sexta-feira, junho 30, 2006

LUSA


Alkatiri promete vitória em 2007 e pede regresso a casa de apoiantes

Díli, 30 Jun (Lusa) - O secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, pediu hoje aos apoiantes que se manifestam em frente do palácio do governo para volta rem para casa e prometeu dedicar-se ao partido para ganhar as eleições de 2007.

Dirigindo-se aos cerca de 4.000 apoiantes que desde quinta-feira se manife stam em frente do Palácio do Governo, Mari Alkatiri, primeiro-ministro demission ário, pediu para não se afligirem com a sua demissão.

As palavras do até agora primeiro-ministro e secretário-geral do maior par tido timorense parecem ter surtido efeito e os manifestantes estão agora a deixa r o Palácio do Governo.

Mari Alkatiri fez um discurso voltado para o futuro, acentuando a necessid ade de o partido se preparar para as eleições, e sublinhou a importância de todo s os militantes e simpatizantes da Fretilin manterem a disciplina e não responde rem à violência.

Mari Alkatiri, que estava acompanhado pelo presidente do partido, Francisc o Guterres Lu Olo, apelou aos manifestantes para que regressem hoje aos seus dis tritos, o mesmo fazendo de seguida Lu Olo.

O presidente do partido destacou o legado histórico da Fretilin, que disse ser um partido "responsável e civilizado".

"Foi uma longa luta até chegarmos ao Estado independente e soberano. Temos de nos organizar para demonstrar que continuamos fortes", disse.

Lu Olo referiu-se ainda à violência e destruição verificada na capital nas últimas semanas e defendeu a disciplina de todos os militantes e simpatizantes.

"A Fretilin não pode tocar no cabelo de alguém. Temos de demonstrar que so mos ordeiros e disciplinados", frisou. EL/FP.

Lusa/fim

Xanana Gusmão apupado na manifestação da Fretilin

Díli, 30 Jun (Lusa) - O Presidente de Timor-Leste, Xanana Gusmão, estev e hoje junto ao Palácio do Governo, em Díli, onde se manifestam milhares de apoi antes da Fretilin, mas acabou por ser apupado.
Cerca de quatro mil apoiantes do principal partido timorense e que deté m a maioria no Parlamento, a Fretilin, estão a manifestar-se desde a tarde de qu inta-feira em frente do Palácio do Governo, em Díli.
Num gesto de boa vontade, o Presidente começou a sua intervenção com ap elos ao respeito pela Constituição e à legalidade, e esteve cerca de 45 minutos no local.
Xanana Gusmão envolveu-se depois em diálogo com alguns militantes da Fr etilin, que questionaram a razão porque exigiu a demissão do primeiro-ministro e nada fez para acabar com actividade dos maltratam os militantes do partido.
Um dos manifestantes, que falava a partir de um carro de som colocado n o meio da manifestação, chegou mesmo a acusar Xanana Gusmão de ter distribuído a rmas, ao que o Presidente respondeu que, se a investigação que vai ser feita por uma comissão internacional concluir pela sua culpabilidade, está pronto a ir pa ra a prisão.
Outro militante questionou Xanana Gusmão sobre as declarações que profe riu na mensagem em que considerava ilegítima a direcção eleita pelo congresso da Fretilin (17 a 20 de Maio passado).
Nessa declaração Xanana Gusmão afirmou que a eleição da direcção não re speitou a lei dos partidos políticos e a Constituição, por ter sido eleita de br aço no ar, pelo que a considera ilegítima.
"Não fui eu quem escreveu a Constituição. Não sou eu que faço as leis d o Parlamento. Quem tem a maioria no Parlamento é a Fretilin. Foi a Fretilin que fez aprovar as leis", respondeu o Presidente.
Antes de deixar o local, o secretário-geral adjunto da Fretilin, José R eis, que estava ao lado de Xanana, também num carro com sistema de som, entregou -lhe uma declaração que os manifestantes quinta-feira já lhe tinham querido entr egar no Palácio das Cinzas (residência oficial) mas que militares australianos q ue garantem a segurança ao edifício impediram.
O secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, e o presidente, Francisc o Guterres Lu Olo, deverão falar ainda hoje de manha aos manifestantes, que cheg aram quinta-feira a Díli para uma manifestação de três dias.
Os manifestantes da FRETILIN pretendem ficar até sábado em Díli e defen dem a anulação da demissão do primeiro-ministro Mari Alkatiri. Em frente do Palá cio do Governo, provenientes de distritos do leste do país, os manifestantes apo iam o governo e a liderança de Mari Alkatiri.
EL/FP Lusa/fim

87 comentários:

Anónimo disse...

Annan appoints commission to probe E. Timor violence
(Kyodo) _ U.N. Secretary General Kofi Annan has appointed a commission to probe the violence that recently erupted in East Timor and prompted the return of international peacekeepers, the United Nations announced Thursday.
Annan appointed Paulo Sergio Pinheiro of Brazil, Zelda Holtsman of South Africa and Ralph Zacklin of Britain to the Independent Special Commission of Inquiry for Timor-Leste (East Timor), according to a U.N. statement.

It said the commission, to be based in East Timor's capital Dili, is tasked with establishing "the facts and circumstances" relevant to the violent incidents that took place in the country on April 28 and 29 and on May 23-25.

The crisis erupted after 600 soldiers, a third of the armed forces, were dismissed in March by then Prime Minister Mari Alkatiri. They were primarily from the western part of the country and had complained about discrimination by their commanders, who were mainly from the east.

Ensuing violence involving opposing factions of soldiers, police and ethnic-based street gangs cost at least 37 lives and drove over 150,000 people, some 15 percent of the total population, from their homes into makeshift camps or to host families.

Alkatiri, who resigned Monday under pressure, faces allegations that he armed hit squads to silence his political opponents. ADVERTISEMENT



The commission's mandate includes clarifying the responsibility for the events and recommending measures to ensure accountability for crimes and serious violations of human rights allegedly committed during the period.

Pinheiro will chair the commission, which will begin its inquiry in July and report its findings to the U.N. secretary general within three months.

Anónimo disse...

Xanana e mais nenhum!!
Realmente so o Kay Rala Xanana Gusmao tem demonstrado a coragem digna de um Presidente da RDTL. E exactamente por isto e outros feitos que o tem muito respeito e estima por ele.

Como PM, Mari Alkatiri nunca se dignou em dirigir uma palavra ao povo maubere e muito menos visitar o povo deslocado, mulheres, criamcas, jovens e criancas deslocadas nos campos de acolhimento em Dili.

Aqui nota-se uma diferenca fundamental entre os dois. Um PR que comunga a dor e o sofrimento do povo e um PM que se usa do povo para manter o seu poder.

Viva Kay Rala Xanana Gusmao.

"Ruin nebé namkari lemorai, hamrik fali ba, Ran nebé nakfakar lemorai, hamutuk fila ba, hodi haré sira nebé hakarak estraga povo, hakarak halo povo terus beibeik, hakarak halo povo mate beibeik. Hatudu imi nia-an ba, hatudu imi nia kbit ba! Imi nia oan ha’u, mak né, sadik daudauk imi, hodi tau matan ba Povo né, hodi liberta tiha Povo né husi ema hamrok-ran nia okos."

"Ossos que estão espalhados por todos os cantos, ponham-se de pé, Sangue que foi vertido por todos os cantos, juntem-se de novo para ver aqueles que querem estragar o povo, que querem ver o povo sempre a sofrer, que querem ver o povo sempre a morrer.
Mostrem-se, mostrem a vossa força! O vosso filho está aqui, que vos implora, para olharem por este Povo, para libertar este Povo do jugo dos sedentos de sangue."
KRXG

Anónimo disse...

NETOS DO CROCODILO!...
Postas as cartas na mesa, entendam-se e escolham o melhor caminho para aliviar o sofrimento do povo ... visto que se concluiu que houve um nítido falhanço na liderança ao mais alto nível da Nação ... e não venham com a história de golpes, os golpes foram sendo dados pelos próprios líderes e o primeiro golpe na frágil democracia e na débil estrutura do Estado foi ter colocado na rua 591 soldados... falta de visão, foi como tivessem sido lançadas 591 granadas ofensivas...contra o Povo.
Combinem, acertem, discutam, dialoguem agora com senso e com vista ao futuro as próximas eleições ... e se a constituição está desadequada assumam o compromisso político em nome do bem estar do povo martir deslocado (porra, não vou dói a alma verem essas crianças e esses jovens?!...qual será o seu futuro ...jogar à pedrada e queimar casas?!...) a sua revisão e actualização - nada mais resta senão a conciliação e lutarem em unísso para resolverem a dureza da realidade e minimizarem a pobreza.
Não chorem lágrimas de crocodilo!

Anónimo disse...

UM APELO
À URGENTE RECONCILIAÇÃO...
Depois da restauração eu via as coisas assim:Timor precisa de ternura e dureza,confio no Xanana para a ternura e na dureza para o Governo - isto é: o combate à pobreza é uma luta terrível e dura.
Confiava que o poeta guerrilheiro e terno Xanana e o duro e determinado Mari se entendessem.
Foi isto que falhou e a história o irá confirmar.
Quando li o prefácio do professor Mattoso ao livro, "As flores crescem na prisão" de Adelino Gomes entendi logo o grande desafio e a rudeza que esperava o Timor Leste das cinzas, após a viagem fantástica da libertação...
Promovam a conciliação já, todo o mundo olha para vós.
Todos os Portugueses choram por vós ...pois, só vos querem ver prósperos e felizes, sejam dignos desse amor.

Anónimo disse...

Concordo precisamos RECONCILIAÇÃO. Temos dois grandes lideres. Um duro e determinado que serve bem o posisão outro emocional e sensível. Temos de aproveitar os dois.

Anónimo disse...

ou anonimo 1.32.32, noa temos boas palavars parra-te ofereser, pelo o grande abraco e simpatia que dediques...vamos por to os nossos esforsos para o bem de timor-leste.
Viva timor leste
Viva Unidade nacional

Anónimo disse...

o Malai Azul onde estao as FOTOS dos 10-15,000 manifestantes pro-Alkatiri que nos PROMETEU?

Pelo que vimos nos ecrans muitos jipes e automoveis (taxis?) integraram no desfile de viaturas pro-Alkatiri.
Nao me digam que essas eram as centenas de viaturas que transportavam os 15,000 manifestantes. As mentiras tem pernas curtas!

Queremos ver as fotos! Ja!

Anónimo disse...

Timor-Leste: ONU nomeia comissão de inquérito, chefiada por brasileiro


Washington 30 Jun (Lusa) - O Secretário-geral das Nações Unidas, Kofi A nnan, nomeou o brasileiro Sérgio Pinheiro para chefiar a Comissão Especial Indep endente para Timor-Leste.

A comissão vai "estabelecer os factos e circunstâncias relevantes sobre os violentos incidentes que ocorreram no país a 28 e 29 de Abril e a 23, 24 e 2 5 de Maio", disse um comunicado emitido pela ONU.

"O mandato da comissão inclui clarificar a responsabilidade pelos acont ecimentos e recomendar medidas para assegurar a responsabilização pelos crimes e graves violações de direitos humanos alegadamente cometidos durante esse períod o", acrescenta o comunicado.

Foram também nomeados para a comissão Zelda Holtsman, da África do Sul, e Ralph Zacklin, do Reino Unido.

A comissão vai operar em Díli a partir de Julho, tendo três meses para completar o trabalho.

O governo de Timor-Leste tinha pedido a criação de uma comissão de inqu érito no passado dia 8, o que foi apoiado pelo Conselho de Segurança da ONU.

JP.

Lusa/Fim

Anónimo disse...

So Kayrala e Asuwain and come to see and speak to his people. No one else can be like him. Viva Xanana........ You are really the simbol for the National Unity.

Anónimo disse...

I think this episode in Timors history is getting closer to being resolved. We now know that there are two groups within the political divide in Timor Leste. One is Alkatiri/FRETILIN and the other Xanana/Opposition Parties. There will be elections soon and then we will all know who the people will place their confidence on. I dont think there is ne group that can claim to ahve the majrity support of the people. Lets all wait for elections. In the mean time please make up!

Timor is learning a very difficult lesson, it must ensure that its Politics will not be too influenced by outside forces. I think we have learned that there are also may opportunists in Timor, I hope FRETILIN/Alkatiri and Xanana knows who they are and not be influenced by them. They are both going to play pivotal roles in Timor Leste in years to come.

Anónimo disse...

Manifestacao dos apoiantes da Fretilim marcaram a diferenca. Mostraram ao mundo e a todos os que acompanham directamente esta situacao, muita disciplina, muita responsabilidade, muita maturidade.. PARABENS!
AVANTE IRMAOS TIMORENSES!
UM ABRACO AMIGO

Anónimo disse...

Alkatiri ignores prosecutor's summons

By foreign affairs editor Peter Cave

East Timor's former prime minister, Mari Alkatiri, has not answered a summons to appear before prosecutors investigating his alleged involvement in setting up and arming a private militia.

He was due to appear this morning but the prosecutor's office says Dr Alkatiri has sent a letter saying he is awaiting the arrival of his lawyers.

It says Dr Alkatiri is calling on his immunity as a Member of Parliament.

The prosecutor's office, which was to decided this afternoon whether to charge Dr Alkatiri over the allegations, is considering its next action.

President Xanana Gusmao has addressed a meeting of about 1,000 sometimes angry Alkatiri supporters gathered in front of the palace of government.

He has appealed for calm and time for the constitutional process to solve the current crisis.

But some members of the crowd have taken Mr Gusmao to task for trying to divide the country by using the terms, 'easterners' and 'westerners'.

Some also demanded to know why he had disarmed the military but not the followers of rebel leaders in the hills.
(ABC NewsOnline)

Anónimo disse...

Caros compatriotas,
vamos assitir a uma
outra prova de ecumenismo xananista.
Todos temos culpa para afinal
nenhum pagar nada a casas queimadas e os mortos
que estamos a chorar.

Abrimos os olhos tiramos os
incompetetes dos lugares
que estao ocupar.

Temos uma grande arma: as proximas eleicoes.

Anónimo disse...

Eu tenho ganhado hoje o grande admirasão para o FRETILIN e Xanana. Tenho esperança por o futuro por caso de eventos e exemplo de toleransia que mostrou hoje. Xanana é un grande Homen e FRETILIN é um Grande Partido, muito tolerante. Nós temos agora a confiança no Presidente da Republica e os Partidos políticos principais a trabalhar juntos para assegurar uma solusão justo, para nós podemos ter Eleições.

Nós aprendemos uma lição que os únicos meios de conseguir o que nós queremos fossem com os manifestações paçiva.

O que aconteceu no 28 abril não é o tipo de demonstrações nós queremos, violento sem respeitar as regras e criar uma clima de violensia.

Nós queremos o nosso povo respeitar todas líderes mesmo que têm opiniões diferentes.

Nos últimos dois dias esperam que o Presidente (Xanana) e os FRETILIN (Alkatiri) aprendam uma lição valiosa.

Anónimo disse...

Xanana afirmou:
"Ossos que estão espalhados por todos os cantos, ponham-se de pé, sangue que foi vertido por todos os cantos, juntem-se de novo para ver aqueles que querem estragar o povo."
Mas Xanana parece não ter percebido que, se isso acontecesse... muitos dos que estão ao seu lado, e que se vão escondendo na sombra do Presidente com o seu consentimento, seriam alvo dos fantasmas que agoram foram perigosamente desenterrados.

Anónimo disse...

Timor-Leste: ONU nomeia comissão de inquérito, chefiada por brasileiro


Washington 30 Jun (Lusa) - O Secretário-geral das Nações Unidas, Kofi A nnan, nomeou o brasileiro Sérgio Pinheiro para chefiar a Comissão Especial Indep endente para Timor-Leste.

A comissão vai "estabelecer os factos e circunstâncias relevantes sobre os violentos incidentes que ocorreram no país a 28 e 29 de Abril e a 23, 24 e 2 5 de Maio", disse um comunicado emitido pela ONU.

"O mandato da comissão inclui clarificar a responsabilidade pelos acont ecimentos e recomendar medidas para assegurar a responsabilização pelos crimes e graves violações de direitos humanos alegadamente cometidos durante esse períod o", acrescenta o comunicado.

Foram também nomeados para a comissão Zelda Holtsman, da África do Sul, e Ralph Zacklin, do Reino Unido.

A comissão vai operar em Díli a partir de Julho, tendo três meses para completar o trabalho.

