSD?
Perante isto, que timorense não se sente ultrajado?
Com a Fretilin nem perco tempo. Neste caso, não é ela a má da fita!
sexta-feira, setembro 07, 2007
Xanana Gusmão primeiro-ministro de votos indevidos
Por Malai Azul 2 à(s) 18:38
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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