quinta-feira, setembro 28, 2006

Transcrição do video "The Patriot" - IV

"A nossa paciência chegou ao fim, temos de acabar com o sofrimento, por isso mesmo como timorenses temos de nos levantar e exigir aos nossos governantes que nós próprios escolhemos, e que temos direito de os tirar do poder democraticamente.

Eles já não têm capacidade para continuar, eles não têm vergonha e têm a cara grossa como um pneu que nem se consegue cortar.

Precisam que os internacionais venham para poder lhes dar segurança, defendê-los, andarem a sua vontade e virarem-se contra o povo, o que vai ser de nós se isso continuar?

A nossa lei e justiça são geridos por outras nações, nós não temos nenhum direito.

Os nossos processos são feitos numa língua que não percebemos e somos condenados injustamente sem saber porque e temos de aceitar esta política.

Os presos políticos estão na prisão sem saber porquê, porque não sabem a língua, não percebem a lei qual é que os condena.

A lei nos tribunais é uma política controlada por um grupo mafioso de Maputo de Mari Alkatiri.
O Presidente do Tribunal reconhece-se como um internacional e não como timorense, como em bahasa se diz o amendoim que se esquece da casca.

Acreditem que se acontecer alguma coisa eles já terão a sua conta no estrangeiro, vários investimentos feitos por meio da corrupção.

Estudamos só pelo orçamento dos anos passados que até agora ainda não tiveram uma justificação e agora querem um orçamento novo, em bahasa se diz “tudo bem” inocente, na votação continuam a ganhar a maioria, e o povo continua a coçar a cabeça perguntando o que está a acontecer?

Por isso chegou o tempo para mudarmos, a estrutura tem de ser trocada, tem de haver um recrutamento bom, para a nossa defesa.

A instituição da defesa, da polícia e da polícia militar não podem envolver na política.

Eles não se devem envolver na política porque não tem o direito para votar.

Quando já não são membros destas instituições então têm a liberdade de votar este é um direito.
Se isto não é bom para a nossa terra, os timorenses têm um carácter diferente, temos de ter uma lei forte, para tudo poder correr bem.

A implementação tem de ser neutral, não escolhendo ninguém, nem seja Mari, ou Mariana ou Mariuana todos têm de cumprir a lei.

Todos vós meus irmãos têm de pensar muito bem, se a nossa nação continuar assim mais 30 ou 40 anos o que vai ser, temos de levantar agora, principalmente a nossa juventude.

Se não começarmos agora neste curto tempo não vamos conseguir.

Tenho uma mensagem para vocês acerca da minha pessoa:

Tudo o que tenho falado e tudo o que tenho lutado, posso dizer a todos, que é para esta nossa terra sagrada, para os espíritos, mortos e Deus e tudo o que acreditamos que seja sagrado, o diabo e o demónio, tudo o que está em Timor, que juro que nunca tive intenções de ser mais do que sou, nem um simples chefe de suco, nem chefe de posto nem nada, nem sonhei ser um membro do governo, nunca defendi um único partido nem a cor, nem fiz descriminações, mas tudo é porque amo a minha terra e por causa desta guerra se eu não estivesse armado também sofreria.

Hoje está tudo assim mas eu amo a minha terra o meu povo, amo a unidade por isso mesmo exijo o meu direito, principalmente a vós, meus irmãos, exijo que nós demos a mão bem forte para defendermos o nosso futuro, nosso direito, a verdade para esta nossa amada terra.

Muitos condenam-me dizendo que tenho interesses, meus irmãos, na defesa eu estive 4 anos, e tenho papel, e já por três vezes pedi a minha resignação, porque sei o envolvimento da defesa nos interesses políticos, feito pelos radicais.

Mas nunca foi autorizado pela autoridade, e por isso levantei-me contra eles, não contra eles como indivíduos mas contra as suas mentalidades as suas implementações que vão contra o que o povo quer.

Sou contra isto. Sei que os meus irmãos de lorosae não gostam de mim, digo-vos que ainda não defendi os interesses de loromonu só porque sou de loromonu, mas defendo o interesse de todos.
É tempo para nos perdoarmos, se algum de vós tem as mãos sujas tem de se responsabilizar, e os que não têm culpas e que foram vítimas têm de saber perdoar uns aos outros, para termos unidade.

Se continuarmos a arranjar conflitos, uns contra os outros poderemos matar-nos uns aos outros até ao fim, isto é mesma coisa que dar vantagens as pessoas que nos querem mal.

Meus irmãos, se eles não falassem o pouco português que sabem, eram parvos como nós, se eles têm coragem e são espertos vamo-nos sentar e resolver com a nossa língua com a nossa história e a nossa esperteza.

Acredito nos nossos intelectuais super mie que eles podem levar esta nação para a frente.

É tempo para os jovens se levantarem, os novos intelectuais e mandar o ferro velho descansar, para curtir porque nós podemos ir em frente.

Nós temos responsabilidade em relação aos nossos filhos e irmãos para o futuro do dia de amanhã.

Meus irmãos com o amor que sinto por esta minha amada terra, peço a todos os que sofrem, os que estão fora e os que andam comigo, coragem que havemos de vencer, uma vitória com unidade e paz.

Afastem os interesses privados, e juntem-se para a unidade nacional, para o futuro deste país.
A seguir quero dizer-vos mais que historicamente a base legal ou ilegal que eles nos condenam, e um segredo para os nossos governantes, para as nossas instituições, qual é a mudança que devemos fazer no futuro.

Meus irmãos pensem bem que a unidade é a chave para resolver esta crise, e só Timor é que poderá resolver. Pela vossa cooperação, não há ninguém que pague, mas esta nação paga, a vossa contribuição vocês próprios é que …..

Vamos todos viver em paz e cumprir a lei, e não com interesses de organizações, partidos e grupos com pensamentos radicais, que possam estragar o nosso futuro.

Peço a todo o povo de Timor que gosta de paz, para pensarem bem, criando esta mudança. Acreditem em mim, porque eu acredito em vocês. Peço aos jovens se algo me acontecer …….

(Outro filme)

Hoje dia 30, tenho de me desenrrascar para me safar da cadeia, não é porque fujo da justiça, mas sinto que tenho que estar fora, porque não compreendo esta justiça.

Já cumpri a minha obrigação, mas a lei não é correcta e por isso temos de abrir os olhos para ver como é que a justiça pode funcionar melhor.

Eu afastei-me da cadeia mas não me afasto da justiça.

Em qualquer oportunidade estou pronto a ser julgado, quando a justiça for implementada correctamente, quando o tribunal for independente, não fico contente enquanto o tribunal tiver indivíduos com interesses políticos, e também afastei-me para parar com os acontecimentos de fora, por isso não quero falar muito mais, havemos de nos encontrar e depois falaremos.

Peço aos jovens para pararem com estes actos de violência, agora precisamos estar unidos, compreender-nos, temos de dar as mãos e nos reconciliarmos, mas os que cometeram crimes tem de ser julgados quando a lei estiver certa.

Ninguém poderá fugir da justiça incluindo eu também.

Fiquem quietos e nos vossos lugares e devem acreditar em mim, chegará o tempo em que darei ordens e medidas para fazermos acções de paz.

Acredito nos jovens e lembrem-se das minhas palavras anteriores como não se deixar levar pelos interesses políticos, porque eles usam a vocês e a nós, e depois somos nós as vítimas e sofremos mais. "

FIM

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Transcrição do video "The Patriot" - III

"O problema de lorosae e loromonu veio da força, porque as forças não eram neutrais, porque quando existe a palavra F e FDTL só isto basta para ver que não há neutralidade.

Sabemos que a Falintil veio da política e foi a política que os formou para defender os seus interesses.

Ele não podia servir nas forças regulares, que defendem o povo, e quando estas duas coisas estão juntas está errado.

Não podemos deitar as culpas aos nossos heróis das FDTL, porque depois desta independência o governo mostrou a sua incapacidade em não criar um programa com um pacote em que a Falintil tivesse um papel separado e um valor histórico, para ficar sempre nos nossos corações e para podermos respeitar os nossos heróis, do que estar nas forças regulares, porque a ideologia de 24 anos de luta em guerrilhas nunca servirá para uma força regular de 4 ou 5 anos.

Eles não são culpados, mas uma vez que cometeram crimes têm de responder pelos seus actos.

Mas o governo é que teve interesse usando-os para dar apoio político para o partido que governa.

Mas este partido não tem culpa nem os membros deste mesmo partido, mas há algumas pessoas que estão dentro e que são os mais radicais é se aproveitaram da situação, sujando o nome das FDTL e da PNTL.

Sabemos quais os da FDTL e os da PNTL que têm interesse na política, alguns familiares que são ministros, por isso mesmo esta a acontecer tudo isso.

Vocês têm de trocar todo esse sistema, em primeiro lugar têm de mudar este governo, trocando este sistema como o povo quer, passando por um referendo antes das eleições.

Temos de acabar com este governo tirar os piolhos existentes neste governo pô-los de parte e entregar este governo nas mãos de um só governante, para governar dentro duma transição, para poder ter estabilidade.