O governo de Timor-Leste tinha pedido a criação de uma comissão de inqu érito no passado dia 8, o que foi apoiado pelo Conselho de Segurança da ONU.

JP.

Lusa/Fim


Pode ser que finalmente os "cowboys" dos procuradores entrem na ordem.

Anónimo disse...

"Double standards"?

"Um dos manifestantes, que falava a partir de um carro de som colocado no meio da manifestação, chegou mesmo a acusar Xanana Gusmão de ter distribuído armas, ao que o Presidente respondeu que, se a investigação que vai ser feita por uma comissão internacional concluir pela sua culpabilidade, está pronto a ir pa ra a prisão."

Faz muito bem. Só é pena que para si se reserve este tratamento e a quem v. acusou tenha obrigado a demitir-se! Sem apresetnar qualquer prova da acusação a nãoser a palavra de um ex-guerrilheiro que, pelos vistos, vale mais que a de um Primeiro-Ministro... desde que sirva as suas intenções últimas: impedir, custe o que custar --- incluindo as mais descaradas violações da Constituição --- a vitória da FRETILIN nas próximas eleições.
E se ela ganhar? O que fará? Pede asílo político aos "kangurus"?
Ou, como antigamente, põe orelhas de burro e vai para o canto da sala virado para a parede?

Ai Timor!...

Anónimo disse...

O Blogue Timor-Verdade fechou?

Anónimo disse...

Parece-me que sim. Pena.

Anónimo disse...

E por este andar nao tarda nada o Malai Azul fecha tambem as portas deste Esperemos que ele(a) reanime os seus animos e nao deixe isso acontecer.

Anónimo disse...

Ve se claramente nos comentarios de certos anonimos a animosidade que tem para com o PR que acusam de ter violado a constituicao mas ate agora ainda nao conseguiram dar exemplos concretos dessas violacoes. Estao claramente ainda mais irritados porque os proprios manifestantes pro Alkatiri gritavam vivas ao presidente Xanana.
Ao anonimo que diz que ambos o Xanana e o Alkatiri tem um papel importante no futuro so posso concordar consigo parcialmente. O Xanana Gusmao ira ter um papel ainda mais importante que anteriormente no que diz respeito a consolidacao da democracia apos as eleicoes de 2007 o que desconta ja a possibilidade de nao se candidatar para mais um mandato.
Quanto ao Mari Alkatiri a "estoria" e muito diferente. Se ele nao for ilibado dos crimes de que e acusado a sua carreira jamais continuara por detras das barras da prisao. Deixara de ser para sempre uma entidade politica de relevo em Timor.

Anónimo disse...

Transcrição do artigo do DN que não está on-line:

O plano B de quem rodeia o Presidente
Por: Armando Rafael, Jornalista
Diário de Notícias, 30/06&06

O Presidente Xanana Gusmão está a milímetros de violar a Constituição timorense.

Prova disso é o comportamento que Xanana tem evidenciado nestes quatro dias posteriores à demissão do primeiro-ministro Mari Alkatiri, recusando-se a ouvir os partidos com assento parlamentar. Designadamente a Fretilin, que elegeu 55 dos 88 deputados do país.

Sem que isso o impeça de afirmar publicamente que já iniciou “diligências” para a formação do novo Governo, deixando subentendido que não hesitará em dissolver o Parlamento, se a iniciativa for mal sucedida.

Como explicar esta atitude?

Aparentemente, ela só tem uma explicação: Xanana Gusmão quer nomear primeiro-ministro um militante da Fretilin que lhe esteja próximo, passando por cima da escolha que o partido fez: Estanislau da Silva, o titular da pasta da Agricultura.

Só assim se compreende o comportamento de alguém que não se coíbe de considerar que a direcção da Fretilin é “ilegítima”, pondo em causa um congresso que até agora nenhum militante impugnou. E se o voto por braço no ar contraria assim tanto a lei timorense, como Xanana alega, não lhe competiria suscitar a questão junto do procurador-geral-da República? Não é também para isso que existe Ministério Público?

Para completar este puzzle só faltava que as “diligências” que Xanana mencionou se traduzissem agora em convites para o Governo. O tipo de governo de “unidade nacional” que alguns já tinham em mente, e que só não foi para a frente porque Alkatiri ganhou o congresso que a Fretilin efectuou há um mês.

Anónimo disse...

O Armando Rafael e um grande nabo. Xanana ja se encontrou com o presidente da fretilin. O Mari Alkatiri ja admitiu a possibilidade de o proximo PM nao ser da fretilin. E nao mencione mais o nome do Alkatiri relativamente a posicao de PM ou qualquer cargo no executivo ate que ele se ilibe de toda a responsabilidade em recrutar milicias civis da fretilin. Ate agora o Sr. Alkatiri parece estar a querer fazer uso da imunidade como deputado para nao se escapar ao inquirito da PGR.
Contrariamente ao que foi dito por Alkatiri, o PGR disse que ele nao compareceu na audiencia marcada para ser ouvido sobre o seu papel nesse assunto e que a MP esta a avaliar o seu proximo passo.

Anónimo disse...

O Anónimno das 6:44:30 PM não quer ser honesto ou não é mesmo honesto.

Mesmo não sendo apoiante do Sr. Alkatiri, é-me difícil aceitar que se minta descaradamente só para sujar ainda mais o seu nome.

1º - Foi o PM demissionário que solicitou ao Procurador-Geral que fosse ouvido o mais rapidamente possível;

2º - Em resposta a este pedido, a audiência foi marcada para hoje, sexta-feira, dia 30;

3º -O advogado do PM demissionário não se encontra ainda em Díli, pelo que a audiência foi adiada para nova data.

A isto chama-se funcionamento legal das instituições do Estado.

Em conformidade com a Constituição de Timor-Leste, a presunção de inocência é um dos primados da Lei. O Sr. PM demissionário tal como qualquer outro cidadão (nacional ou estrangeiro) em TL, tem o direito de defesa perante acusações que lhe foram ditigidas.

Como dizia alguém ontem: Elementar, meu Caro Watson ...

Anónimo disse...

O Presidente Xanana gosta de ouvir o povo sofredor. Espero que tenha ouvido as vozes dos apoiantes da Fretilin... Espero que o Presidente tenha percebido que já não é a referência consensual que era. E que não confunda os seus interesses e opiniões, com os verdadeiros interesses e opiniões do povo.

Anónimo disse...

Ao anonimos das 6:52:12 PM.

Esta claro que o anonimo so esta a reverberar aquilo que o Mari Alkatiri diz nas suas entrevistas. O que voce deve fazer e tentar balancar essa entrevistas com aquilo que diz o PGR.
Como e que pode acreditar que o Alkatiri foi quem fez o pedido para ser ouvido o mais rapido possivel e, marcado a data, vem agora dizer que pediu o adiamento por o seu advogado nao se encontrar no pais? Isto so acredita quem quer ser cego.
Entao o Sr. Mari pede para ser ouvido rapidamente quando sabe que o seu advogado ainda nao se encontra no pais? Mas isto e uma brincadeira ou que? E ja agora se acompanhou bem as noticias deve-se lembrar que po PGR deu notificacao ao Alkatiri momentos apos a sua resignacao. Isto quer dizer que o PGR estava ja preparado e que o unico obstaculo para nao o fazer antes talvez tenha sido o facto de Mari ainda ser PM. Acorde e deixe de ser tao ingenuo/a

Anónimo disse...

A FRETELIN FOI UM GRANDE ESTANDARTE NA GUERRA CONTRA O INIMIGO.POREM A SITUACAO HOJE EM TIMOR E DIFERENTE.TIMOR E UM PAIS NOVO E DEMOCRATICO E, EMBORA COM ALGUNS PRECALCOS E NECESSARIO ABASTAR ARESTAS PARA SE PODER ENFRENTAR O FUTURO COM TODOS AS SUAS SURPRESAS.COMO TIMORENSE E AMANTE DA MINHA PATRIA ACHO QUE E ALTURA QUE OS PARTIDOS POLITICOS EM TIMOR SE REDESCUBRAM.E PRECISO ACABAR COM AQUILO QUE NOS DIVIDIU NO PASSADO, EMANCIPAR E TOMAR AS REDEAS A TOOD O VAPOR.ACHO QUE SE DEVE ACABAR COM OS NOMES DO PASSADO.A FRETELIN DEVE PASSAR A SER O PARTIDO DE UNIDADE DE TIMOR, A UDT O PARTIDO DEMOCRATICO DE TIMOR-LESTE ETC..
HA QUE CRIAR INFRAESTRUTURAS,EMPREGO, MELHORAR A SAUDE E EDUCAR BEM E DEPRESSA.AQUILO QUE SE TEM VISTO NA TV E DE SE BRADAR AOS CEUS.QUE INGENUIDADE!QUE FALTA DE MANEIRAS!QUE LOUCURA!
UM ABRACO
MAU DICK
(POETA TIMORENSE DESCONHECIDO)

Anónimo disse...

Transcrição completa da entrevista que não está online:

Figuras da Igreja e estrangeiros aliciaram os militares para um golpe de Estado em Timor-Leste

Público, 30/06/06, Entrevista de Adelino Gomes a Mari Alkatiri

Público: A opinião pública portuguesa tem-se mostrado de algum modo desiludida com o que se passa em Timor-Leste. Desistiram da independência?

Mari Alkatiri: Toda a gente apoiou os timorenses, realmente, mas tiveram algumas ilusões. Os timorenses são seres humanos como os outros. Saíram de uma guerra prolongada e dura, e esto exigia uma melhor perspectiva e sistematização. Viram-se as partes mais economicistas e políticas do problema, mas descuraram-se as questões social e cultural.

Público: Quis preservar os benefícios do petróleo para as gerações vindouras. Mas - criticam alguns - esqueceu-se de que os timorenses não vão chegar lá com a barriga vazia.

Mari Alkatiri: As pessoas esquecem-se de que o primeiro dólar dos 600 milhões que agora estão no Fundo do Petróleo entrou em Setembro do ano passado. Não se podia usar dinheiro sem o ter. Segundo ponto: para uma política de desenvolvimento avançar, tem que desenvolver a capacidade da administração pública e desconcentrá-la. A sociedade deve acompamhá-la. Ora, isto não se faz de um dia para o outro.

Público:Quem vá a Timor-Leste depara com a sensação, no homem comum, de que este não ganhou nada com a independência.

Mari Alkatiri: Naturalmente. Se conseguir dar-me o exemplo de um país que tenha chegado à independência e três ou quatro anos depois tenha conseguido resolver os seus problemas, reconheço o meu erro.

Público: Devia comparecer hoje diante de um procurador. Rejeita as acusações de que armou um grupo paramilitar, mas a verdade é que se encontrou com os responsáveis do grupo.

Mari Alkatiri: Pedi um adiamento. O meu advogado (português, cujo nome Alkatiri não revela) não chegou ainda. Quando me encontrei com eles, vinham como delegados ao Congresso da Fretilin. Pertenciam à organização de segurança, que todos os congressos têm.

Público: O antigo comandante da Polícia Nacional, Paulo Martins, diz que o informou, por carta, dessa distribuição de armas.

Mari Alkatiri: Paulo Martins anda a mentir descaradamente.

Público: O ex-ministro do Interior, Rogério Lobato, confirma que organizou esse grupo armado. Isso torna-o responsável.

Mari Alkatiri: Não li ainda o depoimento dele. Esse caso devia ser do conhecimento do primeiro-ministro, é verdade. Mas não me foi pedida opinião nenhuma. (Se tivesse sido) Teria dito que não.

Público: Foi traído por Lobato?

Mari Alkatiri: Prefiro não estar a enterrar mais ninguém. Deixemos que as conclusões sejam retiradas pelo tribunal.

Público: Lobato há muito que era objecto de acusações. Não acha que foi no mínimo imprudente nomeá-lo para funções daquelas?

Mari Alkatiri: Acredito na transformação das pessoas. Continuo convicto de que com a mudança as pessoas se transformam.

Público: Há quem pense que, de protector, passou, a partir de certa altura, a ficar refém dele.

Mari Alkatiri: Eu não sou refém de ninguém. E muito menos dos meus ministros. (O comandante do grupo) Railós apareceu como a gota de água que fez transbordar o copo. Foiaproveitado. Encontrou-se aí um argumento político. Doutra forma, ter-se-ia respeitado o princípio da presunção da inocência.

Público: John Martinkus (antigo correspondente australiano em Timor-Leste) acaba de escrever um artigo (NewsMatilda.com) em que o cita, dizendo que figuras de topo da Igreja e da oposição, acompanhadas por dois elementos estrangeiros, tentaram convencer o brigadeiro Matan Ruak e o tenente-coronel Falur a derrubar o Governo. Confirma?

Mari Alkatiri: Confirmo, mas não disse o nome dos oficiais contactados. E não disse se era o Governo A, B ou C. Mas disse “estrangeiros”, sim.

Público: Esta crise mostra um enorme fosso entre a geração da resistência e as gerações seguintes. Os senhores falharam a passagem do testemunho?

Mari Alkatiri: O espaço entre os veteranos e a geração actual não está devidamente ocupado. (Os líderes mais jovens) Estão aí. São os que viveram intensamente a ocupação (indonésia). Há jovens bastante determinados, embora um pouco perdidos. É preciso é que não haja mais conflitos destes.

Público: O Presidente chamou “ilegítima” à sua direcção. Vai convocar novo Congresso?

Mari Alkatiri: Se o Tribunal de Recursos confirmar essa ilegitimidade. Só ele tem competência constitucional para o fazer. O Presidente tomou uma posição política. Respeitamo-la. Mas num estado de direito democrático há órgãos próprios para tomar essas decisões.

Público: Se pudesse, que medidas tomava para ultrapassar esta crise?

Mari Alkatiri: Primeiro, formar o mais rapidamente possível um Governo constitucional. Depois, encontrar um mecanismo de consulta mais abrangente, para que todos participem no processo que leva até às eleições.

Público: Voltará a falar com o Presidente Xanana?

Mari Alkatiri: Por que não? Não sou um bom relações-públicas, mas nunca deixei de falar com as pessoas.


Não é essencial que o novo primeiro-ministro pertença à Fretilin

A comissão política da Fretilin decide hoje o nome que deverá sugerir a Xanana para a chefia do Governo. Mari Alkatiri acredita que o presidente não dissolverá o Parlamento.

Público: A Fretilin esperava 30 mil pessoas em Díli. As notícias que chegam aqui a Portugal falam em quatro mil. É bastante menos...

Mari Alkatiri: O correspondente da Lusa deve ser míope. Ou não sabe contar. Não são quatro mil nem são 30 mil, porque nãohavia viaturas que chegassem. São para cima de 15 mil.

Público: Os manifestantes pretendiam entregar um documento ao Presidente da República (PR) pedindo que este reconsidere a aceitação da sua demissão. Isso faz sentido?

Mari Alkatiri: Não vi ainda o documento. Espero que não façam isso.

Público: Já houve contacto do PR com a Fretilin? Que nome indicará para primeiro-ministro, se ele lhe pedir, nos termos constitucionais?

Mari Alkatiri: Até agora não houve nenhum contacto. Vamos ter uma reunião da comissão política nacional esta sexta-feira à tarde. Aí veremos qual a pessoa.

Público: Pode dar-nos o perfil mais adequado? Alguém entre aqueles que o Dr. Ramos-Horta já apontou?

Mari Alkatiri: Alguns, sim. Alguém que tenha um domínio dos dossiers, que tenha participado, nos últimos anos, nesta governação para saber o que é governar e (que tenha) com uma formação global, não muito específica.

Público: É essencial que pertença à Fretilin?

Mari Alkatiri: Não é essencial que seja. Mas terá que ser alguém da confiança da Fretilin, no mínimo.

Público: Se não chegar a acordo e o PR dissolver o Parlamento, o que é que a Fretilin fará?

Mari Alkatiri: Não creio que o PR avance nesse sentido. Ele tem dito que vai cumprir a Constituição. A dissolução aprofunda ainda mais esta crise que passa de política a humanitária e institucional. A dissolução significa que não teremos Orçamento, nem leis eleitorais, com todas as implicações para o futuro.

Público: Ele disse que gostava que houvesse eleições já em Novembro. Concorda?

Mari Alkatiri: Digo terminantemente que não há condições. Se conseguirmos realizá-las em Abril/Maio, o que espero, teremos muita sorte.

