segunda-feira, abril 30, 2007

East Timor: Horta Flouting The Constitution Says Interim Premier

AKI - 30 April 2007 - 12:32

Dili - East Timor interim premier Estanislau Da Silva has accused prime minister and presidential candidate Jose Ramos Horta of having shown contempt for the country's institutions when he unilaterally called off the hunt for renegade general Alfredo Reinado.

In an interview with Adnkronos International (AKI), Da Silva said that East Timor does not need a president who does not respect the constitution. He is mandated to run the country until the government is sworn in.

"Security is the joint responsibility of all three organs of sovereignty. Horta should learn to show more respect for institutional channels before making public comments and commitments,”" Da Silva told AKI on Monday.

“There has been no official change in the position of the East Timor State and no recommendation has been received from the recent meeting of the High-Level Coordination Commission,” added Da Silva, regarding the hunt for Reinado - a fugitive for some eight months.
The High Level Coordination Commission includes members of all three state institutions responsible for security, the president, the parliament speaker and the prime minister, plus the deputy prime minister and the UN Special Representative. The commanders of national Army and the International Stabilisation Forces (ISF) are also invited to these meetings.

Australian Brigadier Mal Rerden, chief of the ISF, confirmed that there has not been any official change of order concerning the status of Reinado as wanted. "We haven’t received any formal letter from the government. If the government thinks this is the best solution, then the government and the ISF should discuss this," he told AKI.

Da Silva and Rerden’s comments follow East Timor parliament speaker and presidential candidate, Francisco "Lu-Olo" Guterres' accusation that Horta is using Reinado and the ISF for his own electoral advantage.

Guterres accused Horta of having called off the hunt for Reinado as part of a deal to secure the Democratic Party votes for the presidential run-off to be held on 9 May.

"Five Timorese died in the recent action to bring Reinado to justice. Australian soldiers put their lives at risk, and Timorese villagers in the areas where Reinado was hiding were placed under extreme duress,” Guterres told the media during the weekend.

“But now Horta has tried to call the action off, because Reinado’s capture will damage his chances of being elected president. This is totally unacceptable. Horta has no power under the constitution to act on such matters act unilaterally, either as prime minister or as as president,” he added.

Guterres received 28 percent of votes in the first round of the presidential election compared with Ramos Horta's 22. Votes from the third-placed candidate, Ferdinand Araujo Lasama of the Democratic Party, who polled 19 percent, are deemed to be crucial in the run-off next week.
The election of a new president to replace independence hero Xanana Gusmao is seen as an important test for the young nation after last year's violent upheaval that left scores dead and forced more than 150,000 people from their homes.

Lasama polled best in the western districts, where Reinado enjoys most support. According to local sources, Lasama made the end of the operation against Reinado a condition of his agreement to support Horta. Horta made a public call to end the hunt for Reinado on 23 April, four days before he and Lasama signed an accord.

Reinado has been on the run since he escaped from jail in East Timor's capital Dili in August along with 50 other inmates. President Xanana Gusmao ordered his arrest after he was accused of raiding a police post and stealing 25 automatic weapons last month.

The rebel leader had been arrested for his role in the violence that erupted in East Timor last April after the dismissal of approximately 600 soldiers, who were complaining of ethnic discrimination over promotions. Reinado abandoned the army and joined them on 4 May, 2006.

The clashes in East Timor left 37 people dead, forced 155,000 to flee their homes, brought down the government of former prime minister Mari Alkatiri, and resulted in Australian-led peacekeeping troops being deployed in the tiny Southeast Asian nation.

Quatro dos seis portugueses já tiveram alta - médica do INEM



Díli, 30 Abr (Lusa) - Quatro dos seis portugueses que domingo foram vítimas de um acidente de viação em Maubisse, Timor-leste, já tiveram alta hospitalar e estão agora a recuperar em casa, disse hoje à agência Lusa a médica Dora Oliveira, do INEM.

"Três tiveram alta ainda no domingo, encontram-se bem e têm ido ao hospital fazer os pensos, seguimento e receber medicamentos e hoje uma outra teve alta esta manhã", explicou Dora Oliveira.

Quanto às restantes duas vítimas, uma com traumatismo toráxico e outra com traumatismos toráxico e craniano ligeiro, "encontram-se bem e vão permanecer em observação no hospital por mais 24 horas, mas estão estáveis", sublinhou.

Dora Oliveira acrescentou ainda que os feridos que permanecem internados são João Silveira e Verónica Pais, enquanto Ana Sousa, Joaquim Oliveira, Luís Ramos e Sara Moreira já tiveram alta.

De acordo com o relato de alguns colegas dos professores portugueses, que estavam acompanhados de um guia timorense, o acidente deu-se por volta das 03:00 de domingo em Timor-Leste (19:00 de sábado em Lisboa), tendo o primeiro apoio aos jovens professores sido prestado pelos locais que chegaram a acender fogueiras devido ao frio que se fazia sentir na montanha.

Os feridos foram depois assistidos pela equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que chegou ao local apoiada pelos militares da GNR estacionados em Timor-Leste, e por médicos das Nações Unidas que seguiram mais tarde de helicóptero, meio de transporte utilizado para a evacuação do grupo para Díli onde foram observados no Hospital Nacional Guido Valadares.

A operação de resgate foi acompanhada no local do acidente pela equipa médica do INEM e em Díli pelo embaixador de Portugal, João Ramos Pinto, com o apoio da GNR.

Os professores, que seguiam na mesma viatura, terão sido vítimas de um aluimento de terras quando, durante a madrugada subiam ao monte Ramelau (a montanha mais alta de Timor-Leste com 2.963 metros) para ver nascer o sol, explicou o embaixador João Ramos Pinto.
O acidente ocorreu na zona remota de Hatubuilico e os feridos foram transportados num helicóptero das Nações Unidas, modelo MI8, de fabrico soviético.

Os seis professores portugueses fazem parte de um grupo de 26 docentes que se encontra no país ao abrigo de um programa de cooperação com Portugal, promovido pela Fundação das Universidades Portuguesas (FUP) e pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) que visa dar resposta às necessidades consideradas prioritárias para o desenvolvimento do país.
O primeiro projecto de cooperação CRUP/FUP remonta a 2000, quando foram enviados, em regime de voluntariado, 50 professores das Universidades Públicas Portuguesas para dinamizar acções com os jovens timorenses.
Os professores desenvolvem actividades lectivas e de actualização de conhecimentos com o intuito de assegurar a promoção efectiva do português como língua de ensino e de aprendizagem.
A FUP dispõe de dois representantes em permanência no terreno que organizam e coordenam todas as actividades desenvolvidas e prestam apoio aos professores portugueses.
JCS/AG-Lusa/Fim

Refugiados do hospital prejudicam assistência aos doentes



Díli, 30 Abr (Lusa) - Os cerca de 5.600 refugiados timorenses que se encontram nos jardins do Hospital Nacional Guido Valadas, em Díli, "estão a prejudicar" o trabalho dos profissionais de saúde e o descanso dos doentes, disse hoje o director-geral daquela unidade hospitalar.

"Sem dúvida que prejudicam a actividade do Hospital porque causam muitos problemas quando ficam bêbados e andam pelas enfermarias aos pontapés e ameaçam familiares de doentes, enfermeiros e médicos no banco de urgência", afirmou António Caleres à agência Lusa.

O mesmo responsável, que domingo acompanhou uma visita do candidato presidencial da Fretilin aos doentes que estão internados nos vários pavilhões do hospital, acrescentou também que se os refugiados continuarem nos jardins do hospital "as condições de trabalho e assistência aos doentes irão manter-se muito difíceis".

"Deviam colocar estas pessoas num local provisório até que lhes fosse possível regressar às suas casas", sublinhou António Caleres que refere que durante o dia o campo de refugiados improvisado no hospital não tem muita gente, que apenas ali regressa à noite.

Milhares de pessoas continuam alojadas em campos de refugiados em vários locais da capital timorense depois de terem procurado abrigo aquando da instabilidade de segurança que teve lugar em Timor-Leste a partir de Abril de 2006, mantendo-se muitas famílias nos campos porque em muitos casos já não possuem casas, entretanto queimadas.

Quem andar nas instalações do Hospital Guido Valadares, cuja construção é térrea e intervalada com pequenos jardins entre os diversos pavilhões do hospital, encontra tendas de campanha, lojas informais muito comuns nos campos de refugiados e até animais, como porcos e galinhas, à solta no local.

Sem condições mínimas de habitabilidade, os refugiados acendem fogueiras para cozinhar e ocupam os poucos espaços livres existentes para se instalarem.
JCS-Lusa/fim

Xanana eleito presidente CNRT, mas só assume liderança a 20 Maio

Díli, 30 Abr (Lusa) - O presidente cessante de Timor-Leste, Xanana Gusmão, foi hoje eleito para a liderança do Conselho Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), numa votação em que recebeu a quase totalidade dos votos dos cerca de 800 delegados presentes.


NOTA DE RODAPÉ:

Quase todos? Nem quando funda o SEU próprio partido Xanana consegue ter todos os votos? Terá sido para fingir alguma pluralidade?...

Se fosse o congresso da FRETILIN, apostamos que o título seria "Alkatiri não consegue a totalidade dos votos dos delegados"...

Nações Unidas têm dois pesos e duas medidas

Que autoridade tem as Nações Unidas para virem exigir que se façam cumprir as recomendações da sua própria Comissão Independente de Inquérito, que incluia os casos de Reinado e Railos como fortes suspeitos de terem cometido crimes de homicídio, quando a própria polícia das Nações Unidas não executa as ordens dos tribunais e não os capturam?

Existem dois pesos e duas medidas em Timor-Leste. Até agora apenas Rogério Lobato foi levado a tribunal, e condenado. Neste caso as Nações Unidas souberam elogiar o sistema judicial timorense. E convém não esquecer que Rogério Lobato foi condenado por ser o autor moral de crimes executados por Railos! Este continua à solta, aparece em público todos os dias em actividades de campanha de Ramos-Horta e do CNRT!

Mas as Nações Unidas não respeitam o mesmo sistema judicial e não cumprem os mandados de captura de assassinos protegidos de Ramos-Horta e Xanana Gusmão.

As Nações Unidas são um organismo cada vez mais desacreditado. Em África e aqui.

Shame on you, Mr. Atul...

Dos Leitores

Comentário na sua mensagem "Apelo para investigar papel de um suspeito de assa...":


Mas onde andam os jornalistas em Timor? NINGUÉM levantava esta questão?????

Parece que os jornalistas da praça já se acomodaram a tudo e não sabem fazer perguntas...

Cúmplices

Horta disse:

"Essa coisa da separação de poderes é muito moderno para Timor-Leste".


Horta e Xanana protegem assassinos, como Reinado e Alfredo com a cumplicidade das Nações Unidas, que têm a responsabilidade da Polícia e não executam os mandados de captura.

E não os executam porque são todos cúmplices.

Apelo para investigar papel de um suspeito de assassinatos nas eleições

Francisco Guterres Lu Olo para Presidente
“Serei Presidente de todos e para todos”
Comunicado de Imprensa

30 de Abril de 2007

Um desgraçado sargento timorense, recomendado para ser processado por envolvimento com as mortes de várias pessoas, aparece como membro proeminente da equipe de campanha eleitoral do candidato presidencial José Ramos-Horta.

Vicente da Conceição (mais conhecido por Railós) é o principal mobilizador da campanha de Ramos-Horta em Liquiça. Das várias actividades de campanha onde já participou, inclui ter sido visto, por militantes da FRETILIN, a realizar encontros no suco deVatuboro, Distrito de Liquiça, promovendo Ramos-Horta. Railós ajudou a mobilizar populações das aldeias do distrito de Liquiça, para participarem no comício que Ramos-Horta realizou nesse distrito, no dia 24 de Março de 2007, e realizou um comício de apoio à candidatura de Ramos-Horta, em Fatukesi, na Sexta-Feira Santa, que foi testemunhado por militantes da FRETILIN

O Candidato Presidencial da FRETILIN, Francisco Guterres Lu Olo, pediu hoje a Ramos-Horta para que explique a sua forte ligação com Railós e pede uma investigação sobre a aparente interferência de Ramos-Horta no processo de investigação a Railós.

Railós, que foi retirado das forças armadas (F-FDTL) em 2004 por desvio de fundos, foi recomendado, em Outubro passado, pela Comissão Especial de Inquérito das Nações Unidas para ser processado.