Os que estão envolvidos em crimes como Mari Alkatiri têm de ir parar a cadeia e responsabilizar pelos seus actos.

Neste tempo de transição tem de se fazer um referendo para que o povo faça a sua escolha democraticamente do sistema de governação que eles querem, seja presidencial ou semi-presidencial.

Pede-se ao povo para fazer a sua votação, a ONU e os internacionais já cá estão, e podem servir de testemunhas.

Se não há lei eleitoral, podemos seguir a lei da ONU que é neutral.

Também tem de ser o próprio povo a escolher, o sistema da defesa que ele deseja por meio dum referendo, e tem de haver uma palavra interna e externa, ou seja uma polícia pública que tem a lei e a ordem, e a defesa da nação que dá uma segurança global ao país.

E como vai ser o recrutamento da Polícia e das FDTL? Tem de ser por um processo.

Como é que a Polícia pode ser membro da FDTL e a FDTL ser membro da Polícia, isto é segurança e tem de se perguntar ao povo.

Os nossos intelectuais super mie também podem. Tem de haver uma mudança.

Temos de saber também qual é o sistema judicial que queremos, saber se os juízes são timorenses ou internacionais.

Como dizem que os nossos advogados são de super mie, e que não compreendem nada de leis e como podem ser advogados?

Eles não compreendem a língua que é o português.

A lei tem de ser como o povo quer, a língua também seja da vontade do povo para representar a sua nação, como o makasae, o mambai, o fataluco, macalero ou tetum menos o português que é uma língua morta e que nem nos pode representar e que nem nas regiões podemos usar.

Uma língua altiva fazendo com que esquecemos de nós mesmos como timorenses.

Temos que fazer um referendo e o povo é que escolhe.

E as mudanças que o povo quer neste referendo serão um símbolo para esta nação e para que os que governem nunca mais mudará.

Isto tem de estar em baixo do povo.

Tem de se criar um conselho em que o povo possa defender os seus direitos, pesando juntamente com o Parlamento para a situação não ser manipulada pelo governo e continuar a matar as pessoas.

Eu sei que os intelectuais de super mie também têm capacidade para fazer tudo isso.

Quando amamos a nossa terra e o nosso povo, o nosso espírito nacionalista forte, podemos conseguir construir mas temos de ser unidos, dar ouvidos uns aos outros dar as mãos, assim é o timorense e o objectivo é só um.

Depois de tudo isso estar a correr bem é que podemos ir as eleições.

Sabemos que a nossa Constituição não está completa, tem muito que tirar e muito que aumentar.

Muita coisa tem de ser aumentada para que como a crise actual não volte a acontecer.
Precisamos de nos sentar e conversar, mas cada um só quer defender a sua parte nada conseguirá.

Sei que esta é uma crise política só se resolverá internamente, não se resolve com apoio internacional, nem com armas, nem com forças internacionais.

Não são os internacionais é que hão-de resolver os nossos problemas, mas temos de ser nós próprios a resolver. "

(continua)

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Transcrição do video "The Patriot" - II

"Todos sabemos que o nosso Presidente é que foi eleito pelo povo, ele é democrático para governar a nossa terra.

Ele é uma figura que anda por Díli, e todos sabemos que esta figura existe mas não manda.
Comparando o nosso Presidente com eles sabemos que quem trabalha e quem não trabalha, quem sofre connosco e quem não sofre.

Meus irmãos nós os jovens não devemos adorar, senão é mesma coisa que entrar num buraco, devemos é seguir e respeitar, ver o que fornecem para a nossa terra e o que sentimos em relação a eles.

É tempo para fazer mudanças, parar com as pedradas, parar com as expressões de lorosae e loromonu, porque não foram vocês é que disseram estas palavras.

Muitos de lorosae são inocentes e muitos de loromonu são traidores na sua própria terra, e muitos de lorosae também traíram os seus próprios amigos com muitas propagandas.
Mas isso tudo são interesses políticos, de algumas pessoas.

Caros irmãos, pensando bem, as pessoas que neste momento se encontram a dormir debaixo duma lona, com crianças, será que eles têm alguma culpa disso tudo?

Mas os governantes nem se interessam, isto faz parte do programa deles, porque se não houvesse deslocados não haveria internacionais, se não houvesse internacionais não haveria serviços e esta é uma política suja deles.

Não quero falar muito, vós, meus irmãos é quem mais sente em relação a estes problemas.
É tempo para fazermos reformas, e todos os jovens, pais, irmãos, todos se levantem para fazer uma mudança.

Esta nação precisa duma mudança em geral para reconstruir este governo, reconstruir o futuro.
Mas isso tudo tem de ser com paz, sem existir uma pedra, um berlinde, uma rama ambon e sem insultos.

Todos nós vamos exigir o nosso direito, em que o governo tem a responsabilidade.

Não se assustem por causa dos internacionais, eles vieram por causa do povo e não do governo.
Não há povo, não há governo.

O povo elegeu o governo para o servir e não para os sobrecarregar, governar e caluniar.

Quando forem fazer a vossa acção de paz reclamem o vosso direito com paz, eles não terão nenhuma força para vos derrubar.

Não tenham medo, há-de chegar o tempo para esta acção, porque é que não criamos um dia histórico para os jovens, um dia histórico para esta mudança?

Precisamos duma mudança, não é para trocar o governo, mas é para arranjar, precisa de mudanças no sistema.

Para o ano o governo terá a sua preparação para novas eleições, e acredito que antes disso haverá muita propaganda para virar uns contra os outros tudo por interesses políticos.

Não nos deixemos dormir, já não há tempo para isso.

Neste curto tempo tem de haver transformações.

Antes disso temos de ver os piolhos que existem no governo para afastá-los, porque nem todos lá são culpados, os ministérios têm de continuar, os que não sabem governar e os que estão envolvidos em crimes têm de se responsabilizar, entregando este poder ao Sr. Presidente que é nosso Pai e pai desta nação, pai dos jovens que sofrem.

Têm de se responsabilizar querendo ou não.

Esta é a continuação da luta que eles mesmo armaram e que nós sofremos.

O governo pode continuar mas tem de haver uma transição do Presidente para poder implementar a justiça antes das eleições.

As eleições podemos mudar para daqui a dois ou três anos não há problemas, porque não há justiça, nem segurança, nem estabilidade não haverá eleições.

Primeiro garantem a segurança e a estabilidade do povo então depois podemos fazer eleições.
Não caiam na propaganda das eleições, eleições.

Apela-se aos líderes dos partidos políticos para pensarem na nação, na unidade, abracem esta terra este povo, garantindo-lhes amor para que vivam em paz, porque eles não vos pedem um prato de comida.

Eles só querem a paz, felicidade, segurança e estabilidade.

Não usar deste tempo fazendo uma oportunidade para cada um, usando o povo, fazendo confusões entre eles.

Agora precisamos de unidade, unidade nacional, fazendo um governo de unidade nacional que o povo quer, só com esta mudança é que pode levar estas pessoas que são contra justiça para a justiça, cumprindo pena de prisão na cadeia e não é estar preso debaixo dum ar condicionado, com motorista e segurança privada.

Isso não pode ser, isto assim é uma máscara uma propaganda para controlar tudo.

Meus irmãos, a seguir apresento alguns dos meus planos que acho bom para a mudança da nossa terra, precisamos de fazer esta mudança democraticamente:

Peço a todo o povo de Timor que quer a paz, e ama a justiça, que é tempo para se prepararem, eu hei-de fazer chegar a data e o dia para irmos a Díli exigir o nosso direito, democraticamente aos nossos governantes, quem é que se responsabiliza por esta crise toda. Iremos, e aos jovens marcaremos um dia histórico para nós, o dia da mudança, democraticamente determinados quem é o autor destes maus actos. Esperem a data e o dia. Esta acção será feita em paz, não distinguindo ninguém todos somos timorenses.

Exigimos a responsabilidade do governo, porque esta crise veio do governo, esta crise foi feita pelo governo, porque este nosso governo não tem capacidade, nem credibilidade para governar por isso estamos assim. Se ele próprio não tem capacidade nem credibilidade porque é que o havemos de deixar seguindo o seu caminho errado?

Ele não sente vergonha da sua incapacidade para controlar e governar esta nação, convidando as forças internacionais para nos envergonhar ainda mais.

Eles estão cá, tudo bem mas onde vão mostrar as suas caras?

Não têm capacidade para resolver os problemas internos, é uma vergonha.

Não se esqueçam que esta crise resultou dum pequeno problema, e destes pequenos problemas se não forem resolvidos assim como os peticionários.

O caso que os peticionários escreveram, não foram todos os de lorosae que disseram e também não foram todos os de lorononu que escreveram, e porque é que não resolveram logo?

Na petição estão os nomes dos que falaram, porque é que não foram logo processados?

Se processassem logo isto não seria assim.

Mas antes de chegarmos ao caso dos peticionários não podemos esquecer que já existiam alguns pequenos casos em Díli, Lospalos, manifestações, mas nunca houve nenhum processo.