Público: Já falou nisso (numa entrevista publicada ontem na Visão). Em concreto o que se passou entre domingo à tarde e segunda-feira de manhã para que se convencesse mesmo a resignar?

Mari Alkatiri: A quase certeza de que, sem a minha demissão, o Parlamento será dissolvido ou o PR, inclusive, resignaria. Foi para evitar a crise institucional que isso provocaria, e o que acabei de me referir.

Público: O PR já o tinha dito antes.

Mari Alkatiri: Sim, Mas havia várias iniciativas em volta para que nada disso acontecesse. O mais importante, num Estado jovem como o nosso, é que se consiga preservar as instituições democráticas eleitas. Uma demissão do PM não implicaria novas eleições, mas a do PR sim. Ora, não há eleições sem leis eleitorais. A queda do Governo era um mal menor. Senti que, se não me demitisse, a história julgar-me-ia pelo aprofundamento da crise. Fiz consultas amplas, com o presidente do partido e com outros membros da comissão política e assumi essa responsabilidade. Para servir melhor o país e servir também melhor o partido.

Público: Foi uma derrota também pessoal, a sua resignação?

Mari Alkatiri: Não me importo com derrotas pessoais, desde que haja vitórias para o povo e para o Estado. Mas não me sinto derrotado: tenho a certeza de que a Fretilin vai ganhar as eleições em 2007.

Anónimo disse...

“Como é que um criador de galos e coelhos de Maputo chamado Alkatiri, com grandes responsabilidades nos massacres de 1975, poderia sdar um bom primeiro-ministro de um país ? - Quitéria Barbuda

www.riapa.pt.to

Anónimo disse...

Senhora Quitéria Barbuda ... está na hora de fazer a barba!

Anónimo disse...

Quitéria Barbuda Esteja mas é calada(o) massacre de 75? Deve estar a fazer confusão, outro nome outro alguém que talvez não que convenha contar. Acho esquesito que associe Maputo com coelhos e galos, mas enfim, eu cá por mim prefiro associar o nome Xanana com Austrália, Kristy com ‘ibum boot’ e José Luís Guterres, Abel Ximenes, com oportunista, será que há mais bloguistas com ideias para este pequeno jogo de ‘associações’?

Anónimo disse...

Timor Leste: o golpe que mundo não percebeu

por John Pilger


Descreve-se aqui a fase mais recente da luta de Timor Leste pela independência.
Na década de 1990 John Pilger foi clandestinamente cobrir aquele país.
Agora, um dos mais novos e mais pobres estados do mundo enfrenta o poder esmagador do seu grande vizinho, a Austrália.
O prémio, mais uma vez, é petróleo e gás.
No meu filme de 1994, A morte de uma nação (Death of a Nation) há uma cena a bordo de um avião a voar entre o norte da Austrália e a ilha de Timor. Decorre uma festa; dois homens engravatados estão a brindar-se com champanhe. "Isto é um momento histórico único", exulta Gareth Evans, ministro das Relações Exteriores da Austrália, "um momento histórico verdadeiramente único". Ele e o seu homólogo indonésio, Ali Alatas, estavam a celebrar a assinatura do Tratado do Estreito de Timor (Timor Gap Treaty), o qual permitiria à Austrália explorar as reservas de gás e petróleo no fundo do mar de Timor Leste. O prémio supremo, como disse Evans, eram "zilhões" de dólares.

O conluio da Austrália, escreveu o Professor Roger Clark, uma autoridade mundial em direito do mar, "é como adquirir material a um ladrão ... o facto é que eles não têm direito histórico, nem legal, nem moral sobre Timor Leste e os seus recursos". Debaixo deles jazia uma pequena nação então a sofrer uma das mais brutais ocupações do século XX. A fome imposta e o assassínio extinguiram um quarto da população: 180 mil pessoas. Proporcionalmente, isto foi uma carnificina maior do que aquela no Cambodja sob Pol Pot. A Comissão da Verdade das Nações Unidas, que examinou mais de 1000 documentos oficiais, relatou em Janeiro que governos ocidentais partilharam responsabilidades pelo genocídio; pela sua parte, a Austrália treinou a Gestapo da Indonésia, conhecida como Kopassus, e seus políticos e jornalistas principais divertiram-se junto com o ditador Suharto, descrito pela CIA como um assassino em massa.

Actualmente a Austrália gosta de apresentar-se como um vizinho prestativo e generoso de Timor Leste, depois de a opinião pública ter forçado o governo de John Howard a enviar uma força de manutenção da paz da ONU seis anos atrás. Timor Leste é agora um estado independente, graças à coragem do seu povo e à tenaz resistência dirigida pelo movimento de libertação Fretilin, que em 2001 ganhou o poder político nas primeiras eleições democráticas. Nas eleições regionais do ano passado, 80 por cento dos votos foram para a Fretilin, dirigida pelo primeiro-ministro Mari Alkatiri, um "nacionalista económico" convicto, que se opõe à privatização e à interferência do Banco Mundial. Um muçulmano secular no país sobretudo Católico Romano, ele é, acima de tudo, um anti-imperialista que enfrenta as exigências ameaçadoras do governo Howard por uma partilha injusta das benesses do petróleo e do gás do Estreito de Timor.

Em 28 de Abril último uma secção do exército timorense amotinou-se, ostensivamente acerca de pagamentos. Uma testemunha ocular, a repórter de rádio australiana Maryann Keady, revelou que oficiais americanos e australianos estavam envolvidos. Em 7 de Maio Alkatiri descreveu os tumultos como uma tentativa de golpe e disse que "estrangeiros e gente de fora" estavam a tentar dividir o país. Um documento escapado da Australian Defence Force revelou que o "primeiro objectivo" da Austrália em Timor Leste é "ganhar acesso" para os militares australianos de modo a que possam exercer "influência sobre os decisores de Timor Leste". Um "neo-con" bushista não teria dito melhor.

A oportunidade para "influenciar" surgiu em 31 de Maio, quando o governo Howard aceitou um "convite" do presidente de Timor Leste, Xanana Gusmão, e do ministro das Relações Exteriores, José Ramos Horta – que se opõem ao nacionalismo de Alkatiri – para enviar tropas para Dili, a capital. Isto foi acompanhado por reportagens tipo "nossos rapazes vão salvar" na imprensa australiana, juntamente com uma campanha de difamação contra Alkatiri como um "ditador corrupto". Paul Kelly, antigo editor-chefe do Australian de Rupert Murdoch, escreveu: "Isto é uma intervenção altamente política ... a Austrália está a operar como uma potência regional ou um hegemonista político que modela a segurança e o porvir político".
Tradução: a Austrália, tal como o seu mentor em Washington, tem um direito divino a mudar o governo de um outro país. Don Watson, redactor dos discursos do antigo primeiro-ministro Paul Keating, o mais notório apologista de Suharto, incrivelmente escreveu: "A vida sob uma ocupação assassina pode ser melhor do que a vida num estado fracassado..."

Ao chegar com uma força de 2000 homens, um brigadeiro australiano voou de helicóptero directamente para o quartel general do líder rebelde, major Alfredo Reinado — não para prendê-lo pela tentativa de derrubar um primeiro-ministro democraticamente eleito, mas para cumprimentá-lo calorosamente. Tal como outros rebeldes, Reinado foi treinado em Canberra.

Dizem que John Howard ficou agradado com o título de "vice-xerife" do Pacífico Sul, atribuído por George W. Bush. Recentemente ele enviou tropas para reprimir uma rebelião nas Ilhas Salomão, e oportunidades imperiais acenam em Papua Nova Guiné, Vanuatu e outras pequenas nações insulares. O xerife aprovará.


22/Junho/2006
O original encontra-se em New Statesman e em
http://www.johnpilger.com/page.asp?partid=402

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

24/Jun/06

Anónimo disse...

opiniao no blog
http://tatamailau.blogspot.com/

Elementar, meu caro Watson!...

Nem os partidos da oposição nem o seu líder (XG) poderiam, sequer, sonhar que a FRETILIN estivesse nos comandos do "barco" aquando das eleições de 2007.
E quando o dinheiro do petróleo ia, pela primeira vez, começar a ser utilizado "em grande" para financiamento do Orçamento e dos mais diversos projectos --- a proposta do OGE de 2006-07 do actual Governo é quase o triplo do Orçamento actual, de 2005/06 ---, é evidente que eles temeram que isso significasse uma melhoria efectiva das condições de vida da população.
Ora isso poderia significar que o seu acesso ao poder e ao "bolo" do petróleo ficaria adiado pelo menos por mais cinco --- se não vinte e cinco... --- anos. Ainda por cima com os elogios dos doadores, incluindo o Banco Mundial, na última reunião...
Por isso este foi, para a "golpada", o timing certo... O objectivo não é, pois, retirar apenas Mari Alkatiri do Palácio do Governo embora ele tenha "tudo" contra ele (é um bocado "cara de pau", esteve 25 anos no exterior e... pior do piorio para muitos, é muçulmano, embora nunca ninguém o tenha visto a fazer nenhuma das cinco rezas diárias).

O verdadeiro objectivo é retirar o poder à FRETILIN. Ponto! Só quando tal estiver conseguido é que a "obra" estará completa! O facto de ela ter a maioria no actual Parlamento Nacional é apenas um “pequeno” contratempo ultrapassável (será assim tão facilmente como alguns parecem pensar?).
Todos o sabem mas parece que é mais fácil disfarçar e apresentar as coisas "às mijinhas"!...


Mas então e a Austrália e o petróleo, etc? "Peanuts"! A maior parte do que havia a decidir sobre o petróleo com o governo australiano já está decidido. A instalação da segunda fábrica de liquefação de gás em Darwin ou no Suai não me parece ser razão suficiente para a Austrália tomar a iniciativa desta alhada toda. Mas que aproveitou a boleia e que, eventualmente, estava avisada do que ia acontecer, isso é evidente. E aqui e ali até poderá ter dado alguns "palpites" para tornar "a coisa" mais eficaz...
Mas não tenhamos dúvidas: o principal "probrema" é a luta intra-Timor Leste pelo controlo do "bolo". Ora os "pequenos partidos" nunca perdoaram à FRETILIN que ela não quisesse reparti-lo sob a forma de um governo "de unidade nacional"!
É exactamente a mesma lógica a que os timorenses estão habituados no quadro das "famílias alargadas" em que a maioria vive: quem tem alguma coisa tem de repartir com o resto da família.
Um(a) antigo(a) ministro(a) de Timor Leste chegou a confessar-me que o seu ordenado mensal mal chegava ao fim do mês porque no dia em que o recebia caía lá em casa toda a casta de "primos", "primas" e "tius" a "cobrar" a sua parte do "bolo".
Uma parte do que se passa é, pois e no limite, o resultado do confronto de duas lógicas: a da modernidade e a da "tradição". Quem quis actuar pela lógica da modernidade sem grandes concessões à lógica da "tradição" deu-se mal... Até porque o "pai de todos" --- que ultimamente tem tido principalmente um comportamento de “fura bolos” --- sempre se sentiu mais à vontade na pele de "liurai" que na de Presidente democrático.
O grande problema é saber se, a verificar-se uma efectiva alteração das lógicas dominantes, a que assumir o poder tem capacidade de resolver os problemas do país, nomeadamente o do desemprego. Tenho para mim e para os meus botões que só muito dificilmente o conseguirá.
A não ser que adopte a lógica indonésia de "distribuir" empregos na função pública para "calar" as pessoas já que não consegue criar suficientes empregos “à séria”, daqueles que o Carlos Marques --- topam o quero dizer?!... J --- considerava como os únicos verdadeiramente produtivos.

É disso que a "rapaziada" que anda na rua a atirar pedras e a deitar fogo às casas está à espera e em devido tempo apresentará a factura. A alternativa é queimar mais casas e atirar mais pedras dentro de 3-4 anos, o tempo que a “panela de pressão” leva a “encher”...
A legislação do Fundo do Petróleo, ao (erradamente...) não impor limites ao uso desses recursos para financiamento de despesas correntes do Estado, deixou a porta aberta para a implementação de tal política.

"Elementar, meu caro Watson!..."


PS - o que está acima é, quanto a mim o "pano de fundo" de toda a crise. Mas, como disse, a Austrália não é completamente alheia a estas coisas... E mesmo que seja em relação à sua origem não o será em relação à sua conclusão. A "factura" a cobrar por esta poderá incluir muitas e variegadas coisas, nomeadamente a aceitação, por Timor Leste, de que a segunda fábrica de liquefação do gás seja, de facto, instalada em Darwin. E lá se vão os sonhos de Mari Alkatiri de ela servir de base a um surto significativo de desenvolvimento do país com base na indústria petrolífera e que permitisse criar um número apreciável de empregos. Exactamente os empregos que os bandos de "putos" andam a "queimar" ao atirarem pedras e queimarem casas...

posted by Manuel Leiria de Almeida @ Quarta-feira, Junho 28, 2006

Anónimo disse...

Meus senhores, minhas enhoras é escusado atirar poeira nos diferentes sentidos.

A FRETILIN nunca até hoje pediu desculpas pelas mortes à sua responsabilidade!

A FRETILIN não percebeu ainda hoje que vive hoje e não ontem!

A FRETILIN ainda não percebeu o que lhe aconteceu!

A FRETILIN adormeceu colada ao Poder e deixou simplesmente que as questões essenciais - POVO, POVO E MAIS POVO - fossem descuradas!

A FRETILIN fez mais grave, com tamanha maioria no Parlamento, que foi ter dado um tiro no próprio pé!

40% de despedimentos nas F-FDTL são a maior burrice que se fez! Pior é tapar isso com a peneira da conspiração externa, como se aquilo que se constata não ser resolvido como deve ser por quem detinha o Direito e o Dever de o ter resolvido!

Xanana Gusmão avisou, alertou, opinou e até se chatearam com ele por ingerência em assuntos que não seriam dele! Mas são!

Ele é o Presidente de Todos os Timorenses enquanto que este Governo é representante daquilo que se sabe e nas dúvidas e atropelos, inclusivé, legais da FRETILIN!

Se Xanana é culpado, metam-no na prisão!

Mas antes investigurem!

Dizia um comentarista, porque é que não fez o mesmo em relação ao PM? É simples. A desestabilização que alguém, vários, poucos, todos ou alguns fizeram ultimamente tiveram resultados políticos negativos e o normal funcionamento das instituições não decorria na normalidade! O sr. PR tinha sim que tomar posição! E tomou-a! Quem não tomou posição, quem arrastou a situação foi, aí sim o sr. Mari Alkatiri e vejam só, tremendamente apoiado pelo partido FRETILIN! Seja na votação espectacular no Congresso, seja já depois e mais recentemente com aquela linda reunião do CC mostrando ainda, e para arrastar o mais possível a situação, total apoio ao seu (dum núcleo radical claro está) Primeiro Ministro. Tendo ainda e ainda sugerido que as duas personalidades, XG e MA, se "reencontrassem" na paz do senhor e das senhoras para resolverem esta crise?! É demasiado brutal penso eu.

A FRETILIN esqueceu completamente os deslocados, esqueceu completamente o povo que nela votou em 2001 e nas Munoicipais tendo em vista o Poder, mantê-lo a qualquer preço. Isso tem preço sim senhor, mas não o do petróleo. Tem peso naquilo que o povo pensa. Ide-de-vos a votos. Não enganem mais o povo. Não lhe venham com o "grande negócio" pois sabe-se que o grande negócio nunca é para os fracos, para os que precisam - é sempre para os negociadores e os seus interesses! E se o interesse era cativar o povo para as políticas governamentais então a FRETILIN nada tem a recear - ganhará! Esperemos que com isto tudo também tenha ganho juízo! Não parece claramente mas ainda virá o dia em que a FRETILIN se torne moderada... em nome da vossa própria história de luta. Não foi à toa que houve coisas chamadas CNRM e CNRT... só não vê quem não quer.

Não usem a democracia para serem através dela donos e senhores.

O totalitarismo, num Estado, num partido, em casa... é aquilo que nunca mais deveria ter a hipótese de ver a luz do dia! É uma vergonha.

Anónimo disse...

Sobre a demissão de Freitas do Amaral do cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros
Declaração de Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP
30 de Junho de 2006

1. A demissão de Freitas do Amaral do Ministério dos Negócios Estrangeiros e a sua substituição pelo actual Ministro da Defesa – Luís Amado, bem como, a nomeação de Nuno Severiano Teixeira para o Ministério da Defesa, corresponde a um maior alinhamento do Governo Português com as orientações e posições contrárias ao direito internacional.