A Comissão das Nações Unidas recomendou que Railós fosse processado pelo seu papel ao liderar um ataque ao quartel das F-FDTL em Taci-Tolu/Tibar, no dia 24 de Maio de 2006, onde cerca de 9 pessoas foram mortas, e pela “posse, utilização e movimentação” de armas.

Tem-se conhecimento de que Railós tem visitado o Gabinete do Primeiro-Ministro, e que a última visita foi realizada na última segunda feira (23 de Abril de 2007), mesmo na ausência de Ramos-Horta.

Jornalistas timorenses relataram que Railós encontrou-se com o “Assessor para Investimento” do Primeiro-Ministro, Chris Santos – um cidadão australiano. Santos recusou-se a comentar aos jornalistas sobre as razões da visita ou o conteúdo das conversas entre o próprio e Railós.

Existe um mandato de captura contra Railós mas, estranhamente, ainda não foi executado.

Lu Olo disse hoje que, se for eleito, irá requerer ao Parlamento Nacional para criação de uma comissão para investigar interferências políticas na Procuradoria Geral da República, em relação às investigações sobre os alegados crimes cometidos durante a crise de 2006.

“Estou preocupado com as declarações feitas à Imprensa pelo Procurador Geral em relação ao processo de investigação à Vicente da Conceição Railós,” afirmou Lu Olo.

Lu Olo referiu a um artigo no jornal nacional Diário, publicado no dia 25 de Abril de 2006, citando o Procurado Geral dizendo que Railós seria chamado a apresentar-se ao Procurador responsável pelas investigações, para apresentar as suas declarações em relação às alegações feitas contra ele, mas tal só irá acontecer “após as eleições Presidenciais”.

O Jornal Diário do dia 16 de Abril de 2007, relatou comentários de Ramos-Horta, em resposta à uma questão apresentada pelo jornalista, sugerindo que Railós não pode ainda ser chamado a apresentar-se às autoridades porque estava a realizar trabalhos de mediação com os chamados peticionários.

O Jornal Diário do dia 16 de Abril de 2007 citou Ramos-Horta dizendo que, em relação a Railós: “É o Procurador Geral da República que sabe sobre este caso porque Railós está neste momento a apoiar tentativas de realização de diálogos com os peticionários. Contactei com Railós e todos os outros que sabem que ele falará com os peticionários e ajudará no diálogo com as F-FDTL.”

No dia 24 de Abril de 2007, Ramos-Horta anunciou que, se for eleito Presidente, ele irá ordenar ao Procurado Geral para re-abrir as investigações sobre os acontecimentos de Maio-Junho de 2006.

Lu Olo disse hoje: “Em relação aos comentários recentes de Ramos-Horta, declarando as suas intenções de intervir na investigação do Procurador Geral sobre um caso criminal, que envolve também Railós como principal testemunha, eu tenho que questionar o porquê de Railós não ser chamado para interrogação antes das eleições? Será que o Procurador Geral tem estado sob pressão do meu adversário, quando este exerce as suas funções de Primeiro-Ministro, - ou sob pressão de outra pessoal – para atrazar o chamamento de Railós às autoridades, para interrogação?”

Lu Olo realçou não estar a alegar má conduta por parte do Procurador Geral.

“O Procurador Geral tem provado, através de declarações públicas feitas recentemente, que ele entende a independência da sua Procuradoria. Contudo, todos nós sabemos que o Procurador Geral pode ser pressionado sob várias formas e, como exemplo, temos as declarações do meu adversário ao confirmar a sua forte ligação e confiança em Railós.

“Estamos também no nosso direito de questionar se isto não terá ligação com o facto de Railós ser o principal membro de campanha do meu adversário, nos distritos de Liquiça e Ermera.

“Eu acredito que não estamos nem perto da raíz deste problema. Pelo futuro do nosso sistema judicial, devemos encontrar respostas para este sórdido assunto. Parece que um homem foi posto acima do processo legal e das leis.

“Torna-se claro para nós, a cada dia que passa, que tipo de justiça o povo pode esperar em Timor-Leste se Ramos-Horta for eleito Presidente. Seria um sistema de justiça seleccionada, como era no tempo de Suharto, onde o Presidente decidiria quem seria, ou não, investigado. Eu irei lutar para prevenir que a nossa nação retorne a esse tempo na nossa história,” disse Lu Olo.

Anteriormente, Lu Olo havia já apelado ao seu adversário para que “respeite a Constituição e as leis de Timor-Leste”, respeitando a independência das instituições judiciárias, especialmente os Tribunais e o Procurador Geral.

“O Procurador Geral, o seu adjunto, e todos os outros que fazem parte do nosso sistema judiciário, têm demonstrado grande maturidade e coragem na defesa da sua independência institucional contra ataques efectuados pelo meu adversário. Eles têm demonstrado ter um maior entendimento e compromisso à nossa constituição e às nossas leis, do que o meu adversário tem demonstrado,” disse Lu Olo.

“Eu quero que eles saibam que, como Presidente, eu irei trabalhar com o Parlamento, o Governo e os parceiros de desenvolvimento, para subsidiar adequadamente e reforçar os Tribunais e a Procuradoria Geral.

“Somente ao demonstrar tal solidariedade é que podemos garantir a independência e a transparência destas instituições, que são vitais para o futuro da nossa nação. Felizmente o meu adversário fez todos estes pobres comentários, porque assim permitiu que todos possam ver com clareza as diferenças entre o meu adversário e eu próprio.”

Lu Olo disse estar contente com o apoio dado às suas declarações, por membros do Parlamento, incluindo Vicente Guterres (Partido Democrático Cristão/União Democrática Cristã), e o Provedor Adjunto dos Direitos Humanos e Justiça, Silvério Pinto.

“Parece que todos, excepto o meu adversário, entende que a independência do Procurador Geral e da Procuradoria é um pilar do nosso sistema judicial,” disse Lu Olo.

Timor vote 'failed to reach UN demands'

30 April 2007 - 2:52PM
By Karen Michelmore

East Timor's recent presidential election failed to meet most of the benchmarks set out by a United Nations oversight team, a new report has found.

As the tiny nation gears up for its second round next month to elect a new president, the independent Electoral Certification Team (ECT) found the electoral process was "still not proceeding satisfactorily".

It said East Timor's first locally-run poll had complied with just 13 of the 52 international benchmarks set down by the body.

It had failed to meet 20 benchmarks, had partially complied with a further 13. The team was unable to make a finding on a further six benchmarks, it said.

However, the team said it was could not make an overall judgment on whether the election had been "free and fair".

"The benchmarks do not represent an aspirational statement of unachievable best practice: they simply encapsulate what is to be found in a typical well-run election," the ECT report said.

"Every effort needs to be made to ensure that at the second round of presidential polling, and the forthcoming parliamentary election, all of the benchmarks are satisfied."

Prime Minister Jose Ramos Horta and Fretilin's Francisco "Lu Olo" Guterres will vie for the presidency in the second round poll on May 9 after none of the eight candidates in last month's presidential election received the majority needed to win outright.

The benchmarks covered a wide range of areas, with problems identified in everything from the process to register voters to interference by a government minister in the management of the election.

The ECT said the poll had partially-satisfied requirements of a safe voting environment, finding the violence in the lead-up to the election was limited and did not result in a "general climate of instability of fear throughout the country".

The United Nations mission in East Timor acknowledged that the first round of elections was "not perfect", but said the general consensus was that they were free and fair.

"Considering that these are the first national elections which the Timorese authorities have ever conducted, they should be seen as a significant achievement," the mission said in a statement.

It said the report was not a final evaluation, and had not considered whether the compliance with the benchmarks was "material to the overall results of the past election".

Fierce campaigning is already underway ahead of the next poll, with Australia's troops tasked to help restore order in the fledgling nation suddenly nudged into the political spotlight.

Presidential candidate Guterres has accused his opponent Dr Ramos Horta of asking the Australian-led international military force to call of its hunt for East Timor's most wanted man, armed rebel leader Alfredo Reinado in order to secure more votes.

Australian forces are continuing to hunt Reinado in mountainous East Timor at the request of the East Timorese government, after the rebel leader stole a cache of automatic weapons in the lead up to last month's poll.

The former soldier managed to escape a clash in March in which five of his armed supporters were killed by Australian forces who had surrounded his hideout in Same, south of Dili.

Brought to you by AAP

Estado deve resolver em conjunto caso dos peticionários

Díli, 29 Abr (Lusa) - O candidato presidencial da Fretilin, Francisco Guterres "Lu Olo" afirmou sábado que a questão dos peticionários que conduziu à crise interna do país em 2006 tem de ser tratada por todos os órgãos de Estado.
Para "Lu Olo" cabe ao chefe de Estado, ao Parlamento Nacional e ao Governo "trabalhar em unidade para encontrar uma saída justa e definitiva para as preocupações dos peticionários".

Na passagem do primeiro aniversário da manifestação dos peticionários, que acabou por provocar uma onda de violência no país e a própria saída do primeiro-ministro Mari Alkatiri, o candidato da Fretilin apelou a que ninguém faça política com o caso.

Os denominados peticionários são cerca de 600 soldados das forças armadas timorenses que foram dispensados em Março de 2006, depois de terem abandonado a cadeia de comando por se considerarem vítimas de discriminação.

"Precisamos de tratar a questão dos peticionários responsável e institucionalmente. Há um relatório da Comissão de Notáveis com recomendações. Este relatório foi entregue ao primeiro-ministro (José) Ramos-Horta na primeira semana de Fevereiro de 2007 e apesar de eu ter recebido uma cópia do relatório, o Parlamento Nacional ainda está à espera que o primeiro-ministro faça as suas recomendações", disse.

O mesmo responsável, que exerce o cargo de presidente do Parlamento Nacional disse que a assembleia "não pode resolver a questão" até que o primeiro-ministro faça as suas propostas e acusa José Ramos-Horta, seu adversário na corrida à presidência, de nem sequer ter discutido o relatório em Conselho de Ministros.

"Devemos ser cuidadosos para não causar uma nova ferida para curarmos outra", advertiu "Lu Olo", salientando que se for decidido "compensar os peticionários", esta medida poderá ter um impacto negativo nos outros soldados.

Por isso, e porque diz não saber se existe fundamento na argumentação dos peticionários, "Lu Olo" quer ouvir a comissão de notáveis que investigou o caso.

JCS-Lusa/fim

Timor-Leste: CNRT defende participação activa e consciente população no futuro

Díli, 28 Abr (Lusa) - O vice-presidente do Conselho Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT) Eduardo Barreto defendeu hoje que o desenvolvimento de Timor-Leste tem de passar pela "participação consciente e activa das populações".
Ao intervir na cerimónia de abertura do primeiro congresso do novo partido, cuja imagem é o ainda chefe de Estado, Xanana Gusmão, Eduardo Barreto afirmou que o primeiro encontro nacional do partido "é mais um passo na reafirmação de uma nação livre e autónoma que, estando a consolidar o seu sistema democrático, está aberta ao pluralismo de ideias".

Eduardo Barreto lembrou também que libertada a pátria da ocupação indonésia, "coloca-se um novo desafio que precisa de igual empenho que é o de libertar o povo".

O início do conclave do CNRT, precisamente no mesmo local onde o Conselho Nacional da Resistência Timorense, o antigo CNRT, foi extinto, ficou marcado pela presença de José Ramos-Horta, chefe do Governo com funções suspensas por causa da campanha para as presidenciais onde disputa a segunda volta com o candidato da Fretilin, Francisco Guterres "Lu Olo", e de João Carrascalão, dirigente da União Democrática Timorense.

Depois de tocado o hino nacional, o hino do partido, de um minuto de silêncio pelos heróis da pátria e de uma pequena oração conduzida por uma madre local, o congresso teve início com a intervenção de Eduardo Barreto que, além de apelar à participação de todos, defendeu a promoção da "unidade nacional em torno de objectivos supremos que valorizem os sacrifícios anteriores".

"Temos de ouvir todos os timorenses, temos de extrair do povo as suas dificuldades, necessidades e aspirações, temos de ir às bases para poder criar um programa que seja de todos os timorenses (...) e em que todos se revejam", afirmou.

"O povo é o início, o motor e o fim últimos desta missão", sublinhou.

Eduardo Barreto disse também que o CNRT quer "combater a frustração e o descontentamento" popular que "se revelou sobretudo na última crise de Abril e Maio de 2006" bem como o "desrespeito" por aqueles que não foram ouvidos nos seus desejos.