Houve vários grupos de investigação com base legais, mas nunca condenaram ninguém, ninguém foi considerado culpado, porquê?

Porque este é o interesse do governo, o governo é que queria que isso acontecesse.

Por trás disso tudo está o governo, os líderes, e por isso tem de se proteger, quando quiserem implementar a justiça, eles mesmo é que devem ir e não vão.

Culpam sempre os mais pequenos.

A arma deles é matar estes processos com o tempo, o tempo é que fará esquecer para ninguém requerer.

Isso queriam fazer com os peticionários, e também com o dia 28, 29, 30, até dia 4 quando as forças abandonaram Díli, e o dia 25.

Meus irmãos no dia 23, o caso de Fatuahi, eu próprio estou pronto a responder, isto tudo eles querem que o tempo faça a justiça para depois deitar as culpas para os soldados e os mais pequenos.

Mas não é um soldado é que manda, um brigadeiro e um coronel é que mandavam.

Como uma instituição seja FDTL ou PNTL se um soldado fizer mal quem se responsabiliza é o comandante, aqui não há capacidade de liderança, por isso é que está assim.

O governo também não teve interesse para resolver este problema por isso a instituição ficou em pedaços.

Quando uma instituição não sabe dirigir os seus elementos é que dá este resultado, por causa dos seus interesses políticos. "

(continua)

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Transcrição do video "The Patriot" - I

Fizemos a transcrição e a tradução para português do video "The Patriot", protagonizado por Alfredo Reinado.

Reinado aparece sentado no mato a falar em tétum, depois aparece uma parte do filme da SBS Dateline em que Reinado dispara contra elementos das FDTL, e no fim uma gravação realizada após a sua libertação da prisão de Becora.


"Bom dia, boa tarde, boa noite para todos os que me estão a ouvir.

Esta é uma gravação especial para os meus irmãos jovens, todos os irmãos de lorosae e loromonu, é uma gravação como uma mensagem para todos vós, é uma mensagem de nós que somos conhecidos como desertores foragidos e malvados e tudo que é de mau e que está bem na língua deles.

Esta gravação terá um sentido para todos vós meus irmãos, e como nós estamos fugidos de um lado para o outro como animais selvagens na nossa própria terra só para defender a verdade, o direito e a justiça para todos, e as palavras que vou fazer chegar não são só minhas mas é de todos os que amam a verdade, o direito e a justiça nesta nossa terra, e que também amam os nossos governantes.

Pedimos a todos os jovens desta terra, que já é tempo para nos sentarmos e pensarmos que já chegou o tempo para começar a reconstruir a nossa terra.

Sentar e pensar que fomos vítimas, se continuarmos a matarmo-nos uns aos outros não ganhamos nada, se continuarmos a estragarmo-nos uns aos outros também nada conseguimos, por isso mesmo peço para que pensem nestas minhas palavras, que nos possa levar para o caminho da verdade e aclarar as ideias, a nossa consciência para que possamos construir a nossa terra de Timor.

Nesta mensagem não escolho a cor, nem preta nem branca, nem olho para os interesses políticos, nem a cor do partido, só quero dizer que como timorenses, temos que pensar bem, porque o país está em crise, e não é porque nós o queremos.

Tudo isso é porque alguns dos nossos conterrâneos que negam a nossa terra, eles é que hão-de estragar a nossa terra, eles mesmo é que criaram esta crise, eles mesmo é que nos puseram em confusão, e eles é que estão sempre bem, para eles a lei não existe, e só nós é que temos a lei para nos sobrecarregar.

Eles são os defensores da lei e estão acima da lei, e nós somos sempre vitimas, eles que formam grupos e grupos e que nunca passaram pelo sofrimento, nunca passaram por privações e que agora só vem governar, aproveitando para nos pôr uns contra os outros e deixar acontecer o que está a acontecer.

Eles que não nos amam nem à nossa terra, têm interesses próprios, têm ideologias que nós não podemos aceitar na nossa terra, e é isso que eles defendem fazendo muitas coisas para nos pôr uns contra os outros, pagando-nos, distribuindo armas, para que nos matemos uns aos outros estragando o nosso futuro.

Por isso, peço a todos vós, irmãos, pais, velhos, amigos colegas jovens, intelectuais, principalmente para os intelectuais de super mie, para os irmãos cabeludos que não tomam banho, que somos nós.

Se não fossem os intelectuais de super mie e os cabeludos que não tomam banho, eles não andariam de carros com vidros pretos, e se não fossemos nós eles não gozariam desta independência.

Alguns ressuscitaram para ver a independência e continuam a sofrer, e não esquecemos os que já morreram e sei que estes não estão satisfeitos com tudo o que está a acontecer.
Temos que responsabilizar daqui para a frente para podermos criar um futuro melhor, dar garantia de um futuro para a nossa terra, que respeitamos, cumprimos a lei e a ordem, e que praticamente todos queremos.

Eu sei que há vários interesses políticos, vários grupos, vários partidos, mas todos nós defendemos o interesse de Timor.

Por isso agora é tempo para nos sentarmos e reflectirmos bem, que se todos defendermos Timor, os timorenses e esta nação, então todos temos de reconsiderar e saber respeitar, esta terra, esta nação e este povo.

Todos podemos requerer muita coisa, mas sem unidade, sem responsabilidade por esta terra não alcançaremos este nosso objectivo.

Faço um apelo aos políticos, às organizações, aos jovens, às artes marciais, é tempo de reflectirem e dar o vosso esforço máximo e de encontrarmos de novo a estabilidade do nosso país.

Só nós próprios poderemos fazer, só nós próprios poderemos arranjar, e esta crise, nem o governo nem grupos nem organizações conseguirão estabilizar.

Levando esta consciência de unidade é que unidos iremos conseguir estabilizar e só depois disso é que podemos implementar outros interesses, por isso mais uma vez vos peço para pararem com as zangas, os ódios, as bebedeiras que é um acto mau para estragar a vossa própria imagem, porque com o vinho só criam problemas.

Meus irmãos se desejam fazer algo é com a cabeça fria e sã, não é preciso beber, defendam os vossos direitos com coragem, e não bêbados é que se defende os interesses da nação.
Defendam o vosso direito, o futuro e a dignidade timorense.

Nós desta geração temos vergonha, porque depois de sermos independentes não temos capacidade para criar uma boa estabilidade, nem capacidade para formar uma justiça estável, e é por isso é que hoje em dia temos cá os estrangeiros a fazer o trabalho que é da nossa responsabilidade.

Sei que hoje em dia o nosso governo e os governantes atiram as culpas para esta geração, culpas para nós que andamos como selvagens na nossa própria terra, só porque defendemos o direito de todos, porque queremos implementar a lei que não existe, o tribunal e ver a sua capacidade.
Nós fomos condenados como desertores, malvados criminosos, e muita coisa mais, mas acredito que esta terra é uma terra sagrada, e que os espíritos e as almas, hão-de castigar os que violam o direito desta nação terão o seu castigo.

Os que violaram os direitos deste povo não respeitando a sua cultura, tendo interesses no dinheiro e neles próprios.

Meus irmãos, o que devemos fazer para que tudo corra melhor, encontrar de novo a estabilidade e a segurança?

Tem de vir de nós próprios que sofremos dos maus procedimentos dos outros, estes que são os nossos governantes.

Para encontrarmos este caminho, primeiro precisamos de ter paz, pensar num só interesse nacional, dar as mãos, arrepender-se dos actos cometidos e não fugir da responsabilidade.
É tempo para pensarmos e deixar para trás o passado, é tempo para dar as mãos e fazer mudanças, só os jovens é que podem fazer esta mudança, só os jovens é que podem mudar a mentalidade dos nossos governantes para o caminho da verdade.

Acredito no planeamento das várias organizações para a mudança deste país, mas sem unidade não alcançaremos o nosso objectivo.

Enquanto não nos perdoarmos uns aos outros nada encontraremos, temos de estar atentos e saber quem são as pessoas que nos atiçaram uns contra os outros.

Meus irmãos o governo não tem culpa, isto é estrutura, os governantes que estão no poder é que não sabem governar, estes é que é preciso deitar abaixo e levá-los a justiça, por causa deles é que estamos assim.

Não julgá-los como criminosos mas eles têm de ir parar as mãos da justiça.

Para conseguirmos isso temos de fazer uma acção conjunta em que todos os jovens têm de se levantar para requerer o seu direito, requerer o seu futuro.

Este governo tem uma grande responsabilidade, nem vale a pena dizer 1º governo ou 2º governo porque é tudo igual, as pessoas são as mesmas e olhando para o passado deles são todos iguais, e são do mesmo grupo.

Por isso não vale a pena assustar-se com o nome de 1º ou 2º todo floreado, temos de ver o que é que eles fazem o que é que eles nos dão, o que fazem para o país, daí é que se pode tirar a conclusão.

Os que trabalham no governo também não são culpados porque alguns deles são como os robots manejados por outros, os que tem o comando na mão e têm a chave é que são os culpados.