2. A demissão de Freitas do Amaral, no actual quadro de agravamento da situação internacional, nomeadamente na Palestina e em Timor Leste, levanta sérias preocupações quanto ao perigo de uma inflexão negativa da política do governo orientada para a convergência com os processos em curso de intervenção contra a independência e a soberania de Timor Leste.

3. A situação internacional e o agravamento dos factores de instabilidade decorrentes da acção agressiva do imperialismo, exigem uma política externa portuguesa que aplique o projecto de paz e cooperação inscrito na Constituição da República Portuguesa.

4. Esta remodelação revela elementos de instabilidade no Governo, inseparáveis da sua política de confronto com os interesses do povo português, de que é exemplo a situação na área da Defesa e das Forças Armadas.

5. O PCP reafirma a necessidade de uma ruptura que abra caminho a um novo rumo político capaz de responder aos problemas nacionais e do povo português.

(www.pcp.pt)

Anónimo disse...

Encontrei esta mensagem numa lista, na ETSA -ETSA@yahoogroups.com... para quem não a leu ainda, leiam que vale a pena reflectir de facto.


"Como Timorense, respeito sempre os comentários dos intelectuais e dos grandes jornalistas credíveis no mundo como Adelino Gomes, sem dúvida. Sem eles ninguém sabia o que está a passar nesta planeta terra de um minuto para outro.

Em relação a questão de Timor. Há problemas complexas e substanciais que o senhor Adalino Gomes não viu, mesmo que esteve lá. Eu li a sua opinião sobre a declaração de Xanana Gusmão falando dos seus êxitos e fraquezas, bom, aceita-se mas não é assim que se aborda a crise que está a passar em Timor. Os problemas actuais têm um começo, ninguém falou do começo das coisas, isso é fatal para justificar os seus argumentos relativamente a crise...è só para dizer que é um bom discurso que pode ser aceite por todos é partir do início dos acontecimentos e não do fim para o início. Isto é uma abordagem superficial, sem fundamentos nenhuma.

Relativamente, a constitucionalidade/não constucionalidade da intervenção do Xanana: Não se pode considerar logo como errado limitando nas suas competencias como Presidente da República mas temos que ter em conta que a CONSTITUIÇÃO é um conjunto de leis. Se Ele errou, violaria uma parte desta mas as outras violadas ninguém o viu. Para criticar é preciso conhecer a constituição no seu tudo e não só algumas partes.

Houve acontecimentos excepcionais que não se pode resolver constitucionalmente sem a demissão do primeiro Ministro Marí Alkatiri.`´E injusto no ponto de vista constitucional mas a justeza da resolução deste conflito é mais importante e isso implica uma solução para longo prazo e não a satisfação imediato dos indivivuos envolventes ou grupos insatisfeitos nesta iniciativa de Xanana. Eu penso que este é um dos objectivos do Xanana, é incrível mas tem de ser assim...Timor é de todos aqueles que estão agora em conflito,inclusive todos aqueles que perderam a vida nestes últimos tempos. É uma das provas da violação da constituição mas ninguém falou desta violação.

Xanana é o Presidente da Répública. Ele tem dever de garantir o funcionamento das instituições democráticas e o cumprimentos das leis e da Constituição...Pelo contrário, ele tem direito a criticar e encaminhar para o caminho certo, se este optou entrar no abismo. Foi isto que ele fez! É pena que agora Ele passa a ser o culpado, mesmo que não é Ele quem executa as leis e não é Ele a primeira pessoa a resolver os problemas...as instituições ditas soberanas, neste caso, o executivo é que tem esta responsabilidade mas manifestou a incapacidade de resolver os problemas, facto disso, houve mortos, houve confrontos arbitrarias entre forças de segurança que foram completamente descontrolado pelo executivo...é uma realidade, foi por isso que o presidente interveiou, e foi por isso que eles todos convidaram as forças internacionais a intervir para repôr a segurança e a ordem pública... é dificil falar da resolução por via constituicional, uma vez que, o próprio executivo envolveu-se nestes problemas...e tudo fez para desviar-se das suas responsabilidades.

Se as forças estrangeiras intereferem nos assuntos internos de Timor Leste? Bom, houve acusações mas não tenho provas e não é isso que está acontecer em Timor...eu acho que os discursos vagos como estes não têm relevância neste momento...infelizmente.


Por último, é só para relembrar que houve casos excepcionais que só podem ser resolvidos com a demissão do primeiro ministro...com isso a justeza pode vir a ser aceite por todos e é importante. Poderia ser uma resolução penosa para todos aqueles que queriam a resolução imediata de outra forma mas o mais importante é a justeza e as vantagens desta para o reencontro de todos e os que se envoleram nos conflitos voltarem a abraçar-se."

Anónimo disse...

Apoio

Anónimo disse...

Parece-me que o Malai Azul e colegas ja desistiram de "tentar transmitir o que se passa aqui. Nao o que ouvimos dizer..."

Anónimo disse...

O título do post é:
Alkatiri promete vitória em 2007 e pede regresso a casa de apoiantes

...

Ficou espectante e preocupado na mesma...

Anónimo disse...

Por favor dizer umas palavras de consolaçoes... Senao o Malae Azul, a Margarida e seus companheiros e companheiras desanimam... e podem fazer coisas asneiras... e muito pior ainda.... suicidarem-se...

Anónimo disse...

... o galo não canta, o porco dormita e a mulher descansa ... ainda bem ... que segunda feira é dia de trabalho espero que não faltem, pois acabou a bagunça...

Anónimo disse...

Vá lá para animar ... parece que está calmo mas não a vida continua ...com o governo de Timor off ... claro!...
Gas deal secures regional power supply. 01/07/2006. ABC News Online

[This is the print version of story http://www.abc.net.au/news/newsitems/200607/s1676300.htm]


Last Update: Saturday, July 1, 2006. 8:26am (AEST)
Gas deal secures regional power supply
Power and Water Corporation has finalised a gas agreement that will assure the future of the Northern Territory's electricity needs.

Power and Water has signed a deal with ENI to buy 750 petajoules of gas to run power stations in all regional centres from Alice Springs to Darwin.

ENI will extract the gas from the Blacktip Gas Field, 100 kilometres west of Wadeye in the Timor Sea.

It will be processed onshore at a plant near Wadeye and transported via a gas pipeline that will connect to the existing north-south pipeline that currently brings gas from central Australia.

The first supply of gas is expected on January 1, 2009.

The Government says the Blacktip Field contains sufficient reserves for the Territory's long-term power needs

Anónimo disse...

Eis as vítimas da bagunça ...
Timor aid to run out in 'two weeks'

From correspondents in Dili

July 01, 2006

THE United Nations has overnight warned its food supplies to tens of thousands of refugees who fled violence in East Timor would run out in two weeks, possibly causing "sustained and widespread hunger".

The UN's World Food Programme (WFP) said more than 140,000 people had fled their homes during weeks of violent disturbances but a $US5.2 million appeal had fallen short by $US3 million.
It warned that malnutrition in the tiny nation, already among the worst in Asia, could get worse unless donors come forward with more money, according to a WFP briefing document.

"The problem is the delay, in some cases, and lack of funds from other donors," said Tarek Elguindi, WFP country director for East Timor.

The Australians and Irish governments, along with the United States and Japan, have so far contributed to the effort, he said.

"Children are born weak and they are surviving. But any shock that comes will break them," he said.

The UN agency began cutting some rations Friday and said there were "critical shortfalls" in food and health supplies.

The price of rice has risen by 60 per cent in some areas amid short supplies, markets have closed and household chicken stocks have nearly halved as families struggle to make ends meet.

There are some 66 camps in the capital Dili alone where people began fleeing in late April after fighting between rival factions of the security forces sparked gang warfare.

The crisis sparked the resignation Monday of the premier Mari Alkatiri. His successor has not yet been appointed.

"The displaced population is incredibly vulnerable and the camps have the potential to become flashpoints if we cannot continue to provide basic humanitarian needs," said UN humanitarian coordinator Finn Reske-Nielsen.

People were not expected to go home for months, the WFP warned, because of fears for their safety after homes were burnt, looted and at least 21 people left dead during weeks of disturbances.

Groups of youths hurled stones at several camps earlier this week amid continued feuding between factions following Alkatiri's resignation, although peacekeeping forces quickly restored order.

Agence France-Presse

This report was published at dailytelegraph.news.com.au

Anónimo disse...

A senda continua ...
Officials, TNI back probe into Timor Leste abuses
Abdul Khalik, The Jakarta Post, Jakarta

The joint Indonesia-Timor Leste Truth and Friendship Commission said Friday it received backing of Indonesian Military (TNI) and government officials to query all those allegedly involved in human rights abuses following the 1999 independence referendum.

The commission's co-chairman from Timor Leste, Dionisio Babo Soares, said that the coordinating minister for political, legal and security affairs, defense minister, foreign minister, TNI chief, National Police chief and members of House of Representatives had all expressed their support for the commission to question former and active military and civilian officials implicated in violence in the former Indonesian province of East Timor.

"We are now in the final stage of document review. In one or two months, we will begin interviewing all people related to the case. And Indonesian ministers and lawmakers pledged their support for our work during our meeting with them," he told a press conference.

Indonesia and Timor Leste established the 10-member commission in August 2005, with the five representatives of each country charged with investigating human rights abuses committed in the tiny country. According to the United Nations, at least 1,500 people were killed by militia groups allegedly backed by the Indonesian Military.

The commission, with a mandate until August 2007 and modeled on similar restorative justice bodies set up in South Africa, Chile and Argentina, has no powers to prosecute alleged human rights violators. However, it can give recommendations to the Indonesian and Timor Leste governments to grant amnesty to people who confessed to involvement and expressed remorse, and to compensate victims and rehabilitate victims.

The commission said it reviewed all existing materials documented by the Indonesian National Commission of Inquiry on Human Rights Violation in Timor Leste (KPP HAM), and the Ad-Hoc Human Rights Court on East Timor, as well as reports from the Special Panels for Serious Crimes and the Commission of Reception, Truth and Reconciliation in Timor Leste to determine the existence of human rights violations and people implicated in the acts.

The commission has identified 14 incidents of gross human rights violations that occurred in 1999 around the time East Timor voted to split from Indonesia.

A commission member from Indonesia, Achmad Ali, added that Gen. (ret.) Wiranto, the military chief during the unrest, was among the high-ranking officials who agreed to meet with the commission to explain the course of events in 1999.

The legal expert from Makassar's Hasanuddin University declined to name other former and active officers, but based on the four documents, Brig. Gen. A. Nur Muis, a former chief of the now defunct Wira Dharma military command that oversaw East Timor during the ballot, and the then chief of the Dili military command, Lt. Col. Sudjarwo, will likely be questioned.

The Indonesian Ad-Hoc Human Rights Court has tried the two officers and 16 other members of the military on human rights charges relating to East Timor. The court has never found any middle- or high-ranking military and police officers guilty of involvement in the atrocities.

The court only sentenced Eurico Guterres, former leader of the pro-Indonesia militia group Aitarak, to 10 years in prison, while former East Timor governor Abilio Jose Osorio Soares was sentenced to three years in prison by the Supreme Court. Eight months later he was acquitted of all charges because of new evidence.

Earlier, Gen. Fahrul Razi of the Indonesian Army provided an explanation to the commission.

Anónimo disse...

O Malai Azul ja se conformou com o facto de que Timor nao e todo pintado de vermelho. Agora que o poeira comeca a assentar ja se pode ver com mais clareza. Sempre tinha dito que Mari insistia em nao resignar para se escapar a justica. Agora alega a imunidade parlamentar para o mesmo efeito. E triste a maneira como o vernis estala.

Anónimo disse...

Dili refugees' food rations cut. 01/07/2006. ABC News Online

[This is the print version of story http://www.abc.net.au/news/newsitems/200607/s1676384.htm]


Last Update: Saturday, July 1, 2006. 12:01pm (AEST)

Rations cut: About 150,000 people are living in the camps around Dili. (AFP)

Dili refugees' food rations cut
By foreign affairs editor Peter Cave and wires

The United Nations (UN) says funding shortages have forced it to cut back food rations to an estimated 150,000 people who have fled their homes in East Timor.

UN spokeswoman Kym Sithies says there is still enough rice to go around.

But she says the relief agencies have had to cut back on supplementary supplies of food, which add nutritional value to the meagre diet.

The UN World Food Program (WFP) has so far only received $US2.2 million of the $US5.2 million it sought in an emergency appeal to donors.

"The problem is the delay, in some cases, and lack of funds from other donors," Tarek Elguindi, WFP country director for East Timor, said.

"Children are born weak and they are surviving, but any shock that comes will break them."

The WFP began cutting some rations on Friday.

The price of rice has risen by 60 per cent in some areas amid short supplies, markets have closed and household chicken stocks have nearly halved as families struggle to make ends meet.

There are 66 camps in the capital, Dili, alone where people began fleeing in late April after fighting between rival factions of the security forces sparked gang warfare.

UN humanitarian coordinator Finn Reske-Nielsen says "the displaced population is incredibly vulnerable and the camps have the potential to become flashpoints if we cannot continue to provide basic humanitarian needs".

The crisis sparked the resignation prime minister Mari Alkatiri.

His successor has not yet been appointed.

- ABC/AFP

Anónimo disse...

Agora, finalmente poderiam aproveitar o OE par insvestirem em formação de técncios, carpiteiros, pedreiros, electricistas, padeiros e todas as demais actividades que se necessitam para reconstruirem o que estupidamente foi destruído. AO menos assi pode ser que mantenham o pessoal ocupado com coisas úteis. Preferencialmente a estarem já a pensar em "formarem" mais revolucionários para as próximas eleições...

Mas sobretudo que exista, não sei como, forma de sensibilizar as pessoas, partidos mais radicais para o bem da socialização em paz e amor! Sem opressões políticas, sem opressões militares ou outras que têm sido um atraso em qualquer parte do mundo.

E que sejam também aí um exemplo como o foi a conquista da Independência. Trata-se de uma ilha ou antes 3, se não se derem bem "o barco afunda-se! - ninguém quer que isso aconteça!

Há muita gente que ficou silenciosa no quatro cantos do planeta ao ver isto acontecer. Ver-vos sofrer sejam quais forem as razões ninguém aceita isso.

Estou em Portugal, ao longo destes dois meses (os mais visíveis de uma crise anunciada antes) encontrei pessoas que diziam: "eu bem te disse, aquilo não tem emenda, eles são guerreiros"; "eles nunca se entenderam entre eles, era agora que o íam fazer?"; "opá, não sei porque é que te preocupas tanto com uma coisa tão longe e não fazes a mesma coisa com a miséria que tens aqui"; "para que andou tanta gente por Timor e agora vê!"; "tás parvo, aquilo é interferência externa, interesses..."... isto e muito mais, dos impostos dos portugueses para alimentarem uma corja de..., etc e tal.

Nunca deixei de ripostar, não deixei de tentar alguma explicação mais positiva para este mal estar. Cansaço é o que se sente. Cansaço desnecessário.

Só desejo que esse povo se levante e não mais permita que tais coisas aconteçam.

Mudem lá a Constituição e definam já que qualquer situação grave não possa ser prolongada porque nela ninguém vê como fazer para não fazer sofrer aqueles que sofrem sempre por tabela. A Constituição deve servir O POVO! E Estado deve servir O POVO!

Um abraço ao Malai Azul por ter aberto este blog que fez sofrer também muita gente, mas ao menos reconheça-se que sem o mesmo não se teria tido de uma forma tão evidente a visão do manicaismos de uns e o desespero de outros.

As listas Por Timor estavam elas também pejadas dos mesmos feitores a debitarem subtilmente primeiro, mais visíveis depois (e ainda continuam), como se aquela viagem de até batermos no chão tudo vai bem... fosse e foi UM PESADELO!

Não queiram mais isto.

Por Timor-Leste sempre!

Anónimo disse...

Mas... há que não estar istraído. Não esquecer que quando se pensava qu as coisa iriam acalmar, da reunião magna de um partido voltou a sair o PESADELO...

Sempre foi assim em Timor-Leste... de um dia para o outro.

Anónimo disse...

O Malai Azul foi um anjo bom que apareceu na net ...
O site é público e livre, todo o mundo tem acesso e pode dar a sua opinião ou comentário ou anexar qualquer facto relevante ... é um ponto único de encontro ... posso ser inocente ... mas olhem que não sou ... vamos ver se o homem diz alguma coisita!...

Anónimo disse...