"O Estado não foi capaz de assegurar o respeito pela dignidade humana, não criou as condições necessárias para proceder a uma mudança de mentalidades que seja orientada por uma cultura de paz onde se pratiquem valores como a tolerância e os direitos cívicos e humanos", sustentou.

Por isso, disse, "surgiu o CNRT, para incutir uma cultura democrática nas comunidades, uma cultura de transparência e de responsabilização nas instituições do Estado, uma cultura de Justiça, credível, independente e imparcial no sistema judicial timorense, uma cultura de justiça social pelo envolvimento de todos os cidadãos nas grandes decisões do Estado".

Eduardo Barreto adiantou que o CNRT "assume o compromisso de proporcionar ao povo um futuro melhor no pressuposto do desenvolvimento económico, social e político, digno do respeito que os timorenses merecem e merecedor do respeito da comunidade internacional".

JCS-Lusa/Fim

Pare de manipular o Exército Australiano

Francisco Guterres Lu Olo para Presidente
“Serei Presidente de todos e para todos”

Comunicado de Imprensa
29 de Abril de 2007

Lu’Olo diz a Horta:
Pare de manipular o Exército Australiano

O candidato presidencial Francisco Guterres Lu’Olo apelou hoje ao seu adversário José Ramos Horta para não continuar nas suas manobras de campanha eleitoral utilizando as Forças Militares Australianas.

Lu Olo disse que “Horta tinha pedido publicamente que a intervenção das Forças Internacionais de Estabilização (FIE - lideradas pelas Forças Militares Australianas) contra Reinado fosse suspensa, de forma a poder fazer um acordo eleitoral com os apoiantes de Reinado no Partido Democrático”, disse Lu’Olo. “Isto é uma tentativa vergonhosa de controlar a ISF de forma a atingir as suas ambições politicas”.

Lu’Olo continuou: “ Cinco Timorenses morreram na última tentativa de trazer Reinado à justiça. Os soldados australianos foram postos em risco, e os aldeãos timorenses das áreas onde Reinado estava escondido estiveram sob condições muito duras. Agora Horta tenta parar a operação porque a prisão de Reinado prejudicará as suas hipóteses de ser eleito presidente. Isto é completamente inaceitável. Como soldado que fui, posso dizer com certeza que as operações militares não podem ser activadas e desactivadas segundo os objectivos dos líderes políticos. Os militares devem manter-se separados da politica conforme diz a nossa Constituição.”

Lu’Olo bateu Horta na primeira volta das Eleições presidenciais em Timor-Leste, com 28% dos votos contra 22% do seu mais directo oponente. Nenhum dos condidatos consegui atingir a maioria, pelo que vai haver uma segunda volta no dia 9 de Maio. Os votos do candidato Fernando de Araújo Lasama que atingiu o terceiro lugar com 19% serão cruciais. Lasama teve mais votos nos distritos de Oeste onde obteve um activo apoio público de Alfredo Reinado.

Lasama fez da paragem das operações para prender o Major rebelde uma condição para o seu acordo com Horta. O fim das operações contra Reinado tinha sido anunciado no dia 23 de Abril, portanto, quatro dias antes da assinatura do acordo entre Ramos Horta e Lasama.

O Brigadeiro Mal Rerden, Comandante Australiano das ISF, confirmou indirectamente que Ramos Horta esta a fazer política utilizando as forças militares australianas. Na semana passada Rerden fez saber na imprensa local que o Primeiro Ministro Ramos Horta tinha dito publicamente que queria que as ISF parassem as operações contra Reinado mas que não tinha recebido ordem oficial em contrário. Falando ao jornal local “Diário” em 25/4/2007, Rerden disse: “não recebemos nenhuma carta formal do Governo. Se o Governo pensa que esta é a melhor solução, então o Governo e as ISF devem discutir o assunto”.

Falando hoje em Díli, Estanislau Aleixo da Silva, Primeiro Vice-Primeiro Ministro, responsável pela coordenação do Governo, enquanto Ramos Horta está em campanha, confirmou os comentários de Rerden. “Não houve nenhuma mudança na posição oficial do Estado de Timor-Leste e nenhuma recomendação foi recebida da recente reunião da comissão de coordenação de alto Nivel”, disse Da Silva. “Nem sequer saiu alguma recomendação da minha reunião com o Presidente Xanana Gusmão na quinta-feira, 26 de Abril”, acrescentou.

A comissão de coordenação de alto nivel inclui membros das três institiuições do Estado Timorense responsáveis pela segurança - o Presidente, o Parlamento Nacional e o Primeiro Ministro assim como o Primeiro Vice- Primeiro Ministro e o Representante Especial do Secretário Geral das Nações Unidas. Os comandantes das F-FDTL e da ISF foram convidados a participar na reunião.

“Segundo a Constituição, Horta não tem poder nem como Primeiro Ministro nem como Presidente para agir segundo a sua vontade” disse Lu’Olo. “Timor-Leste não precisa de um presidente que não segue a nossa Constituição. A Segurança está sob a responsabilidade conjunta dos três órgãos de soberania do Estado timorense Horta deve aprender a mostrar mais respeito pelos canais institucionais antes de fazer comentários públicos e acordos”.

A ABC (media australiana) entretanto noticiou no passado dia 19 de Abril que Leandro Isaac, o deputado rebelde que pegou em armas na sequência da violência ocorrida no ano passado também se encontrou com Horta e pediu a paragem das operações para a captura do Reinado.
Para mais informações, contacte com:

Harold Moucho (assessor político de Lu Olo) (+670) 723 0048
José Manuel Fernandes ( reprezentante oficial de Lu Olo para as eleições)
(+670) 734 2174

Professores feridos participavam em programa de cooperação da FUP

Dili, 29 Abr (Lusa) - Os seis professores portugueses que hoje foram vítimas de um acidente de viação em Maubisse, Timor-Leste, fazem parte de um grupo de 26 docentes que se encontra no país ao abrigo de um programa de cooperação com Portugal.

Estado deve resolver caso dos peticionários

Diário Digital / Lusa
29-04-2007 11:27:24

O candidato presidencial da Fretilin, Francisco Guterres «Lu Olo», afirmou sábado que a questão dos peticionários que conduziu à crise interna do país em 2006 tem de ser tratada por todos os órgãos de Estado.

Para «Lu Olo», cabe ao chefe de Estado, ao Parlamento Nacional e ao Governo «trabalhar em unidade para encontrar uma saída justa e definitiva para as preocupações dos peticionários».
Na passagem do primeiro aniversário da manifestação dos peticionários, que acabou por provocar uma onda de violência no país e a própria saída do primeiro-ministro Mari Alkatiri, o candidato da Fretilin apelou a que ninguém faça política com o caso.

Os denominados peticionários são cerca de 600 soldados das forças armadas timorenses que foram dispensados em Março de 2006, depois de terem abandonado a cadeia de comando por se considerarem vítimas de discriminação.

«Precisamos de tratar a questão dos peticionários responsável e institucionalmente. Há um relatório da Comissão de Notáveis com recomendações. Este relatório foi entregue ao primeiro-ministro (José) Ramos-Horta na primeira semana de Fevereiro de 2007 e apesar de eu ter recebido uma cópia do relatório, o Parlamento Nacional ainda está à espera que o primeiro-ministro faça as suas recomendações», disse.

O mesmo responsável, que exerce o cargo de presidente do Parlamento Nacional disse que a assembleia «não pode resolver a questão» até que o primeiro-ministro faça as suas propostas e acusa José Ramos-Horta, seu adversário na corrida à presidência, de nem sequer ter discutido o relatório em Conselho de Ministros.

«Devemos ser cuidadosos para não causar uma nova ferida para curarmos outra», advertiu «Lu Olo», salientando que se for decidido «compensar os peticionários», esta medida poderá ter um impacto negativo nos outros soldados.

Por isso, e porque diz não saber se existe fundamento na argumentação dos peticionários, «Lu Olo» quer ouvir a comissão de notáveis que investigou o caso.

Professores portugueses não correm perigo de vida

Diário Digital / Lusa
29-04-2007 12:00:00

As sete vítimas, seis das quais portuguesas, que hoje estiveram envolvidas num acidente de viação em Maubisse, Timor-leste, estão bem e não correm perigo de vida, afirmou a médica Dora Oliveira do INEM.

«Há uma vítima que tem um traumatismo toráxico, fractura de duas costelas, mas de baixa gravidade e outras duas têm traumatismo craniano ligeiro e estão em vigilância no hospital, onde vão manter-se por algumas horas», disse.

Dora Oliveira, que lidera a primeira equipa médica que chegou ao local, acrescentou que as vítimas têm também «pequenas mazelas sem gravidade nos membros».

Questionada se será necessário evacuar algum dos feridos para fora de Timor-Leste, a médica respondeu negativamente, embora tenha sublinhando que o grupo teve muita sorte no acidente, uma vez que «foi um despiste de uma carrinha e estavam num local de difícil acesso, foram os locais que os trouxeram até à estrada e nem sequer tinham rede de telemóvel para pedir socorro».

«Foi uma das vítimas menos graves que conseguiu chamar uma equipa», explicou. De acordo com o relato de alguns colegas dos professores portugueses, que estavam acompanhados de um guia timorense, o acidente deu-se por volta das 03:00 horas (19:00 horas de sábado em Lisboa), tendo o primeiro apoio aos jovens professores sido prestado pelos locais que chegaram a acender fogueiras devido ao frio que se fazia sentir na montanha.

Os feridos já estão no Hospital Nacional Guido Valadares, em Díli a ser examinados por médicos das Nações Unidas e pela médica do INEM depois de transferidos num helicóptero da ONU.
A operação de resgate foi acompanhada no local do acidente pela equipa médica do Instituto Nacional de Emergência e em Díli pelo embaixador de Portugal, João Ramos Pinto, com o apoio da GNR.

Os professores, que seguiam na mesma viatura, terão sido vítimas de um aluimento de terras quando, durante a madrugada (hora local), subiam ao monte Ramelau (a montanha mais alta de Timor-Leste com 2.963) para ver nascer o sol, explicou o embaixador João Ramos Pinto.

O acidente ocorreu na zona remota de Hatubuilico e os feridos foram transportados num helicóptero das Nações Unidas, modelo MI8, de fabrico soviético.

De acordo com o embaixador de Portugal, os feridos são Ana Sousa, Joaquim Oliveira, Luís Ramos, Verónica Pais, João Silveira e Sara Moreira.

domingo, abril 29, 2007

Dos Leitores

Comentário na sua mensagem "Is Lu Olo the ‘true diplomat’?":

Se calhar não é ético estar a dizer o que vou dizer, mas parece-me que neste momento crucial da nossa pátria não posso deixar de partilhar as minhas preocupações.

Faço-o por imperativo de consciência.

Sempre tive uma ideia mítica sobre Ramos Horta.

Ela foi construída com base na atribuição de prémio Nobel da Paz e de sempre o ter visto na televisão deambulando entre mundos e a relacionar-se com gente importante.

Ele era assim o grande ideólogo, homem de princípios e de coerências, … enfim, um Estadista.

Em súmula, alguém com atributos acima da média que tinha justificado a atribuição de um prémio Nobel.

Depois conheci pessoalmente Ramos Horta.

Se bem que a barba de “três dias” lhe dava um toque de charme, o aspecto geral que transmitia era de decadência. Gordo, mal arranjado, desajeitado.

Depois, durante a conversa, não consegui extrair do homem a mais mínima ideia, o diálogo era paupérrimo, não conseguia articular uma visão para a articulação dos poderes do Estado, raciocínios elementares.

Uma desilusão!

Fiquei com a ideia que para Ramos Horta o facto de ser prémio Nobel da Paz justificava tudo. Seria algo eu não “sou” prémio Nobel da Paz mas “estou” Prémio Nobel da Paz.

Espelho disto é o debate na televisão. Ramos Horta não se preparou para o debate com o Lu Olo porque achou que não era preciso, a final de contas ele é Prémio Nobel da Paz!

Fiquei a matutar na situação.

Posteriormente, tive outras conversas com o senhor e acompanhei as suas intervenções públicas.

Havia situações de bradar aos céus. Afirmações que nunca seriam feitas por qualquer homem do povo, muito menos por um diplomata.

Eram um arremedo de politico ocidental, tentava copiar o que tinha vista na política internacional mas de uma forma inábil, … mas o que mais me intrigou foi a impulsividade e a incoerência, ora dizia uma coisa, ora dizia outra.

Disto tudo conclui: só pode ser um problema biológico … e por aqui me fico para não entrar naquilo que pode ser considerado insulto.

