The Washington Post
Washingtonpost.com
By September 27, 2006; 8:16 AM ET
During Indonesia's brutal, 24-year occupation of East Timor, the Western world remained complicit in the oppression. Current President Xanana Gusmao handed the UN a report in January that detailed gross human rights abuses over those years. It alleged that Jakarta's deliberate policy of starvation and murder cost the lives of between 84,000 and 183,000 people between 1975 and 1999. Furthermore, the Indonesian military used Western-supplied napalm bombs during their reign of terror.
None of the leading Western nations involved -- Australia, the US and Britain -- have accepted responsibility for their actions nor offered compensation. A further insult has been the lack of international pressure to bring former Western-backed dictator General Suharto to trial for war crimes in Timor and elsewhere in Indonesia.
Although Australian assistance helped end Timor's occupation in1999, the world's newest nation has suffered great instability in the last seven years.
Within Australia, a mythology has developed: Australia is seen as the white knight that arrived to save Timor's soul. In reality -- as pointed out by Australian historian Clinton Fernandes in his incendiary 2004 book, Reluctant Saviour -- "Australian diplomacy functioned in support of the Indonesian strategy [of holding onto Timor]. It functioned as an obstacle to East Timor's independence. When the [John] Howard government was eventually forced to send in a peacekeeping force, it did so under the pressure of a tidal wave of public outrage."
The relationship between Canberra and Dili has always been complex but the ongoing struggle over the Timor Gap - vast oil and gas reserves in the seabed off East Timor (http://www.antiwar.com/orig/pilger.php?articleid=9184) -- has caused Australia to be accused of exploiting Timor's future economic prosperity.
The country's former Prime Minster, Mari Alkatiri (http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/1989267.stm), was a strong defender of these natural resources, but his popularity within Timor had waned, eventually forcing him to resign(http://crikey.com.au/Politics/20060912-The-theory-that-Gusmao-supports-Reinado-doesnt-wash.html).
The recent unrest in Timor resulted in violent clashes between disgruntled soldiers and the ruling Fretelin party. Tens of thousands of Timorese were forced to flee their homes into refugee camps. And Australia, once again, sent troops to quell the troubles (http://www.alertnet.org/thenews/newsdesk/N25220184.htm), though the exact details of the unrest remain unclear.
The country's new Prime Minister, Jose Ramos Horta, has thanked Australia for its assistance and already criticised its role in the struggling nation. Australia's Foreign Minister, Alexander Downer, recently told the East Timorese that, "they have to learn to find solutions to their own problems, not just expect the international community indefinitely to solve all those problems for them". It was a typically arrogant statement from a government that enjoys maintaining control over a number of nations in the region.
There are many unsubstantiated allegations that the Australian government instigated the latest unrest in East Timor and wanted regime change. What is clear, however, is that East Timor should be allowed to prosper into a truly independent nation, and heal from years of Western-backed misery.
Antony Loewenstein is an Australian-based journalist, author and blogger who writes on international relations and the Middle East and publishes in numerous media outlets in Australia and overseas. His website is: http://antonyloewenstein.com/
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quinta-feira, setembro 28, 2006
Australia's Meddling in East Timor
Por Malai Azul 2 à(s) 02:49
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Tradução:
A intromissão da Austrália em Timor-Leste
The Washington Post
Washingtonpost.com
Por Setembro 27, 2006; 8:16 AM ET
Durante a ocupação brutal de 24 anos pela Indonésia de Timor-Leste, o mundo ocidental manteve-se cúmplice na opressão. O corrente Presidente Xanana Gusmão entregou à ONU em Janeiro um relatório que detalhava brutais abusos de direitos humanos durante esses anos. Alegava que a política deliberada de Jakarta de fome e assassínios custou a vida entre 84,000 e 183,000 pessoas entre 1975 e 1999. Além do mais, os militares Indonésios usaram bombas de napalm fornecidas pelo ocidente durante o seu reinado de terror.
Nenhuma das nações liderantes do ocidente envolvidas -- Austrália, Usa e Grã-Bretanha – aceitaram qualquer responsabilidade pelas suas acções nem ofereceram qualquer compensação. Mais um insulto tem sido a falta de pressão internacional para levar a julgamento por crimes de guerra em Timor e na Austrália, o antigo ditador apoiado pelo ocidente, General Suharto.
Apesar da assistência Australiana ter ajudado a pôr fim à ocupação de Timor em 1999, a mais nova nação do mundo sofreu grande instabilidade nos últimos sete anos.
dentro da Austrália, desenvolveu-se uma mitologia: a Austrália é vista como o cavaleiro branco que chegou para salvar a alma de Timor. Na realidade – como sublinhou o historiador Australiano Clinton Fernandes no seu livro incendiário de 2004, Salvador Relutante (Reluctant Saviour) -- "A diplomacia Australiana funcionou para apoiar a estratégia Indonésia [para segurar Timor]. Funcionou como um obstáculo à independência de Timor-Leste. Quando o governo de [John] Howard eventualmente foi forçado a enviar uma força militar, fê-lo sob a pressão de uma maré de insultos públicos."
A relação entre Canberra e Dili tem sido sempre complexa mas a luta em curso sobre o Timor Gap – vastas reservas de petróleo e gás no fundo do mar da costa de Timor-Leste (http://www.antiwar.com/orig/pilger.php?articleid=9184) – levou a que a Austrália fosse acusada de explorar a prosperidade económica futura de Timor.
O antigo Primeiro-Minstro do país, Mari Alkatiri (http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/1989267.stm), foi um forte defensor desses recursos naturais, mas a sua popularidade dentro de Timor diminuiu, forçando eventualmente a sua resignação (http://crikey.com.au/Politics/20060912-The-theory-that-Gusmao-supports-Reinado-doesnt-wash.html).
O desassossego recente em Timor resultou em confrontos violentos entre soldados decepcionados e o partido no poder, a Fretilin. Dezenas de milhares de Timorenses foram forçados a fugir das suas casas para campos de deslocados. E a Austrália, mais uma vez, mandou tropas para acalmar os problemas (http://www.alertnet.org/thenews/newsdesk/N25220184.htm), apesar de os exactos detalhes do desassossego permanecerem obscuros.
O novo Primeiro-Ministro do país, José Ramos Horta, tem agradecido à Austrália pela sua assistência e pelo seu papel já criticado na nação em luta. O Ministro dos Estrangeiros da Austrália, Alexander Downer, disse recentemente aos Timorenses que, "têm que encontrar soluções para os seus próprios problemas, e não ficarem apenas à espera que a comunidade internacional indefinidamente resolva todos os problemas deles". É uma declaração tipicamente arrogante de um governo que gosta de manter o controlo sob uma série de nações na região.
Há muitas alegações infundadas de que o governo Australiano instigou o último desassossego em Timor-Leste e de que queria uma mudança de regime. O que é claro, contudo, á que Timor-Leste devia ser autorizada a prosperar numa nação verdadeiramente independente, e a curar de anos de miséria apoiada pelo ocidente.
Antony Loewensteiné um jornalista baseado na Austrália, autor e blogger que escreve sobre relaçõesi nternacionais e o Médio Oriente e pública em numerosos jornais na Austrália e no ultramar. O seu website é: http://antonyloewenstein.com/
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