Blog Timor Lorosae Nação – 28 julho 2007
por: Malae Belu
Espera-se muita violência num caso ou noutro!
Os estrategas ao serviço de Xanana Gusmão e de Ramos Horta continuam sem querer aceitar a derrota das eleições legislativas. O tiro saiu-lhes pela culatra quando concluíram que o desgaste infligido à Fretilin durante mais de um ano não obteve os resultados esperados e que apesar de ter perdido quase metade do eleitorado a Fretilin continua a ser o partido mais votado. O preconizado e proclamado “fim da Fretilin” várias vezes anunciado por Ramos Horta durante a campanha eleitoral para a presidência, esfumou-se, não correspondeu à realidade preconizada por si e por Xanana Gusmão.
Agravou ainda mais a situação o facto de o PD ter conseguido uma notável subida na sua representação parlamentar e o recém-criado partido de Xanana, CNRT, não ter merecido a confiança do eleitorado conforme as expectativas – demonstrando reprovação pelos procedimentos e figura do ex-presidente.
As tentativas de “apagar” a Fretilin, com Mari Alkatiri, é um dos objectivos de todos os seus oponentes e de Ramos Horta também – que quer uma Fretilin sem os vícios do passado, impregnados nos históricos – mas o preceitual desempenho do seu cargo torna-se incompatível com uma oposição declarada a Alkatiri, preferindo fazer arrastar a tomada de decisão sobre a indigitação do primeiro-ministro por forma a que não o acusem de não ter esgotado todos os esforços para promover um entendimento entre partidos e respectivos líderes na formação de um governo de Unidade Nacional e alargada inclusão.
Fontes afectas ao PR não escamoteiam a intenção de Ramos Horta prosseguir os seus objectivos de afastar do poder decisório os históricos como Alkatiri e Lu-Olo, entre outros, remetendo o partido para a oposição, para a travessia do deserto que supostamente dará origem às naturais convulsões que purgarão o aparelho antagónico à abertura às políticas australianas e de grupos económicos do sector energético, turístico, da construção, etc, que no seu entender dinamizarão a economia timorense, mas que acabarão por comprometer a independência do país segundo outras opiniões.
As mesmas fontes, próximas dos desígnios presidenciais, deixam perceber que Ramos Horta irá indigitar Xanana Gusmão, como representante da AMP, para formar governo, alegando a inutilidade de decidir pelo partido mais votado, a Fretilin, pelo facto de que se o fizer este seria um governo para cair imediatamente através da não aprovação do seu programa de governo pela AMP, que detém a maioria parlamentar. Aquilo que Ramos Horta tem procurado evitar é que os eleitores e apoiantes da Fretilin não compreendam a sua decisão e o culpem de ser parcial, tendencioso, CNRT e xananista, o que viria a complicar os necessários diálogos que Horta terá de ter para aplacar a violência e inevitável agitação social que irá ocorrer pelas ruas de Díli – não é por acaso que os líderes de artes marciais afectos à FRETILIN, Korka e outros de menor dimensão, já estão sob a vigilância das forças de segurança.
Dando crédito ao perspectivado, esperam-se dias, semanas, talvez meses, muito agitados e sangrentos para Timor-Leste – principalmente para Dili -, mas é certo que o mesmo acontecerá se o PR indigitar alguém da Fretilin para formar governo. A violência é inevitável, num caso ou noutro, e a consciência da perturbadora realidade está na posse do Presidente da República, que falou com Howard sobre o assunto, disponibilizando-se o PM australiano a enviar reforços militares, que neste momento já estão de prevenção. Nuvens negras pairam sobre Timor-Leste, parecendo que o pior, o indesejável, está para vir.
segunda-feira, julho 30, 2007
Ramos Horta vai indigitar Xanana Gusmão para governo AMP
Por Malai Azul 2 à(s) 10:40
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
3 comentários:
Fretilin vai governar caso os seus programas nao passarao convocar-se a entao uma eleicao antecipada comforme as constituicoes politicas do pais.
QUEREMOS AS DECISOES DO TRIBUNAL SOBRE A LEGALIDADE DE QUEM IRA FORMAR O GOVERNO.
TIMOR LESTE NAO E DO XANANA E NEM E DO HORTA.
Concordo em absoluto com esta mensagem. Não há mais nada a fazer se não prepararmos todos para o confronto com a escumalha da AMP. Nunca tivémos medo. Já morreram milhares dos nossos em defesa da Pátria. Enfrentámos indonésios e podemos enfrentar australianos. EM FRENTE, SEM MEDO!
Olha Fretilin, nao vai ser mau pagador para negar a contribuicao dos outros elementos,se a Fretilin sozinho, timor leste agora nao e um pais. Soares
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