Meus caros compatriotas, se Ramos Horta ganhar as eleições vamos ter um presidente que aproveita qualquer festa internacional, tipo Jennifer Lopez, para se ausentar do país e quando cá está só vai fazer asneira.

É convosco, o bom do voto é podermos eleger o nosso candidato ou estarmos legitimados para poder criticar o eleito se não tiver sido aquele em que votámos … não sei é se o Ramos Horta e o seu amigo Reinado conseguem perceber este conceito, … a ver vamos.

Dos Leitores

Comentário na sua mensagem "Is Lu Olo the ‘true diplomat’?":

Viva LUOLO que venceu o debate como vai vencer as eleições. Porque a inteligência, a humildade, o verdadeiro patriotismo vencem sempre a vaidade e arrogância de pensar que o mundo está centrado nele RH!

É impressionante como o que Ramos Horta tem a oferecer ao povo é apenas a sua vaidade, a sua ambição pessoal, o seu ego!

Em 1996 quem ganhou o prémio Nobel da paz foi a resistência timorense, toda ela - Ximenes Belo e Ramos Horta foram apenas símbolos! Ramos Horta de facto é um grande pretensioso.
Diz ele que pode telefonar a qualquer momento ao primeiro-ministro Australiano. Há um grande equívoco nesta afirmação: o lugar que vai a votos dia 9 de Maio é o de presidente da república de Timor Leste independente e não a de governador de uma província colonizada pela Austrália!
Ramos Horta está também equivocado com os australianos: os australianos como em geral os anglo-saxónicos são povos e países ambiciosos em termos económicos e pressionam, e são muito duros nos negócios. Mas também são intransigentes na defesa dos valores democráticos, do estado de direito democrático. E por isso é que Ramos Horta já perdeu a confiança designadamente da Austrália para qualquer cargo internacional de primeira linha que importe a defesa dos direitos humanos. Pois Ramos Horta tem protagonizado em Timor-Leste a violação dos mais básicos princípios dos direitos humanos: então um primeiro-ministro e candidato a presidente dá ordens aos tribunais para deterem ou libertarem alguém que fugiu da prisão e assaltou uma esquadra de polícia para roubar armas!

Quem costuma utilizar o argumento de que os valores culturais impedem a implementação da democracia e do princípio da separação de poderes são os perigosos ditadores de África ou demagogos da América latina!

A igreja católica devia saber disto porque nesses países tem sofrido imenso... basta querer para se informar!

É Lu Olo o ‘verdadeiro diplomata’?

(Tradução da Margarida)

28.04.2007
- de um correspondente em Dili

Os líderes e militantes da FRETILIN estão bastante satisfeitos hoje à noite, depois do debate Presidencial televisivo em Timor-Leste. Lu’Olo, o seu ultrapassou claramente o opositor Ramos Horta em cada uma das cinco perguntas, em questões que abordaram desde as relações internacionais, até à crise actual e as prioridades para o desenvolvimento. O debate deixou muita gente a interrogar-se porque é que Horta tem sido capaz de dominar os relatos dos media sobre as eleições, especialmente na Austrália.

Lu’Olo foi “objectivo, e respondeu a cada questão com confiança”, disse-me um jovem apoiante logo depois de acabar o debate. “O Sr Horta foi vago, enganava-se nas perguntas e tentou ofender. Isto vão vai cair bem nos eleitores Timorenses, que esperam que os candidatos actuem com educação para o outro.”

“Lu Olo apenas tirou a quarta classe na escola e o Dr Horta tem um bacharelato,” disse um outro. "Mas de cada vez que o Horta falou, Lu’Olo tinha uma réplica melhor”.

Como é característico nele, Lu Olo apenas fez uma breve menção aos seus vinte e quatro anos como combatente na guerrilha pela independência. Em vez disso, as suas respostas focaram-se nos compromissos básicos da sua plataforma eleitoral. Em contraste, Horta fartou-se de falar acerca dele próprio, acerca das suas relações pessoais com os líderes do mundo, a sua proximidade com a igreja católica, e o seu próprio estatuto de fundador da FRETILIN.

Os líderes da FRETILIN em Dili foram surpreendidos pelo uso continuado por Horta da propaganda anti-comunista que foi usada pela Indonésia contra o movimento da independência.

Chamou à FRETILIN em Tétun ‘galo vermelho’, o calão local para comunista. Também se referiu à FRETILIN como partido Marxista, apesar de saber que desde há mais de vinte anos que isso não é verdade. E atacou pessoalmente um dos líderes da mais jovem geração da FRETILIN, o Secretário de Estado para a Juventude e Desportos, José Manuel Fernandes, como sendo um “camarada vermelho da FRETILIN.” Falando com apoiantes depois do debate, o próprio Lu’olo referiu-se a essas tácticas como “palha”, uma expressão local para coisa sem valor, sem importância.

Horta passou algum tempo a falar acerca da sua relação pessoal com o Primeiro-Ministro Australiano John Howard. “Horta disse que pode pegar no telefone em qualquer altura e telefonar para Howard,” disse Filomena De Almeida, da Unidade de Informação da FRETILIN, que passou muitos anos na Austrália, como refugiada. “Isto é uma coisa estranha de usar como um atestado para liderar um país independente, que se orgulha do seu próprio não-alinhamento. O que vai acontecer se John Howard perder as próximas eleições?”

Horta mencionou as suas relações pessoais estreitas com vários outros líderes, incluindo a Presidente das Filipinas Aroyo e o Presidente da Indonésia Yudiono. A sua tentativa mais descarada de indicar nomes foi quando se referiu à sua amizade com a líder Democrata dos USA, Nancy Pelosi, mencionando que a sua filha tinha ficado com ele nas férias, há alguns anos atrás.

“A ironia é que Horta estava a reclamar créditos para a sua experiência diplomática, mas foi Lu Olo quem melhor se comportou como um verdadeiro diplomata”, disse o Ministro da FRETILIN José Teixeira, que liderou as negociações do petróleo com a Austrália. “Lu Olo foi digno, civil, e respeitoso, que é como deve ser um Chefe de Estado.” O próprio Lu Olo disse que Horta entendeu mal as relações internacionais, se pensava que podem ser baseadas em contactos pessoais. E lembrou ao seu opositor que o Presidente Indonésio tinha dito que trabalhará com satisfação com quem quer que ganhe.

Diferenças claras emergiram entre os candidatos na questão Constitucional da separação de poderes. Horta fugiu claramente ao assunto com a sua defesa dos amotinados armados, Reinado e Rai Los, a quem está a tentar recrutar para a sua altamente improvável coligação de apoiantes. Lu Olo exigiu que o Presidente respeite a independência do sistema judicial e o uso de poderes que tem sob a Constituição para resolver a crise. Numa altura, Horta referiu-se à separação de poderes, e à separação da Igreja e do Estado como ideias ‘modernas’ que não pertencem a Timor- Leste.

“Como católico, tenho três líderes”, disse Horta, “o Papa e dois Bispos. Encontro-me com os Bispos todas as semanas.A Igreja tem quinhentos anos de experiência em Timor-Leste.”

“Nós os Timorenses temos estado cá desde o princípio,” retorquiu Lu’Olo.

Horta atacou a obra do primeiro governo liderado por Mari Alaktiri da FRETILIN, mas teve cuidado em não denegrir o feito de Alakatiri de estabelecer o Fundo do Petróleo, considerado um modelo da melhor prática internacional. Quando Horta tentou argumentar que os fundos do petróleo deviam ser gastos com mais rapidez, Lu’Olo lembrou-lhe que o país tem um Plano Nacional de Desenvolvimento, e que a lei do Fundo do Petróleo, que montou o mecanismo para controlar as despesas do petróleo, foi aprovado com os votos unânimes de todos os partidos no Parlamento.

Os comentários finais foram talvez os que indicam melhor as diferenças entre os dois. “Não votem em mim por ter sido um fundador da FRETILIN,” disse Horta. “Escolham-me porque sou um laureado do Nobel da paz.”

Lu’Olo agradeceu ao povo por ter votado pacificamente na primeira volta, e lembrou a Horta que foi o único candidato a ganhar votos em todos os distritos. “Sou um candidato da FRETILIN,” disse, “do partido que lutou pela independência durante vinte e cinco anos. Esta é uma grande herança. Presto a minha honra todos os que morreram e quero continuar a servir as suas viúvas e órfãos. Foi por isso que aceitei – para defender o povo, para defender o nosso país e para defender a nossa soberania nacional.”

***

Ramos-Horta fala por si. Patético.

sábado, abril 28, 2007

Lu Olo exige acção sobre os peticionários

Francisco Guterres Lu Olo para Presidente
“Serei Presidente de todos e para todos”

Comunicado de Imprensa
28 de Abril de 2007


“ A democracia e a justiça para todos requerem a verdade e a cura”, disse o candidato presidencial da FRETILIN, Franscisco Guterres Lu’Olo. “Esta deve ser a primeira lição de construir uma paz sustentável numa nação a recuperar de um conflito violento.”

No aniversário da manifestação dos chamados Peticionários em 28 de Abril de 2006, que atirou Timor-Leste para o caos e violência, Lu’Olo apelou a todas as partes para não fazerem política sobre este assunto. Num comício em Aileu, disse aos jornalistas para serem cuidadosos ao examinar o que foi dito pelo PM Horta sobre as compensações para os Peticionários.

Peticionários são o grupo de 591soldados das F-FDTL que foram dispensados do exército em Março de 2006 depois de terem abandonado os quartéis reivindicando serem vitimas de descriminação.

Lu Olo reforçou a importância dos três orgãos do Estado, nomeadamente o Presidente da República, o Parlamento Nacional e o Governo de terem que trabalhar em unidade para encontrarem uma saída justa e definitiva para as preocupações dos peticionários.

“Nós precisamos de tratar a questão dos peticionários responsável e institucionalmente. Há um relatório da Comissão de Notáveis com recomendações. Este relatório foi entregue ao primeiro Ministro Ramos Horta na primeira semana de Fevereiro de 2007. Apesar de eu ter recebido uma cópia do relatório, o Parlamento Nacional ainda está à espera que o Primeiro Ministro Horta faça as suas recomendações. O Parlamento não pode resolver esta questão até que as propostas do primeiro ministro sejam recebidas. Que eu saiba, Horta ainda não distribuiu nem sequer distribuiu ou discutiu o relatório com o Conselho de Ministros, e certamente não fez nenhuma proposta para resolver esta questão. Porque este atraso? O público tem o direito de saber o que a Comissão descobriu”.

A Comissão de Notáveis, presidida pela Ministra Ana Pessoa, foi nomeada pelo então Primeiro Ministro Mari Alkatiri em Abril de 2006. Esta comissão levou a cabo uma profunda investigação sobre as alegações dos peticionários durante vários meses.

“Devemos ser cuidadosos em não causar uma nova ferida para curarmos outra”, advertiu.” Se nós decidirmos compensar os peticionários, qual será o impacto nos outros soldados?”, perguntou. “ Primeiro que tudo, para resolver um problema devemos compreender as suas causas mais profundas. Havia substância nas suas reivindicações?”

E acrescentou: “ Precisamos de ouvir a Comissão para saber a verdade. Há necessidade de se ser transparente em vez de explorar um assunto para ganhos políticos. O nosso dever é prevenir conflitos futuros de forma a sarar as divisões que os conflitos dos ultimos meses criaram.

Lu’Olo, que foi comandate das FALINTIL durante 24 anos, seguiu de perto o caso dos peticionários desde Fevereiro de 2006. “ As F-FDTL são uma instituição chave, instituida sob o artigo 146 da nossa Constituição. Eu continuarei a trabalhar com e a apoiar todos os órgãos de soberania de modo a encontrar uma solução justa e definitiva que assegure que a integridade das F-FDTL seja mantida”.

Para mais informações, contacte:
Harold Moucho (Assessor Político de Lu Olo) (+670) 723 0048 (Dili)
Jose Manuel Fernandes (Representante oficial de Lu Olo para a CNE) (+670) 734 2174 (Dili)


http://www.luolobapresidente.blogspot.com
http://luolo.blogspot.com
http://luolo.blogspot.com
http://www.timortruth.com

O golpe começou há um ano.

Este é um dia de luto.

Is Lu Olo the ‘true diplomat’?

28.04.2007
- from a Dili correspondent

FRETILIN leaders and militants are in high spirits tonight, after Timor-Leste’s televised Presidential debate. Their candidate Lu’Olo clearly out performed his opponent Ramos Horta on each of the five questions asked, on issues ranging from international relations to the current crisis and the priorities for development. The debate has many people wondering why Horta has been able to dominate media reports of the election, especially in Australia.