Anima-te Malai Azul ...daiklae!...

Anónimo disse...

Reparem num pormenor curioso. Rogério Lobato diz que entregou "pouco mais de uma dúzia de armas", segundo a LUSA... o Reinado não fez idêntico? Também eram para aí umas 12 inicialmente, não era?

Esperemos que a teoria "só nós podemos dar a estabilização a Timor-Leste"... sabe-se perfeitamente quem o veio a afirmar constantemente, não vingue...

Vejam lá isso. Ou aparecem as armas todas ou vão ter tropas internacionais constantemente em Timor.Leste... isso também não o querem.

A música parece que ainda vai no adro... é essencial estar alerta. Já não dá mesmo para confiar...

Anónimo disse...

Malai Azul pode mesmo ter mudado de posição. Depende das cadeiras... sabe-se lá. Ou pode mesmo estar reunido com o núcleo duro para engendrarem os próximos passos... cheira mais a isso...

Anónimo disse...

INQUÉRITO DO PÙBLICO:

Quem é o principal responsável pela crise em Timor-Leste?

1 - Xanana Gusmão 31 % (1122)

2 - A Austrália 29 % (1049)

3 - Mari Alkatiri 27 % (992)

4 - A Igreja 8 % (297)

5 - A ONU 4 % (154)


Total de votantes: 3614

PS: Deus está a começar a acordar e a opinião pública também!

Anónimo disse...

Lembro o que disse Moisés Silva Fernandes, investigador, no Diário de Notícias, 31 Maio 2006:

«Segundo uma reportagem do Asia Times, o embaixador dos Estados Unidos em Timor-Leste apoiava abertamente a igreja nos seus protestos de rua contra o governo, no ano passado, chegando inclusive a comparecer pessoalmente a uma delas».

«O que temos aqui é um problema político, com forças externas apostadas em desestabilizar Timor-Leste. Há anos que alguma impensa australiana vem advogando um derrube do Governo de Alkatiri e espera ver no poder alguém mais maleável aos interesses de Camberra».

«A imprensa australiana tem acusado o primeiro-ministro de ser comunista, um argumento que a Indonésia já usara em 1974-75 para caracterizar o Governo de Díli. Mas não passa de poeira atirada aos olhos das pessoas. O que acontece é que a Austrália não aceita que Alkatiri tenha conseguido óptimas contrapartidas no que diz respeito ao petróleo.»

«Na realidade, as ambições de Camberra em relação a Timor-Leste já vêm de longe. Em 1944, a Austrália quis, inclusive, comprar o território a Portugal».

«O petróleo é determinante. É a força motriz por detrás destes interesses. Mari Alkatiri é um nacionalista do ponto de vista económico. O que ele quer é que os recursos rendam o máximo para Timor-Leste».

Anónimo disse...

Lembro também o que disse Nick Beams, analista político australiano:
«Numa nota pastoral publicada em Abril de 2005 a hierarquia eclesiástica de Dili dizia que o gabinete [de Mari Alkatiri] continha "marxistas" que punham a democracia em perigo».
( resistir.info)

Anónimo disse...

E em 0 Junho, o editor australiano Greg Sheridan, escreveu:
«A catastrófica decisão de converter o português em língua nacional de Timor-Leste ilustra perfeitamente o dogmatismo e o grau de irrealidade do pensamento de Alkatiri. É uma decisão que priva de direitos civis os jovens timorenses que falam tetun, indonésio ou inglês. Entrincheira a camarilha de velhos e dogmáticos marxistas-leninistas da Fretilin e exacerba as divisões no seio da sociedade de Timor Oriental. Além de não ajudar em nada a que os jovens de Timor-Leste ganhem a vida».

Anónimo disse...

Sem comentários:

1 – Nick Beams, analista político australiano:
«A intervenção do governo [australiano] de Howard nada tem a ver com a protecção dos interesses do povo de Timor-Leste. O objectivo é produzir uma "mudança de regime" substituindo o governo do primeiro-ministro Mari Alkatiri por uma administração mais em consonância com os interesses australianos».

«Em 1999 o governo de Howard enviou tropas para liderar a intervenção militar da ONU a fim de assegurar que a Austrália – mais do que o primeiro poder colonial, Portugal – exercesse a maior autoridade no Timor-Leste pós-independência e estivesse na melhor posição para explorar as valiosas reservas de gás e petróleo. Sete anos depois as motivações essenciais são as mesmas».
(in resistir.info)

2 - (Resposta do primeiro-ministro australiano, John Howard, quando questionado no programa de domingo, 11 de Junho, da televisão ABC, "Insiders", sobre se os planos a longo prazo da Austrália seriam semelhantes aos levados a cabo nas Ilhas Salomão, onde oficiais australianos tomaram conta do Ministério das Finanças, assim como da gestão da polícia e das prisões.)

«Bem, não descarto nada, mas não quero declarar nada sobre o que vai suceder ou sobre o que deveria suceder sem antes discutir o assunto com os timorenses orientais. Quer dizer, encontramo-nos diante de um caminho complexo a percorrer. Por um lado, queremos ajudar, somos o poder regional que está em posição de fazê-lo. É nossa responsabilidade ajudar, mas quero respeitar a independência dos timorenses. Contudo, por outro lado, devem desempenhar essa independência ou as responsabilidades dessa independência com mais eficácia do que o fizeram nos últimos anos».

Anónimo disse...

O Malai Azul foi de férias? Bali?

Anónimo disse...

Timor-Leste: Ex-ministro Interior obrigado a permanecer em casa - advogado


Díli, 01 Jul (Lusa) - O ex-ministro do Interior de Timor- Leste, Rogério Lobato, viu o regime de coacção a que estava sujeito ser desagravado para a "obrigação de permanência na habitação", por razões de segurança, disse hoje à Lusa o seu advogado, Paulo Remédios.

A alteração da medida de coacção foi justificada pelo perigo de fuga pela juíza Sandra Silvestre, a mesma que no dia 22 de Junho a juíza tinha imposto a prisão domiciliária.

Segundo Longuinhos Monteiro, Procurador-Geral da República, Rogério Lobato arrisca uma pena de 15 anos de prisão para os quatro crimes de que é acusado: associação criminosa, posse ilegal de armas, conspiração e tentativa de revolução.

Rogério Lobato é acusado de ter distribuído armas a grupos de veteranos da resistência para eliminar adversários políticos do primeiro-ministro demissionário e líder da Fretilin, Mari Alkatiri.

As principais acusações foram feitas por Vicente da Conceição "Railos", militante da Fretilin e veterano da luta da resistência, que acusa Mari Alkatiri de ter dado ordens a Rogério Lobato para constituir grupos civis armados.

Mari Alkatiri tem negado repetidamente a acusação e solicitou ao Ministério Público a sua audição, que chegou a estar prevista para sexta-feira mas que foi adiada "sine die" por não ter ainda conseguido arranjar um advogado que pudesse rapidamente vir a Díli representá-lo, conforme disse em entrevista à Lusa.

O primeiro-ministro demissionário considera que o seu envolvimento neste processo constitui uma campanha para o fragilizar, e a Fretilin, tendo em vista as próximas eleições legislativas, a realizar eventualmente em Abril ou Maio de 2007.

Também sexta-feira, em entrevista à Lusa, Luís Mendonça de Freitasque integra a equipa de advogados que representa Rogério Lobato, disse que o ex-ministro já confirmou que entregou "pouco mais de uma dúzia de armas" ao grupo de Vicente da Conceição "Railos" para apoiar a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL).

"O objectivo desta entrega de armas, que eram da unidade da polícia de fronteira, foi um objectivo de Estado e de segurança interna, porque havia instabilidade e a fragilidade das instituições policiais", disse Luís Mendonça de Freitas, citando a explicação de Rogério Lobato.

Contactado telefonicamente pela Lusa em Díli, Mendonça de Freitas disse que Rogério Lobato explicou que "só entregou as armas após a deserção do comand ante da PNTL, Paulo Fátima Martins".

Segundo o advogado, as armas foram entregues a "um grupo de segunda linha da polícia de intervenção rápida, para apoiar a acção da polícia".

"O acto é legal, é um acto político-administrativo ou de gestão política", disse Mendonça Freitas, sem esclarecer se Rogério Lobato confirma se Mari Alkatiri estava a par da entrega de armas.

EL/PNG/JCS.

Lusa/Fim

Anónimo disse...

Anonimo das 2:18:24 PM. O que se ve agora e o Rogerio Lobato a ajustar a historia a aquilo que ele ja nao pode negar. Visto que ele esta na posicao em que esta por causa do Railos ele ja admite a entrega de "pouco mais de uma duzia" de armas que correspondem as 18 armas do grupo de Railos. O que ele ainda pode negar sao as outras armas que estao ja espalhadas pelo pais fora alegadamente em maos de militantes da Fretilin porque ainda nao foram apanhadas. Penso que a comissao internacional de investigacao ainda vai apurar mais informacao sobre isso e ai veremos.
Mas o proprio Mari Alkatiri tinha negado terminantemente a existencia do grupo Railos e mais tarde quando Rogerio Lobato foi inquerido ja o Alkatiri admitia que o grupo tenha sido montado para ajudar a Unidade da Policia de Reserva (UPF) e e tambem aquilo que o Rogerio parece estar agora a dizer. Parece ser o caso de o jurista Alkatiri guiar o Rogerio Lobato a contar uma versao que nao seja inconsistente com aquilo que ele proprio ja tinha dito no passado.

MARGARIDA: pelos vistos e mais empenhada que o Malai Azul que pelso vistos ja desapareceu. Esqueca la o inquerito do publico porque e inconsequente para Timor. Devia-se era fazer um inquerito dos timorenses em timor e logo se veria que o povo nao quer Mari Alkatiri. Mas de principio isso ja foi visto no pequeno numero de manifestantes que o apoiaram.

Anónimo disse...

Como anteriormente alguem escrevia,é nesseçário que Xanana e Mari se entendam.Porque de outra forma estão a dar força terceiros.......
A ternura do "Xanana"porque penso que é um homem forte e de decisões,Mari a sua força, pois é com força que se levanta um país e não com homens indecisos e a união de todos os intervenientes é que vão fazer crescer TIMOR essa terra que não conheço,mas que aprendi a amar.Fui uma das que do lado de cá em Potugal em 1999 quando a Indonésia matava os filhos dessa terra, estava de branco e num enorme cordão humano a chorar por Timor que não conhecia.Gosto muito de vós, não deixeis fugir a vossa independencia e não a entregueis a ninguem, pois foi conquistáda com sangue suor e lagrimas.
VIVA TIMOR
VIVA TODOS OS QUE LUTAM PELO SEU DESENVOLVIMENTO
VIVA TODOS OS INTERVENIENTES
VIVA ACIMA DE TUDO O SEU HEROICO POVO
Lucas

Anónimo disse...

Lucas: O amor e carinho que voces os portugueses tem por Timor jamais sera esquecido pelos timorenses.
Foi triste tudo o que aconteceu nestes ultimos meses mas acredito que Timor saira uma democracia fortalecida. E mesmo verdade que Roma nao foi construido num so dia. Timor nao e exepcao a regra. Estes ultimos acontecimentos foram mais um passo no processo de consolidacao e amadurecimento de uma nacao. A nacao da RDTL.
Continuem a torcer por Timor que ainda vai precisar de muita solidariedade vossa.
Viva Timor-Leste
Viva Portugal e a soliedaridade de todos.

Anónimo disse...

O Alkatiri e Lu Olo dizem que a FRETIlin vai ganhar as eleições do próximo ano. Espero bem que não. O Lu Olo há dois anos atraz disse que a FRETILIN iria governar por 50 anos! Espero bem que o POVO de Timor-Leste não caia na asneira de por eles votar de novo. Não foram eleitos desta vez para governar, assumiram iligitimamente, o que seria se tivessem sido eleitos. Perdi o respeito por eles porque não souberam rectificar os seus erros do passdo. O que fizeram e ainda estão a fazer foi que fizeram em 1975. Quantos irmãos Timorenses não foram mortos só porque não conjugavam as ideologias marxistas leninistas. Até mataram gente do seu próprio partido por isso.
Não merecem estar no governo porque não respeitam o Povo. Para eles fazer algo é distruir os seus opositores politicos. A sua atitude arrogante e esse ar de que são os únicos é culpa nossa, cuminidade internacional, porque os fizemos serem mais importantes do que aquilo que são. Não demos atenção aos outros partidos que talvez não triunfaram porque não tinham meios financeiros para comprar votos nem fazer a sua campanha como deve ser. É triste que hoje aind muitos de nós Portuguese ou outros estrangeiros ainda lhes d ão importância quando afinal eles é que estão por detraz da distruição deste país tão martir. A culpa é nossa por fingir que somos cegos e não vermos que as este partido tem as mãos manchadas de sangue... Tenho dito

Anónimo disse...

Se houve alguma coisa positiva que saiu desta crise foi a oportunidade para se desmascarar intentos anti democraticos do Mari e a sua clique e fazer com que alguns comecam a ver com olhos de ver!

Viva Xanana Gusmao!
Viva o Povo Maubere!

Um minuto de silencio pelas vitimas.

Anónimo disse...

LEGITIMA DEFESA

A culpa da comunidade internacional será porque vê factos já que a única emoção que envolve Timor é o bem e a paz daquele país?

Parece-me que os ódios irracionais e desmedidos e as campanhas primárias de anti-comunismo que já ninguém acredita ficam-se pela classe politica timorense.

E as mãos manchadas de sangue no passado, têm todos sem excepção.

Mas o hoje não é o ontem.

E hoje o que a comunidade internacional viu foi uma FRETILIN em tom sóbrio apelar à paz, à não violência, ao entendimento e respeito pela legalidade democrática em oposição a um novo partido designado "Xanana e os seus seguidores", com o lider, a demitir-se das suas funções de Presidente da República, ao lado da violência e destruição, com total desrespeito pelo povo e legalidade democrática, gerindo uma espécie de estado com leis próprias.

O que a comunidade internacional viu foi o país mais ajudado do mundo com as suas doações de milhões de dólares a ser destruído, a população a ser violentada e um Presidente da República a sorrir e a classificar tudo isto de "esperteza" que permitiu ganhar a "guerra".

Senhor anónimo nada mas nada justifica a violência e destruição ocorrida nos últimos dois meses em Timor e peço-lhe para não se esquecer é que o que a comunidade internacional viu que a violência e destruição partiu efectivamente dos apoiantes e protegidos de Xanana Gusmão, dos anti-Alkatiri.

E isto é um facto inegável.

E para concluir só queria deixar registada uma pergunta de um manifestante da FRETILIN a Xanana e que a comunidade internacional põe desde o primeiro minuto da crise:

"Diz que é o garante da Constituição, então porque não parou a crise? Quando as FDTL recolheram aos quartéis começaram a destruir as casas da população, porque não os mandou parar?"

Xanana acabou por sair mal do meio da multidão, sendo apupado e com um jovem no megafone a dizer que quando o Presidente estava preso em Jacarta "também fui para lá ajudar, nessa altura éramos todos Timor, todos irmãos, para quê estas divisões?" Ficou a falar sozinho...

O passado é passado e nunca será o presente.
O grave é que hoje alguns continuem a persistir em sujar as mãos de sangue e outros optem pelo respeito pela legalidade democrática.

A comunidade internacional viu, Kofi Annan viu e "obrigou" o Presidente da República a uma mensagem ao País de paz e respeito pela democracia que apenas aconteceu por imposição e não por convicção.

O que a comunidade internacional espera é que o Povo Timorense também tenha visto.

Anónimo disse...

New Matilda.com - Friday 30 June 2006

East Timor after Alkatiri: nation or protectorate?
Tim Anderson

"We did not expect that the elected leader of a party with an overwhelming mandate could be forced to stand down in this way in a democracy" Fretilin press release, 26 June 2006. Backed by a foreign army, and with his country's own army confined to barracks, the great resistance leader Xanana Gusmao finally led the charge to topple the leadership of Timor Leste's first post-independence government. But the backing of Australia was critical.If this appears puzzling, we must understand that, whatever the configuration of East Timor's new government, there will be lasting bitterness amongst the major players over the handling of the recent crisis and intervention, and conflict over how to manage the new relationship with Australia. June's palace coup has implications not just for the personalities involved, but also for the country's development strategy. Any new government in East Timor needs to be understood alongside the country's relationship with Australia and with the World Bank.

