sábado, outubro 21, 2006

Crise afectou grandemente economia, diz FMI

Washington 20 Out (Lusa) - A recente crise política em Timor-Leste f ez descarrilar o "progresso" económico no país e como resultado o crescimento ec onómico este ano deverá ser negativo, disse hoje o Fundo Monetário Internacional , FMI.

Num comunicado emitido ao fim do dia, o FMI disse que antes dos distúrb ios registados em meados deste ano, "Timor-Leste tinha tido um bom progresso em estabelecer as bases para uma economia estável e saudável", acrescentando que a riqueza petrolífera e de gás "se usada com efectividade oferece o potencial para um futuro significativamente mais próspero".

"Infelizmente a crise constitui um golpe ao ímpeto de crescimento", acr escenta o comunicado emitido em Washington no final da visita a Timor-Leste de uma delegação do FMI que, desde 09 de Outubro até hoje, manteve consultas com "o governo, sector privado e sociedade civil".

"A missão é de opinião que na sequência da crise, o crescimento económico em 2006 deverá ser de certo modo negativo, apesar do esperado aumento das des pesas públicas e da ajuda internacional do final do ano," afirma o documento que faz notar que a crise provocou um aumento de inflação o que resultou na "deterioração da competitividade internacional".

A crise, disse o FMI, contribuiu também para "o aumento da deterioração no pagamento de empréstimos bancários". Reconhecendo que a curto prazo é preciso tomar medidas para aliviar as perdas causadas pela crise, o FMI nota, no entanto, a necessidade de se reaplicar também "o mais rapidamente possível a estratégia de desenvolvimento a médio pr azo das autoridades".

O governo de Timor-Leste deve assim concentrar-se na "adesão à política de poupança de rendimentos de petróleo apoiada pelo Fundo de Petróleo", aumentar "os gastos de desenvolvimento ao abrigo de programas de investimento sectoriais", manter a actual política monetária e cambial para preservar "a estabilidade macroeconómica" e ainda "rapidamente estabelecer o ambiente necessário para prom over o investimento e actividade do sector privado".

O FMI fez notar que as suas estimativas indicam que será preciso um cre scimento anual de sete por cento "ou mais" para se reduzir "significativamente" a pobreza em Timor-Leste.

Saudando o reconhecimento do governo deste facto e das suas iniciativas para "fortalecer um crescimento forte e sustentável", o FMI fez notar a necessidade de se garantir que os gastos actuais tenham como alvo "os segmentos mais necessitados da população" e que, ao mesmo tempo, sejam tomadas medidas para impedir "pressões excessivas de procura que possam enraizar a inflação com implicaçõe s para a competitividade da economia não petrolífera".

O FMI sublinha que "a longo prazo, o crescimento e a criação de empregos tem que ser proveniente do sector privado não petrolífero".

"Para esse fim é necessária uma acção concertada para se criar um ambiente favorável ao negócio, incluindo a adopção da necessária estrutura legal e a redução da burocracia", diz o comunicado que reafirma a prontidão do FMI em forn ecer a ajuda necessária para ajudar o país a "recuperar da crise e a construir uma economia forte para a redução da pobreza e de rápido desenvolvimento humano".

JP-Lusa/Fim

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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