Lu’Olo was objective, and answered each question with confidence”, one younger supporter told me soon after the debate ended. “Mr Horta was vague, he strayed off the question, and he tried to be offensive. This will not go well with Timorese voters, who expect political candidates to
behave with civility to each other.”

“Lu Olo only went to Fourth Grade at school, and Dr Horta has a Ph D,” said another. "But every time Horta spoke, Lu’Olo had a better comment”.

Characteristically, Lu Olo made only one brief mention of his twenty four years as a guerrilla fighter for independence. Instead, his answers focused on the basic commitments from his election platform. By contrast, Horta spoke at length about himself, about his personal relations with world leaders, his closeness to the Catholic Church, and his status as a founder of FRETILIN itself.

FRETILIN leaders in Dili were surprised by the continued use by Horta of the anti communist propaganda which was used by Indonesia against the independence movement. He called FRETILIN ‘red rooster’ in Tetum, local slang for communist. He also referred to FRETILIN as a Marxist party, though he knows this has not been true for over twenty years. And he personally attacked one of FRETILIN’s younger generation leaders, Secretary of State for Youth and Sport, José Manuel Fernandes, as a “red FRETILIN comrade.” Speaking with supporters after the debate, Lu’olo himself referred to these tactics as “straw”, a local expression for worthless.

Horta spent some time talking of his personal relationship with Australian Prime Minister John Howard. “Horta said he can pick up the phone anytime and ring Howard,” said Filomena De Almeida, from FRETILIN’s Information Unit, who spent many years as a refugee in Australia. “This is a strange thing to use as a qualification to lead an independent country, which prides itself on its non-alignment. What happens if John Howard loses the next election?”

Horta mentioned his close personal relationships with several other leaders, including the Philippines President Aroyo and Indonesia’s President Yudiono. His most blatant attempt at name dropping was when he referred to his friendship with US Democrat leader, Nancy Pelosi,
mentioning her daughter had stayed with him for her holidays a few years ago.

“The irony was that Horta was claiming credit for his diplomatic experience, but Lu Olo was the one who behaved more like a true diplomat”, said FRETILIN Minister Jose Teixeira, who led the oil negotiations with Australia. “Lu Olo was dignified, civil, and respectful, which is how a
Head of State should be.” Lu Olo himself said that Horta misunderstood international relations, if he thought it could be based on personal contacts. And he reminded his opponent that the Indonesian President had said he would happily work with whoever won.

Clear differences emerged between the candidates on the question of the Constitutional separation of powers. Horta steered clear of the subject of his defence of the armed rebels, Reinado and Rai Los, whom he is attempting to recruit to his highly unlikely coalition of supporters. Lu Olo demanded that the President respect the judiciary’s independence and
use the powers he has under the Constitution to resolve the crisis. At one point, Horta referred to the separation of powers, and the separation of Church and state, as ‘modern’ ideas which do not belong in Timor- Leste.

“As a Catholic, I have three leaders”, said Horta, “the Pope and two Bishops. I met the Bishops every week. The Church has five hundred years experience in Timor-Leste.”

“We Timorese have been here since the beginning,” retorted Lu’Olo.

Horta attacked the record of the first government led by FRETILIN’s Mari Alaktiri, but he was careful not to denigrate Alakatiri’s achievement is establishing the petroleum fund, considered a model of international best practice. When Horta tried to argue that the oil funds should be spent more quickly, Lu’Olo reminded him the country had a National Development Plan, and that the law on the petroleum fund, which set the mechanisms for controlling the oil expenditure, was adopted by unanimous vote of all parties in the parliament.

The closing comments were perhaps the clearest indication of the difference between the two men. “Don’t vote for me because I was a founder of FRETILIN,” said Horta. “Choose me because I am a Nobel peace laureate.”

Lu’Olo thanked the people for voting peacefully in the first round, and reminded Horta that he was the only candidate who won votes in every district. “I am a FRETILIN candidate,” he said, “from the party that fought for independence for twenty five years. This is a big heritage. I give honour to those who died and I want to continue to serve their widows and orphans. That’s why I accepted – to defend the people, to defend our country and defend our national sovereignty.”

Horta fala por si. Patético.

Novo CNRT em conversações com oposição para estratégia comum

Díli, 27 Abr (Lusa) - O novo Conselho Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT) está em conversações com a oposição timorense para a definição de uma estratégia conjunta para as eleições legislativas de 30 de Junho, disse à agência Lusa o secretário-geral do partido.

"Tem havido alguns contactos para a definição de uma estratégia mas não há ainda nada de concreto definido para o futuro", afirmou Dionísio Babo, secretário-geral do CNRT, à margem de uma conferência de imprensa do candidato presidencial José Ramos Horta.

O responsável salientou que "há abertura total para discutir todas as possibilidades" mas "só após o congresso do próximo fim-de-semana e conforme o que ficar definido na reunião é que se pode definir um projecto".

"O que se pretende, independentemente do caminho, é conseguir os meios para uma mudança de política que permita desenvolvimento do país e a melhoria das condições de vida da população", afirmou ao salientar que perante tais objectivos "há que tentar todas as medidas para alcançar as metas que se pretendem atingir".

O Conselho Nacional da Reconstrução Timorense, que tem Xanana Gusmão como cabeça de cartaz, podendo, inclusive, assumir a condução de um governo, vai reunir entre sábado e segunda-feira em Díli cerca de 800 delegados oriundos dos 13 distritos do país e 200 observadores convidados num congresso que poderá marcar o regresso da união de esforços na condução dos destinos do país.

Ao longo do conclave do CNRT serão eleitos o presidente, vice-presidente, secretário-geral, Conselho Nacional e Comissão de Jurisdição do novo partido que vai enfrentar o seu primeiro acto eleitoral já em Junho, nas eleições para o Parlamento Nacional que irá definir o novo Governo do país.
JCS-Lusa/fim

Ramos Horta denuncia ameaças e intimidações aos eleitores

Díli, 27 Abr (Lusa) - O candidato presidencial José Ramos Horta denunciou hoje em conferência de imprensa "ameaças" e "intimidações" alegadamente praticadas por elementos da Fretilin que pretendem comprar os cartões de eleitor de cidadãos opositores à candidatura do partido.

Sublinhando que tem vindo a receber denúncias concretas de populares, José Ramos Horta apelou a que "todos os que tenham sido contactados ou tenham conhecimento de acções praticadas por grupos" contactem as autoridades, a presidência da República ou o próprio candidato para que os autores sejam identificados.

Ramos Horta disse estar "convencido" que tanto Francisco Guterres "Lu Olo", o candidato da Fretilin e presidente do Parlamento Nacional, como Mari Alkatiri, ex-primeiro-ministro e secretário-geral da Fretilin, "não sabem do assunto".

"Não acredito que sancionem" [o que está a acontecer], afirmou Ramos Horta.

O candidato acrescentou que a actuação destes grupos de artes marciais "radicais da Fretilin", que ameaçam, intimidam e pagam entre cinco a vinte dólares norte-americanos pelo cartão de eleitor para que as pessoas não votem, "é um sinal" de que aprenderam que "não podem confiar no timorense que recebe dinheiro e depois não vota no candidato que eles querem".

"Estes grupos andam com milhares de dólares e assim compram o cartão de eleitor, convencendo as pessoas de que estas não podem votar" disse, ao sublinhar que todo o processo "é triste porque estão a comprar o direito de voto dos que nada têm".

"Exploram a miséria e a pobreza das pessoas", afirmou alertando também que foram alvo de abordagens pelos alegados membros da Fretilin de que "podem votar com outros documentos".
O chefe do Governo, que suspendeu funções para participar na campanha eleitoral da segunda volta das presidenciais timorenses que está a disputar com Francisco Guterres "Lu Olo", reagiu também a uma conferência de imprensa de alguns dos seus ministros descontentes com declarações de Ramos Horta em críticas à sua actuação, sublinhando que apesar de ser primeiro-ministro "o poder está no farol", numa alusão a que as decisões politicas continuam a ser tomadas sempre com o acordo de Mari Alkatiri.

Na conferência de imprensa, Ramos Horta falou também da declaração de rendimentos apresentada pelo seu opositor e lembrou que em 2001, quando a ONU fez uma proposta idêntica aos políticos timorenses, ele foi o único a "apresentar tal declaração por escrito a Sérgio Vieira de Mello".

No entanto, Ramos Horta explicou detalhadamente como conseguiu comprar a sua casa em Díli e uma casa em Sydney onde vive a mãe e alguns familiares, o que fez ao dinheiro do Prémio Nobel da Paz, à medalha "em ouro" que lhe foi atribuída pelo Nobel e quais os rendimentos, "poucos", que ainda consegue obter dos livros que escreveu e das conferências que fez.
JCS-Lusa/fim

Energia: Galp entra na exploração petrolífera em Timor-leste e Moçambique

Lisboa, 26 Abr (Lusa) - A Galp Energia vai entrar na exploração petrolífera em Timor-Leste e Moçambique por via da aquisição de 10 por cento das concessões de direitos de prospecção e produção de petróleo, anunciou hoje a empresa portuguesa em comunicado.

Os contratos, assinados com a empresa italiana ENI, dizem respeito a cinco blocos em Timor-Leste e um em Moçambique.

De acordo com uma nota de imprensa da Galp, estas participações nos blocos em Timor-Leste e em Moçambique estão sujeitas à ratificação dos governos dos dois países.

Os blocos de Timor-Leste atribuem direitos de exploração em cinco áreas diferentes localizadas no mar, que totalizam uma área conjunta de 12.100 quilómetros quadrados.

As concessões atribuídas são de sete anos para a fase de exploração e de 25 anos para a fase de produção.
Em Moçambique, o bloco também se localiza no mar e tem uma área de 17.000 quilómetros quadrados, com o período de exploração a estender-se por oito anos e o de produção por 30 anos.

O consórcio para a exploração em Timor-Leste é constituído pela ENI (90 por cento) e a Galp Energia (10 por cento).

Em Moçambique, o consórcio é constituído pela ENI (80 por cento), a Galp energia (10 por cento) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (10 por cento).

Na exploração "offshore", a empresa portuguesa tem participações em Angola (quatro blocos), Portugal (três) e Brasil (10 blocos).

No que diz respeito à exploração "onshore", a Galp Energia detém uma participação no bloco Cabinda Centro, em Angola, e em 44 blocos no Brasil.
RRA/EL-Lusa/Fim

Sampaio é "profundo humanista e universalista" - José Ramos-Horta

Díli, 27 Abr (Lusa) - O ex-Presidente português Jorge Sampaio é um "profundo humanista e universalista" e a melhor escolha para alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações, disse hoje à agência Lusa o primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta.

"O secretário-geral Ban Ki-Moon não podia ter feito melhor escolha. O dr. Jorge Sampaio é um profundo humanista, universalista, conhecedor das grandes civilizações, culturas e sensibilidades humanas e políticas, poliglota e creio que é a melhor pessoa que podia ter sido escolhida (...) para esse cargo", afirmou o Nobel da Paz e candidato às eleições presidenciais timorenses.

Ramos-Horta acrescentou que "Timor-Leste quer participar activamente" nas acções que forem desenvolvidas por Jorge Sampaio ao mesmo tempo que, em nome pessoal, o candidato à chefia da mais nova Nação do mundo irá procurar ser um "colaborador activo de Jorge Sampaio neste diálogo das civilizações".

Numa nota emitida quinta-feira pelo seu gabinete, Jorge Sampaio dava conta de que iria ser o primeiro alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações, cargo que irá ocupar a convite do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon.

O convite ao ex-chefe de Estado foi feito directamente por Ban Ki-Moon, ficando Jorge Sampaio com um cargo equiparável, no sistema das Nações Unidas, a sub-secretário-geral.

A decisão do secretário-geral da ONU resulta de um relatório redigido por um Grupo de Alto Nível, que em Novembro de 2006 apresentou as suas conclusões sobre a "Aliança das Civilizações".

O relatório preconizava a nomeação de um alto representante das Nações Unidas com o objectivo de dar visibilidade e continuidade ao projecto da Aliança das Civilizações e de superintender a aplicação das recomendações contidas no documento.

A Aliança das Civilizações, uma iniciativa lançada em Agosto de 2005 pelo antigo secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan, conta com o co-patrocínio dos primeiros-ministros de Espanha e da Turquia.