The current talk of a 'more inclusive' or a 'national unity' government misses the point that all recent political leadership in East Timor has been by coalition. The broadest of these, the CNRT, was disbanded after the UN insisted on multiparty elections. The Fretilin-led Government, elected in 2001, included high profile ex-Fretilin members Jose Ramos-Horta and the separately elected President Xanana Gusmao. After the coming elections the composition of the government may not be much different.The immediate difference is the sidelining of Mari Alkatiri, Fretilin's chief strategist, following his forced resignation as Prime Minister.

Suggested charges against Alkatiri (for arming para-militaries, during the coup attempt) will go nowhere; and the 'hit squad' accusations, broadcast by Australia's ABC, have no credibility. But the toppling of the leadership of an elected government, supported by both the Australian media and the Australian military intervention, flags a new political reality for East Timorese citizens.The Australian newspaper, leader of the anti-Alkatiri charge, says his removal will be "good news for Australian companies wanting to do business in Dili". But Fretilin remains (by a long way) the major party in Parliament. Rupert Murdoch's flagship insists the "continuing crisis"
requires a semi-permanent Australian troop presence to block what the paper calls a "Marxist revolutionary" government and because "there is no other way to keep the country from sliding back into chaos".

Yet the 'chaos' was in large part fostered by Australian passive support for the rebels and hostility to the government; while the "Marxist revolution"was a rather modest economic nationalism, led by Alkatiri. In a previous article, Achievements of a 'Failed State' I explained the areas of tension with Australia arising from independent policy in East Timor, including the refusal of World Bank loans, differences over agricultural policy, and the acceptance of Cuban health assistance. Xanana has not expressed a distinct vision of development, remaining concerned with reconciliation. Ramos Horta has expressed a wish for closer relations with the US and Australia, and a greater privileging of foreign investment. But there is no sign yet that Fretilin will abandon the more independent course set by Alkatiri.Herein lies the problem. An oligarchy of Australian business leaders, who consistently opposed East Timorese independence, pre-1999, have openly declared themselves hostile to the Fretilin-led project. The Howard regime gives lip service to East Timorese autonomy, but shares the hostility.

This is a strategic hostility as much as opposition to any particular policy. But the 'protectorate' mindset certainly wants easier access to East Timorese resources, greater privileging of foreign investment, abolition of East Timor's army and a shift in national language policy from Portuguese-Tetum to English-Tetum.It seems likely that, even with Alkatiri sidelined, a Fretilin-led government will maintain the strategy spelt out in East Timor's National Development Plan and sectoral policies, and backed by the Constitution.Alternatively (and if Murdoch's scribblers have their way), a more'Australian friendly' government might be persuaded to abandon its economic nationalist past, and accept protectorate status.

So what is the problem with a small country taking loans from the World Bank and becoming more 'western friendly'? Isn't this a legitimate way of attracting investment, improving governance and reducing poverty? Let's examine this, in light of experience elsewhere.The process begins with loans for essential infrastructure, usually power and roads; and in East Timor everyone has been complaining about power and roads. The World Bank would loan money to the government at low commercial interest or (in view of East Timor's low GDP per capita) a very low IDA loan at only 0.7% interest over 35 years. This, at first glance, seems generous.But strict conditions would be attached, in the form of a 'good governance'contract.An important section of the 'good governance' conditions would stipulate that, while the loan is public, the construction and service delivery would be private - a 'development partnership'. This means that large foreign companies would be contracted to construct the power grid and roads, while others would meter and enforce a 'user pays' power supply regime. As the'good governance' agreement would also stipulates no price subsidies, the only way poor families could access power would be by direct fiscal subsidy.But the government has no spare cash, which is why it would have borrowed in the first place.Such 'partnership' schemes have seen even water supplies become unaffordable in major cities from The Philippines to Bolivia. The small middle classes who can afford the fees might get a better service, but the government will still have to intervene to ensure quality and contain the corruption that privatisations generate. Poor families' access to water or power would depend on their capacity to pay.'User pays' regimes, urged by the Bank across all services, damage access to education and health services.

The evidence on this is conclusive.neo-liberalism in the 1980s redefined the global consensus on the right to education, so that only primary education is regarded as a full right and is therefore subsidised in poor countries. Secondary education, essential for social mobility but subject to 'user pays' principles, became unaffordable for the children of most poor families. In oil rich but neo-liberal Venezuela, in the late 1990s, only 20% of children reached senior high school. More than half the children in today's Bali, flush with tourist dollars, do not reach senior high school. This is the pattern across the world: neo-liberal regimes have denied a whole generation of poor children their future. With World Bank 'good governance', secondary school enrolments in East Timor would go backwards.Health services are linked to education. With no mass training of health workers, services are scarce and expensive. Despite three decades of Australian aid and World Bank programs, Papua New Guinea has shocking infant and maternal mortality figures. There are simply no doctors outside the provincial capitals. PNG has outstanding export performance in oil, gas,gold, copper, and logs. Exports have made up over 40% of PNG's GDP for two decades. But there has been no 'trickle down' in health benefits. If Australia and the World Bank displace the 100 Cuban doctors in East Timor,and send off that nasty 'communist' system that has offered 600 free medical scholarships to young East Timorese, the country's health standards wouldmatch that of PNG.Then there is agriculture and land, still at the core of livelihoods for most poor people. The neo-liberal preference here is clear: export oriented cash crops and individual, saleable land title. This is why the World Bank and the Asian Development Bank, after the Asian Crisis and under their'structural adjustment' programs, backed clear fell logging (disregarding their claims of 'sustainable forestry') and oil palm development over more than 2 million hectares in Indonesia; an environmental catastrophe which has trampled on the land rights and livelihoods of forest peoples. Abolition of rice and kerosene subsidies led to food riots in Jakarta.

In Morocco, where land was rationalised for export crops, people were driven off the land, and the subsistence sector was damaged. In Peru under Fujimori in the 1990s, land holdings under ten hectares were banned as agriculture was rationalised. Thousands of small farmers were pushed off the land. In Lima, removal of fuel subsidies led to a cholera outbreak, causing 2000deaths in six months when poor people could no longer afford to boil water.Public institutions, so important in defining the identity of a new nation,are repeatedly blocked by neo-liberal forces. Food security was of deep concern to the East Timorese, when they went to the World Bank in 2000, asking for help to rehabilitate their rice fields, to strengthen their subsistence sector and to establish public grain silos. The World Bank and Australia said no. Agricultural aid was only available for export crops.East Timor was advised to import rice. Despite this, the independent government proceeded to develop its rice industry, without World Bank help.This ideological commitment to export cash crops explains sustained World Bank, ADB and Australian subsidies to the oil palm industry in Papua New Guinea, even though this industry is dominated by large foreign companies.Small farmers get few benefits from this industry, but suffer substantial environmental costs. Infrastructure development is also focused on monoculture cash crops.Often the 'transition' to a western friendly regime is accompanied by promises of aid and foreign investment, which can bring wider benefits.

But here many poor countries face the 'Nicaraguan dilemma'. After getting rid of the Sandinista government in 1990 (with guerrilla war and an economic blockade), the US reneged on its aid promises and foreign investment failed to materialise. Just because investors are offered tax-free access to a country's resources, does not mean they will come.So why do the leaders of developing countries participate in neo-liberal programs, when they are so damaging for ordinary poor people? Sometimes they have been obliged to cut political deals, for independence. Sometimes it is due to policy weakness and a desire to accommodate the big powers - some elements of this are now visible in East Timor. But very often leaders (such as Indonesia's Suharto) enter the business elite themselves, taking commissions, rents and other benefits from cashed up aid and privatisation programs. neo-liberal 'good governance' (previously called 'structural adjustment') has most often enhanced this corruption, rather than preventing it.The Australian role in undermining East Timorese independence is difficult to see now, with a barrage of media influencing the desire to see ourselves as the little country's 'saviours'. We are nothing of the sort. Australian friends of East Timor should recognise the shocking prospects of neo-liberal protectorate status, and maintain their support for an independent nation.
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Anónimo disse...

New Matilda.com – Sexta-feira 30 Junho 2006

Timor-Leste depois de Alkatiri: nação ou protectorado?
Tim Anderson

“Nunca imaginámos que o líder eleito de um partido com uma maioria esmagadora pudesse ser obrigado a demitir-se desta forna numa democracia” – comunicado da Fretilin, 26 de Junho de 2006. Apoiado num exército estrangeiro, e com as forças armadas do seu próprio país confinadas aos quartéis, o grande dirigente da resistência, Xanana Gusmão, comandou finalmente a carga com vista a derrubar a liderança do primeiro governo de Timor-Leste após a independência. O apoio da Austrália foi fundamental. Se este facto causa alguma perplexidade, há que entender que, seja qual for o formato do novo governo de Timor-Leste, um certo rancor perdurará por bastante tempo entre os principais actores destes acontecimentos acerca do modo como foi gerida a crise e a intervenção. Tal como persistirão os conflitos sobre o modo de gerir a nova relação com a Austrália. O golpe palaciano de Junho tem implicações não apenas para as personagens envolvidas, mas também para a estratégia de desenvolvimento do país. Qualquer novo governo em Timor-Leste deve ser interpretado à luz da relação do país com a Austrália e o Banco Mundial.

As referências que presentemente são feitas a um governo “mais inclusivo” ou de “unidade nacional” ignoram o facto de, na história recente de Timor-Leste, a liderança do país ter sido sempre o resultado de coligações. A mais ampla dessas coligações, o CNRT, foi desmantelada depois de a ONU ter insistido em eleições multi-partidárias. O governo da Fretilin, eleito em 2001, incluía destacados ex-membros da Fretilin como José Ramos-Horta, havendo ainda que considerar o Presidente Xanana Gusmão, eleito separadamente. Depois das próximas eleições, a composição do governo poderá não ser muito diferente. A diferença mais óbvia é o afastamento de Mari Alkatiri, o principal estratega da Fretilin, na sequência da sua demissão forçada do cargo de Primeiro-Ministro.

As acusações imputadas a Alkatiri (de ter armado milícias para-militares durante a tentativa de golpe de Estado) não levarão a lado algum. E as acusações de um “esquadrão da morte”, disseminadas pela ABC da Austrália, não são credíveis. Mas o derrube da liderança de um governo eleito, apoiado tanto pelos media australianos como pela intervenção militar da Austrália, anuncia uma nova realidade política para os cidadãos de Timor-Leste. O jornal The Australian, que liderou a ofensiva contra Alkatiri, afirma que o seu afastamento “será uma boa notícia para as empresas australianas que pretendam fazer negócios em Díli”. Contudo, a Fretilin continua a ser o partido maioritário no Parlamento, por uma grande margem. O principal órgão da imprensa controlada por Rupert Murdoch insiste que a “crise latente” exige uma presença semi-permanente de tropas australianas, como barreira àquilo que o jornal descreve como um governo “marxista revolucionário” e porque “não há outra forma de impedir que o país resvale de novo para o caos”.

E, todavia, o “caos” foi em grande medida fomentado pelo apoio passivo da Austrália aos rebeldes e pela sua hostilidade para com o governo. A “revolução marxista”, pelo contrário, não passou de uma tentativa modesta de aplicar uma política de nacionalismo económico por parte de Alkatiri. Num artigo anterior, “Achievements of a ‘Failed State’”, referi-me às áreas de tensão que tinham surgido na relação com a Austrália em resultado da política independente adoptada por Timor-Leste, incluindo a recusa em aceitar empréstimos do Banco Mundial, diferentes concepções sobre política agrícola, e a aceitação por parte de Timor-Leste da assistência cubana no domínio da saúde. Xanana não exprimira uma visão distinta sobre o desenvolvimento do país, preocupando-se sobretudo com o processo de reconciliação. Ramos-Horta manifestara o desejo de relações mais próximas com os EUA e a Austrália, e uma maior importância conferida ao investimento estrangeiro. Mas não existem ainda sinais de que a Fretilin se prepare para abandonar a via mais independente concebida por Alkatiri. E é aqui que reside o problema. Uma oligarquia de empresários australianos, que antes de 1999 se opôs consistentemente à independência de Timor-Leste, declarou-se abertamente hostil ao projecto liderado pela Fretilin. O regime de Howard manifesta-se, em público, favorável à autonomia de Timor-Leste, mas partilha em privado a mesma hostilidade.

Trata-se de uma hostilidade de natureza estratégica, e não apenas de uma oposição a políticas específicas. Aqueles que têm em mente a criação de um “protectorado” pretendem certamente um acesso facilitado aos recursos de Timor-Leste, maiores facilidades para o investimento estrangeiro, a abolição das forças armadas de Timor-Leste e uma mudança da política nacional da língua, do português-tétum para o inglês-tétum. Mesmo com o afastamento de Alkatiri, o mais provável é que um governo liderado pela Fretilin mantenha a estratégia delineada no Plano Nacional de Desenvolvimento e nas políticas sectoriais e respaldada na Constituição. Em alternativa (se os escribas de Murdoch levarem a melhor), um governo mais “amigo da Austrália” poderá ser persuadido a abandonar o seu anterior nacionalismo económico e a aceitar um estatuto de protectorado.

Qual é então o problema de um pequeno país aceitar empréstimos do Banco Mundial e tornar-se mais “amigo do Ocidente”? Não será essa uma forma legítima de atrair investimentos, melhorar a governação e reduzir a pobreza? Examinemos a questão à luz das experiências noutras regiões do mundo. O processo inicia-se com empréstimos para a criação de infra-estruturas essenciais, geralmente no sector energético e rede viária. E, em Timor-Leste, todos se têm queixado da má qualidade da rede eléctrica e das estradas. O Banco Mundial emprestaria dinheiro ao governo a uma baixa taxa de juro comercial ou (tendo em conta o baixo PIB per capita do país), proporcionaria um empréstimo AID (Associação para o Desenvolvimento Internacional) com uma taxa de juro de apenas 0,7% a ser pago ao longo de 35 anos. À primeira vista, parece uma proposta generosa. Mas com ela viriam condições muito rigorosas, sob a forma de um contrato de “boa governação”. Uma parte importante das condições de tal contrato estipulariam que, embora o empréstimo fosse público, os trabalhos de construção e a prestação de serviços deveriam ser de natureza privada – uma “parceria para o desenvolvimento”. O que significaria que seriam contratadas grandes empresas estrangeiras para construir as redes eléctrica e viária, enquanto outras se encarregariam da distribuição da energia recorrendo a uma política de “utilizador-pagador”. Uma vez que o acordo sobre “boa governação” proibiria igualmente a subsidiação dos preços, a única forma das famílias pobres terem acesso à energia seria através de subsídios fiscais directos. Mas o governo não dispõe de uma almofada financeira para o fazer, precisamente a razão que o poderia ter levado a contrair um empréstimo. Estes mecanismos de “parceria” têm provocado situações em que o abastecimento de água se torna incomportável para uma parte das populações em cidades importantes das Filipinas ou da Bolívia. As reduzidas classes médias, que conseguem pagar os preços fixados, poderiam auferir de serviços de melhor qualidade. No entanto, os governos ver-se-iam obrigados a intervir para garantir a qualidade dos mesmos e refrear a corrupção que as privatizações geram. O acesso das famílias pobres à água ou energia eléctrica passaria a depender da sua capacidade para pagar. Os regimes de “utilizadores-pagadores” que são promovidos pelo Banco Mundial em todos os domínios dos serviços públicos têm um efeito negativo no que se refere ao acesso à educação e aos serviços de saúde.