Todos sabemos que Mari Alkatiri e Ramos Horta são iguais, não esquecer que historicamente em 75 antes da guerra civil eles é que assinaram eles é que fizeram, por isso mesmo os dois não se podem separar, a ideologia deles naqueles tempos não deu para ser implementada até agora, por isso temos de afastar estas ideologias que o povo não aceita e fazem sofrer o povo.

Meus irmãos estes procedimentos definem bem quem é que lá estava, e o que nós precisamos é duma justiça popular, e quando a lei não pode ser implementada, não há nem lei nem ordem, não há justiça, e se houver justiça é chamada a justiça popular, porque todo o povo se levantará para requerer, porque os que estão no poder é por causa do povo.

Este governo não foi escolhido pelo povo, este governo pode-se dizer, que muda duma mão para a outra, muda-se de cor, muda-se de pele, troca da legislativa para o governo conforme eles querem sem passar por uma votação. Podemos dizer que este governo é ilegal, a Untaet, a ONU é que recebeu a transição para depois entregar-lhes, não a escolha do povo. "

(continua)

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Abertura da V Sessão Legislativa do Parlamento Nacional

Amanhã, Sexta-feira 29 de Setembro de 2006, às dez da manhã tem início a cerimónia de Abertura da V Sessão Legislativa, presidida pelo Presidente do Parlamento Nacional Sr. Francisco Guterres "Lu-Olo".

Esta cerimónia contará com a presença do Presidente da República, Kay Rala Xanana Gusmão, do Primeiro-Ministro, José Ramos-Horta e do Presidente do Tribunal Recurso, Cláudio Ximenes.

A cerimónia será transmitida em directo pela Rádio Timor–Leste (RTL).

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A intromissão da Austrália em Timor-Leste

Tradução da Margarida.

The Washington Post
Washingtonpost.com

Por Setembro 27, 2006; 8:16 AM ET

Durante a ocupação brutal de 24 anos pela Indonésia de Timor-Leste, o mundo ocidental manteve-se cúmplice na opressão. O corrente Presidente Xanana Gusmão entregou à ONU em Janeiro um relatório que detalhava brutais abusos de direitos humanos durante esses anos.

Alegava que a política deliberada de Jakarta de fome e assassínios custou a vida entre 84,000 e 183,000 pessoas entre 1975 e 1999. Além do mais, os militares Indonésios usaram bombas de napalm fornecidas pelo ocidente durante o seu reinado de terror.

Nenhuma das nações liderantes do ocidente envolvidas -- Austrália, Usa e Grã-Bretanha – aceitaram qualquer responsabilidade pelas suas acções nem ofereceram qualquer compensação. Mais um insulto tem sido a falta de pressão internacional para levar a julgamento por crimes de guerra em Timor e na Austrália, o antigo ditador apoiado pelo ocidente, General Suharto.

Apesar da assistência Australiana ter ajudado a pôr fim à ocupação de Timor em 1999, a mais nova nação do mundo sofreu grande instabilidade nos últimos sete anos.

Dentro da Austrália, desenvolveu-se uma mitologia: a Austrália é vista como o cavaleiro branco que chegou para salvar a alma de Timor. Na realidade – como sublinhou o historiador Australiano Clinton Fernandes no seu livro incendiário de 2004, Salvador Relutante (Reluctant Saviour) -- "A diplomacia Australiana funcionou para apoiar a estratégia Indonésia [para segurar Timor]. Funcionou como um obstáculo à independência de Timor-Leste. Quando o governo de [John] Howard eventualmente foi forçado a enviar uma força militar, fê-lo sob a pressão de uma maré de insultos públicos."

A relação entre Canberra e Dili tem sido sempre complexa mas a luta em curso sobre o Timor Gap – vastas reservas de petróleo e gás no fundo do mar da costa de Timor-Leste (http://www.antiwar.com/orig/pilger.php?articleid=9184) – levou a que a Austrália fosse acusada de explorar a prosperidade económica futura de Timor.

O antigo Primeiro-Minstro do país, Mari Alkatiri (http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/1989267.stm), foi um forte defensor desses recursos naturais, mas a sua popularidade dentro de Timor diminuiu, forçando eventualmente a sua resignação (http://crikey.com.au/Politics/20060912-The-theory-that-Gusmao-supports-Reinado-doesnt-wash.html).

O desassossego recente em Timor resultou em confrontos violentos entre soldados decepcionados e o partido no poder, a Fretilin. Dezenas de milhares de Timorenses foram forçados a fugir das suas casas para campos de deslocados. E a Austrália, mais uma vez, mandou tropas para acalmar os problemas (http://www.alertnet.org/thenews/newsdesk/N25220184.htm), apesar de os exactos detalhes do desassossego permanecerem obscuros.

O novo Primeiro-Ministro do país, José Ramos Horta, tem agradecido à Austrália pela sua assistência e pelo seu papel já criticado na nação em luta. O Ministro dos Estrangeiros da Austrália, Alexander Downer, disse recentemente aos Timorenses que, "têm que encontrar soluções para os seus próprios problemas, e não ficarem apenas à espera que a comunidade internacional indefinidamente resolva todos os problemas deles". É uma declaração tipicamente arrogante de um governo que gosta de manter o controlo sob uma série de nações na região.

Há muitas alegações infundadas de que o governo Australiano instigou o último desassossego em Timor-Leste e de que queria uma mudança de regime. O que é claro, contudo, á que Timor-Leste devia ser autorizada a prosperar numa nação verdadeiramente independente, e a curar de anos de miséria apoiada pelo ocidente.

Antony Loewensteiné um jornalista baseado na Austrália, autor e blogger que escreve sobre relaçõesi nternacionais e o Médio Oriente e pública em numerosos jornais na Austrália e no ultramar.
O seu website é: http://antonyloewenstein.com/

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De um leitor

... seria fundamental para a credibilização (ao nível interno e externo) de um Estado de direito e para que os timorenses possam ser devidamente informados, obter respostas às seguintes questões:

Quem de facto organizou e apoiou a realização da manifestação?

Porque foi autorizada a participação do Kolimau (grupo de actividade criminal reconhecido publicamente como o responsável pelos actos de violência (Osório Leki)? (existem fotografias várias com os designados “peticionistas” em acção)

Porque foi mobilizado aquele mesmo grupo (liderados por Osório Leki) para a manifestação de apoio ao governo em SET04? (existem fotografias nos jornais)?

Porque foi autorizado os manifestantes utilizarem o fardamento das F-FDTL?

Porque tinham alguns manifestantes (ex-militares e civis) armamento e granadas? (foi amplamente divulgado pela PNTL, que tinha sido passada a necessária revista)

Quais as verdadeiras intenções e motivações dos diversos intervenientes?

Porque actuou a PNTL de forma passiva e sem a necessária postura pró-activa?

Porque foi adquirido armamento pela PNTL (desde a sua criação) sem o necessário controlo por parte dos órgãos competentes?

Porque foi criado o problema artificial “Loromonu” e “Lorosae” dentro das forças de segurança?

Porque foi entregue armamento diferente ao pessoal da PNTL conotado com Lorosae e Loromonu ?

Quem armou os civis e qual a origem das armas de fogo?

Porque foram recrutados ilegalmente/armados civis, que trabalharam com uma unidade da PNTL (URP) em operações policiais nos distritos da fronteira (NOV/DEZ05)? (factos publicados em jornais timorenses com a designação e justificação do antigo Ministro do Interior Rogério Lobato – operações de contra-guerrilha !!)

Porque ocorreu a falência total da cadeia de comando da PNTL com a consequente desintegração e incapacidade de controlar a situação?

Porque as autoridades, a diversos níveis e, estranhamente, referiram que a PNTL estava a controlar a situação e a monitorizar os movimentos dos dissidentes e desertores?

Porque não foi efectuada com carácter urgente e em simultâneo a inspecção/verificação armamento às F-FDTL/PNTL?

A fragilidade das Forças Segurança (F-FDTL/PNTL), apesar do apoio privilegiado à PNTL dado pelas NU e Austrália constitui terreno propício às manipulações externas. A quem interessa esta situação?

Porque existiu falta de solidariedade institucional em todo o processo?

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Notícias - Traduzidas pela Margarida

Tratado de segurança entre a Indonésia e a Austrália avança
ABC News Online
Setembro 27, 2006. 7:40pm (AEST)

A Indonésia diz que um tratado compreensivo de segurança com a Austrália deverá ser assinado pelo fim do ano.

Um conselheiro do Presidente da Indonésia diz que está a ser feito bom progresso para concluir um tratado que cobre imposição da lei, questões marítimas, contraterrorismo, informações e desastres naturais.

O Dr Dino Patti Djalal diz que o tratado ligará a segurança da Austrália e da Indonésia, mas que não terá a categoria de aliança.

"Será um desenvolvimento importante nas relações entre a Indonésia e a Austrália," disse o Dr Djalal.

”Isso também destacará a mudança na relação geopolítica entre os nossos países.

"O tratado não faz a Indonésia e a Austrália aliadas, porque a Indonésia não pode entrar em nenhuma aliança militar com nenhum país."