"Justificando-se pelo aumento de tensões no mundo, do extremismo e de conflitos de raiz política, cultural e religiosa, a Aliança das Civilizações pretende ser um contraponto ao propalado choque de civilizações, que ameaçaria a paz e a estabilidade no mundo, e que nomeadamente oporia de forma inexorável as sociedades ocidental e muçulmana", refere o gabinete de Jorge Sampaio.

Sampaio irá ter, entre várias funções, as da promoção de iniciativas políticas para fomentar o diálogo e compreensão entre os povos no respeito pela diversidade das suas culturas, civilizações e religiões, bem como contribuir para o reforço da vontade política colectiva em abordar os problemas e desequilíbrios mundiais de forma concertada.

Está ainda previsto que o secretário-geral das Nações Unidas possa solicitar a colaboração do alto representante para a Aliança das Civilizações em períodos de crise, perante focos de conflitos causados por tensões culturais.

"No âmbito desta missão que lhe é agora confiada, o Dr. Jorge Sampaio reportará directamente ao secretário-geral, trabalhando em estreita colaboração com uma equipa 'ad-hoc' das Nações Unidas, que lhe dará todo o apoio administrativo, logístico e financeiro", refere o gabinete do ex-Presidente.

Segundo a mesma nota, "o alto representante deverá muito em breve debruçar-se sobre um plano de acção, preparado pelo Grupo de Alto Nível, que, depois de ajustado às suas próprias concepções e visão, apresentará ao secretário-geral das Nações Unidas".

Jorge Sampaio acumulará estas funções com as de enviado especial para a Luta contra a Tuberculose até Maio do próximo ano, data do fim deste mandato.

JCS/MSP-Lusa/fim

Lu-Olo Só Conta Com O Apoio De Manuel Tilman - Será Que A Fretilin Tem Força Para Derrotar A “Australianização” De Timor-Leste?

Blog Timor Lorosa’e Nação – 27 de Abril de 2007

O terceiro classificado da primeira volta das eleições presidenciais timorenses, Fernando «Lasama», anunciou hoje em conferência de imprensa que apoia José Ramos-Horta na segunda volta que o primeiro-ministro está a disputar com o presidente do Parlamento Nacional. Ao que parece, o candidato da Fretilin, «Lu Olo» (que só conseguiu o apoio de Manuel Tilman) mete medo a muita gente. Será porque é, tal como foi Mari Alkatiri, «persona non grata» para a Austrália?

Fernando «Lasama» de Araújo e o seu Partido Democrático assinaram com José Ramos-Horta um acordo de apoio, fazendo com que o primeiro-ministro timorense e candidato à sucessão de Xanana Gusmão se torne, pelo menos "matematicamente", o mais sério candidato à chefia da mais nova nação do Mundo.

«Apoiamos porque vimos nele que pode representar e implementar os planos e os programas que prometemos ao povo durante a campanha», justificou Fernando «Lasama», quando questionado sobre as razões que levaram a sua candidatura e o seu partido a definirem um sentido de voto para a segunda volta das presidenciais.

Já Ramos-Horta disse estar muito «sensibilizado e satisfeitíssimo» com apoio do Partido Democrático que considera ser uma força política de «futuro» já que integra a «geração do futuro».

Ramos-Horta não deixou de sublinhar que o apoio do Partido Democrático e de Fernando «Lasama» de Araújo - que obteve 77.459 votos (19,18 por cento) - faz com que a sua candidatura passe "pelo menos aritmeticamente" a deter cerca de 70 por cento dos votos.

Ouvido pelo NL, o jornalista Orlando Castro (que acompanha com regularidade as questões timorenses para o Jornal de Notícias, de Portugal) diz acreditar que Ramos-Horta “venha a ser o vencedor” porque, acrescenta, “tem o apoio não só das altas figuras do Estado – caso de Xanana Gusmão – como também da Austrália para quem é mais fácil, muito mais fácil, negociar o petróleo com Horta do que com Lu Olo».

«Ramos-Horta é um político de hotel de cinco estrelas e não de um país onde o povo não tem comida», salienta Orlando Castro, referindo ainda «que há interesses estratégicos na região que colidem com as perspectivas políticas, económicas e sociais da Fretilin e que, por isso, tudo farão para tirar o tapete a Lu Olo, como o fizeram a Mari Alkatiri».

Se estivesse garantida a transferência de votos dos candidatos que já manifestaram aos seus apoiantes um sentido de voto - Avelino Coelho, Xavier do Amaral, Lúcia Lobato, João Carrascalão e Fernando «Lasama» -, Ramos Horta teria então 274.741 votos depois de ter conquistado sozinho 88.102 votos na primeira volta.

Já Francisco Guterres «Lu Olo», que ficou no primeiro lugar com 112.666 votos, recolhe apenas o apoio directo de Manuel Tilman ou 16.534 votos, o que traduz um total de 129.200 votos.

A segunda volta das presidenciais timorenses estão agendadas para 9 de Maio com a campanha eleitoral a terminar a 6 de Maio depois de ter tido início no domingo, 22 de Abril. Timor-Leste tem 522.933 eleitores inscritos tendo na primeira volta das eleições votado 427.198 pessoas nos 13 distritos do país.

- In “Notícias Lusófonas”

De quem é a culpa?

Blog Público Timor – Quarta-feira, Abril 25, 2007
Ângela Carrascalão

Passou um ano sobre o início das manifestações e dos tumultos que se lhe seguiram.
Por essa altura, apesar de muito descrentes, ninguém poderia prever que a instabilidade se mantivesse por tanto tempo.

No fundo, todos tínhamos esperança – ainda que muito ténue - de que as coisas se resolvessem a bem, acreditando ainda que todos os timorenses tinham voltado definitivamente as costas à violência, tão grande fora o seu sofrimento durante os anos da ocupação indonésia.
Em vez de termos virado costas à violência, preferimos criar novos motivos para nos digladiarmos.

Sobra tempo para a invenção diária de novas armas, de novas formas de luta. Insultamo-nos, ameaçamo-nos, ferimo-nos, matamo-nos.

Vale tudo e tudo serve como arma de arremesso. As palavras e as pedras não são apenas utilizadas por jovens sem eira nem beira, por vândalos, bandidos ou bêbados. Somos todos francos atiradores e todas as oportunidades servem para praticarmos a pontaria!
Perdemos as referências e já nem os heróis da Resistência se salvam!

Todos somos bandidos. Todos somos inimigos. É assim que somos vistos pela outra parte, a que pensa diferente de nós. Por outros timorenses, como nós.

E como o perigo mora em todo o lado e espreita de qualquer esquina, aceitamos a presença das forças estrangeiras de arma em punho, patrulhando, guardando as ruas, garantindo a nossa segurança, guardando-nos do inimigo, outro timorense, que está em toda a parte...

O país está parado. As instituições do Estado quase fecharam. A maior parte dos ministros anda fora. Há outras prioridades. Como a campanha eleitoral. Como o Poder. O povo é que não é prioridade.Mas serve para dar votos. Fazem-se promessas. Distribuem-se uns rebuçados que o povo é pobre e é sensível a rebuçados!

E o povo espera, espera, espera que um dia sejam cumpridas todas as promessas que têm sido feitas desde que em 1974-75 se soube da existência de uma porta mágica para o armazém cheio de ouro do Tata Mai Lau até quando lhe foi prometida uma ponte Díli-Ataúro em 2001 ou, já na época do petróleo, em 2007, do petróleo canalizado, correndo nas nossas casas como corre a água nas torneiras...

Uns dão o arroz que faltou ainda não há muito tempo, outros dão cobertores, outros devolvem o dinheiro aos estudantes...

O país está parado, os campos de refugiados continuam cheios, o desemprego aumentou, os confrontos e os apedrejamentos mantêm-se.

A culpa é dos que não têm capacidade para resolver em dez meses a crise herdada de um governo que governou quatro anos; é dos capitalistas; é dos comunistas; é da oposição; é da FRETILIN; é dos malais; é dos mestiços, dos malai-oan; é dos Lorosae; é dos Loromunu; é dos quemak ou dos firacos; é dos bunak ou dos caladis; é dos partidos políticos; é das FDTL; é da PNTL; é dos que pensam diferente; é da Igreja; é dos tribunais; é dos refugiados; é dos vizinhos... A culpa é de todos os outros que não daquele timorense iluminado, único, que, de dedo em riste, aponta o Mundo à sua volta que teima em não seguir o que o único timorense iluminado ordena!

Galp, ENI sign oil deals for Timor and Mozambique

Reuters/Forbes – Fri Apr 27, 2007 9:56 AM BST

Lisbon - Portuguese oil company Galp (GALP.LS: Quote, Profile , Research) has agreed to buy 10 percent of two oil exploration concessions operated by ENI that include five blocks in Timor and one in Mozambique, Galp said late on Thursday. Timor blocks have exploration rights in five different offshore areas, with a total area of 12,100 square kilometres and a water depth of between 0 and 2000 metres, Galp said.

The concession period in Timor includes seven years for exploration and 25 years for production.

"In Mozambique, the block is also located offshore, with a water depth of up to 2,000 meters and a total area of 17,000 km2," Galp said.

The exploration period is set to be eight years, with the production period reaching 30 years.

Dos Leitores

Comentário na sua mensagem "UNMIT – MONITORIZAÇÃO DOS MEDIA – Quinta-feira, 26...": "

O Sr Aarons notou que em cinco anos, a votação na Fretilin caíu de três em cada cinco Timorenses para um em quatro."28% é um pouco mais do que um em quatro.

Mas o Sr. Aarons esqueceu-se de referir que a queda de Xanana ainda foi maior: da esmagadora vitória de 2002 passou a 22%. Isto é pouco mais do que um em cada cinco timorenses.

Parece que os inflamados discursos e extensos artigos contra a Fretilin não resultaram. Até Fernando Lasama teve só menos 3% do que RH e para isso não precisou de discursos nem de artigos no jornal.

H. Correia

UNMIT – MONITORIZAÇÃO DOS MEDIA - Sexta-feira, 27 Abril 2007

(Tradução da Margarida)


Relatos dos Media Nacionais

PD apoia Ramos Horta
O presidente do Partido Democrático (PD), Fernando de Araujo Lasama, disse durante a assinatura de um acordo entre o PD e Horta em 26/4, que o PD nos 13 distritos decidiu apoiar o candidato presidencial José Ramos Horta na segunda volta das eleições presidenciais. Disse que Horta tem capacidade para liderar o país e que é capaz de reconhecer pessoas e partidos políticos diferentes. (DN, TP e STL)

Governo está à espera da carta oficial do PR para parar as operações contra Alfredo
O Vice-Primeiro-Ministro Estanislau Aleixo da Silva disse que o governo não recebeu nenhuma carta oficial do Presidente Gusmão a pedir a paragem da operação contra Alfredo.

“O governo está à espera da carta oficial do presidente da República,” disse Aleixo na Quinta-feira (26/4) no Palácio das Cinzas em Caicoli, Dili, depois de se encontrar com o Presidente Gusmão. (DN)

Horta: “Quero ser o presidente dos pobres”
A campanha da segunda volta do candidato presidencial José Ramos Horta começou na Quarta-feira (25/4) em Manufahi, Aldeia Dotik sub-distrito Alas, onde disse que se for eleito presidente fará da paz e da redução da pobreza uma prioridade. (DN)

UNMIT reabilitará estradas danificadas
O Representante Especial do Secretário-Geral da ONU em Timor-Leste, Atul Khare, afirmou que a UNMIT procurará maneiras para reabilitar as estradas de modo a assegurar a segurança rodoviária e a minimizar acidentes de tráfego. (DN)

Horta pede à ISF para parar as operações contra Alfredo
O Primeiro-Ministro Horta pediu à ISF para parar a operação para capturar o foragido Reinado. Continuando a operação, a ISF estará a desafiar as decisões tomadas pelo presidente e pelo primeiro-ministro. (TP)

PDC pede a mudança do Presidente do Tribunal de Recursos
O Partido Cristão Democrático (PDC) propôs substituir o presidente do Tribunal de Recursos. O PDC disse que o Presidente actual toma decisões desadequadas.

O presidente do PDC mencionou que não foram tomadas decisões em 50 casos que foram apresentados ao Tribunal. (TP)

Alkatiri: Xanana e Ramos Horta devem ser removidos
O Secretário-Geral da Fretilin, Mari Alkatiri, disse que a remoção de Xanana e de Horta resolverá a crise do país.

