Díli, 11 Mai (Lusa) - O chefe dos observadores da União Europeia às eleições presidenciais timorenses disse hoje à Lusa que "o povo timorense esteve acima dos candidatos" e criticou a troca de "acusações sem fundamento" durante a campanha.
"O povo timorense deu uma grande lição de paz.
Creio que esteve acima dos candidatos", declarou Javier Pomez Ruiz à margem da apresentação do relatório preliminar da Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (MOE-UE).
"Os dois candidatos lançaram acusações sem fundamento durante a campanha. Este país não precisa disso", acrescentou o chefe da MOE-UE.
A missão validou as eleições presidenciais, considerando que "o processo eleitoral melhorou desde a primeira volta, mas são necessárias mais mudanças para as eleições legislativas que se aproximam".
O chefe da missão fala de "muitas imperfeições, mas o nível destes problemas é muito baixo. É como nos países europeus. É por isso que para nós este processo eleitoral é válido".
"Este país precisa de paz e de reconciliação. Eu sou um político, mas em política nem tudo é moralmente permitido", afirmou Javier Pomes Ruiz.
"Apelo aos políticos para que nas próximas eleições usem argumentos políticos, programas, soluções, e não ataques pessoais, como assistimos nestas eleições presidenciais".
"Ambos os candidatos enfatizaram questões de discórdia e negligenciaram a necessidade de falar em favor da reconciliação nacional", nota o relatório da missão de observadores.
A MOE-UE "espera que os líderes políticos não recorram a linguagem mordaz e inflamatória nas eleições legislativas" de 30 de Junho.
Sobre o desenho institucional e legal das eleições, Javier Pomes Ruiz defende a independência da Comissão Nacional de Eleições e a reserva de "um papel apenas técnico para o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral" (STAE), dependente do ministério da Administração Estatal.
"Não podemos ver páginas inteiras de anúncios de STAE contra a CNE e da CNE contra o STAE.
Isso é um pequeno escândalo", sublinhou Javier Pomes Ruiz.
"Pedimos às autoridades que ponham a CNE no lugar que lhe corresponde, de chefia das eleições, e o STAE às ordens da CNE", acrescentou o chefe da MOE-UE.
A validação genérica das eleições não impediu a MOE-UE de criticar num extenso relatório diferentes aspectos do escrutínio.
"O povo timorense deu um passo importante no sentido das instituições democráticas", diz o relatório preliminar, que fala da segunda volta como "um exercício bem conseguido das lições aprendidas" A MOE-UE mobilizou um total de 34 observadores de 17 estados-membros, colocados em todos os 13 distritos do país.
PRM Lusa/Fim
domingo, maio 13, 2007
Timor-Leste/Eleições: "O povo esteve acima dos candidatos"- chefe missão UE
Por Malai Azul 2 à(s) 21:26
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Mais uma vez o chefe da missão de observadores da UE vem meter o bedelho onde não é chamado e a interferir onde não lhe diz respeito e concretamente na Lei Nº O5/2006 de 28 de Dezembro, respeitante aos òrgãos da Administração Eleitoral, lei aprovada pelo Parlamento Nacional e promulgada pelo PR e onde está claramente definido que a CNE “é dotada de funções essencialmente fiscalizadoras” que o STAE é o “órgão executivo da administração eleitoral, precisamente por o ser, não pode deixar de estar na dependência do ministério que tutele a área” e que “detém fundamentalmente poderes administrativos, organizativos e consultivos”.
E inacreditavelmente chega ao abuso de preto no branco tomar partido nas disputas internas entre CNE e STAE pedindo que as “autoridades” ponham o CNE na “chefia das eleições, e o STAE às ordens da CNE"!
E depois do modo pacífico como decorreram as eleições, com uma elevadíssima participação eleitoral, com um rapidíssimo apuramento dos resultados, com mais de 100 queixas apresentadas nas instâncias competentes – o que só por si revela a atenção dos queixosos mas também a sua confiança nos mecanismos instituídos – tem o desaforo de proferir enormidades como “"O povo timorense deu uma grande lição de paz. Creio que esteve acima dos candidatos" ou “"Ambos os candidatos enfatizaram questões de discórdia e negligenciaram a necessidade de falar em favor da reconciliação nacional" e conselhos pacóvios e paternalistas tipo “"espera que os líderes políticos não recorram a linguagem mordaz e inflamatória nas eleições legislativas", quando não se ouviu da UE uma única palavra à linguagem provocatória do ainda PR em discursos à nação ou em artigos de jornal.
Observadores independentes os da UE? Uma ova!
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