O Dr Djalal disse ao Instituto de Política Estratégica Australiana que o tratado mostrará o quanto a Indonésia e a Austrália andaram desde os problemas em Timor-Leste em 1999.

Diz que a relação mudou com o terrorismo, tráfico de pessoas e desastres naturais na Indonésia.

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Timor-Leste diz que eleições credíveis são chave para a reconciliação
International Herald Tribune

The Associated Press
Quarta-feira, 27 Setembro, 2006

NAÇÕES UNIDAS – Timor-Leste precisa de eleições justas, reconciliação e uma grande injecção de ajuda para ultrapassar a violência recente que demoliu a jovem nação, disse na Quarta-feira o Ministro dos Estrangeiros José Luís Guterres.

Dirigindo-se à Assembleia-Geral da ONU, Guterres expressou pesar pela luta entre facções rivais das forças armadas, que abriu caminho para guerra de gangs, fogo posto e pilhagens, como consequência de um governo inexperiente a tactear o seu caminho na via para a democracia.

"Como um país no pós-conflito, experimentámos recentemente um relapso de violência, devido a falhas institucionais da nossa força de defesa e da polícia, alto nível de desemprego e decisões políticas erradas que tomámos como líderes de um novo país," disse Guterres.

O então Primeiro-Ministro Mari Alkatiri despediu 591 soldados das forças armadas de 1,400 membros em Março depois de terem desencadeado uma greve durante meses de protesto por alegada discriminação entre os militares.

Guterres disse que quase 100 pessoas foram mortas e quase outras 150,000 foram levadas das suas casas em lutas que se seguiram ao despedimento, mas que acalmaram com a chegada de milhares de tropas internacionais e a instalação de um novo governo liderado pelo Primeiro-Ministro José Ramos-Horta.

O ministro dos estrangeiros disse que Timor-Leste saúda uma comissão de inquérito internacional para estudar os eventos que rodearam a crise e as alegações de abusos de direitos humanos."

Uma maior presença internacional liderada pela ONU será necessária no futuro previsto para manter a paz e organizar e supervisionar as primeiras eleições legislativas e presidenciais do país no próximo ano, disse Guterres.

"Eleições livres, transparentes e justas prepararão definitivamente o caminho para um ambiente político e social estável," disse.

Também crucial é encorajar a reconciliação, investigar as causas da violência e bombear fundos de desenvolvimento para criar empregos, tanto nas cidades como nas áreas rurais, disse Guterres.

"O governo está completamente consciente que a reconciliação e a justiça precisam de andar mão na mão com o desenvolvimento," disse.

O orçamento nacional aumentou por 122 por cento neste ano fiscal, focalizando-se na criação de empregos, disse, chamando-lhe "um orçamento pró-pobres."

"Temos esperança que esta nova política económica, combinadas com políticas de reconciliação e diálogo ajudará a neutralizar tensões e trará compreensão comum e revigorará a confiança no nosso futuro comum e partilhado," disse Guterres.

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East Timor says credible elections are key to reconciliation

International Herald Tribune


The Associated Press
WEDNESDAY, SEPTEMBER 27, 2006

UNITED NATIONS - East Timor needs fair elections, reconciliation and a big injection of international aid to overcome the recent violence that battered the fledgling nation, Foreign Minister Jose Luis Guterres said Wednesday.

Addressing the U.N. General Assembly, Guterres bemoaned the fighting between rival factions of the armed forces, which gave way to gang warfare, arson and looting, as the consequence of an inexperienced government feeling its way along the path of democracy.

"As a post-conflict country, we have recently experienced a relapse of violence, due to institutional failures of our defense and police force, high-level unemployment and wrong political decisions that we took as leaders of a new country," Guterres said.

Then-Prime Minister Mari Alkatiri dismissed 591 soldiers from the 1,400-member army in March after they waged a strike for months to protest alleged discrimination in the military.

Guterres said nearly 100 people were killed and almost 150,000 others were driven from their homes in fighting that followed the dismissal, but eased with the arrival of thousands of international peacekeepers and the installation of a new government headed by Prime Minister Jose Ramos-Horta.

The foreign minister said East Timor welcomes an international commission of inquiry "to study the events surrounding the crisis and the allegations of human rights abuses."

A major U.N.-led international presence will be needed for the foreseeable future to keep the peace and organize and supervise the country's first legislative and presidential elections next year, Guterres said.

"A free, transparent and fair election will definitely pave the way for a stable political and social environment," he said.

Also crucial are fostering reconciliation, investigating the causes of the violence and pumping in development funds to create jobs, both in towns and the rural countryside, Guterres said.

"The government is fully aware that reconciliation and justice need to be hand in hand with development," he said.

The national budget has been increased by 122 percent this fiscal year, focusing on job creation, he said, calling it "a pro-poor budget."

"We hope that this new economic policy, combined with policies of reconciliation and dialogue will help defuse the tension and will bring common understanding and will reinvigorate the trust and confidence in our common and shared future," Guterres said.
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Chegada de António Costa a Timor marcada por incidentes nas ruas

Publico.pt
27.09.2006 - 08h55 Lusa

No dia em que o ministro de Estado e da Administração Interna português, António Costa, inicia uma visita a Timor-Leste, grupos de jovens geraram alguns distúrbios nas ruas de Díli, com as forças de segurança a dispararem balas de borracha contra os manifestantes.

Uma fonte da GNR disse à Lusa que os incidentes ocorridos nas últimas horas em vários pontos da capital estão relacionados com a visita do ministro português.

António Costa já chegou a Díli, para uma visita de três dias aos militares da GNR e aos polícias portugueses estacionados em Timor-Leste.

O ministro, que tem encontros previstos com o Presidente Xanana Gusmão; com o presidente do Parlamento, Francisco Guterres "Lu-Olo"; com o primeiro-ministro, José Ramos-Horta; e com o seu homólogo Alcino Barris, visitará o quartel da GNR, que mantém 127 militares em Díli.

No encontro com Ramos-Horta, António Costa deverá discutir a possibilidade de Portugal reforçar o contingente da GNR, duplicando o número de homens, se o líder do Governo timorense fizer um pedido nesse sentido, tal como admitiu na semana passada.

O ministro português garantiu que Portugal vai continuar a apoiar Timor na área da segurança. "Timor sabe que pode contar com Portugal. Nós temos um ditado que diz que os 'amigos são para as ocasiões'. E Portugal é um país amigo", salientou o governante português.

Na sexta-feira passada, Ramos-Horta declarou à Rádio Renascença que, se as Nações Unidas optarem por não enviar soldados para Timor-Leste, o seu Governo poderá pedir a duplicação dos elementos da GNR, tendo garantido já o apoio da Austrália.

ONU decide em Outubro se envia missão militar

O Conselho de Segurança da ONU vai discutir no final de Outubro a situação timorense e deverá decidir se envia ou não uma missão militar para o país.

Na resolução 1704, aprovada a 25 de Agosto, o Conselho de Segurança estabeleceu uma missão de acompanhamento - a Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT) - por um período inicial de seis meses e que inclui até 1608 agentes policiais e 34 militares de ligação e administrativos. A possibilidade de rever o número de militares e a natureza da missão é contemplada no texto da resolução, que pede ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, que faça chegar as suas recomendações ao Conselho de Segurança até 25 de Outubro.

A este respeito, António Costa disse que vai trabalhar com as autoridades timorenses "na melhor forma de ajudar".

Abraço aos militares portugueses

Outro objectivo desta visita é o encontro com os militares da GNR e os agentes da PSP estacionados em Timor-Leste.

"Trago-lhes um abraço em nome dos portugueses, porque o trabalho que desenvolveram é motivo de orgulho para todos os portugueses e isso tem que ser reconhecido perante eles", acrescentou.

O governante, que incluiu na sua comitiva o comandante-geral da GNR, general Mourato Nunes, e o director nacional da PSP, Orlando Romano, recebeu cumprimentos do seu homólogo timorense, Alcino Barris, e do embaixador de Portugal, João Ramos-Pinto.

Neste primeiro dia da visita António Costa efectua uma visita ao quartel da GNR e reúne-se com os agentes do Grupo de Operações Especiais da PSP. No plano político, terá um encontro de trabalho com Finn Reske-Nielsen, representante especial do secretário-geral da ONU em funções, e jantará com o primeiro-ministro Ramos Horta.

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Portugal vai continuar a ajudar Timor na área da Segurança

TSF

O ministro da Administração Interna garantiu que Portugal vai continuar a prestar ajuda a Timor-Leste na área da Segurança. À chagada a Díli, António Costa disse ainda que o trabalho dos agentes da GNR e PSP em Timor-Leste era um «motivo de orgulho para todos os portugueses».

( 10:12 / 27 de Setembro 06 )

O ministro da Administração Interna assegurou, esta quarta-feira, à chegada a Díli, que Portugal vai continuar a apoiar Timor-Leste na área da segurança e que irá trabalhar com as autoridades timorenses «na melhor forma de ajudar».