“Xanana e Ramos Horta não resolverão a crise, pelo contrário aumentarão a crise,” disse Alkatiri no decurso da campanha de Francisco Lu-Olo em Manatuto na Quarta-feira (25/4). (STL)

UNMIT: os partidos políticos não devem envolver crianças na política
O Representante Especial do Secretário-Geral da ONU em Timor-Leste, Atul Khare, apelou a todos os partidos políticos para não envolverem crianças nas actividades políticas.

“Reuni-me com a CNE e o STAE e pedi-lhes para encorajarem todos os partidos políticos e líderes a evitarem envolver crianças nas actividades políticas,” disse Khare numa conferência de imprensa na Quinta-feira (26/4) no QG da UNMIT em Dili. (STL)

Pedido que o STAE e a CNE sejam credíveis
O Presidente da Comissão Conjunta da Monitorização de Eleições (KOMEG), padre Agostinho de Jesus Soares, na Quinta-feira, numa conferência de imprensa no Centro dos Media para as Eleições (EMC) em Caicoli Dili, afirmou que o STAE e a CNE devem ser credíveis e imparciais e devem evitar manipulações durante a segunda volta das eleições presidenciais

KOMEG identificou ainda alguns membros da PNTL envolvidos no processo da contagem nos centros de votação. “Alguns membros da PNTL nalguns distritos não mostraram o seu profissionalismo e independência e alguns foram votar fardados e com armas,” disse o padre Agostinho. (STL, DN e TP)

O caso da PNTL em Viqueque está sob investigação
O chefe da comissão de investigação para o caso de Viqueque, Clementino dos Reis Amaral, disse que o Comité B do Parlamento Nacional vai investigar o envolvimento de membros da PNTL em casos de intimidação da população em Uatolari, Viqueque.

Afirmou que a comissão consiste em oito membros. (STL)

...

Dos Leitores

Comentário na sua mensagem "UNMIT – MEDIA MONITORING - Thursday, 26 April 2007...":

A descrição pelo News Weekly da Fretilin como Marxista não é nenhuma surpresa.Esta revista é a voz do National Civic Council, um movimento reaccionário católico, cujo o presidente, B.A Santamaria, apoiou o regime Suharto e atacou os que apoiavam os direitos dos timorenses, como o James Dunn, como "comunista".

sexta-feira, abril 27, 2007

The UNMIT Deputy Special Representative conducts assessment visits throughout the western part of the country ahead of run-off elections

UNMIT
27 April 2007

Dili, Timor-Leste – The Deputy Special Representative of the Secretary-General for Governance Support, Development and Humanitarian Coordination, Mr. Finn Reske-Nielsen, has travelled to Oecussi, Bobonaro and Covalima Districts, in the western part of the country, to meet with the local authorities and to assess the current situation on the ground ahead of the run-off Presidential Election next month.

The DSRSG explored the possibility to further improve the electoral process by taking into account the lessons learnt from the first round of presidential elections. “We are well aware of the difficulties you are facing in some remote areas and UNMIT will do its best to assist you in the run-off,” Mr. Reske-Nielsen said.

In Suai, Covalima District, the Deputy Special Representative was welcomed by the Deputy District Administrator, Mr. Francisco Mendonça da Costa, and other heads of various district departments. They expressed their appreciation for the visit and UNMIT’s concern for the district.

Mr. Reske-Nielsen also expressed UNMIT satisfaction for the conduct and the high turn out of the April 9 Presidential Election and commended the electoral staff and the PNTL for their assistance. He also acknowledged the peaceful climate that prevailed among the local population.

During the visit, the DSRSG also met with the UN staff deployed in those districts. Mr. Finn Reske-Nielsen was accompanied by the Deputy Police Commissioner, Hermanprit Singh and other senior UN officials.


For further information please contact UNMIT spokesperson Allison Cooper on +670 7230453

Dos Leitores

H Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Vergonhoso. Ramos-Horta tem as funções de PM suspe...":

Se RH não gosta da "opção radical" da via militar, então porque não manda embora os militares australianos?

***

h correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Xanana E Horta Querem Reinado Em Dili Antes Das El...":

Já sabia que Xanana e RH eram multifacetados, mas fiquei agora a saber que também têm vocação para juízes, decidindo que Reinado vai ser submetido a prisão domiciliária.

Só não percebi em que domicílio...

Não sei para que servem os tribunais, juízes, procuradores, etc. Melhor seria despedir essa gente toda, vender os respectivos edifícios e encerrar a faculdade de Direito. Já agora, não sei para que se deram ao trabalho de redigir leis e códigos. Antes gastassem o dinheiro em outras coisas mais úteis.

UNMIT – MEDIA MONITORING - Friday, 27 April 2007

National Media Reports

PD Supports Ramos Horta
The president of the Democratic Party (PD), Fernando de Araujo Lasama, during the signing of an accord between PD and Horta on 26/4, said that PD all across the 13 districts has decided to support presidential candidate Jose Ramos Horta during the second round of the presidential election. He said Horta has the capacity to lead the country and is able recognizes different people and political parties. (DN, TP and STL)

Government waiting for the official letter from PR to halt operations on Alfredo
Deputy Prime Minister Estanislau Aleixo da Silva said that the government has not received any official letter from President Gusmão requesting to halt the operation on Alfredo.

“The government is waiting for the official letter from the president of the republic,” said Aleixo on Thursday (26/4) at the Palacio das Cinzas in Caicoli, Dili, after meeting with President Gusmão. (DN)

Horta: “I want to be the president for the poor”
Presidential candidate Jose Ramos Horta’s second round of campaigning began on Wednesday (25/4) in Manufahi, Dotik Village sub-district Alas, where he said that if he is elected president he would make peace and poverty reduction a priority. (DN)

UNMIT will rehabilitate damaged roads
The UN Special Representative of Secretary-General in Timor-Leste, Atul Khare, stated that UNMIT would look into ways to rehabilitate the roads in order to ensure the road safety and minimize traffic accidents. (DN)

Horta asking ISF to halt the operation on Alfredo
Prime Minister Horta asked the ISF to cease the operation to capture fugitive Reinado. By continuing the operation, the ISF would be challenging the decisions made by the president and the prime minister. (TP)

PDC calls for changing the president of the court of appeals
The Christian Democratic Party (PDC) proposed to replace the president of the court of appeals. PDC said that the current president makes inappropriate decisions.

The PDC president mentioned that no decisions have yet been made on 50 cases which had been presented to the court. (TP)

Alkatiri: Xanana and Ramos Horta should be removed
Fretilin’s Secretary-General, Mari Alkatiri, said that removing Xanana and Horta would solve the country’s crisiss.

“Xanana and Ramos Horta will not resolve the crisis, but rather will increase the crisis,” said Alkatiri during Francisco Lu-Olo’s campaign in Manatuto on Wednesday (25/4). (STL)

UNMIT: Political Parties should not involve children in politics
The UN Special Representative of Secretary-General in Timor-Leste, Atul Khare, appealed to all political parties not to involve children in political activities.

“I have met with the CNE and STAE and asked them to encourage all political parties and leaders to avoid involving children in political activities,” said Khare at a press conference on Thursday (26/4) at the UNMIT HQ in Dili. (STL)

STAE and CNE asked to be credible
The Chairperson of Joint Commission of Monitoring for Election (KOMEG), Fr. Agostinho de Jesus Soares, at a press conference on Thursday (26/4) at the Elections Media Center (EMC) in Caicoli Dili, stated that STAE and CNE should be credible and impartial to avoid manipulation during the run-off presidential election.

KOMEG also identified some PNTL members involved in the counting process at the polling centers. “Some PNTL members in some districts did not show their professionalism and independence and some used their uniforms and weapons to vote,” said Fr. Agostinho. (STL, DN and TP)

PNTL case in Viqueque is under investigation
The chief of the investigation commission for the Viqueque case, Clementino dos Reis Amaral, reportedly said that Committee B of the National Parliament will proceed to investigate the involvement of PNTL members in cases of intimidation of the population in Uatolari, Viqueque.

He stated that the commission consists of eight members. (STL)

...

UNMIT Security SDituation - Friday, April 27, 2007

This is a broadcast of the UN Police in Timor-Leste to provide you with information about the security situation around the country.


The security situation in Dili and the country as a whole has been calm.

Today in Dili, UNPol had conducted a total of 32 patrols by midday and were required to attend only one incident, a traffic accident.

There were no security incidents reported from the districts. In terms of case follow-up, a man suspected of a murder that took place in January in Ermera was sentenced today to eight years in jail.

Across the country, the two remaining Presidential candidates are continuing their campaigns for the second round of elections. So far, there have been no serious security incidents linked with the campaigning.

The Police advise to avoid traveling during the night to the most affected areas. Report any suspicious activities and avoid traveling the areas affected by disturbances. Call 112 or 7230365 to contact the police 24 hours a day, seven days a week.

This has been a daily broadcast of the UN Police in Timor-Leste, for the people of Timor-Leste

UNMIT – MONITORIZAÇÃO DOS MEDIA – Quinta-feira, 26 Abril 2007

(Tradução da Margarida)

Relatos dos Media Nacionais

Horta não tem princípios, KOTA apoia Lu-Olo
O Partido Timor Asswa (KOTA) decidiu apoiar o candidato da Fretilin, Lu-Olo porque ‘José Ramos Horta não tem princípios.’

O presidente do KOTA, Manuel Tilman, na Quarta-feira (25/4) no Parlamento Nacional declarou que mesmo apesar de o KOTA apoiar, não forçará os seus apoiantes a votarem em Lu-Olo. (DN)

Rerden: “A ISF não parou a operação contra Alfredo”
Em resposta à declaração de Horta e do Presidente Gusmão para parar as operações para capturar o foragido Reinado, o Comandante da ISF, Brigadeiro General Mal Rerden, disse que a ISF não parará a a operação até receber uma carta de clarificação do governo.

“A ISF não recebeu qualquer carta formal do governo a requerer a paragem da operação. Uma vez que a ISF receba a carta, discutirá a questão com o governo,” disse Rerden na Quarta-feira (25/4) no escritório da ISF em Caicoli Dili.

Rerden acrescentou que a operação para capturar Alfredo poderá ser facilmente parada, contudo uma declaração pública para o fazer deve vir primeiro do governo. (DN)

Procurador-Geral não quer mediar o caso de Alfredo
O Procurador-Geral (PG), Longuinhos Monteiro, disse que a PG não mediará um diálogo mas antes levará o caso adiante através do processo legal adequado.

“Não quero que a juventude ou a população em geral digam que o PG interveio de algum modo. O PG levará o caso adiante através do processo legal adequado,” disse Longuinhos na Quarta-feira (25/4) no seu Gabinete em Caicoli Dili. (DN)

Horta promete ser um presidente da paz
O candidato presidencial José Ramos Horta começou a campanha da segunda volta na Quarta-feira (25/4) em Manufahi, aldeia Dotik sub-distrito Alas.

Horta aproveitou esta oportunidade para afirmar que se for eleito presidente, será um presidente para a paz. Disse que a sua prioridade é manter a paz e trabalhar para reduzir a pobreza. (TP)

Sete membros do governo contra Ramos Horta
O candidato presidencial José Ramos Horta, que deixou o seu posto de Primeiro-Ministro para fazer a sua campanha da segunda volta, está agora a ser contestado por outros membros do governo.

Numa conferência de imprensa em 25/4 no edifício do MTRC em Caicoli Dili, o Ministro do Trabalho e Solidariedade, Arsenio Paixão Bano, acompanhado pelo Vice-Primeiro-Ministro, e pelos Ministros dos Transportes e Telecomunicações, Educação, Estado, Finanças, e ViceMinistros da Educação e Obras Públicas, o Secretário de Estado, e o Ministro da Presidência do Conselho, disse que Horta não tem nenhum direito de intervir nos assuntos do governo até estar completada a segunda volta das eleições. (TP)

Estanislau pede uma investigação ao caso da distribuição do arroz
Numa Conferência de Imprensa na Quarta-feira (25/4) no Gabinete do Ministério da Agricultura em Dili, o Ministro da Agricultura e adequado Vice-Primeiro-Ministro, Estanislau Aleixo da Silva, disse que se o Primeiro-Ministro Horta insiste numa investigação, então o Ministro do Trabalho e Solidariedade e Reinserção Comunitária, Arsenio Paixão Bano, deve ser investigado.

Explicou que o arroz foi distribuido à população em Balibo pelo MTRC como assistência do governo ao povo.