Os dados disponíveis sobre a questão são conclusivos. O neo-liberalismo dos anos 1980 redefiniu o consenso global anteriormente existente quanto ao direito à educação. Com efeito, apenas a educação primária é considerada como um direito de todos e, por isso, subsidiada nos países pobres. A educação secundária, essencial para garantir a mobilidade social, mas sujeita ao princípio do “utilizador-pagador” , tornou-se incomportável para as crianças da maioria das famílias pobres. No final dos anos 1990, na Venezuela, um país rico em petróleo mas submetido a políticas neo-liberais, apenas 20% das crianças atingiam o terceiro ciclo do ensino secundário. Actualmente, mais de metade das crianças de Bali, uma ilha onde abundam os dólares dos turistas, não chegam ao terceiro ciclo do ensino secundário. Este padrão repete-se um pouco por todo o mundo: os regimes neo-liberais negaram o futuro a toda uma geração de crianças pobres. Com a “boa governação” imposta pelo Banco Mundial, as taxas de inscrição no ensino secundário em Timor-Leste iriam reduzir-se. Os serviços de saúde estão intimamente relacionados com a educação. Se não houver formação maciça de profissionais de saúde, os serviços de saúde serão escassos e dispendiosos. Apesar de três décadas de assistência da Austrália e de programas do Banco Mundial, os valores da mortalidade materno-infantil continuam a ser chocantes na Papua Nova Guiné (PNG). Muito simplesmente porque não existem médicos fora das capitais provinciais. O desempenho da PNG no domínio das exportações de petróleo, gás, ouro, cobre e madeira é excepcional. Há duas décadas que as exportações da PNG representam mais de 40% do respectivo PIB. Mas isso não se reflectiu em benefícios para a população no domínio da saúde. Se a Austrália e o Banco Mundial conseguirem provocar a saída dos 100 médicos cubanos que actualmente trabalham em Timor-Leste, e afastar definitivamente o maléfico sistema “comunista” que ofereceu 600 bolsas de estudo sem quaiquer encargos a jovens timorenses para que estudem medicina, os indicadores de saúde de Timor-Leste serão comparáveis aos da PNG. Depois há a questão da agricultura e das terras, que continuam a ser a principal fonte de sustento para a maioria das pessoas pobres em Timor-Leste. Também aqui, a opção neo-liberal é clara: culturas de rendimento orientadas para a exportação e títulos de propriedade que possam ser comprados e vendidos. É esta a razão porque o Banco Mundial e o Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD), na sequência da crise asiática e no âmbito dos seus programas de “ajustamento estrutural”, apoiaram na Indonésia o abate maciço de árvores (apesar das suas declarações a favor das “florestas sustentáveis”) e o desenvolvimento de programas de produção de óleo de palma em mais de 2 milhões de hectares. Tratou-se de uma catástrofe ambiental que ignorou completamente os direitos sobre a terra das populações que habitavam nas florestas e que afectou seriamente o seu sustento e modo de vida. A abolição dos subsídios ao arroz e ao petróleo para uso doméstico provocaram violentos protestos em Jacarta.

Em Marrocos, onde a posse e usufruto da terra foram racionalizados para permitir as culturas vocacionadas para a exportação, as populações foram expulsas dos locais onde viviam e o sector da agricultura de subsistência foi gravemente afectado. No Peru, nos anos 1990, durante a presidência de Fujimori, as propriedades com menos de dez hectares foram eliminadas no âmbito de um processo de racionalização da agricultura. Milhares de pequenos agricultores foram expulsos das suas terras. Em Lima, a eliminação dos subsídios aos combustíveis provocou uma epidemia de cólera que causou 2000 mortes em seis meses, porque os pobres não podiam pagar o combustível necessário para ferver água. As instituições públicas, tão importantes na definição da identidade de uma nova nação, são frequentemente atacadas pelas forças neo-liberais que colocam entraves ao seu funcionamento. A segurança alimentar constitui uma grande preocupação das autoridades de Timor-Leste, que em 2000 solicitaram a ajuda do Banco Mundial para reabilitar os seus arrozais, fortalecer a agricultura de subsistência e criar uma rede de silos públicos. O Banco Mundial e a Austrália recusaram. A assistência à agricultura só existia para as culturas vocacionadas para a exportação. Timor-Leste foi aconselhado a importar arroz. Apesar desse revés, o governo independente decidiu desenvolver o sector da orizicultura, sem o apoio do Banco Mundial. Esta opção ideológica pelas culturas de rendimento vocacionadas para a exportação explica a política sustentada de subsidiação da indústria do óleo de palma na Papua Nova Guiné por parte do Banco Mundial, BAD e Austrália, embora o sector seja dominado por grandes empresas estrangeiras. Os pequenos agricultores beneficiam muito pouco desta indústria, embora tenham de suportar custos ambientais significativos. O desenvolvimento de infraestruturas também está orientado para a monocultura das variedades de rendimento destinadas à exportação. A “transição” para regimes “amigos do Ocidente” é frequentemente acompanhada de promessas de assistência e investimento estrangeiros, que podem trazer consigo benefícios mais alargados.

Mas, em tais circunstâncias, muitos países pobres defrontam-se com o “dilema da Nicarágua”. Depois de se terem desembaraçado do governo sandinista em 1990 (através de uma guerra de guerrilha e de um bloqueio económico), os EUA renegaram as suas promessas de assistência e o investimento estrangeiro não se materializou. O simples facto de se prometer aos investidores acesso aos recursos de um país com isenção de impostos não significa necessariamente que eles venham. Assim sendo, por que razão participam os dirigentes dos países em vias de desenvolvimento em programas neo-liberais, quando os mesmos têm efeitos tão negativos para as populações mais pobres? Por vezes, porque foram obrigados a negociar soluções políticas para alcançarem a independência. Outras vezes, porque existe uma formulação débil de políticas e uma vontade de acomodarem e se adaptarem às grandes potências. É possível ver traços disso na actual situação em Timor-Leste. No entanto, esses dirigentes (como Suharto, na Indonésia) acabam muitas vezes por fazer parte eles próprios da elite empresarial, aceitando comissões, rendas e outros benefícios dos programas de assistência e das privatizações. A “boa governação” neo-liberal (anteriormente designada “política de ajustamentos estruturais”) tem, as mais das vezes, promovido e não evitado este tipo de corrupção. É difícil avaliar, neste momento, o papel da Austrália na sabotagem da independência de Timor-Leste, uma vez que a barragem mediática influencia o desejo de nos vermos como os “salvadores” desse pequeno país. Mas não somos nada disso. Os amigos australianos de Timor-Leste devem ser capazes de reconhecer a possibilidade chocante de o país se transformar num protectorado neo-liberal, e manter o seu apoio a uma nação independente.
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Anónimo disse...

Bem, há pessoas que quando acordam ainda vêem pior do que o que estavam.

A crise que se diz institucional, a crise dita do braço de ferro vem claramente da incapacidade de um Governo ter insistido sobre as ruínas e reinsistido e que continua e não parará para pensar, foi provocada isso sim pelo que os senhores andavam a fazer e fizeram.

Desviem-lhe quantas vezes quiserem o centro da origem, esforçem-se que quanto mais o fizerem mais ficará à mostra os intuitos que pretendiam com a desestabilização velada e abertamente atirada para a cabeça das pessoas: sem a FRETILIN não haverá estabilidade em Timor-Leste! Quem disse isto meus senhores?

Ainda bem que existiu braço de ferro entre quem existiu caso contrário não imagino o que aconteceria. Essa lenga lenga (agora) da democracia, do diretito etc e tal VOCÊS NÃO O RESPEITARAM!

Tenham mas é vergonha do estado em que mergulharam o país por tão veemente atitudes políticas e veremos ainda a que nível de responsabilidade criminal.

Na verdade pouca gente se refere que a inibição dos cidadãos viverem em paz e segurança é esse sim um dos maior crimes. De quem é a culpa? Quem governa? Quem detém poder sobre as F-FDTL? Quem dá ordens à PNTL?

E afinal que é que aconteceu?

Anónimo disse...

De PORTUGAL

Participei na solidariedade com Timor desde 1975.
O meu país foi varrido por uma onda de solidariedade, onde as “bandeiras brancas” nas janelas, superaram as bandeiras Portuguesas do “euro 2004” e ás actuais do mundial na Alemanha.
Os comentários que ouço por aqui, em Portugal, são de desilusão.


Das leituras dos vossos comentários não conseguimos compreender o PORQUÊ da
Gravidade dos actos “criminosos” do PM e da Fretilin?

O que foi/é tão grave que tenham OBRIGADO a MATAR, QUEIMAR e DESTRUÍR?
E a deslocar tantos milhares?

SE A FRETILIN distribuiu ARMAS, QUEM AS DESTRIBUIU AOS AMOTINADOS?

Mas não podem resolver os eventuais erros políticos do PM em eleições em 2007?

Cá temos um Governo eleito com MAIORIA ABSOLUTA e muita gente não gosta do que está a fazer. Não recebem notícias de casas queimadas e distribuição de armas, pois não?

TUDO O QUE AQUI ESTÁ RELATADO, E TUDO O QUE FOI PUBLICADO NA NOSSA COMUNICAÇÃO SOCIAL NÃO JUSTIFICAM EM NENHUM MOMENTO
OS ACTOS DE SUA EXCELENCIA O SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA
X. GOSMÃO, NEM SUAS EXCELÊNCIAS REVERENDÍSSIMAS OS DOIS BISPOS DE TIMOR (As manifestações de 2005 e o actual silêncio), NEM DO PRÉMIO NOBEL R. HORTA.

TIMOR tem muitos recursos, cujo retorno TEM que estar garantido para o vosso desenvolvimento. ONDE ESTÁ AQUI A DISCUSSÃO ACALORADA (acalorada não queimar casas e bens) SOBRE A PARTILHA COM A AUSTRÁLIA? A REFINARIA? OS POSTOS DE TRABALHO A CRIAR? AS VOSSAS EXPORTAÇÕES? O GARANTIR QUE A RIQUEZA FICA NO PAÍS?
TENHAM JUÍZO E AJUDEM O VOSSO PR, BISPOS E R. HORTA TAMBÉM A TÊ-LO.

NÃO PODEM VIVER ETERNAMENTE Á CUSTA DO APOIOS EXTERNOS.
NÃO FAÇAM OS AMERICANOS E INDONÉSIOS “CONFIRMAR A JUSTEZA DA INVASÃO DE 1975”.

Eu por mim não volto a ser solidário.

Passei a exigir o regresso dos nossos polícias e demais cooperantes e o fim do envio de subsídios.
EM PORTUGAL também há muita gente a passar fome.
E parabéns a quem criou este espaço, (Malai Azul ?)

Anónimo disse...

Anónimo das 6:53 PM: você sabe que o Rogério Lobato na única entrevista que deu ao Expresso, contou exactamente a mesma versão, quando falou dos pisteiros que a PNTL contratou para dar formação à tal UPR. Você sabe também que sempre o que o PM negou foi que a Fretilin tivesse arranjado qualquer esquadrão para eliminar os opositores e que são os apoiantes de Xanana quem têm feito a ligação entre os pisteiros da PNTL e os inventados esquadrões. Você sabe isto, nem me espantava que fosse um dos muitos anónimos que têm andado também a “vender” esse peixe podre. Quanto ao inquérito do Público, fique sabendo que eu até nem acredito em inquérito ou mesmo em sondagens, pois normalmente não são representativas da sociedade e normalmente também não sabemos se seguiram todos os métodos científicos. Mas que tem dados interessantes tem, principalmente porque nesta altura (18:30), já “votaram perto d3 3,800 o que é um número elevado e os resultados mantêm-se globalmente e são os seguintes:

Quem é o principal responsável pela crise em Timor-Leste?

1 - Xanana Gusmão 30 % (1153)
2 - A Austrália 28 % (1091)
3 - Mari Alkatiri 27 % (1041)
4 - A Igreja 8 % (321)
5 - A ONU 4 % (168)

Anónimo disse...

MOMENTO DE ALEGRIA TAMBÉM EM TIMOR-LESTE:

PORTUGAL NAS SEMI-FINAIS.

GANHOU, A PENALTIES

3 - 1

Anónimo disse...

Anónimo das 1:51:22 AM : eu concordo com a análise que faz mas discordo da conclusão que tira, isto é, dentro das minhas possibilidades continuo solidária com a luta do povo de Timos e da Fretilin pela sua independência e soberania nacional.

Anónimo disse...

eu, por mim, sinto a falta da informação do Malai azul. Habituei-me a encontrar uma informação equilibrada, uma análise cuidada.
Para os que falam de Portugal... com as devidas distâncias pensem que em 75 tb houve o jogo combinado de serviços secretos, de americanos, de sectores dos mais retrógrados da Igreja Católica, tb queimaram sedes de partidos, colocaram bombas em casas de democratas... Somos ingénuos? o capital não existe? a luta dos povos é assim tão fácil?deixemo-nos de sobrancerias "bacôcas" e de paternalismos de cácarácáca...

Anónimo disse...

Continua tudo muito complicado nas nossas cabeças. Outras há que têm afinal a noção clara dos responsáveis...
Ainda não vi nada dessa parte confirmar-se.

A única coisa que vi foi de facto as instituições que deveriam salvaguardar a ordem e a normalidade a não o conseguirem fazer! Essa responsabilidade não sei a quem pode ser afectada, mas convém dizer que o prolongamento de uma crise que poderia ter sido sanada na sua origem o não foi, e, essa responsabilidade, coube e cabia aos únicos responsáveis políticos - o Governo!

A que se assistiu? A um arrastar para se chegar à conclusão que se demitia de funções o seu máximo responsável político? Que conclusão curiosa! Demorou tempo a raciocinar.

Sobre sondagens ou outras similares? Pois bem, prenda-se Xanana Gusmão por ser o máximo instigador da coisa! Seguramente que não se inibirá a qualquer investigação. Isso é uma coisa outra é aquilo que de facto uns senhores tão apensos à defesa da Democracia, Soberania, Independência e Normal Funcionamento das Instituições Democráticas não tivessem estes tido a visão clara de que o seu comportamento político de braço de ferro com aquele que é o último dos garantes exactamente do normal funcionamento das mesmas tivesse que, goste-se ou não, tomar as atitudes que tomou.

Não venham com falinhas mansas que isso é como omitir os factos que ao longo da História de luta foram cometidos e que ainda hoje não houve coragem política por parte daqueles que os cometeram e, a simplesmente, pedirem desculpa!

Desviaram completamente as atenções do que estavam a montar meus senhores. Pedem Justiça quando a injustiça imperou com uma maioria partidária no Parlamento. A injustiça social também vos acompanha. O afastamento do POVO foi evidente durante estes 4 anos. Se quando houver eleições e o POVO votar FRETILIN significa tão só que quer isso mesmo. Se pelo contrário votar noutros será também a sua vontade. Isso se verá! O que não se quer ver nem tão pouco que aconteça mais é aquilo a que se assistiu com a impotência de imediatamente ser resolvida para bem de todos. Quem arrastou a questão política foi a FRETILIN completamente intrincheirada na Constituição que em último recurso nem lhe dá sequer razão. O NORMAL FUNCIONAMENTO DAS INSTITUIÇÕES NÃO ESTAVA CLARAMENTE ASSEGURADO NEM DEFENDIDO! Se o PR é o seu último garante, verificou-se que não tinha obviamente meios de força para a defender. Nem sequer o Estado de Sítio foi declarado, porquê? Porque não o quiz fazer. Quem deu o braço a torcer foi o PR para se assistir a um contiuado jogo de parada e resposta por parte da classe política no Poder. Não foi mais que isso. É claro que Xanana iria ser duro a ponto que ninguém admitiria como o fez com a declaração de 22 de Junho de 2006, onde pelos vistos nem Adelino Gomes percebe o porquê daquilo...

Agarrem outra vez no texto e releiam. Está lá tudo.

E o que esteve do outro lado?

O caos e a ruína! Com a intransigência, com o agravar de tudo. E falam de idoneidade? Fala de princípios democráticos? Escudaram-se com a Constituição blindada que inventaram em 2001 a prova foi a não existência de soluções que agora se exigiam.

O verdadeiro crime é o atentado contra a própria vida das pessoas - isso merece acções céleres! Não, estiveram uma vez mais a fazer política!

Anónimo disse...

Não percebo essa luta contra o capital quando aceitaram então O GRANDE NEGÓCIO DO CRUDE! Mas estão todos doidos?

Politicamente a FRETILIN paira numa direcção radical e ponto final. Se assim não fosse não teria cometido a prepotência de se ter votado de sovaco no ar no seu próprio Congresso. Estavam com receio de alguma coisa? Quantos funcionários públicos estavam no Congresso? Não tinham já assegurados a maioria de delegados que apoiavam a FRETILIN? Para que foi então necessário demonstrar uma das mais estranhas das votações, em plena crise, quando afinal estavam seguros? Era para mostrarem para fora algum indicador? Vejam onde cairam então. Vejam para onde levaram as coisas.

Sereneiem os ânimos que em eleições todos terão oportunidade de verificar afinal quem tem confiança em quem. Está por contar o que quereriam dizem quando afirmaram que "sem a FRETILIN não há estabilidade"! Então mas houve até hoje estabilidade com a FRETILIN?

Antes houvesse, é isso que lamento não ter acontecido.

Anónimo disse...