«Timor sabe que pode contar com Portugal. Nós temos um ditado que diz que os 'amigos são para as ocasiões'. E Portugal é um país amigo», afirmou António Costa no início da sua visita a Timor-Leste que irá durar três dias.

Estas declarações de António Costa surgem dias depois de o primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, ter admitido, em declarações à Rádio Renascença, poder pedir a duplicação dos elementos da GNR no país, caso a ONU optem por não enviar soldados para Timor-Leste.

O Conselho de Segurança da ONU vai discutir no final de Outubro a situação timorense
Durante a sua estada em Díli, o titular da pasta da Administração vai encontrar-se com os militares da GNR e com os agentes da PSP que se encontram estacionados no território.

«Trago-lhes um abraço em nome dos portugueses, porque o trabalho que desenvolveram é motivo de orgulho para todos os portugueses e isso tem de ser reconhecido perante eles», acrescentou.

Com António Costa, viajam o general Mourato Nunes, comandante-geral da GNR, e Orlando Romano, director nacional da PSP, que foram recebidos pelo ministro timorense do Interior Alcino Barris e pelo embaixador de Portugal em Timor-Leste, João Ramos-Pinto.

No primeiro dia da sua visita, o ministro português estará no quartel da GNR, reunindo-se depois com os agentes do Grupo de Operações Especiais da PSP e com o representante especial do secretário-geral da ONU em funções, Finn Reske-Nielsen.

Durante a sua estada em Timor-Leste, António Costa vai ainda encontrar-se com o presidente Xanana Gusmão, com o presidente do parlamento Francisco Guterres "Lu-Olo", com o primeiro-ministro Ramos-Horta e com o ministro do Interior, Alcino Barris.

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Portugal vai continuar a ajudar Timor na área da Segurança

TSF

O ministro da Administração Interna garantiu que Portugal vai continuar a prestar ajuda a Timor-Leste na área da Segurança. À chagada a Díli, António Costa disse ainda que o trabalho dos agentes da GNR e PSP em Timor-Leste era um «motivo de orgulho para todos os portugueses».

( 10:12 / 27 de Setembro 06 )

O ministro da Administração Interna assegurou, esta quarta-feira, à chegada a Díli, que Portugal vai continuar a apoiar Timor-Leste na área da segurança e que irá trabalhar com as autoridades timorenses «na melhor forma de ajudar».

«Timor sabe que pode contar com Portugal. Nós temos um ditado que diz que os 'amigos são para as ocasiões'. E Portugal é um país amigo», afirmou António Costa no início da sua visita a Timor-Leste que irá durar três dias.

Estas declarações de António Costa surgem dias depois de o primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, ter admitido, em declarações à Rádio Renascença, poder pedir a duplicação dos elementos da GNR no país, caso a ONU optem por não enviar soldados para Timor-Leste.

O Conselho de Segurança da ONU vai discutir no final de Outubro a situação timorense e nessa altura deverá decidir se envia ou não uma missão militar para o país.

Durante a sua estada em Díli, o titular da pasta da Administração vai encontrar-se com os militares da GNR e com os agentes da PSP que se encontram estacionados no território.

«Trago-lhes um abraço em nome dos portugueses, porque o trabalho que desenvolveram é motivo de orgulho para todos os portugueses e isso tem de ser reconhecido perante eles», acrescentou.

Com António Costa, viajam o general Mourato Nunes, comandante-geral da GNR, e Orlando Romano, director nacional da PSP, que foram recebidos pelo ministro timorense do Interior Alcino Barris e pelo embaixador de Portugal em Timor-Leste, João Ramos-Pinto.

No primeiro dia da sua visita, o ministro português estará no quartel da GNR, reunindo-se depois com os agentes do Grupo de Operações Especiais da PSP e com o representante especial do secretário-geral da ONU em funções, Finn Reske-Nielsen.

Durante a sua estada em Timor-Leste, António Costa vai ainda encontrar-se com o presidente Xanana Gusmão, com o presidente do parlamento Francisco Guterres "Lu-Olo", com o primeiro-ministro Ramos-Horta e com o ministro do Interior, Alcino Barris.

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Portugal vai continuar a ajudar Timor na área da Segurança

O ministro da Administração Interna garantiu que Portugal vai continuar a prestar ajuda a Timor-Leste na área da Segurança. À chagada a Díli, António Costa disse ainda que o trabalho dos agentes da GNR e PSP em Timor-Leste era um «motivo de orgulho para todos os portugueses».

( 10:12 / 27 de Setembro 06 )

O ministro da Administração Interna assegurou, esta quarta-feira, à chegada a Díli, que Portugal vai continuar a apoiar Timor-Leste na área da segurança e que irá trabalhar com as autoridades timorenses «na melhor forma de ajudar».

«Timor sabe que pode contar com Portugal. Nós temos um ditado que diz que os 'amigos são para as ocasiões'. E Portugal é um país amigo», afirmou António Costa no início da sua visita a Timor-Leste que irá durar três dias.

Estas declarações de António Costa surgem dias depois de o primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, ter admitido, em declarações à Rádio Renascença, poder pedir a duplicação dos elementos da GNR no país, caso a ONU optem por não enviar soldados para Timor-Leste.

O Conselho de Segurança da ONU vai discutir no final de Outubro a situação timorense e nessa altura deverá decidir se envia ou não uma missão militar para o país.

Durante a sua estada em Díli, o titular da pasta da Administração vai encontrar-se com os militares da GNR e com os agentes da PSP que se encontram estacionados no território.

«Trago-lhes um abraço em nome dos portugueses, porque o trabalho que desenvolveram é motivo de orgulho para todos os portugueses e isso tem de ser reconhecido perante eles», acrescentou.

Com António Costa, viajam o general Mourato Nunes, comandante-geral da GNR, e Orlando Romano, director nacional da PSP, que foram recebidos pelo ministro timorense do Interior Alcino Barris e pelo embaixador de Portugal em Timor-Leste, João Ramos-Pinto.

No primeiro dia da sua visita, o ministro português estará no quartel da GNR, reunindo-se depois com os agentes do Grupo de Operações Especiais da PSP e com o representante especial do secretário-geral da ONU em funções, Finn Reske-Nielsen.

Durante a sua estada em Timor-Leste, António Costa vai ainda encontrar-se com o presidente Xanana Gusmão, com o presidente do parlamento Francisco Guterres "Lu-Olo", com o primeiro-ministro Ramos-Horta e com o ministro do Interior, Alcino Barris.

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Polícia regressa ao serviço após meses inactividade devido à crise

Notícias Lusófonas
27.09.2006


A Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) retomou esta semana o trabalho após meses de inactividade provocada pela crise político-militar desencadeada em Abril passado, refere um comunicado enviado hoje à Agência Lusa pela Missão da ONU (UNMIT).


O primeiro grupo é composto por 25 agentes, do total de 900 que a UNMIT calcula poderem retomar as funções após uma formação intensiva de seis semanas, que frequentam apenas depois de se confirmar que não são acusados de envolvimento nos actos de violência espoletados em Abril.

Dezoito dos agentes que esta semana regressaram ao trabalho foram colocados a fazer patrulhas, enquanto outros cinco estão a trabalhar no centro de detenção criado para receber os detidos pelas forças internacionais, devido à participação em actos de violência relacionados com a crise, e os restantes dois estão a trabalhar no centro de comunicações da UNPOL (polícia da ONU).

"O regresso destes agentes é crucial para restaurar a autoridade pública e garantir o respeito da lei", salientou Antero Lopes, comissário da UNPOL.

A desintegração da PNTL e a divisão das forças armadas foram o resultado imediato da crise político-militar, que teve ainda como efeitos a substituição de Mari Alkatiri, à frente do governo, por José Ramos-Horta.

Cerca de 30 mortos e mais de 160 mil timorenses a viver em campos de acolhimentos distribuídos pela cidade de Díli e distritos do interior, foram outros efeitos da crise, em que bens públicos e privados foram destruídos e que levaram as autoridades timorenses a solicitar apoio à Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal para garantir a ordem pública.

Aqueles quatro países enviaram milhares de militares e polícias, mantendo-se no país actualmente cerca de 2.500 efectivos, entre os quais 127 militares da GNR.

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Governo aprovou Decreto-Lei sobre Regulamento de Disciplina Militar

Díli, 12 Set (Lusa) - O governo timorense aprovou hoje um Regulamento de Disciplina Militar (RDM), diploma que preenche um vazio de cinco anos, o período que medeia entre a transformação da guerrilha em forças armadas regulares e a aprovação de um RDM.

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GNR e PSP vão passar a ter 252 efectivos na missão da ONU

Notícias Lusófonas
27.09.2006

A GNR e a PSP vão passar a ter um total de 252 efectivos na actual Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT), disse hoje à Agência Lusa fonte das Nações Unidas.

Este total compreende os actuais 127 militares do sub- agrupamento Bravo da GNR, que passarão a partir de meados de Outubro para 140, e a que se juntarão outros 48, que terão responsabilidades em acções de formação da polícia timorense e para participarem no Estado-Maior da força policial ao serviço das Nações Unidas.