“Se o Primeiro-Ministro não concorda com isto, então o caso será investigado. Arsenio está a ser corajoso,” disse Estanislau. (TP)

CNE teve reunião com os partidos políticos
Depois de participar numa reunião com os comissários da CNE na Quarta-feira (25/4) no Gabinete da CNE em Kintal Boot Dili, o Secretário-Geral do Partido Democrático (PD), Osorio Mau Lequi, disse que a CNE teve uma reunião com os partidos políticos que se registaram no tribunal de recursos e esses partidos concorrerão nas próximas eleições parlamentares.

Disse que a reunião se focou nas maneiras com que os partidos políticos podem apresentar os seus candidatos às parlamentares e questões de segurança. (STL)

Governo ignora recomendações da CII
O Chefe dos Direitos Humanos Assosiasaun Hak, Aniceto Neves, disse na Quarta-feira aos jornalistas (25/4) no seu escritório em Farol Dili, que o governo está a ignorar as recomendações da Comissão Internacional de Investigação (CII), que foi formada pela ONU para investigar e analisar a atmosfera de Timor-Leste durante a crise.

Disse que ignorar as recomendações é uma maneira para o governo proteger os envolvidos na crise e que não foram ainda presos.

Disse que o governo não tem intenção de os levar a tribunal conforme foi recomendado pela CII. (STL)

População em Hudi Laran fugiu das suas casas para a Igreja Hosana
Nos dois últimos dias, pelo menos 13 famílias de Hudi Laran moveram-se para campos de deslocados devido a confrontos entre os grupos de artes marciais, 7-7 e PSHT no Bairo Pite.

Na Terça-feira à noite, alguns evacuaram para o Campo de Deslocados do Seminário Fatumeta e outros para o Hotel Hong Kong depois na Quarta-feira de manhã foram para a Catedral Villa Verde.

Membros do PSHT usaram armas caseiras, pilharam e estragaram propriedades e dispararam contra um homem, que foi logo levado a um hospital em Dili pela UNPol. (STL)


Relatos dos Media Internacionais

Eleições em Timor-Leste: o que é que se está a cozinhar?
As recentes eleições presidenciais de Timor-Leste têm sido caracterizadas por alegações de fraude e de irregularidades na votação, relata Peter Westmore

Apesar do desejo evidente de cerca de meio milhão de pessoas que votaram nas recentes eleições presidenciais em Timor-Leste, a contagem dos votos foi tão manchada por alegações de fraudes e de irregularidades que isso deve ser feito outra vez.

Apesar da ONU ter estado envolvida, a condução das eleições estava nas mãos de um órgão do governo Timorense, o STAE (o Secretariado Técnico de Administração das Eleições), um órgão tido por ser dominado por membros da Fretilin, o partido do governo.

A contagem inicial indicou altos níveis de apoio para Fernando de Araujo do Partido Democrático e para o Primeiro-Ministro José Ramos Horta, mas a contagem final mostrou que o candidato da Fretilin, Lu Olo, ganhou o maior número de votos, com o Sr Horta em segundo.

Se a contagem for confirmada pela Comissão Nacional de Eleições, esses dois candidatos irão à segunda volta das eleições, a realizar em 9 de Maio.

Seis dos oito candidatos, incluindo José Ramos Horta, indicaram publicamente que estavam preocupados com a condução das eleições.

Intimidação

Cinco deles escreveram ao presidente da Comissão Nacional de Eleições alegando que tinha havido um clima de intimidação da Fretilin contra os candidatos da oposição em três dos 14 distritos do país, Viqueque, Baucau e Ermera. Em dois destes, apoiantes da oposição tinham sido atacados, e alguns ficaram feridos.

Mais ainda, alegaram que alguns apoiantes de partidos da oposição tinham sido impedidos de votarem, que as caixas de votos não tinham sido guardadas, e que membros do governo tinham intervido nalguns centros de votação.

Uma carta, documentando alegações específicas, foi também emitida por Fernando de Araujo, presidente do Partido Democrático.

Alegaram que votos válidos a favor da oposição foram rejeitados por funcionários do STAE; que houve boletins de votos falsos encontrados nalguns centros de votação; e que pelo menos num distrito, o número de caixas de votos devolvidas no fim da contagem era maior que o número de caixas de votos emitidos.

Outras alegações foram que apenas foi permitido estarem presentes numa estação de votação a agentes da Fretilin, enquanto que a Ministra para a Administração do Estado, Ana Pessoa Pinto (uma associada próxima do secretário-geral da Fretilin Mari Alkatiri) foi vista a com 350 boletins de voto no exterior de uma estação de votação.

O Sr de Araujo disse, “Baseado nestes factos, a Equipa Eleitoral de Fernando 'Lasama' de Araujo pede à CNE [a Comissão Nacional de Eleições] para declarar inválida a Eleição Presidencial de 9 de Abril de 2007 em Timor-Leste e pedir às autoridades competentes para investigarem e punirem os responsáveis por actos de manipulação eleitoral tão repulsivos e antidemocráticos.”

A CNE entregou a matéria ao sistema judicial, mas a decisão não foi emitida até esta altura da publicação.

Foram confirmados pela CNE problemas sérios da administração de eleições. Descobriu mais de 100 violações da lei eleitoral e de irregularidades nas eleições Presidenciais.

A comissão planeia entregar as suas conclusões ao Tribunal Supremo, que decidirá se os casos afectam a validade legal das eleições.

O porta-voz da CNE Martinho G. da Silva Gusmão disse que depois de uma reunião plenária da CNE e de passarem dois dias a examinar os casos decidiram remetê-los para o tribunal.

“Descobrimos 50 casos apenas em Dili. Estamos ainda a verificar nos outros distritos, mas até agora descobrimos mais de 100 violações. Submeteremos os casos ao tribunal logo que completarmos a nossa verificação. Depois dependerá do tribunal decidir da validade das eleições,” disse.

Os transtornos da contagem parecem ser o resultado de problemas dos números oficiais compilados nos centros de votação, bem como nos gabinetes dos distritos para onde foram enviadas as caixas de votos depois do dia da votação.

Um dos mais surpreendentes aspectos do resultado foi a relativamente baixa participação eleitoral, conforme indicada pela contagem oficial das eleições.

De acordo com os números calculados por contagem não oficial, dias depois das eleições, havia cerca de 401,000 votos entrados nas urnas, comparados com os 523,000 eleitores registados, uma participação de 77 por cento, que foi mais baixa do que a esperada. Este número contradiz a observação empírica dos observadores, que fizeram notar que muitos milharfes de pessoas se alinharam durante mais de uma hora para votarem.

Pouco depois da primeira contagem não oficial ter sido emitida, a CNE descobriu “95 caixas de votos, contendo várias centenas de boletins de votos cada, que ou não foram contados ou não foram somados ao registo de informações da eleição. Cinquenta e nove das caixas vieram de Dili.”

Há uma grande pressão sobre o tribunal para reconhecer o resultado, apesar das irregularidades, porque a segunda volta está agendada para 9 de Maio, e as eleições parlamentares estão agendadas para o fim de Junho.

Atrasos na primeira volta causarão problemas com todo o calendário eleitoral. Contudo será errado endossar um processo eleitoral com falhas simplesmente para responder às pressões do calendário eleitoral. O resultado será o descrédito total da eleição e da pessoa que for eleita. The News Weekly


EDITORIAL: Implicações das eleições de Timor-Leste
Peter Westmore
Seja qual for resultado final das recentes eleições presidenciais em Timor-Leste, é altamente provável que a Fretilin perca as próximas eleições parlamentares.

Conquanto a contagem dos votos da primeira volta das eleições Presidenciais de Timor-Leste tem sido um fiasco completo, as eleições oferecem a perspectiva de mudanças fundamentais poderem estar em curso em Timor-Leste.

Apesar de as eleições terem sido conduzidas pelo governo, os resultados publicados mostram um declínio massivo na votação da Fretilin, o partido marxista que tem dirigido Timor-Leste desde a independência em 2002.

À luz do facto de a Fretilin ter usado recursos do governo para ajudar a sua campanha eleitoral, é significante que sobre os números publicados, tenha caído de 57 por cento em 2002 para cerca de 28 por cento em 2007, com muitos dos votos a virem das praças fortes da Fretilin em três distritos.

Igualmente importantes, os votos obtidos por José Ramos Horta, o favorito dos media internacionais e o candidato preferido de alguns governos estrangeiros (incluindo o da Austrália), foram apenas de 22 por cento – muito mais baixo do que era esperado.

Apesar de Horta se ter apresentado como independente, tinha a autoridade de ser o Primeiro-Ministro corrente de Timor-Leste e tinha o forte endosso, do Presidente que vai sair, Xanana Gusmão.

Horta também tentou apresentar-se ele próprio como o filho favorito da igreja católica, a religião a que está ligada a grande maioria dos Timorenses. A sua propaganda eleitoral mostravam-no ao lado do Bispo Carlos Belo, o antigo e reverenciado Bispo de Dili, quando foram presenteados com o Nobel da Paz em 1996.

Pouco Conforto

A votação, contudo, dá pouco conforto tanto ao candidato da Fretilin como a José Ramos Horta.

Por outro lado, os partido pró-democracia da oposição, que foram completamente marginalizados quando a Fretilin foi para o poder em 2002, fizeram melhor do que a maioria dos observadores internacionais esperavam.

Fernando de Araujo, o líder do Partido Democrático, teve cerca de 17 por cento dos votos; Xavier do Amaral, líder da ASDT, segurou 13 por cento; Lúcia Lobato do Partido Social Democrático ganhou cerca de 10 por cento, enquanto outros partidos da oposição tiveram partes menores.

A votação combinada desses partidos, que formaram uma coligação, é agora consideravelmente maior do que o da Fretilin ou de José Ramos Horta.

Um apoiante de há muito da Fretilin, Mark Aarons, escreveu recentemente uma analise esclarecedora do resultado das eleições no The Australian em 12 de Abril 12. Escreveu: “Numa votação fracturada, os resultados da primeira volta das eleições presidenciais é um golpe devastador contra a Fretilin.

“Nas eleições de 2001 para a assembleia constituinte, a Fretilin recebeu mais de 57 por cento da votação, garantindo a formação do primeiro governo quando a assembleia se transformou no parlamento. Então, a Fretilin teve a vantagem da boa vontade popular pelo seu papel na luta pela independência e a sua formidável organização baseada nas aldeias.”

O Sr Aarons notou que em cinco anos, a votação na Fretilin caíu de três em cada cinco Timorenses para um em quatro.

“As raízes desta mudança incrível têm a ver com a ala dominante da Fretilin liderada pelo antigo Primeiro-Ministro Mari Alkatiri. Alkatiri pouco fez para contrariar a sua reputação de arrogância com a sua declaração pré-eleitoral de que o candidato da Fretilin ganharia na primeira volta com 60 por cento da votação. Ele estava 'com o povo' e sabia que eles votariam pela Fretilin, como sempre fizeram (e, presume-se como sempre farão).

“O problema com esta auto-ilusão foi que Alkatiri e o seu grupo tinha falhado em dar o básico ao povo quando tiveram a oportunidade: educação, saúde, empregos, estradas, electricidade e água potável,” anotou Aarons.

Um adicional factor importante foi o papel de Alkatiri e da Fretilin na violência que irromper o ano passado. Um dos mais próximos associados de Alkatiri, o antigo Ministro do Interior, Rogério Lobato, foi declarado culpado recentemente de fornecer armas do governo a um grupo de antigos soldados da Fretilin, que foram instruídos para assassinar líderes políticos rivais.

No decurso da violência do ano passado, as forças armadas e a polícia dividiu-se, irrompeu violência de gangs nas ruas com pessoas a serem apedrejadas e casas queimadas, dezenas de milhares de pessoas fugiram das suas casas, e alguns polícias foram assassinados a sangue frio.

A confusão só foi controlada quando forças Australianas e outras internacionais aterraram em Dili, desarmaram as facções da polícia e das forças armadas em luta, e os esquadrões de morte. Contudo, dezenas de milhares de pessoas em Dili mantém-se sem casa, e os responsáveis continuam a monte.

O que conta contra José Ramos Horta é que prometeu resolver a crise que Timor-Leste enfrentava quando foi nomeado Primeiro-Ministro o ano passado: mas nada aconteceu. É palpável o sentido de frustração que prevalece com o velho governo.

Seja qual for o resultado da eleição Presidencial, é altamente provável que a Fretilin não controle o próximo parlamento, que pode ter uma maioria democrática preparada para enfrentar as questões que a Fretilin não resolveu. The News Weekly

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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