O mais curioso é que falam fala e falam. Então e a Igreja? Quando falar o que irá acontecer? Qual é a percentagem de católicos que não quer entrar neste estúpido ram-ram político? Por muita força que obviamente pode facilmente exercer sobre os mesmos. Pois é claro, se os senhores políticos se comportam aversos às necessidades do povo a Igreja fica com o terreno completamente livre para ser aquela que vos vai fazer abrir os olhos.

Os tempos são outros. Reconcilien-se que não têm outra solução.

E que todos os crimes sejam investigados e os seus executores, mentores e ideólogos sejam punidos!

Anónimo disse...

Alguma coisa estava verdadeiramente mal pois não é nenhum filme de ficção o que se passou.

Os responsáveis devem ser desmascarados e levados à Justiça.

O preço político da crise tinha de ser pago por quem a não resolveu antes, que era sectorial e veja-se lá, no pilar essencial e último da estrutura de Estado.

Uma vergonha!

Anónimo disse...

Anónimo das 3:56 PM: A quem os soldados supostamente descontentes se começaram por dirigir foi ao Xanana por ser (diziam) o Chefe Supremo das Forças Armadas. Este enrolou, enrolou e acabou por despachar para a hierarquia militar. Esta, juntamente com o governo arranjou uma comissão para ouvir as queixas, convocados os soldados não só não apareceram como desertaram, o governo arranja nova comissão com os quatro órgãos de soberania a igreja e a sociedade civil. O processo repetiu-se, os soldados não apareciam quando convocados e continuavam na situação de desertores. O Chefe do Estado-Maior acabou por decidir o mínimo possível: o despedimento de quem já há dois meses não comparecia no seu local de trabalho. O governo, responsavelmente endossou a decisão da hierarquia militar, o PR, irresponsavelmente vem não só censurar a decisão tomada como – pasme-se! – a responsabilizar o PM por isso.
Quanto às forças policiais, o seu comandante, não só não cumpriu a ordem de manter a segurança pública não só quando dos desacatos dos militares concentrados durante dias frente ao edifício do governo, como, quando os apoiantes militares começaram a queimar casas e a lançar o pânico na cidade (e lembremos que das primeiras vítimas foi a senhora e cinco filhos mortas queimadas e familiares do antigo ministro Rogério Lobato), pura e simplesmente o Chefe máximo da Polícia desapareceu e mantém-se desaparecido até agora. E por aqui foi dito mais duma vez – e nunca desmentido! – que ele desapareceu para a casa fora de Dili do PR! Que por lá parava e de lá vinha às vezes apoiar os apoiantes nos desacatos na cidade.

E entretanto víamos o Ramos Horta, o Ian Martin, e o Xanana a reunir com os chefes desertores, os alfredos, os salsinhas, os taras, os tilmans. E desses dois (Xanana e Horta), nem uma palavra de respeito para com o Chefe de Estado Maior e todos os dias bocas e invenções contra o governo em geral e o PM em particular.

Acha então que com esta actuação dum PR alguma instituição que devia manter a lei e a ordem poderia manter essa mesma lei e ordem? Há que atribuir as culpas a quem as tem. Se o anónimo duvida do que lhe estou a contar tem um bom remédio. Vá ao site da UNOTIL e leia as notícias desde por exemplo Fevereiro deste ano. Dá um bocado de trabalho pois são muitas, mas se quer seriamente discutir a questão faça isso. Eu fi-lo!

Anónimo disse...

Anónimo das 4:06:02 AM: Até aqui o argumento era que votar de braço no ar num congresso partidário era ilegal e inconstitucional (o próprio Xanana o disse), como toda a gente já percebeu que face à lei isso é perfeitamente legal em Timor-Leste e que nenhuma Constituição do mundo (nem a da Timor-Leste) fala desses pintelhos, agora o anónimo diz que votar de braço no ar é “prepotência”. Esquece-se de explicar porquê. E por causa desta “prepotência” conclui, sem apresentar um único argumento que a direcção da Fretilin é “radical e ponto final”. Agora percebo porque é que em quatro anos de funcionamento do seu Parlamento Nacional nenhum dos dez partidos da oposição lá representados, apresentaram uma única proposta. É que a oposição timorense não tem ideias, só slogans. Como bem se vê nesse texto deste anónimos. Só slogans e preconceitos, a vacuidade total. Só espero mesmo que não inventem mais história nenhuma para mandar as eleições para as calendas.

Anónimo disse...

Anónimo das 4:09:15 AM: até parece que a Igreja não está por aí há mais de quatrocentos anos, e até parece que a Igreja não mexeu os cordelinhos nas últimas eleições. Claro que mexeram os cordelinhos, claro que já então, dos púlpitos os padres demonizavam o Alkatiri, claro que continuam a demonizá-lo a ele e à Fretilin, mas claro também que os timorenses sabem distinguir o que compete e não compete à Igreja e ao Estado fazerem. E não esqueça, os timorenses têm fé, mas também têm olhos na cara e sabem distinguir o que muitos padres não sabem: o que compete a cada um. O tal de dar a César o que é de César e dar a Deus o que é de Deus. E não esqueça que o voto é SECRETO! E é por isso mesmo que eu receio mais tretas para adiarem indefinidamente as eleições.

Anónimo disse...

DE PORTUGAL
ANTONIO CARLOS -anónimo das 1.51-
Resposta ao anónimo das 3:54
Em Portugal em 74/75, da facto também se queimaram sedes e foi gente assinada.Mas os números são abismais, e além disso QUEIMARAM-SE ALGUMAS SEDES DO PCP E DO MDP, DESTRUIRAM-SE SEDES DA DIREITA. SEDES DE PARTIDOS NÃO AS PARCAS HABITAÇÕES ( ALIÁS QUE ME LEMBRE SÓ HOUVE UM ATAQUE HÁ BOMBA - S. MARTINHO DO CAMPO -A UM CASA, QUE PROVOCOU A MORTE A DUAS PESSOAS).A DIFERENÇA COM OS MILHARES DE REGUFIADOS É MUITO GRANDE. ISTO NÃO É PATERNALISMO SÃO NÚMEROS.E QUEM TEVE MILHARES DE MORTES COM A OCUPAÇÃO DA INDONÉSIA DEVERIA TER MAIS JUÍZO.
PARA A MARGARIDA:CONCORDO CONTIGO NÃO VAI HAVER ELEIÇÕES NENHUMAS O NOVO GOVERNO GUSMÃO/HORTA IRÁ FICAR ATÉ QUE HAJA GARANTIAS QUE A AUSTRÁLIA CONTROLE TOTALMENTE O PETRÓLEO E O GÁZ. E DEPOIS A FRETILIN PODE VIR "GOVERNAR COM AS MIGALHAS QUE FICAREM"

Anónimo disse...

António Carlos: fez bem em lembrar que em Portugal no Verão de 1975 - uns meses antes dos fascistas indonésios terem invadido Timor-Leste e provocado tantas mortes, na ordem das centenas de milhares -, também os reaccionários e fascistas portugueses lançaram actos de terrorismo por cá.

Lembro-me que o primeiro foi um atentado à bomba no consulado de Cuba que matou dois funcionários. E depois foram os ataques`a inúmeras sedes do PCP. E quem fazia os ajuntamentos eram padres e bispos, tocavam os sinos das igrejas, juntavam o povo, inflamavam-no com discursos anti-comunistas primários, incendiários, e assim, debaixo das saias dos padres, os fascistas atacaram quem já antes do 25 de Abril atacavam, só por quererem liberdade e democracia para o país. Este eram os "crimes" dos comunistas portugueses, quererem liberdade e democracia para todos e melhores condições de vida, mais igualdade social, mais futuro para os jovens, mais dignidade para os reformados.

E lembra bem que muito. muitíssimo mais sofreram os timorenses. É que depois da invasão brutal estiveram 24 anos debaixo do jugo deles. Claro que houve quem se aproveitasse, até houve quem lucrasse bastante e até houve quem preferia que a invasão indonésia continuasse. Afinal se 80% dos timorenses votaram pela independência, houve 20 % que votou contra a independência. E nem me espantava que muitos desses sejam agora apoiantes do Xanana. Pois ele no tal discurso de 22 de Junho onde atacou miseravelmente a Fretilin, não dispensou encómios ao tal chefe das milícias pró-indonésias que em 1999, depois do referendo, espalharam o caos e provocaram mais 1500 mortes. Sobre esse terrorista lançou o Xanana a sua compreensão, veja lá! O mesmíssimo Xanana que vomitou ódio não só contra o PM, como também contra o Presidento do Parlamento Nacional, deputados e ministros.

Anónimo disse...

Margarida:
Antes de falar leia a Lei dos Partidos de Timor-Leste. É clara violação da Lei eleger os dirigentes sem ser por voto directo e secreto (manias burguesas). Outra coisa é, saber quem tem direito a reclamar contra isso, e claramente a jurisprudência diz que sendo um Partido uma entidade privada de direito público, só os Delegados poderiam reclamar. O PR não tinha nada que se meter nisso. O que não faz com que votar de braço no ar esteja certo, até de acordo com a dita Lei que a própria FRETILIN fez aprovar.
É verdade, houve fascistas que fizeram isso tudo em 1975, e houve comunistas (ou oportunistas vestidos de vermelho) que ocuparam terras que não eram deles, e nacionalizaram bancos e seguradoras e transportadoras que tinham dono. E à semelhança dos grupos que apoiam o Xanana agora, também houve cá em 1975 comissões de moradores que montaram barricadas nas estradas e revistavam os carros das pessoas, juventudes comunistas que impediam RGAs nos Liceus quando eram convocadas por "forças anti-democráticas" que eram todas as que não fossem a UEC, etc... Já nos esquecemos desse tempo vergonhoso? Eu não. Lembro-me e bem e ainda hoje me custa aceitar que neste país isso tivesse acontecido. Pois os comunistas portugueses queriam a liberdade, a democracia, mas não a que conhecemos hoje. Era aquela que reinava naquele império que Álvaro Cunhal chamava de o "Sol da Europa". Onde nem existiam sindicatos porque não eram necessários. Exactamente o mesmo que Salazar dizia. Coincidências.... Ou talvez não, duas faces da mesma moeda... a ditadura, a repressão, polícia política, Tarrafal e Gulags. Entre um e outro, venha o diabo e escolha. E com "amplas liberdades" dessas era saírmos duma para nos metermos noutra. Livra!!!!
Distribuir armas a civis também não pode estar errado, até Otelo disse que "Sim, sim mas estão em boas mãos". A memória é curta.
Nada disto retira um vírgula à minha admiração pela politica macro-económica, de educação e saúde de Mari Alkatiri. Mas como a FRETILIN queria eternizar-se no poder.... lá vieram as asneiras do costume. E quem se lixou mais uma vez? Quem está a viver em acampamentos de deslocados, quem ficou sem haveres nem casa, enfim...

Anónimo disse...

Anónimo das 10:41:22 AM :
1 - Quem não leu a lei partidos políticos parece que foi você. Eu até já a tinha inserido num comentário anterior mas volto a repeti-la. Cá vai:
“Lei n.º 3/2004, sobre partidos políticos
Art. 18.º
A organização interna dos partidos políticos deve obedecer a regras democráticas básicas, designadamente às que se seguem:

a)...
b)...
c) Os titulares dos órgãos de direcção só podem ser eleitos, por voto directo e secreto de todos os filiados ou assembleia deles representativa.”
Isto é, a direcção como vê pode ser eleita ou directamente por voto secreto de todos os filiados ou por assembleia deles representiva. Não é precisamente o congresso uma assembleia representativa de todos os filiados da Fretilin? Claro que é. E foi precisamente por isso mesmo que NINGUÉM impugnou o congresso. Nem nenhum filiado da Fretilin, directamente para o órgão fiscalizador da Fretilin ou para o próprio congresso, nem nenhum cidadão de Timor-Leste junto do tribunal de Dili, e nem mesmo o procurador-geral que dele teve conhecimento pois foi um acto público, devidamente publicitado. E não impugnaram porque todos sabiam que era (é) legal essa votação. Ou é por acaso que o Xanana deu uma semana para a Fretilin repetir o Congresso e deixou de imediato cair essa reclamação? Foi pura chicana política a discussão sobre a votação de braço no ar. Pura maquinação anti-Fretilin. Toda a gente sabe isso.

2 – Quanto às acusações contra o PM: primeiro diziam que era o responsável pelo despedimento dos 600 soldados – essa foi, lembramo-nos todos, – a acusação repetida até à exaustão e que lemos (ainda hoje) em tudo quanto era media e em todos os textos da Lusa. Depois veio a infâmia dos esquadrões para eliminar os inimigos políticos. Tal como a primeira, também a lemos em todos os textos sobre o assunto, nos media do sistema. Foram em síntese esses os “crimes” (além da “ilegalidade” do braço do ar) apontados ao PM para justificar a sua remoção. E de repente este anónimo já nem fala delas, de repente os “crimes” já nem são do PM, já são da Fretilin. E que “crimes” são então os que a Fretilin cometeu? Nas suas próprias palavras “a FRETILIN queria eternizar-se no poder” pois tal como os “os comunistas portugueses queriam a liberdade, a democracia, mas não a que conhecemos hoje”! Esta é afinal a confissão do golpe. Eles fizeram agora o golpe porque em eleições eles sabem que a Fretilin vai novamente ganhar. E para fazer o golpe chamaram as tropas australianas e neo-zelandezas que lhes serviram de guarda pretoriana. E os autores do golpe foram Xanana e Ramos Horta que com a bênção da Igreja usaram como seus instrumentos Alfredos, Salsinhas, Tilmans, Taras, Railós, Paulos Martins e restante tropa fandanga. Eles não querem nem liberdade nem democracia, eles querem que Timor-Leste seja um feudo do império, da Austrália ou da Indonésia tanto faz. Agora da Austrália porque é quem mais lhes paga e porque a Indonésia ainda está mal vista do sangue timorense que derramou. E o ´”crime” do PM e da Fretilin é querer a liberdade, a democracia, a independência e a soberania nacional. Mas a luta continua e fico para ver se vão mesmo haver eleições em Timor-Leste. Por isso faz muito bem a Fretilin em dizer que agora, o importante é trabalhar desde já para as eleições.

Anónimo disse...

Eu não devo saber ler português.
A alínea C) parece-me clara.
"Os titulares de órgãos de direcção só podem ser eleitos por voto secreto e directo de todos os filiados (as chamadas directas que o PS inaugurou em e que CDS e PSD seguiram) ou assembleia deles representativa (ou seja podem ser eleitos por representantes, mas mantendo a obrigatoriedade do voto secreto, como é óbvio).
Óbvio e natural acrecento eu, em democracia e liberdade.

Anónimo disse...

Não está lá escrito isso de "mantendo a obrigatoriedade do voto secreto" pois não? E quem propôs a lei foi a Fretilin, não foi? E já pensou porque é que quem propôs e aprovou a lei deixou as coisas tal como a lei aprovada? Precisamente porque entendeu deixar a liberdade à Assembleia! E na maioria dos países isso é assim. Veja a lei francesa, por exemplo. Ou a inglesa. Deixam aos partidos a liberdade para se organizarem, precisamente porque há liberdade e democracia e porque os partidos políticos são associações de cidadãos que se juntam livre e voluntáriamente para os fins que eles próprios decidem. Isto sim é liberdade e democracia sem interferência estatal. O Estado deve estar ao serviço de todos os cidadãos, os partidos não são organizações estatais, são associações de parte da sociedade e compete aos seus sócios decidiram da sua vida, organização e objectivos. Num partido só se responde perante os outros sócios porque o partido é uma associação de cidadãos que livre e voluntáriamente se uniram. E quem está num partido e não concorda com a maioria, ou tenta influenciar por dentro ou não conseguindo, de quiser sai. E junta-se a outros para formar outro partido se o entender fazer. Mas num partido quem manda são os sócios (filiados, militantes, membros). E se os filiados da Fretilin decidiram pelo braço no ar, está decidido. E se num próximo congresso decidirem por voto secreto, está decidido também. Eles é que mandam, a decisão maioritária tem que ser acatada, porque a Fetilin pertence aos militantes que em cada momento decidem o que é melhor para eles. Mas eles, e só eles é que decidem. Eles e só eles é que têm legitimidade para decidir.

Anónimo disse...

Realmente as pessoas lêm como lhes interessa, descartando as regras gramaticais.
O "ou" está na Lei para dizer que tanto podem ser eleitos pelos filiados como por assembleia deles representativa. No que concerne ao método de eleição, só fala em voto secreto e directo. Não diz braço no ar, não diz por número de palmas, não diz mais nada.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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