Integrarão ainda aquele total de 252 efectivos, os actuais cinco agentes da PSP, mais o actual comissário da UNPOL (Polícia das Nações Unidas), Antero Lopes, e mais 58 elementos da corporação, que deverão igualmente começar a chegar em Outubro.

O director nacional da PSP, Orlando Romano, que chegou hoje a Díli, integrado na comitiva que acompanha o ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, disse à Lusa que além dos efectivos que a corporação que dirige terá em breve em Timor-Leste, integrados na UNMIT (Missão da ONU em Timor-Leste), possivelmente mais agentes do Grupo de Operações Especiais chegarão também em breve.

Actualmente encontram-se em Díli oito agentes dos GOE, e no pico da crise político-militar no país esse número chegou a 18.

Os GOE encontram-se em Díli para garantir a protecção da comunidade portuguesa residente no país.

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Australia's Meddling in East Timor

The Washington Post
Washingtonpost.com
By September 27, 2006; 8:16 AM ET

During Indonesia's brutal, 24-year occupation of East Timor, the Western world remained complicit in the oppression. Current President Xanana Gusmao handed the UN a report in January that detailed gross human rights abuses over those years. It alleged that Jakarta's deliberate policy of starvation and murder cost the lives of between 84,000 and 183,000 people between 1975 and 1999. Furthermore, the Indonesian military used Western-supplied napalm bombs during their reign of terror.

None of the leading Western nations involved -- Australia, the US and Britain -- have accepted responsibility for their actions nor offered compensation. A further insult has been the lack of international pressure to bring former Western-backed dictator General Suharto to trial for war crimes in Timor and elsewhere in Indonesia.

Although Australian assistance helped end Timor's occupation in1999, the world's newest nation has suffered great instability in the last seven years.

Within Australia, a mythology has developed: Australia is seen as the white knight that arrived to save Timor's soul. In reality -- as pointed out by Australian historian Clinton Fernandes in his incendiary 2004 book, Reluctant Saviour -- "Australian diplomacy functioned in support of the Indonesian strategy [of holding onto Timor]. It functioned as an obstacle to East Timor's independence. When the [John] Howard government was eventually forced to send in a peacekeeping force, it did so under the pressure of a tidal wave of public outrage."

The relationship between Canberra and Dili has always been complex but the ongoing struggle over the Timor Gap - vast oil and gas reserves in the seabed off East Timor (http://www.antiwar.com/orig/pilger.php?articleid=9184) -- has caused Australia to be accused of exploiting Timor's future economic prosperity.

The country's former Prime Minster, Mari Alkatiri (http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/1989267.stm), was a strong defender of these natural resources, but his popularity within Timor had waned, eventually forcing him to resign(http://crikey.com.au/Politics/20060912-The-theory-that-Gusmao-supports-Reinado-doesnt-wash.html).

The recent unrest in Timor resulted in violent clashes between disgruntled soldiers and the ruling Fretelin party. Tens of thousands of Timorese were forced to flee their homes into refugee camps. And Australia, once again, sent troops to quell the troubles (http://www.alertnet.org/thenews/newsdesk/N25220184.htm), though the exact details of the unrest remain unclear.

The country's new Prime Minister, Jose Ramos Horta, has thanked Australia for its assistance and already criticised its role in the struggling nation. Australia's Foreign Minister, Alexander Downer, recently told the East Timorese that, "they have to learn to find solutions to their own problems, not just expect the international community indefinitely to solve all those problems for them". It was a typically arrogant statement from a government that enjoys maintaining control over a number of nations in the region.

There are many unsubstantiated allegations that the Australian government instigated the latest unrest in East Timor and wanted regime change. What is clear, however, is that East Timor should be allowed to prosper into a truly independent nation, and heal from years of Western-backed misery.

Antony Loewenstein is an Australian-based journalist, author and blogger who writes on international relations and the Middle East and publishes in numerous media outlets in Australia and overseas. His website is: http://antonyloewenstein.com/

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Respostas a Mark Aarons

Tradução da Margarida.


As seguintes cartas para o The Australian em resposta ao artigo de Mark Aarons ('O drama de Timor-Leste não teve agenda escondida' 26.9.06) não foram publicadas:

Caro Editor,

Mark Aarons ('O drama de Timor-Leste não teve agenda escondida' 26/9) rotula o jornalista John Martinkus de 'propagandista' a empurrar para 'teoria da conspiração' em que Mari Alkatiri foi removido por um golpe envolvendo o Presidente Gusmão. Estranhamente, Aarons não menciona a evidência descoberta por Mark Dodd do próprio The Australian e relatada na página da frente do seu jornal em 12 de Setembro, de que Gusmão pagou as despesas de hotel dos amotinados das forças armadas liderados pelo fugitivo da prisão Major Reinado, um actor chave na luta anti-Alkatiri que enfrenta uma acusação de tentativa de homicídio.

Martinkus e Dodd conseguiram pôr alguma luz num negócio muito escuro. Porque é Aarons responde com gritaria partidária a evidências que contradizem as suas opiniões preconcebidas dos factos?

Chris Ray
Sydney

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Caro Editor

Mais uma vez, Mark Aarons posa como especialista sobre Timor-Leste na coluna de opiniões do seu jornal, do conforto de Sydney. Ignorando os escritos de académicos do país com reputação, e atacando as credenciais de jornalistas que se atrevem a serem diferentes, produz a seu própria corrente de propaganda, um conto de fadas simplista a preto e branco onde Alkatiri e a FRETILIN são os maus e Xanana e Horta são os bons. A tragédia é que bem-intencionados oficiais Australianos e trabalhadores humanitários internacionais alimentados por uma dieta consistente de tais disparates vêem para Dili a pensar que tudo está clarificado.

Repetem a análise, sem conhecerem o poder que têm, e marginalizando mais todos os Timorenses que compreendem que as coisas não são tão simples, depois de anos de guerra e de traumatismos. Esta é uma sociedade fracturada, e nenhuma força política no país foi capaz de a unir. Políticas democráticas podem fazê-lo, mas estão extremamente subdesenvolvidas. As ameaças à paz e à democracia não vêm da corrente liderança da FRETILIN, mas antes dos que procuram enfraquecer a FRETILIN, do exterior e do interior.

Porquê? Talvez porque foi eleita democraticamente (80% dos votos nas eleições locais em Setembro de 2005), está bem organizada, tem um programa político progressista em vez de um neoliberal, e é orgulhosamente protectora do interesse nacional Timorense, incluindo os seus direitos aos seus recursos de petróleo. Ninguém diz que a FRETILIN é perfeita. Mas um partido que ajudou a derrotar um dos maiores e mais brutais poder colonial do mundo, e depois, em poucos anos, se transformou a si própria num governo eleito democraticamente, merece algum respeito.

O que é que Aarons conhece das dificuldades de transformar um povo brutalmente oprimido cuja unidade se baseava numa guerra pela independência clandestina numa sociedade aberta democrática? Apesar de reclamar que é jornalista, parece que ele não entrevistou um único dos líderes que ataca. Como um que falou extensivamente com Ministros de topo da FRETILIN e líderes do partido nos anos recentes, incluindo nas duas últimas semanas, sobre as suas políticas e programas no meu campo de especialidade (educação de adultos), posso garantir aos seus leitores que eles não são como Aarons os pintou.

Eles estão a lutar, como qualquer um na sua situação estaria, para reconstruir o seu país, destruído por vinte e quatro anos de guerra. Eles e o povo do seu país merecem todo o apoio que lhes podermos dar. Nem é acertado nem ajuda, tomar publicamente lados simplistas nas disputas políticas internas de outros países, especialmente numa sociedade póst-conflito.

Dr. Bob Boughton
Dili

O escritor é um Leitor Senior em Educação para Adultos na Universidade de New England, Armidale NSW, envolvido correntemente numa investigação a longo prazo e num projecto de construção de capacidade em literacia e literacia de adultos e educação básica em Timor-Leste.

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UNMIT Revista dos Media Diários

Tradução da Margarida.

Quarta-feira, 27 Setembro 2006

Reportagens dos Media Nacionais
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisao de Timor-Leste

Solução para os peticionários depende da Comissão

O encontro entre o Primeiro-Ministro Ramos-Horta e o grupo de peticionários em Gleno, Distrito de Ermera na Terça-feira é relatados nos três diários principais hoje (27/09). Ramos-Horta disse aos jornalistas depois do encontro que está satisfeito com a maturidade que os peticionários mostraram, o seu desejo para cooperar na resolução do problema e a sua recusa em envolverem-se em políticas. Disse que o governo está à espera dos resultados da Comissão de Notáveis antes de tomar qualquer decisão, acrescentando que não interfirá no trabalho da Comissão. (TP, STL, DN)

O STAE deve estar sob a CEI

O deputado Vicente Guterres (UDC) disse que o partido da oposição propôs que o Secretariado Técnico da Administração Estatal (STAE) fique sob a Comissão Eleitoral Independente (CEI) para prevenir a burocracia no caso de se levantar algum problema. Guterres disse que houve muitos problemas durante as eleições para os sucos em 2005, e que o STAE não era independente e não mostrou profissionalismo. Por outro lado, a deputada Cipriana Pereira (Fretilin) disse que a questão da independência depende do pessoal do STAE. (TP, STL)

A Fretilin não expulsará Lobato

O Comité Central da Fretilin não expulsará o seu Vice-Presidente até estar completo o processo judicial, disse o deputado Francisco Branco, acrescentando que o Procurador-Geral só decidiu processar o caso de Lobato. Disse que o seu partido tem seguido o caso de perto e não tomará uma decisão até o processo do caso estar concluído. (STL)

Algumas pessoas usam a segurança por interesses políticos

O Ministro do Interior, Alcino Barris disse que algumas pessoas internacionais estão a tentar impedir a activação da PNTL por interesses políticos próprios, e que usam as questões de segurança como anedotas, relatou o DN.

Barris disse que é importante para a PNTL recomeçar o seu trabalho de modo a ajudar a restaurar a lei e a ordem e a serem colocados em postos permanentes conforme planeado. Disse que a população se tem queixado sobre a falta de segurança e que o regresso da PNTL é importante, porque, há somente um pequeno número de Polícias da ONU (UNpol) no país.

Entretanto o Comissário de Polícia da UNpol em exercício, Antero Lopes não quis comentar as observações do Ministro do Interior.

Disse, contudo, que a UNpol está a trabalhar para implementar a Resolução do Concelho de Ministros para a PNTL recomeçar o seu trabalho que tem o apoio do Primeiro-Ministro e do Ministro do Interior. (DN)

Relatório de Monitorização de Notícias da RTTL
27 Setembro 2006

O PM encontra-se com peticionários

O Primeiro-Ministro José Ramos-Horta encontrou-se hoje com um grupo de peticionários em Railako, Distrito de Ermera. falando aos media depois do encontro, o Dr. Horta afirmou que o propósito desta visita ara avaliar directamente as condições de vida dos peticionários e ouvir as suas queixas e discutir alternativas para resolver o problema. Falando de um plano para reactivar os peticionários nas F-FDTL, Salsinha Gastão, o porta-voz dos peticionários disse que este plano não é importante porque a prioridade agora é pôr um fim a crise corrente de acordo com o sistema judicial de Timor-Leste. Disse que o grupo tem lutado por justiça desde o princípio deste ano.

Em relação ao plano do antigo governo sob a liderança de Alkatiri para continuar a pagar o salário dos peticionários por três meses, Pedro da Costa, o porta-voz interino da Comissão declarou que este fundo tem que vir de fontes externas outsourced visto que o Orçamento Geral do Ano Fiscal de 2005/2006 está fechado mas prometeu que a Comissão de Notáveis assistirá aos peticionários em relação a esta matéria.

O Grupo do CPD-RDTL fez um encontro para encontrar a solução para a crise de Timor-Leste

O Coordenador do CPD-RDTL, Teki Liras, queixou-se que o governo não está a envolver os membros do CPD-RDTL e os ex-Falintil para se sair da corrente crise, particularmente a luta contra os amotinados de Timor-Leste. Sublinhou que é tempo agora de parar com as actividades dos amotinados.

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Indonesia, Aust security treaty inches forward

ABC News Online
September 27, 2006. 7:40pm (AEST)

Indonesia says a comprehensive security treaty with Australia should be signed by the end of the year.

An adviser to Indonesia's President says good progress is being made to conclude a treaty covering law enforcement, maritime issues, counter-terrorism, intelligence and natural disasters.

Dr Dino Patti Djalal says the treaty will link the security of Australia and Indonesia, but will not rank as an alliance.

"It will be an important development in the relations between Indonesia and Australia," Dr Djalal said.

"It will also highlight the shift in the geopolitical relationship between our countries.

"The treaty does not make Indonesia and Australia allies, because Indonesia cannot enter into any military alliance with any country."

Dr Djalal told the Australian Strategic Policy Institute that the treaty will show how far Indonesia and Australia have moved since the troubles in East Timor in 1999.

He says the relationship has been changed by terrorism, people smuggling and natural disasters in Indonesia.

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Resposta de John Martinkus a Mark Aaron

Tradução da Margarida.

The Australian
Quarta-feira, Setembro 27, 2006

O extraordinário ataque de Mark Aarons à minha reportagem de Timor-Leste ("O drama de Timor-Leste não tinha agenda escondida ", 26/9) ignora a questão básica de quem começou a violência em Maio que trouxe a crise presente a um responsável. Ao contrário de Aarons, Eu sou um jornalista e faz parte do meu trabalho relatar a informação que recebo, mesmo se é desagradável.

O meu trabalho não é ser um promotor de um lado particular. Tenho conduzido investigações profundas em Timor-Leste e tenho posto a descoberto alguns factos desconfortáveis. Sei que a equipa de investigação da ONU já conhece alguns desses factos e está a chegar às mesmas conclusões a que cheguei.

Se Aarons está tão perturbado com as minhas reportagens, então talvez ele devesse ir a Timor-Leste e fazer algumas reportagens ele próprio, em vez de atacar jornalistas que estiveram lá.

John Martinkus
Flemington, Vic

Editorial: Tocando a linha em Timor

Tradução da Margarida.

Por: New Matilda
Quarta-feira 27 Setembro 2006

Esta semana The Australian publicou um artigo de opinião de Mark Aarons atacando o jornalista John Martinkus, e o New Matilda, por causa de artigos que publicámos sobre a violência recente em Timor-Leste.

Aarons argumenta que estamos a desencadear uma ‘campanha extraordinária’ contra o Presidente Timorense Xanana Gusmão para o implicar na queda do antigo Primeiro-Ministro Timorense Marí Alkatiri.

Aarons faz alguns ataques pessoais a Martinkus, que não vamos dignificar com uma resposta, mas o que podemos interpelar directamente é o seu questionamento a duas peças da evidência aprsentada por Martinkus em New Matilda.

Aarons argumenta com razão que uma nota escrita por Gusmão ao soldado amotinado Alfredo Reinado (disponível na totalidade no nosso website) não é evidência suficiente para afirmar que os dois ‘estavam juntos para remover violentamente Alkatiri.’ Concordamos. Mas isso não o torna não ser digno de ser relatado.

De facto, Martinkus e a New Matilda, apresentaram a carta pelo que é: a prova duma relação estreita entre Gusmão e Reinado no cume da crise Timorense — o que é extraordinário se se considerar os factos num contexto Australiano. Se John Howard enviasse uma nota amigável a um soldado desertor Australiano que tivesse disparado contra as Forças de Defesa Australiana ou contra a Polícia Federal Australiana usando armas roubadas, Aarons sugeriria aos jornalistas para ignorarem isso?

Gusmão não refutou a sua relação estreita com Reinado.

Num artigo que se seguiu no New Matilda, a semana passada, Martinkus citou uma declaração do antigo comandante da polícia Abilio ‘Mausoko’ Mesquita, que está na cadeia pelo seu papel na violência. No documento — que passou (para o exterior) sem autorização ou conhecimento de Mesquita — Mesquita afirma que foi o próprio Gusmão quem lhe deu as ordens para atacar a casa do comandante das forças militares de Timor-Leste, o Brigadeiro Taur Matan Ruak, em 24 e 25 de Maio .

Martinkus sublinha que se é legítima, a declaração de Mesquita passada para o exterior implica Gusmão na violência armada em Timor-Leste.

Aarons descarta o documento como ‘absurdo’ mas não explica como é que chegou a essa conclusão. Cita as afirmações da jornalista Australiana e correspondente de Timor-Leste Jill Jolliffe, no nosso website, de que o documento é ‘demonstradamente falso.’ Mas a Jolliffe não demonstrou a falsidade do documento ou do seu conteúdo.

Aarons sugere também que por causa de outros jornalistas terem ignorado a história, Martinkus — e o New Matilda — também a deviam ignorar. Soa-nos a jornalismo de encomenda.

O que Aarons ignora convenientemente no seu artigo — e não explica — são os factos postos a nú pelo próprio Mark Dodd do The Australian: que Gusmão pagou pelo menos uma parte da conta de hotel de Reinado durante a crise.

John Martinkus e o New Matilda relataram algumas histórias inconvenientes sobre a situação em Timor-Leste, sem medo ou favor. Quando for apropriado, tornaremos disponíveis os documentos que fundamentam estas histórias.

Como Aarons, esperamos avidamente o relatório da Comissão Especial Internacional de Inquérito sobre as causas da violência recente em Timor-Leste.

Continuaremos a apresentar os factos à medida que os descobrirmos. Convidamos os nossos críticos a fazerem o mesmo.

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Ribeiro e Castro vem a Timor-Leste

Ribeiro e Castro, líder do CDS-PP e euro-deputado, prepara visita a Timor-Leste. Ribeiro e Castro deslocar-se-à também à Austrália.

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Missão do Parlamento Europeu

A euro-deputado Ana Gomes, e outros euro-deputados, chegam no final do mês a Timor-Leste na sequência da resolução do Parlamento Europeu sobre Timor-Leste.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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